Capítulo 134 – Extra: Pedido de Casamento (Parte Três)
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Enquanto dizia essas palavras, Lu Ran ergueu o queixo, o rosto exibindo uma expressão orgulhosa.
Havia uma leveza sedutora em seu olhar, tornando cada frase ainda mais convincente.
Do outro lado, Guo Zhou estava tão abalado que não conseguiu responder.
Lu Ran era o típico “príncipe perfeito” do campus.
Como ele poderia falar desse jeito?!
“V-v-você!” Guo Zhou tinha uma expressão de sonhos despedaçados.
Lu Ran soltou um “hehe” e continuou: “Meu namorado, toda vez, no mínimo uma hora…”
Ji Min não conseguiu ouvir mais.
Para evitar a necessidade de encontrar uma nave espacial para se exilar, ele deu um passo rápido e tapou a boca de Lu Ran.
Os outros presentes permaneceram ali, paralisados pela situação embaraçosa.
O clima estava tão constrangedor que, não se sabe quem, tentou quebrar o gelo com uma risadinha.
Logo, o ambiente foi tomado pelo riso nervoso do fazendeiro e dos professores, num coro de risos embaraçados e contidos.
Cada risada parecia dizer “Por que eu tinha que estar aqui para presenciar isso?”
Lu Ran tentou afastar a mão de Ji Min.
Ji Min respirou fundo e segurou por mais um instante.
Quando teve certeza de que o outro não diria mais nada chocante, finalmente o soltou.
Com a interrupção de Lu Ran, ele até esquecera o que ia falar.
Após uma pausa constrangedora, pigarreou e disse: “Perdoem-nos pela cena.”
O fazendeiro prontamente tentou descontrair: “Tudo bem, tudo bem, jovens são assim…”
Ji Min: “…”
Melhor seria não tentar entender, de verdade.
Por favor, se puderem esquecer o que ouviram, eu agradeço.
Quando Lu Ran viu aquele monte de gente ali, ele nem pareceu se importar.
Não se envergonhava dessas coisas.
Antes mesmo de terem feito qualquer coisa, ele já falava disso em locais bem mais movimentados.
Agora que estavam juntos, por que iria se importar?
Sem outra opção, Ji Min pegou a mão dele e começou a guiá-lo para fora da sala.
Ao passar pela porta, Ji Min baixou os olhos e olhou para o ainda paralisado Guo Zhou.
O leve sorriso de Ji Min desapareceu um pouco.
Com sua altura de quase um metro e noventa, ele exalava uma presença intimidadora.
Ainda mais sendo Ji Min.
Aquele que, mesmo jovem, já ocupava a posição de presidente do Grupo Ji.
Diante de alguém como Guo Zhou, um universitário arrogante, Ji Min não precisava de palavras duras.
Com um olhar frio e despreocupado, ele perguntou: “Você é da família Guo?”
Guo Zhou queria responder, mas ao ouvir a pergunta do homem, não pôde evitar responder automaticamente: “S-sim…”
Ji Min sorriu levemente.
E simplesmente comentou: “Semana passada estive com seu pai.”
Essa única frase foi o suficiente para fazer Guo Zhou empalidecer, como uma criança que acabou de ser pega em flagrante.
Ji Min não disse mais nada, desviando o olhar e guiando Lu Ran para fora do escritório.
Quando chegaram a um local mais afastado, Lu Ran não conteve uma risada abafada.
“Mandou bem, hein, tio Ji,” ele sussurrou no ouvido de Ji Min, em tom de provocação.
Ji Min pousou a mão no topo da cabeça dele e o afastou: “Rindo? Ainda rindo? O que foi aquilo que você disse lá na sala?”
“O que tem de errado? Só estava te elogiando, e você não gostou?”
Lu Ran se aproximou de novo.
Ji Min, sem ter como responder, abraçou-o e suspirou: “Seus professores estavam todos lá.”
Lu Ran revirou os olhos: “Eu nem fiquei sem jeito, por que você ficaria?”
O olhar de Lu Ran era tão direto e sincero como sempre, sem nem um pingo de timidez.
“Eu dormir com meu namorado tem algum problema?”
Ji Min: “…”
Após um longo silêncio, ele respondeu: “…Não fala mais disso.”
Lu Ran não gostou da resposta: “Eu falo sim.”
“Meu namorado… hmpf!”
No meio da provocação, sua boca foi silenciada.
Ji Min inclinou-se e o beijou por alguns instantes. O sol de meio-dia estava intenso.
A luz branca inundava a fazenda ampla e plana, e o ar carregava o leve aroma de feno fresco.
Uma paz revigorante envolvia o local.
Depois de um longo beijo, Ji Min ergueu um pouco a cabeça, encarou-o e suspirou:
“Se continuar, o que eu vou fazer se perder o controle?”
Lu Ran: “…”
Ji Min fingiu pensar seriamente: “Voltar ao dormitório?”
“Mas já usamos a desculpa de arrumar as malas, que outra razão poderíamos usar?”
Lu Ran: “…”
Finalmente ele se deu por vencido e murmurou: “Melhor não.”
Algumas horas mais tarde, quando o dia já ia caindo, Lu Ran finalmente colocou a mala no carro de volta.
“Estou exausto.” Ele se jogou no banco, relaxando o corpo.
Da Huang, o cachorro, imediatamente se aproximou.
Lu Ran pegou Da Huang nos braços e lhe deu alguns beijos: “Ei! Sentiu minha falta?”
O cachorro o recebeu com entusiasmo por um bom tempo, só se acalmando depois.
Lu Ran então se recostou no banco traseiro, exausto.
“Está mesmo cansado?” Ji Min perguntou.
Lu Ran resmungou em concordância.
Afinal, o dia havia sido intenso: avaliações, emergências, e, quando voltou para o dormitório, não teve nem um momento de descanso.
Enquanto estava ocupado, nem sentia o peso do dia, mas agora que finalmente relaxava, o corpo todo parecia estar desabando.
Vendo o quanto ele estava cansado, Ji Min colocou a mão sob as costas dele, massageando-o suavemente.
Lu Ran tentou encontrar uma posição mais confortável e, por fim, deitou-se no colo de Ji Min.
Primeiro, ele abraçou a cintura de Ji Min, com o rosto encostado no peito dele.
Mas, provavelmente por terem passado tanto tempo separados, qualquer gesto simples agora trazia pensamentos embaraçosos.
Após alguns minutos, Lu Ran percebeu o rumo que seus pensamentos estavam tomando, ficou vermelho e rapidamente se virou para deitar de barriga para cima.
Ji Min riu baixinho.
Lu Ran lançou-lhe um olhar fulminante.
Ji Min passou os dedos pelos cabelos dele e depois cobriu os olhos do jovem com a mão.
“Descanse um pouco.”
Segurando o pulso dele, Lu Ran logo adormeceu.
A viagem da fazenda até a casa deles não era curta, então Lu Ran dormiu por todo o caminho no banco de trás.
Quando acordou, o céu já estava escuro do lado de fora da janela.
Notou que tinha uma mantinha de ar-condicionado sobre si.
Bocejando, sentou-se: “Estamos onde?”
Ji Min, com a perna dormente por ter sido usada como travesseiro, respondeu: “Você dormiu tão bem que, quando abriu os olhos, já chegamos em casa.”
Ao estacionarem na garagem da mansão, Lu Ran desceu e se espreguiçou bem à vontade.
O mordomo Chen já havia preparado o jantar e aguardava na entrada.
Ao ver Lu Ran, sorriu e perguntou: “Como foi a avaliação?”
“Tranquilo,” respondeu Lu Ran, com sua confiança habitual e um toque de orgulho. “Na prova de hoje, uma vaca até adoeceu…”
Ji Min, atrás dele, completou: “E acabou espirrando lama pra todo lado.”
“Cala a boca,” resmungou Lu Ran, irritado.
O jantar foi animado e, depois, Lu Ran tomou um bom banho relaxante.
Já era bem tarde quando ele, de corpo molenga de tanto banho, voltou para o quarto, arrastando os chinelos.
Provavelmente por ter dormido no carro, agora ele estava totalmente desperto.
Deitou-se na cama e começou a responder mensagens no celular.
Alguns minutos depois, sentiu o colchão afundar ao lado.
Ji Min, saindo do banho, secava o cabelo enquanto se sentava ao seu lado.
A cama era enorme e sobrava espaço para os dois.
Mas, como se não tivesse olhos para ver o espaço ao redor, Ji Min decidiu praticamente deitar em cima de Lu Ran.
“Dá um jeito, sai pra lá,” empurrou Lu Ran. “Está um calor infernal, não gruda em mim.”
Ji Min bufou: “Quem foi que antes dizia que eu era geladinho e fazia questão de colar em mim?”
“Mas agora você acabou de sair do banho, está quente!” Lu Ran rebateu.
Ji Min inclinou-se, roçando a ponta do nariz nos fios de cabelo de Lu Ran, e murmurou: “O ar-condicionado está ligado.”
“Ainda assim, está quente,” Lu Ran colocou o celular de lado e tentou empurrá-lo de novo.
Mas dessa vez Ji Min segurou seu pulso.
“O que você está planejando?” Lu Ran semicerrava os olhos.
Ji Min não disse nada, apenas se inclinou para roçar a cabeça nele como um cachorro grande.
Parecia inofensivo, mas de vez em quando deixava entrever as pontas afiadas dos dentes ao mordiscar levemente a orelha de Lu Ran.
Ele não conseguiu segurar o riso.
Fazendo menção de se levantar, disse: “Não vejo Da Huang faz tempo. Vou brincar de bola com ele.”
Ji Min segurou sua cintura, impedindo-o de levantar: “A essa hora ele já está dormindo, e teve um dia cheio, está cansado.”
Lu Ran deitou-se de volta, fingindo: “Então eu também estou cansado.”
Ji Min, incansável em seu propósito, murmurou em tom de carinho: “Se está cansado, não precisa fazer nada.”
“Mesmo assim, eu quero dormir,” Lu Ran disse, erguendo o queixo com firmeza.
“Dormiu a tarde toda e ainda quer dormir?” Ji Min deu-lhe um tapinha na cintura.
“Ah!”
De repente, Lu Ran entendeu. Ele se sentou rapidamente, apontou para Ji Min e exclamou:
“Eu sabia! No carro você só ficava mandando eu dormir, era pra eu descansar bem e você aprontar agora, né?”
Ji Min não resistiu e abraçou-o, rindo.
Eles continuaram a brincar por um bom tempo.
No dia seguinte, Lu Ran dormiu até o meio-dia.
Pobre Da Huang, que esperava ansiosamente pela volta do dono.
Mas, ao acordar de manhã, quem o alimentou e levou para passear foi novamente Ji Min.
Ji Min, contudo, não perdeu tempo.
Depois de cuidar de Da Huang, aproveitou para resolver algumas pendências de trabalho e, em seguida, abriu um documento no computador.
O documento já tinha muitas páginas.
Mas o conteúdo não tinha relação com trabalho; era, na verdade, o plano de pedido de casamento de Ji Min.
Ji Min sempre fora um tanto tradicional.
Para esse tipo de momento, cheio de simbolismo, ele fazia questão de planejar tudo.
O plano já havia sido refeito várias vezes.
Finalmente, ele preparara uma versão que o agradava, mas, como Lu Ran sempre estava ocupado, o pedido fora adiado.
Ji Min sabia que, se pedisse, Lu Ran com certeza abriria espaço na agenda.
Mas ele não queria forçar.
Embora às vezes reclamasse das ocupações de Lu Ran, Ji Min adorava vê-lo envolvido em sua carreira.
Como no dia anterior, na fazenda.
Ao ver Lu Ran, calmo e focado ao lado do animal ferido, lidando com a situação com frieza e cuidado, Ji Min sentiu uma felicidade profunda ao vê-lo prosperando em sua área de paixão.
Ainda assim, agora que Lu Ran finalmente estava mais livre, era hora de concretizar o pedido.
Assim ele poderia ter paz, sem esses indivíduos inoportunos se aproximando de Lu Ran.
Consultou o relógio e, achando que era um bom horário, levou uma xícara de água quente para o quarto.
Lá, Lu Ran ainda dormia profundamente, mas estava prestes a acordar.
Ji Min se aproximou, observando-o dormir por um longo momento.
Depois, com um toque travesso, levantou a franja dele.
Lu Ran mexeu-se, mas não acordou.
Ji Min então apertou suavemente seu nariz.
Dessa vez, Lu Ran abriu os olhos, sonolento, olhando para Ji Min e murmurou:
“Não acredito… Ontem já me deixou quebrado e agora quer me assassinar?”
Ji Min riu: “Se você não acorda, depois vai dizer que eu deixei você morrer de fome.”
Lu Ran se espreguiçou preguiçosamente.
Antes, ele não sentia tanto, mas ao esticar o corpo, fez uma careta.
“Está com fome?” Ji Min perguntou.
“Fome nada,” resmungou Lu Ran, sentando-se e ainda com o rosto torto de dor, “parece que você me desmontou e remontou ontem!”
Ao ouvir isso, Ji Min abaixou a cabeça e soltou uma tosse discreta.
Ele realmente havia exagerado na noite anterior.
É assim com exercícios; quando se fica muito tempo sem, no dia seguinte, o corpo reclama.
“Quer que eu massageie?” Ji Min ofereceu.
Lu Ran deitou-se de volta na cama, apoiou as pernas no colo dele e deu ordens: “Aperta a panturrilha.”
Logo depois, reclamou: “Seu jeito é sempre o mesmo, muda um pouco!”
Ji Min seguiu pacientemente as instruções.
No fim, Lu Ran ainda se queixava de desconforto na região da cintura.
Quando se virou para massagear as costas dele, Lu Ran resmungou: “Isso, agora, jovem como sou, vou acabar com uma hérnia?”
Ji Min segurou a cintura dele com as duas mãos e, depois de pensar um pouco, respondeu com toda seriedade:
“Hérnia, acho que não…”
Ele analisou a questão e, com a sinceridade de sempre, concluiu: “Pela posição do esforço, no máximo você teria uma anteversão pélvica.”
Lu Ran: “…”
Ele se virou para encará-lo.
Ji Min mantinha a expressão séria, como se nem soubesse o absurdo que acabara de dizer.
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A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU
Lu Ran é o filho biológico negligenciado de uma família rica.
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