Capítulo 117: Explosão
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Por um instante, Ji Min não encontrou mais razão para se conter.
Ele se inclinou novamente, guiando Lu Ran em direção à cama, apenas pela memória.
Na escuridão, tropeçaram no banco ao pé da cama, emitindo um som abafado.
Lu Ran hesitou um pouco, tentando se afastar.
Mas, pela primeira vez, o homem à sua frente ignorou suas tentativas de se desvencilhar, respirando pesadamente.
“Ei, sua perna!” Lu Ran virou o rosto, preocupado, mas logo teve o queixo segurado e foi forçado a olhar para ele de novo.
“A perna está bem.”
A resposta dele veio abafada, perdida em meio a um beijo cada vez mais profundo.
A língua de Lu Ran doía com a intensidade do beijo.
O ar em seu peito era roubado sem piedade, enquanto a respiração quente de Ji Min envolvia seu rosto.
A razão de Lu Ran se dissolvia, como um melado doce e pegajoso, embora um pensamento persistente continuasse a se preocupar com a perna de Ji Min.
Ele tentou se libertar, respirando entre os espaços dos beijos, e colocou força para empurrá-lo.
Somente então, Lu Ran percebeu de verdade o quanto o homem à sua frente era forte.
Seu esforço foi facilmente neutralizado por Ji Min, que com uma mão só prendeu os pulsos de Lu Ran atrás de suas costas.
Os joelhos de Lu Ran cederam ao encostarem na borda da cama, e ele caiu para trás.
Ji Min, alto e vigoroso, inclinou-se sobre ele, pressionando-o firmemente, embora dessa vez sem cair de maneira desajeitada, mantendo-o preso sob seu corpo.
“Clac.”
Foi o som do cinto de metal sendo afrouxado.
Lu Ran ficou paralisado por um segundo e, instintivamente, tentou se mover de novo.
Ao mínimo movimento, o homem sobre ele soltou um suspiro abafado.
Ji Min franziu as sobrancelhas e, com a voz rouca ao extremo, sussurrou ao ouvido dele: “Só mais um pouco.”
O quarto estava imerso em sombras, intensificando o calor que emanava entre os dois.
A cortina não estava fechada, e a luz amarelada do jardim entrava de leve, iluminando o rubor nas bochechas de Lu Ran.
Ji Min abaixou a cabeça e o beijou novamente.
Mas, no ápice desse momento de pura intimidade, o garoto de repente se aproximou de seu ouvido e sussurrou, com uma voz travessa: “Tio Ji.”
Ji Min: “…”
Era como pisar no freio em uma estrada em alta velocidade; sua razão foi arrancada de volta à força.
Ele ficou em silêncio, olhando para Lu Ran abaixo de si.
As bochechas do garoto ainda estavam coradas, mas ele o encarava com uma expressão maliciosa, chamando-o novamente: “Tio Ji, o que você está fazendo?”
Ji Min: “…”
Ele abaixou a cabeça de novo, tentando calar a boca dele.
No meio do beijo, porém, não conseguiu segurar a frustração e resmungou entre os dentes: “Você precisava mesmo me chamar assim agora?”
“Hahaha!”
Lu Ran o empurrou, saltou para fora da cama e acendeu a luz do quarto.
A luz intensa encheu a suíte instantaneamente, dissipando toda a atmosfera íntima escondida na escuridão.
Os olhos de Lu Ran brilhavam com um ar de provocação enquanto ele o encarava, mãos na cintura, e perguntava:
“Você não achou que minha raiva ia passar só com isso, né?”
Ji Min: “…”
Ele realmente havia se esquecido desse detalhe.
Primeiro com o “Tio Ji”, depois com Lu Ran pulando da cama, agora estava claro que nada mais aconteceria.
Ji Min suspirou, cruzou as pernas e se sentou na cama, apoiando a testa em uma mão, resignado.
Ji Min refletiu um pouco, mas ainda se sentia sufocado.
Inclinou-se, resignado, e murmurou: “Melhor você me matar logo.”
“Eu falei algo errado?” Lu Ran sentou-se de pernas cruzadas em frente a ele, apontando o dedo. “Você não queria tanto ser meu ‘tio’? Da outra vez, quando chamei Gu Zhi de ‘tio Gu’, você ficou incomodado, não foi?”
Ji Min: “…”
Não queria dizer mais nada. Ele olhou para o garoto à sua frente e, achando que sua postura estava um tanto indecorosa, pegou um travesseiro e o colocou sobre as pernas.
Vendo isso, Lu Ran caiu na gargalhada novamente.
Ele se jogou para frente, apertando o pescoço de Ji Min: “E então, percebeu seu erro?”
Ji Min, já marcado pelos truques de Lu Ran, levantou as mãos e segurou o garoto, suspirando profundamente: “O que você acha?”
Depois de tudo isso, até o mais teimoso dos mortais perceberia o próprio erro.
“Ah, é mesmo?” Lu Ran ergueu as sobrancelhas e continuou:
“Então me diga, da próxima vez que algo acontecer, você vai esconder o perigo de mim e continuar fazendo testamento e organizando ‘cuidados’ para mim, como fez antes?”
Ji Min hesitou por um segundo antes de responder obedientemente: “Claro que não.”
Ele respondeu com uma entonação exemplar, cheio de retidão: “Prometo que vamos conversar direitinho.”
Lu Ran: “…”
Com o rosto sério, ele estreitou os olhos para Ji Min: “E essa hesitação de um segundo, o que foi?”
“Hum.” Ji Min ergueu a mão, coçou o nariz e desviou a conversa, murmurando: “Você está me esmagando.”
Lu Ran, furioso, socou o travesseiro sobre ele e ordenou: “Não desvie! Responda direito!”
Ji Min franziu o cenho e soltou um gemido abafado, puxando-o mais para perto.
Apoiando-se na cabeceira da cama, ele olhou para o garoto com uma expressão séria e determinada e, suspirando, respondeu:
“Pode ficar tranquilo, não vou mais esconder as coisas de você. Foi um erro deixar você tão aflito ao ponto de subir pela janela para me ver.”
Mas ele hesitou, e completou: “Porém…”
“Porém o quê?” Lu Ran cruzou os braços, aborrecido.
“Porém, em certas situações inesperadas, eu ainda tentaria deixar tudo preparado.” Ji Min acariciou seu cabelo.
Lu Ran respirou fundo e, irritado, apertou o pescoço dele:
“Você faz isso de propósito! Sabe que eu odeio essas coisas, mas insiste em fazer!”
Ele pressionou os dedos no pomo de Adão de Ji Min, que desviou o pescoço para escapar.
“Estou perdendo a paciência. Vou dormir no meu quarto!” Lu Ran tentou se levantar.
No entanto, Ji Min o segurou.
Lu Ran usou toda sua força para se erguer, mas, com o rosto vermelho de esforço, não conseguiu se desvencilhar.
Irritado, bagunçou o cabelo de Ji Min.
Depois de um tempo, Ji Min soltou um sibilo de dor.
Lu Ran parou imediatamente e olhou preocupado para a perna dele:
“O que foi? Sua perna está doendo de novo?”
Ji Min encostou o queixo em seu ombro, suspirando baixo: “A perna está bem, mas outra parte já está quase quebrando com essa sua confusão.”
Lu Ran: “…”
Ele hesitou, mas ainda assim levantou o travesseiro para dar uma olhada.
Apenas um olhar, e ele jogou o travesseiro de volta no lugar, com as orelhas vermelhas: “Para de besteira! Não tá quebrado nada!”
Ji Min não conseguiu segurar o riso e o abraçou, gargalhando baixinho.
Ali, os dois ficaram, de frente um para o outro, aconchegados na cabeceira da cama.
Lu Ran murmurou, aconchegado no peito de Ji Min:
“Não gosto de você arrumando essas coisas.”
Era como se, a cada preparação, Ji Min estivesse assumindo que poderia ter que deixá-lo.
Mas Lu Ran se recusava a considerar essa hipótese.
Ji Min roçou o queixo no topo de sua cabeça.
Sabia bem que Lu Ran não queria pensar nesses cenários, por isso organizava tudo em segredo.
Já que ele não queria encarar tais possibilidades, então Ji Min as enfrentaria sozinho.
Já era tarde.
Por fim, Ji Min decidiu tomar um banho, o que ajudou a acalmar o impulso gerado por sua recém-conquistada liberdade após a alta.
Lu Ran, por sua vez, também não voltou ao seu próprio quarto.
Depois que Ji Min terminou de se arrumar, Lu Ran tomou seu banho e, com os cabelos ainda úmidos, subiu na cama.
Só então notou que Ji Min havia colocado outro cobertor na cama, criando dois ninhos separados.
Ji Min estava deitado no seu próprio cobertor, olhos fechados, já pronto para dormir.
Ele dormia de forma absolutamente comportada, mantendo as mãos e os pés estendidos, quase como uma linha reta.
Lu Ran observou-o por um instante, depois se acomodou sob seu próprio cobertor.
Então, do nada, rastejou até o outro lado e, sem cerimônia, se enfiou debaixo do cobertor de Ji Min.
“Tsc.”
Ji Min abriu os olhos e segurou a mão dele.
“O que pensa que está fazendo?” Ji Min perguntou friamente, passando a mão em seu cabelo. “Seque esse cabelo antes de subir na cama.”
Lu Ran respondeu com um sorriso travesso e, abraçando-o com braços e pernas, o envolveu completamente.
“Lu Ran, isso já é demais.” A voz de Ji Min era grave.
Primeiro ele havia puxado o freio e, agora, continuava provocando.
Mas Lu Ran o apertou mais, e suspirou baixinho: “Chefe, você realmente parece um ursinho de pelúcia.”
Ao ouvir o termo “chefe”, Ji Min soube que o garoto estava com sono.
Ele suspirou e desistiu de afastá-lo.
Em vez disso, puxou o cobertor para cobrir a cabeça de Lu Ran.
A luz do quarto apagou-se novamente, e os dois adormeceram abraçados.
Enquanto isso, a festa na casa dos Shen só agora chegava ao fim.
Os convidados no jardim começavam a se dispersar, mas o escritório de Shen Hongyuan ainda estava cheio de figuras importantes do mundo dos negócios.
Agora que a família Fang demonstrava interesse em cooperar com os Shen, e com a possibilidade de conquistar o projeto HZ, o status dos Shen estava prestes a disparar.
Muitos estavam ansiosos para manter uma boa relação com eles.
Shen Hongyuan aproveitou a oportunidade para conseguir investimentos, exibindo um tom amigável e fazendo elogios, arrancando sorrisos dos empresários.
“Perfeito, então amanhã mesmo assinamos o contrato!” disse um deles.
Outros manifestaram interesse em colaborar também.
Shen Hongyuan concordou prontamente: “Ótimo, estarei disponível o dia inteiro amanhã!”
Conseguir vários investimentos de uma vez o deixou radiante.
Quando chegou a hora de se despedirem, Shen Hongyuan desceu as escadas, praticamente apoiando o mais velho deles, o senhor Yang.
Ao descerem, alguns dos empresários resolveram usar o banheiro antes de ir embora.
Shen Hongyuan, vendo-os como figuras essenciais para o futuro de sua empresa, tratou-os como se fossem salvadores.
Ao ouvir sobre o banheiro, lembrou-se da visita de Lu Ran naquele dia e não pôde evitar um calafrio.
“Senhor Yang, um momento.”
Ele não queria correr nenhum risco e, em vez de chamar um empregado, foi pessoalmente ao banheiro do térreo inspecionar o local.
Parecia tudo normal.
Cada cabine estava limpa, sem sinais de qualquer “surpresa”.
Shen Hongyuan suspirou de alívio.
Para sua surpresa, Lu Ran realmente não tinha aprontado nada.
Depois de conferir tudo, ele acompanhou pessoalmente o senhor Yang até o banheiro.
“Cuidado, o chão está escorregadio. Vá com calma.”
Mas, mesmo prestativo, Shen Hongyuan era um empresário e não pretendia esperar no banheiro enquanto o senhor Yang usava a cabine.
Saiu para o corredor e acendeu um cigarro.
Nesse momento, Shen Xingyu se aproximou.
Ele franziu o cenho ao ver Shen Hongyuan e comentou: “Pai, o tio Cheng de novo…”
Ouvindo isso, Shen Hongyuan ficou sério.
Ele balançou a mão e disse: “Ele é seu tio, afinal. Ainda é seu parente mais velho.”
Shen Xingyu suspirou: “Pai, eu já disse que o senhor deveria cortar relações com ele.”
Shen Hongyuan respondeu, um pouco irritado: “Ele é diretor da empresa e meu irmão. Se algo acontecer, acha que posso simplesmente ignorá-lo?”
“Com licença,” disse Shen Xingyu, em tom frio. “Os problemas financeiros da Shen foram causados justamente pelo senhor sempre acobertá-lo.”
“Já entendi,” Shen Hongyuan respondeu em voz baixa. “Seu tio Cheng perdeu o pai devido a negócios da empresa. Sem ele, a Shen não seria o que é hoje. Onde você acha que seria CEO?”
Shen Xingyu ficou em silêncio.
Shen Hongyuan estava de bom humor e não queria discutir com o filho. Ele deu um tapinha no ombro de Shen Xingyu e disse:
“Vá receber os outros empresários. Com sorte, hoje mesmo resolveremos os problemas financeiros.”
Logo em seguida, ouviu-se um “plof” vindo do banheiro.
Quando se virou, viu o senhor Yang sair da cabine, com a barriga tremendo, correndo em pânico.
Estava encharcado, com o rosto apavorado, e gritava:
“Explodiu! Explodiu tudo lá dentro!”
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A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU
Lu Ran é o filho biológico negligenciado de uma família rica.
Quando ele tinha quatro anos, se perdeu. Ao retornar para casa, sua família favoreceu o filho adotivo, Shen Xingran,...