Capítulo 118: Shen Cheng
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Explodiu?
O quê explodiu?
O Sr. Yang, agitando os braços e tentando se explicar, estava visivelmente perturbado.
Shen Hongyuan e Shen Xingyu pararam, sem entender.
Por um momento, Shen Hongyuan até olhou para o próprio celular, achando que talvez o Sr. Yang tivesse recebido alguma notícia bombástica sobre o mercado financeiro enquanto usava o banheiro.
Até que, com um misto de vergonha e raiva, o Sr. Yang disse novamente: “O banheiro explodiu!”
Só então Shen Hongyuan e seu filho perceberam o que estava acontecendo e, franzindo as sobrancelhas, correram para o banheiro.
Shen Hongyuan murmurou: “Não pode ser… eu tinha verificado tudo!”
Mas, ao se depararem com a cena dentro da cabine, suas palavras morreram na garganta.
O que era para ser um vaso sanitário em perfeito estado agora estava jorrando um amontoado de esferas coloridas e brilhantes.
As pequenas bolinhas pareciam translúcidas, multicoloridas, e teriam até um certo toque onírico, se não estivessem misturadas a outros materiais nada agradáveis.
Diante de todos, aquelas esferas jorravam como se tivessem vida própria, fazendo o conteúdo do vaso subir.
Ao ser empurrado para cima, o que deveria ter descido pelo encanamento transbordou e se espalhou pelo chão.
“Esse… esse banheiro de vocês!”
O rosto do Sr. Yang, que começara pálido, alternava entre vermelho e verde.
Quando ele saiu correndo do banheiro, ainda sentia um pouco de vergonha por ter, aparentemente, “causado” um problema no banheiro da casa dos Shen.
Porém!
Agora estava claro que a culpa não era dele, mas sim daquele banheiro amaldiçoado.
A indignação tomou conta do Sr. Yang. Ele lançou um olhar severo a Shen Hongyuan e riu ironicamente: “Ora, ora, Sr. Shen, se não ficou satisfeito com os meus termos, bastava dizer. Não precisava aceitar e depois armar um truque para me enojar assim.”
Ao ouvir isso, Shen Hongyuan entrou em pânico.
“Sr. Yang! Foi um acidente, com certeza alguma criança da festa fez uma brincadeira de mau gosto. Veja, esta outra cabine está normal…”
Para provar seu ponto, ele abriu a porta de outra cabine e até apertou o botão de descarga.
A água fluiu do reservatório, preenchendo o vaso de forma aparentemente normal.
Mas logo, devido à pressão da água, outras bolinhas, que estavam escondidas no encanamento, começaram a subir repentinamente.
Com um “splash”, empurraram tudo para cima, fazendo o conteúdo esguichar em direção ao alto.
As esferas translúcidas, misturadas a restos nada agradáveis, giravam pelo ar.
Algumas até caíram sobre a cabeça de Shen Hongyuan.
Por um momento, o banheiro mergulhou em silêncio absoluto.
Pouco depois, o Sr. Yang, visivelmente indignado, retirou-se com um aceno de desprezo.
Os outros empresários, que testemunharam a cena, estavam boquiabertos e, por um bom tempo, ninguém pensaria em pisar na casa dos Shen novamente.
Finalmente, a mansão dos Shen, que estivera em alvoroço a noite inteira, ficou em silêncio.
Só depois de um tempo o banheiro foi preenchido com o grito furioso de Shen Hongyuan:
“Lu Ran!”
Essa explosão no banheiro complicou significativamente os planos de Shen Hongyuan de atrair investimentos.
No entanto, devido aos lucros potenciais do projeto HZ, a família Shen ainda era vista como um trunfo em Pequim.
Até Shen Xingzhuo, com seu estúdio quase falido, conseguiu captar alguns investimentos e voltar à ativa nesse momento oportuno.
Pela primeira vez, Xingzhuo via algum sucesso em sua carreira e decidiu fazer uma visita à família.
Mas ele chegou em um momento inoportuno, pois Shen Cheng, seu tio, também estava por lá, e Shen Xingyu e Shen Hongyuan estavam discutindo por causa dele.
Ao entrar, Xingzhuo ouviu seu irmão mais velho dizer: “Desta vez, eu não vou aprovar nenhum repasse de verba.”
Em seguida, ouviu o som de vidro quebrando – Shen Hongyuan havia jogado um copo ao chão, irritado.
Xingzhuo parou por um instante, mas decidiu continuar.
Desde que era adolescente, morava em outro lugar e não tinha muita proximidade com o tio.
Lembrava-se vagamente de que, quando criança, o tio aparecia com frequência na casa da família.
Antes de Shen Hongyuan assumir a liderança dos negócios, o tio vinha visitar seu avô com frequência, cuidando dele e bajulando-o, aproveitando-se da insatisfação do velho com o filho.
Era óbvio que ele queria tirar algum proveito da situação.
Depois que Shen Hongyuan assumiu o controle, Xingzhuo achava que o pai não teria mais paciência para o tio.
Mas, ao contrário, seu pai, que era severo em muitas outras áreas, mantinha uma forte lealdade fraternal com ele.
Ao longo dos anos, Shen Hongyuan havia ajudado o irmão em diversas situações.
Até mesmo da última vez, quando Shen Cheng causou problemas ao engravidar uma mulher, foi Shen Hongyuan quem pagou para resolver a situação.
Esse incidente, inclusive, chegou a fazer com que a esposa de Shen Hongyuan suspeitasse do marido.
Xingzhuo entrou na sala e viu seu pai pressionando o peito e dizendo a Shen Xingyu:
“Ele é meu irmão! Como você, sendo o irmão mais velho, não consegue entender isso?”
De alguma forma, essas palavras pareceram atingir Shen Xingyu.
Por um momento, ele ficou paralisado, sem saber o que responder, e mordeu os lábios, refletindo.
Só depois de um tempo ele ergueu o olhar para o pai.
Xingzhuo observou a expressão de Shen Xingyu, notando que, por um breve segundo, ele parecia… com inveja.
Xingzhuo até pensou que o irmão iria ceder.
Mas Shen Xingyu respirou fundo, abriu a boca, mas acabou sem dizer nada.
Ele apenas pegou o paletó caído no chão, colocou-o no braço e saiu da sala.
Ao sair, passou por Xingzhuo, e os dois trocaram olhares.
Os irmãos nunca se davam muito bem.
Xingzhuo sequer compareceu ao aniversário de Shen Xingyu, tampouco lhe deu um presente.
Os dois irmãos se encararam por alguns segundos em silêncio.
Por fim, Shen Xingyu falou, em seu tom habitual de alerta: “Tome cuidado com os investimentos no seu estúdio.”
Shen Xingzhuo sempre odiou esse tom de voz. Parecia que, para seu irmão, ele era o único capaz na família, enquanto o resto só sabia causar problemas.
Com um sorriso sarcástico, Shen Xingzhuo respondeu: “Isso não é da sua conta, cuide dos seus próprios assuntos.”
Shen Xingyu não retrucou e, com a expressão séria, saiu.
Vendo-o se afastar, Shen Hongyuan, que estava sentado no sofá, soltou um suspiro pesado, parecendo mais preocupado do que irritado.
Quando notou Shen Xingzhuo, lançou-lhe um olhar de desdém e disse: “Finalmente apareceu, não é? Já tá precisando de dinheiro de novo para o seu estúdio? Não espera que eu acredite que você vá longe assim!”
A raiva de Shen Xingzhuo explodiu.
“Se está com raiva, vá discutir com o Shen Xingyu ou com o Shen Cheng, e me deixe fora disso!”
Sem mais, ele subiu para o segundo andar e foi direto para o seu quarto.
No segundo andar, a Sra. Shen estava em seu closet, conversando por vídeo com suas amigas, exibindo suas novas joias limitadas. Ao ouvir as vozes alteradas lá embaixo, ela se levantou e fechou a porta, retornando ao vídeo para continuar a conversa.
Shen Xingran, que estava no canto do corredor no terceiro andar, observava tudo silenciosamente.
Depois de alguns minutos, ele desceu ao segundo andar e bateu na porta do quarto de Shen Xingzhuo.
Lá dentro, Shen Xingzhuo já havia perdido a empolgação que tivera ao voltar para casa. Ele estava deitado na cama, sentindo-se desmotivado e sem saber o que fazer.
Após alguns minutos, as palavras de Shen Hongyuan ecoaram em sua mente: “Ele é meu irmão!”
Ele se levantou e puxou uma caixa de papelão debaixo da cama.
Aquela caixa era o presente que ele preparara para Lu Ran no dia em que o rapaz voltou oficialmente para a família Shen. Mas, naquela ocasião, Lu Ran não apareceu.
Depois disso, Lu Ran se mudou para a casa dos Ji, e Shen Xingzhuo nunca teve outra chance de lhe entregar o presente.
A verdade é que, se ele realmente quisesse, sempre haveria uma oportunidade. Mas Shen Xingzhuo esperava que Lu Ran se aproximasse primeiro e o chamasse de “irmão”. Só então entregaria o presente.
Toc, toc. A porta foi batida.
“Pode entrar,” disse Shen Xingzhuo.
Shen Xingran espiou para dentro e, ao vê-lo, disse com um sorriso: “Irmão.”
Por um instante, Shen Xingzhuo ficou feliz. Era como se, com aquele “irmão”, ele finalmente tivesse seu próprio valor e lugar dentro daquela casa.
Mas como ele e Shen Xingran estavam com uma relação meio tensa, o momento também foi um pouco constrangedor.
“Se vai entrar, então entre logo. Pra que bater na porta?” murmurou Shen Xingzhuo.
Shen Xingran riu e entrou, dizendo: “Vi que o papai estava bravo com você de novo, está tudo bem?”
Enquanto falava, ele notou a caixa que Shen Xingzhuo segurava. Fingindo curiosidade, se aproximou e perguntou: “O que é isso, irmão?”
Dentro da caixa havia algumas coisas antigas. Shen Xingran viu uma bola colorida, um brinquedo de sua infância, e, por impulso, tentou pegá-la.
Mas sua mão foi interrompida por Shen Xingzhuo, que fechou a caixa.
Depois de uma breve pausa, Shen Xingzhuo disse: “Só alguns brinquedos antigos.”
Dito isso, ele empurrou a caixa de volta para debaixo da cama.
Shen Xingran recolheu a mão, mas logo sorriu e mudou de assunto:
“Irmão, não se preocupe muito. Esses dias, o papai anda estressado porque o nosso irmão mais velho está insistindo para que Lu Ran entre na empresa Shen.”
Shen Xingzhuo franziu a testa e perguntou: “Foi o Shen Xingyu que sugeriu isso?”
Shen Xingran assentiu, com uma expressão casual: “Nosso irmão quer muito que Lu Ran volte…”
Shen Xingzhuo refletiu por um momento.
“É, faz sentido,” ele respondeu, “ele deve mesmo voltar.”
Shen Xingran sorriu, mas não disse mais nada.
Desde que Ji Min saiu do hospital, Fang Chen não estava nada contente.
Lu Ran estava cada vez mais ocupado. Quando Ji Min não estava por perto, ele raramente saía, e agora, com Ji Min em casa, suas saídas com Fang Chen tinham se tornado ainda mais escassas.
Fang Chen, embora tivesse muitos amigos, sabia que a maioria deles o procurava mais por causa do seu status.
Finalmente, ele havia encontrado um amigo tão divertido quanto Lu Ran, e não queria perdê-lo.
Assim, aproveitando um fim de semana, Fang Chen foi até a casa dos Ji novamente.
Assim que chegou, ele pegou Da Huang no colo e brincou: “Acho que o Da Huang nem me reconhece mais.”
Ele mal terminou de falar, e antes que Lu Ran pudesse responder, Ji Min saiu do escritório.
Ji Min parecia estar apenas indo pegar um copo d’água.
Ao passar pelo sofá, ele cumprimentou: “Ah, Fang Chen, você veio. Aproveitem e divirtam-se.”
Fang Chen forçou um sorriso: “Ahaha, olá, Sr. Ji.”
Ji Min assentiu e saiu.
Assim que ele se afastou, Fang Chen respirou aliviado e voltou a reclamar: “Você não sai mais comigo.”
Lu Ran hesitou por um segundo, mas respondeu: “Ei, mas eu ainda jogo com você, não é?”
Fang Chen revirou os olhos e, animado, cochichou: “Lembra daquele cara que você me ajudou a pregar uma peça? Ele está passando um perrengue enorme agora!”
Os dois riram, se serviram de suco e começaram a conversar animadamente.
Lu Ran pegou o copo de suco, mas logo viu Ji Min saindo do escritório novamente. Ao perceber o copo na mão de Lu Ran, Ji Min franziu a testa.
Ele se aproximou, tocou o copo e, num tom preocupado, disse:
“Quem foi que disse ontem à noite que estava com dor de estômago? E agora quer beber algo gelado?”
Sem esperar resposta, ele tirou o suco da mão de Lu Ran e substituiu por um copo de água morna.
Após fazer isso, Ji Min olhou para Fang Chen e, com um sorriso educado, comentou: “Desculpe, mas Lu Ran é um pouco descuidado com o que come, então é preciso dar atenção extra.”
Fang Chen: “…”
Assim que Ji Min saiu, Fang Chen pegou o celular, apagou a tela e olhou para o próprio reflexo por um longo tempo.
“O que você está fazendo?” perguntou Lu Ran.
Fang Chen, com uma expressão desanimada, respondeu: “Estou vendo se estou brilhando.”
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A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU
Lu Ran é o filho biológico negligenciado de uma família rica.
Quando ele tinha quatro anos, se perdeu. Ao retornar para casa, sua família favoreceu o filho adotivo, Shen Xingran,...