Capítulo 133 – Extra: Pedido de Casamento (Parte Dois)
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Lu Ran ficou atônito por um momento.
Levantou a cabeça e olhou para Ji Min, incrédulo.
Depois de alguns segundos, ele exclamou: “Você realmente me beijou?”
Ji Min: “…”
Quem foi que criou essa situação de vida ou morte agora há pouco?
Não demorou muito para que aquele sujeito coberto de sujeira, todo satisfeito, ainda viesse provocá-lo.
Com um sorriso travesso, disse:
“Agora estragou tudo, Ji Min, você não está mais limpo. Daqui pra frente, está proibido de me beijar.”
Ji Min ergueu as sobrancelhas.
“Eu nem reclamei de você, e você já está me rejeitando?”
Dizendo isso, ele segurou o rosto de Lu Ran e deu mais alguns beijos como vingança.
A vaca que havia acabado de ser socorrida: “…”
Se fosse capaz de pensar, o touro certamente estaria se perguntando se alguém ainda lembrava de sua presença.
Ele estava doente, não morto! Mesmo que tivesse morrido, com aquele tamanho todo, era impossível ignorá-lo!
Logo depois, o dono da fazenda e outros veterinários chegaram ao local, alertados pela situação.
Só então Ji Min e Lu Ran saíram do estábulo juntos.
O fazendeiro, ao ver as manchas de sujeira no terno de Ji Min, sentiu a visão escurecer.
Sem saber o que havia acontecido, ele achou que a vaca doente talvez tivesse chutado Ji Min acidentalmente.
Uma vaca doente era uma preocupação, mas ofender Ji Min era algo muito mais sério.
O fazendeiro balbuciou: “Sr. Ji, eu… vou providenciar um quarto e roupas limpas para o senhor!”
E já se preparava para sair e resolver isso.
Ji Min ajeitou o paletó e olhou para o causador do problema ao lado: “Não precisa, quem fez a bagunça é que deve cuidar disso.”
“Hã?” O fazendeiro ficou chocado, olhando hesitante para a vaca caída no chão.
Será que ele queria que a vaca se responsabilizasse?
Logo Lu Ran terminou o que precisava fazer.
O fazendeiro observou, incrédulo, enquanto o Sr. Ji acompanhava um simples estagiário até a fileira de dormitórios.
A fazenda era grande, e o número de estagiários no local era pequeno, então cada um tinha direito a um quarto individual.
O quarto, no entanto, era bem estreito, com apenas uma cama de solteiro.
Felizmente, tinha um banheiro privativo.
Antes mesmo de entrar no quarto, Lu Ran tirou o jaleco sujo e o jogou de lado.
Ji Min tirava o paletó devagar, observando o pequeno cômodo.
Com uma expressão um tanto preocupada, perguntou: “A cama é tão estreita, você consegue dormir bem?”
Lu Ran respondeu sem cerimônia: “Valeu pela preocupação. Ninguém vai me sacudir à noite, então por mais estreita que seja, eu não vou cair.”
Dito isso, ele pegou uma troca de roupas e entrou no banheiro: “Tenho compromisso depois, vou tomar banho primeiro.”
Ji Min assentiu: “Claro, não vou disputar o chuveiro com você.”
Lu Ran entrou no banheiro e ligou o chuveiro para esquentar a água.
Como as instalações eram antigas, a água quente demorava a chegar.
Finalmente, quando a água esquentou e ele começou o banho, mal tinha se lavado por alguns minutos quando…
“Clic”, a porta do banheiro se abriu.
O sujeito que tinha dito tão confiante que não disputaria o chuveiro entrou sem cerimônia.
Lu Ran: “…”
O banheiro individual já era minúsculo, mal cabendo Lu Ran sozinho ali dentro. Com Ji Min, de quase um metro e noventa, invadindo o espaço, não havia um centímetro livre.
Lu Ran estava ensaboando o corpo.
Ao ver o intruso, revirou os olhos com tanta força que quase viraram.
“Você não disse que não ia disputar o chuveiro?” ele perguntou.
Ji Min, que já tirara a gravata e desabotoara completamente a camisa preta, respondeu casualmente, com um ar sério: “Você toma seu banho. Eu só vim ao banheiro.”
Lu Ran parou de se ensaboar e ficou olhando para ele.
Após alguns segundos, pegou um punhado de espuma e o jogou: “Você não tem vergonha, não?”
Ji Min, sempre muito direto nesse tipo de situação, respondeu: “Não tenho.”
Com um movimento do braço, a mão de Ji Min logo se encheu de espuma branca e macia.
“Eu acabei de me lavar, você lavou as mãos?” perguntou Lu Ran.
“Lavo depois,” ele respondeu.
O banheiro era antigo, e os azulejos no chão estavam escorregadios.
As paredes também mostravam marcas de ferrugem da água.
Tudo ali parecia perigosamente escorregadio.
O som da água continuava a ecoar.
De repente, Lu Ran lembrou de algo importante.
Com as sobrancelhas franzidas, ele olhou para Ji Min e disse: “Vai buscar aquilo.”
Ji Min parou, e então respondeu: “Não trouxe.”
Lu Ran: “…”
Surpreso, perguntou: “Você não trouxe?”
“Que tom é esse?” Ji Min deu uma leve batida na cabeça dele. “Hoje eu vim só para buscar você na fazenda. O que você pensa de mim, acha que eu ando com essas coisas?”
Lu Ran não pôde evitar de rir, enterrando o rosto no pescoço de Ji Min: “Pois acho que devia andar, é bom ter consciência de si mesmo.”
Ji Min soltou um “tsc” e o levantou nos braços.
Algum tempo depois.
Com o calor do ambiente pequeno e abafado, Lu Ran segurava a boca, com o rosto vermelho de tanto prender o riso.
Ji Min, incomodado, afastou a mão dele.
Lu Ran soltou o ar e, rapidamente, cobriu a boca de novo.
“Pra que tanto?” Ji Min disse, rindo.
Lu Ran virou o rosto, respirou fundo para se recompor e sussurrou, irritado: “Você sabe o quanto esse lugar tem péssima acústica?”
Os sons do gado no estábulo mais próximo podiam ser ouvidos com clareza.
Vendo isso, Ji Min abriu o chuveiro no máximo e também a torneira da pia para disfarçar o som.
No entanto, Lu Ran, pendurado em Ji Min, sussurrou: “Ei, ei, ei! A conta de água é cara!”
Ji Min: “…”
Sem ter outra opção, ele inclinou-se e resolveu o problema de isolamento acústico de maneira “manual”.
Talvez pelo fato de ambos serem muito meticulosos com higiene.
O banho e a limpeza duraram duas horas inteiras.
Quando saíram do banheiro, Lu Ran vestiu-se rapidamente, quase voando, sem nem secar o cabelo.
“Vai devagar,” Ji Min estendeu a mão para ajudá-lo.
“Sem chance. Se eu não sair agora, o professor vai acabar vindo me procurar no quarto,” disse Lu Ran.
Ao ouvir isso, Ji Min pensou na situação constrangedora que poderia surgir e ficou em silêncio.
Com o término da avaliação, ainda havia muita coisa para fazer.
Ele sabia que realmente não deveria ter desperdiçado aquelas duas horas.
Mas Lu Ran lançou um olhar para Ji Min.
Ele estava sentado na beira da cama enrolado numa toalha, com o tronco nu, ao telefone com o assistente, pedindo uma troca de roupas.
Com uma disciplina rígida de treinos, o corpo de Ji Min exibia uma musculatura impecável e atraente.
Desviando o olhar, Lu Ran suspirou: a beleza é um grande engano.
Vestido, ele saiu rapidamente do quarto.
Ao abrir a porta, encontrou um colega vindo em sua direção. Lu Ran estendeu a mão e fechou a porta atrás de si com um estalo.
Foi tão rápido que ainda pôde ouvir uma leve risada vindo de dentro.
As orelhas de Lu Ran esquentaram instantaneamente.
O colega, sem entender nada, cumprimentou: “Por que você só trocou de roupa agora? O professor está procurando por você.”
“Ah.” Lu Ran inventou uma desculpa rapidamente: “Eu estava arrumando minhas malas.”
O colega ficou com inveja: “Ah! Se eu soubesse, teria voltado também para arrumar minhas coisas.”
Quando o colega se afastou, Lu Ran abriu a porta do quarto e espiou lá dentro.
Ele viu Ji Min deitado em sua cama, recostado em seu travesseiro, sorrindo para ele:
“Ótima desculpa que arrumou aí.”
Lu Ran lançou um olhar feroz: “Pois então, trate de tornar essa desculpa em realidade. Pode arrumar minhas coisas.”
Dito isso, fechou a porta e foi embora, deixando o Sr. Ji no quarto, sozinho, para arrumar suas malas.
Do lado de fora, o vento frio o ajudou a esfriar um pouco o rosto ainda corado.
Ele seguiu em direção à sala do professor.
Na sala do professor, havia apenas um computador conectado ao sistema da escola, e eles precisavam inserir suas notas pessoalmente.
Quando Lu Ran chegou, os outros já tinham terminado de registrar as suas.
A sala estava completamente vazia.
Lu Ran se aproximou e fez o login no sistema.
O computador estava lento e travando.
Enquanto esperava, Lu Ran se lembrou do comportamento de Ji Min naquele dia e arqueou as sobrancelhas.
Esse cara, em certos aspectos, era obstinadamente exagerado.
Por exemplo, sempre dizia que queria agir como “responsável” e ir até a universidade de Lu Ran.
Mas, ao longo dos anos, Ji Min nunca havia aparecido por lá.
Mesmo quando ia buscá-lo, estacionava o carro executivo discreto num lugar quase escondido.
Lu Ran entendia o que Ji Min pretendia.
Ele queria que Lu Ran tivesse uma experiência universitária comum e tranquila.
Sendo um estudante universitário, na idade dele, qualquer coisa fora do comum poderia facilmente dar origem a boatos.
Por isso, Ji Min evitava aparecer na universidade.
Tanto que, ao longo dos anos, quando Lu Ran dizia aos colegas que já tinha um namorado, ninguém realmente acreditava.
Então…
Será que esse cara tinha mudado da noite para o dia?
Até provocá-lo no dormitório agora estava fazendo?
Lu Ran ainda ponderava sobre o comportamento estranho de Ji Min quando ouviu um som do lado de fora da sala.
Ele olhou e viu, parado na porta, um colega de curso.
Seu nome era Guo Zhou, um típico filho de família rica.
Do tipo que a família doava ar-condicionado para a universidade.
Ele faltava a praticamente todas as aulas e dependia dos colegas para garantir os créditos.
Para Lu Ran, que era um universitário batalhador, esse “jogador do time do dinheiro” era quase uma figura de outro mundo.
No semestre passado, Guo Zhou havia se declarado para ele e foi rejeitado.
Lu Ran não tinha muita consciência de sua popularidade na escola.
Achava que, além de ter crescido um pouco, não havia mudado muito.
Também não dava a mínima para quantas pessoas gostavam dele.
Quando alguém se declarava, ele recusava de forma rápida e direta.
A maioria das pessoas, embora desapontada, aceitava o não e seguia em frente.
Mas sempre havia aqueles tolos que acreditavam que ninguém ousaria rejeitá-los.
E que todas as recusas eram só um “sim disfarçado”.
Guo Zhou era uma dessas pessoas.
Lu Ran o ignorou e, assim que a página do sistema carregou, começou a preencher o formulário.
Guo Zhou recostou-se na porta, assumindo o que achava ser uma pose atraente.
Observando Lu Ran, perguntou: “Hoje, vi um homem vir falar com você. Ele é algum parente seu?”
Ji Min, agora trocado e acompanhando o fazendeiro, também tinha chegado ao setor administrativo.
Assim que se aproximou, viu a cena.
Do seu ângulo, podia ver o interior da sala com o computador.
Ele parou e escutou.
Do lado de dentro, a resposta de Lu Ran foi simples e direta: “Não, esse é o meu namorado.”
A declaração soou firme.
As paredes da fazenda não isolavam bem o som, e a voz levemente fria de Lu Ran chegou nítida aos ouvidos de Ji Min.
Os olhos do fazendeiro e dos professores que acompanhavam Ji Min se arregalaram.
Ji Min baixou a cabeça, levando os dedos aos lábios, e soltou uma leve tosse.
Nesse momento, ouviram Guo Zhou exclamar, espantado: “Seu namorado? Como… como você tem um namorado?”
Lu Ran manteve o olhar no monitor, sem nem lhe dirigir um olhar:
“Eu já disse várias vezes que tenho um namorado. Repeti umas oitocentas vezes. Qual o problema?”
“Eu achei que era uma desculpa!”
A voz de Guo Zhou, de repente, carregava um tom de ressentimento.
“Como pode ser assim? Esse homem deve ser uns sete ou oito anos mais velho que você. E eu ainda pensava que você era diferente dos outros, que não se deixava levar por dinheiro, mas no final está com um cara desses!”
Ao ouvir isso, Ji Min franziu o rosto, seu semblante imediatamente sombrio.
O fazendeiro e o professor responsável pelos estagiários quase se ajoelharam de nervoso.
Ji Min deu a volta e começou a caminhar pelo corredor em direção à sala.
Nesse momento, Lu Ran, que até então estava concentrado no computador, ergueu a cabeça, olhando para Guo Zhou com um olhar gélido e afiado.
“Um cara desses?”
O jovem soltou uma risada sarcástica. “Ha! Meu namorado é mais alto que você, tem mais cabelo, é mais bonito e dá um soco que te acerta em dobro. Sem falar que ele é ótimo em tudo e eu sou completamente satisfeito com ele. Que direito você acha que tem de chamá-lo de ‘um cara desses’?”
As palavras ecoaram pelo corredor, fazendo todos ali pararem no mesmo instante.
“Ótimo em tudo”… “completamente satisfeito”?
Ji Min levou a mão à testa, fazendo um gesto familiar.
Suas orelhas, visivelmente, estavam vermelhas.
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A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU
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Quando ele tinha quatro anos, se perdeu. Ao retornar para casa, sua família favoreceu o filho adotivo, Shen Xingran,...