Capítulo 72: Pequenas Coisas
- Home
- All Mangas
- A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU
- Capítulo 72: Pequenas Coisas
Ji Min abaixou a cabeça.
Como esperado, a pessoa que estava se curvando para amarrar os cadarços agora olhava diretamente para ele.
Os olhos do rapaz estavam cheios de surpresa.
Nesse momento, Ji Min teve uma vontade imensa de se dar um tapa na própria boca.
Mas que tipo de absurdo ele tinha acabado de dizer!
Sem precisar pensar muito, Ji Min já sabia o que Lu Ran diria em seguida.
Ele se adiantou quase atropelando as palavras para explicar: “Não, eu não quis dizer isso, eu só estava falando sobre essa hipótese…”
Mas já era tarde demais.
Ali ao lado, o jovem levantava o rosto, arregalando os olhos para ele, com os lábios se mexendo levemente.
Ji Min ainda tentava insistir: “Espera, eu não…”
Porém, o olhar de Lu Ran já deixara de ser de surpresa, passando a uma expressão de compreensão.
Então, Ji Min ouviu um suspiro familiar.
Seu coração deu um salto, mas tudo que ouviu do garoto foi: “Chefe, não fique nervoso.”
Ji Min ficou surpreso, não esperava ouvir uma frase de consolo.
Lu Ran já estava se curvando novamente, continuando a mexer em seus cadarços com calma.
Com um tom bem tranquilo, ele disse:
“Você já explicou antes, disse que não gosta de mim, então vou considerar que você não gosta mesmo.”
Ji Min: “…”
Ji Min: “?”
Essas palavras, à primeira vista, pareciam normais, mas ao refletir um pouco mais, ele percebeu que soavam cada vez mais estranhas.
O que significava “vou considerar que você não gosta”?
“Não, essa sua frase…” Ji Min tentou corrigir, mas o rapaz fez um gesto impaciente com a mão, como se quisesse encerrar o assunto:
“Essas são coisas pequenas, eu não ligo, afinal você não pode realmente me levar para a cama.”
Ji Min: “…”
O que significava “não pode realmente me levar para a cama”?
Está subestimando quem aqui?
Ji Min cerrou os dentes, sentindo o maxilar se apertar. Ele respirou fundo, tentando se acalmar: “Eu realmente não…”
“Eu entendo.” Lu Ran já tinha terminado de amarrar os cadarços, levantando-se e interrompendo-o com uma atitude que demonstrava claramente que não queria prolongar o assunto.
Ele disse “eu entendo”, mas o olhar indicava outra coisa: Você não precisa explicar, eu não acredito em nada mesmo!
Ji Min respirou fundo, sentindo seus pulmões se expandirem lentamente.
E o garoto que estava ali, quase o matando de raiva, dizia com a maior seriedade:
“Vamos focar no que importa, a atitude de Shen Hongyuan realmente está estranha.”
O tom do rapaz era extremamente sério.
Ele não estava perguntando, como de costume, se Ji Min gostava dele ou não.
Era exatamente a postura que Ji Min esperava, tratando do que importava.
Mas por que isso parecia tão…
“Não.” Ji Min respondeu com os dentes cerrados. “Neste momento, eu não quero falar de assuntos sérios com você.”
Ele precisava esclarecer essa questão pessoal antes!
Mas, assim que terminou de falar, viu Lu Ran com uma expressão de “eu sabia”, balançando a cabeça para ele.
Em seguida, o garoto pegou o celular, olhou a hora e disse: “Chefe, agora é meu horário de trabalho, por favor, mantenha a calma.”
E, antes que Ji Min pudesse responder, Lu Ran já tinha saído da mansão com uma expressão de profunda compreensão.
Ji Min ficou ali, com um monte de palavras presas na garganta, completamente atônito.
Sentou-se no lugar, massageando o peito, e, lentamente, virou-se para Chen, o mordomo.
O mordomo, com um olhar preocupado, perguntou: “O senhor está bem?”
Ji Min esboçou um sorriso de canto: “Estou ótimo.”
“É só que acabei de descobrir que, na verdade, uma pessoa pode sim ficar doente de raiva.”
Chen conteve uma risada.
Lu Ran realmente não se importava com a possibilidade de Ji Min querer algo com ele.
Essas eram coisas pequenas.
Se fosse outra pessoa…
Ele saberia que Shen Hongyuan se encontrava secretamente com essa pessoa, discutindo questões sobre ele. E essa pessoa aparentemente gostava dele e queria levá-lo para a cama.
Nesse caso, Lu Ran já estaria em alerta.
Mas, com Ji Min, ele inexplicavelmente relaxava.
Ah… no fim, esse cara gosta de mim já faz tempo.
O que realmente importava para Lu Ran era o que a fala de Ji Min revelava sobre a atitude de Shen Hongyuan.
Era realmente estranho.
Shen Hongyuan estava de fato agindo de forma incomum.
Lu Ran, afinal, já tinha vivido duas vidas e ainda lembrava do conteúdo original do livro.
Ele sabia muito bem que o motivo de Shen Hongyuan paparicar tanto Shen Xingran era, em grande parte, pelos enormes benefícios que o garoto trazia para a família Shen.
No livro, a mudança de Shen Hongyuan como pai começava com a admiração pela excelência de Shen Xingran, o que dava a ele, como pai, uma boa imagem, até se tornar, por fim, um verdadeiro pai superprotetor.
Entendendo a personalidade de Shen Hongyuan, Lu Ran havia decidido, na época, usar Ji Min para chamar a atenção de Shen Hongyuan e conseguir que fosse aceito pela família Shen.
Mas, ao que parecia, o que tinha funcionado não foi “chamar a atenção”, e sim a identidade de Ji Min e o constrangimento de assumir um pai em público.
Shen Hongyuan parecia temer que ele e Ji Min se aproximassem.
Do que ele tinha medo, afinal?
Lu Ran pensou nisso por um bom tempo.
Quando voltou a si, ele e Ji Min já tinham chegado ao local.
Lu Ran empurrava a cadeira de rodas de Ji Min, inclinando-se um pouco para perto e dizendo: “Chefe, o que acha de me emprestar alguém da sua equipe jurídica?”
Ji Min ainda tinha na cabeça a frase “você não pode realmente me levar para a cama”, e isso o deixava furioso.
Sem prestar atenção ao pedido, ele respondeu: “Não.”
Lu Ran insistiu: “Eu só quero uma consulta, é de graça.”
Desde que foi aceito na família Shen, Lu Ran havia pesquisado alguns documentos relacionados e entendido a estrutura dos negócios do Grupo Shen.
Também havia consultado professores de direito na universidade sobre questões de herança de ações.
Mas o que ele podia acessar eram apenas informações públicas.
Os advogados de Ji Min, no entanto, eram outra história.
Ao ouvir isso, Ji Min percebeu que o garoto era mais esperto do que parecia.
Ele estava prestes a dizer algo quando ouviu o rapaz que o estava importunando até agora soltar um “Droga!” de repente.
Ji Min virou a cabeça, mas não viu ninguém.
Depois de olhar ao redor, finalmente encontrou Lu Ran. Não sabia como, mas o garoto havia se abaixado e agora estava do lado da cadeira de rodas, agachado como um ladrão e encolhido.
“O que você está fazendo?” Ji Min perguntou.
Ele olhou na direção oposta à que Lu Ran estava escondido.
Viu um jovem de rosto sério e expressão educada, cumprimentando os outros.
Era Shen Xingyu.
Ji Min não entendia por que Lu Ran estava se escondendo.
Tinha uma boa impressão de Shen Xingyu.
Além disso, quando Lu Ran começou a ter contato com a família Shen, Shen Xingyu ainda estava no exterior.
Em teoria, não havia motivo para conflitos entre eles.
Mas Lu Ran não respondeu.
Encolhido como um pequeno hamster, ele circulava ao redor da cadeira de rodas de Ji Min, tentando evitar o olhar de Shen Xingyu ao longe.
Ele estava engraçado assim, quase fofo.
Ji Min já estava acostumado com as estranhezas de Lu Ran e pensou que ele estivesse planejando mais alguma travessura.
Mas, ao se deparar com o olhar do jovem, percebeu algo diferente.
Os olhos de Lu Ran eram bonitos, com um arco suave no canto, mas sempre escondiam um toque de humor sombrio que fazia qualquer um suar frio.
Por trás desse toque de humor sombrio, havia uma profunda e silenciosa escuridão.
Agora, porém, Ji Min via algo diferente naqueles olhos escuros: pavor.
Era a primeira vez que ele via tal emoção nos olhos de Lu Ran.
Na primeira vez que encontrara Lu Ran, o jovem estava em pé sob a chuva, encarando um carro em alta velocidade com uma calma surpreendente.
E agora, por causa de Shen Xingyu, ele demonstrava esse olhar.
Ji Min franziu as sobrancelhas e chamou baixinho: “Lu Ran.”
Lu Ran não escutou o que Ji Min disse.
Na verdade, nem ele mesmo sabia o que estava fazendo.
A verdade é que Lu Ran tinha muito medo de Shen Xingyu.
Um medo que vinha de dentro, bem profundo.
Mesmo sabendo que Shen Xingyu tinha voltado ao país e se preparando psicologicamente, ainda assim…
No momento em que viu Shen Xingyu pessoalmente, o corpo de Lu Ran reagiu automaticamente.
Memórias da vida passada se desenrolaram incontrolavelmente em sua mente:
O tom frio e imperioso de seu irmão mais velho, Shen Xingyu.
Os ruídos ensurdecedores dos freios.
E a dor nos ossos e articulações no instante em que foi atingido, além da sensação avassaladora de perda de controle.
Lu Ran jamais esqueceria.
Aquele acidente de carro ocorreu porque Shen Xingyu o havia encontrado e tentado levá-lo à força.
E foi esse acidente que desencadeou os dez anos seguintes, piores do que a própria morte.
Nesse momento, até suas mãos e pés voltaram a doer.
Ele se encolheu instintivamente, escondendo-se na área coberta pela cadeira de rodas de Ji Min, como um animal tentando escapar de seu predador.
Porém, do outro lado, Shen Xingyu parecia já ter visto Ji Min e estava prestes a cumprimentá-lo.
Lu Ran percebeu que não tinha como evitar o encontro.
Notando o cobertor nas pernas de Ji Min, ele, quase por reflexo, tentou puxá-lo para cobrir a si mesmo, como um animal indefeso tentando se esconder.
Mas, no instante em que estendeu a mão, teve o pulso segurado.
Os dedos que o seguravam eram pálidos, a pressão não era forte, mas firme.
Sentiu o calor da palma de Ji Min, uma sensação quase insignificante de consolo em meio à noite fria.
Lu Ran voltou a si repentinamente.
Ele ergueu o rosto, esboçando um sorriso forçado para Ji Min e perguntou: “Chefe, será que posso me esconder um pouco?”
Ao dizer isso, ele ainda se lembrava vagamente que havia provocado Ji Min momentos antes.
Ele tinha um gênio tão difícil; certamente não iria ajudá-lo.
Mas, para sua surpresa, o homem sentado na cadeira de rodas suspirou suavemente.
Erguendo o cobertor das próprias pernas, Ji Min disse: “Suba.”
Lu Ran mal teve tempo de reagir.
Sentiu a mão que segurava seu pulso se mover para sua cintura e, em um segundo, ele foi erguido suavemente e aninhado em um abraço familiar e espaçoso.
O cobertor leve e macio caiu sobre ele, cobrindo-o completamente.
Ele se viu imerso em uma escuridão quente e segura.
A mão larga de Ji Min apoiou-se em suas costas, pressionando levemente sua coluna.
A outra mão segurava a curva de sua perna, mantendo-o firmemente no colo.
Lu Ran sentiu uma tranquilidade se espalhar, e a dor lancinante em seus membros começou a diminuir.
Era como se seus ouvidos, antes abafados, estivessem agora livres.
Ele ouviu os passos de Shen Xingyu se aproximando.
Aquela voz fria e dura de Shen Xingyu ecoou respeitosamente ao cumprimentar Ji Min: “Senhor, quanto tempo.”
No instante em que ouviu a voz de Shen Xingyu, Lu Ran ficou tenso.
Mas, quase no mesmo momento, sentiu a mão em suas costas lhe dar leves tapinhas de conforto, como um gesto suave para acalmar uma criança.
“Senhor, faz tempo que não nos vemos.”
Shen Xingyu inclinou-se levemente para Ji Min.
Ao ver uma forma oculta sob o cobertor azul-marinho na cadeira de rodas, uma expressão rara de surpresa surgiu em seu rosto.
Mas, por não ser alguém de se intrometer, ele logo desviou o olhar para o chão.
Pensando nas notícias recentes de sua família, Shen Xingyu pareceu embaraçado: “Desculpe por todos os problemas que lhe causamos ultimamente. Em breve, irei pessoalmente me desculpar.”
Ji Min, contudo, não queria prolongar a conversa.
Franzindo o cenho, ele olhou para o jovem escondido em seu colo e respondeu apenas com um aceno: “Eu tenho outros assuntos a tratar.”
Ambos eram homens de poucas palavras.
Ao ouvir isso, Shen Xingyu se afastou respeitosamente para o lado.
Ji Min fez um gesto para o atendente: “Leve-me à sala de descanso.”
O atendente prontamente os guiou pelo caminho.
Ao entrarem na sala de descanso, Ji Min pediu que o mordomo Chen fechasse a porta.
Ele então permaneceu em silêncio ao lado do sofá, sem pressa de dizer nada ou de erguer o cobertor.
Após um longo tempo, um canto da coberta foi levantado.
O jovem, que estava escondido por tanto tempo, enfiou a cabeça para fora.
Em questão de minutos, o rapaz, que antes estava cheio de energia e conseguia irritar qualquer um, agora parecia exausto.
Seu rosto estava pálido, e o suor escorria por seu corpo, molhando até o cabelo.
“O que houve? Está passando mal?” Ji Min perguntou.
Lu Ran balançou a cabeça.
“Estou bem.” Mas, ao responder, sua voz estava rouca.
Ji Min, preocupado, franziu ainda mais o cenho.
O jovem, que acabara de emergir de seu colo, parecia hipnotizado, olhando para o terno de Ji Min.
Após um tempo, murmurou: “Desculpe, chefe, molhei sua roupa.”
Ji Min abaixou o olhar e só então notou uma mancha úmida em seu peito, onde o terno estava encharcado.
Após dizer isso, Lu Ran finalmente percebeu que ainda estava no colo de Ji Min.
Ele estendeu a mão para se apoiar e tentar descer da cadeira de rodas.
Inicialmente, apoiou-se no braço do assento, mas, por causa do suor nas palmas, ele escorregou.
Teve que apoiar-se no peito de Ji Min, deixando marcas de mão no terno escuro.
Apesar de seu braço ainda estar tremendo, Lu Ran forçou a voz a soar normal: “Estou bem, só fui pego de surpresa no início.”
Assim que terminou de falar, seu pulso foi segurado novamente e ele foi gentilmente empurrado de volta sob o cobertor.
A mão que o apoiava nas costas o pressionou suavemente, fazendo-o se acomodar de novo no colo de Ji Min.
“Vamos ao hospital,” disse Ji Min.
Essas três palavras quase fizeram Lu Ran saltar da cadeira de rodas como um peixe fora d’água: “Não, não, não, estou bem de verdade.”
Parecia que, a qualquer momento, ele faria flexões no chão para provar sua boa saúde.
Ao ver tamanha resistência, Ji Min não insistiu, mas também não o deixou descer.
Ele apenas moveu a cadeira de rodas até a mesa, serviu um copo de água e estendeu para Lu Ran.
O copo de vidro pressionou os lábios de Lu Ran, e Ji Min suspirou, com um tom que era metade comando e metade acalento: “Beba. Depois de beber, deixo você descer.”
A água estava na temperatura perfeita para beber.
Lu Ran segurou o copo, tomou um gole e só então sentiu o quanto sua garganta estava seca.
Ele ergueu a cabeça e bebeu tudo de uma vez. Quando devolveu o copo, percebeu que sua mão tremia.
Era a exaustão de seus músculos, tensos até o limite.
Ele não pôde evitar sentir que era um tanto patético.
Era só Shen Xingyu, e ele estava ali, tremendo de medo.
A água havia acabado, mas Lu Ran não desceu da cadeira de rodas.
Ji Min tampouco disse nada.
A sala de descanso estava em silêncio, e lá fora o céu já estava escuro, com o som ocasional de carros ao longe.
A lateral de sua cabeça estava encostada no peito de Ji Min.
O batimento cardíaco firme do homem ecoava em seu ouvido, uma batida após a outra.
Lu Ran piscou lentamente.
Ele sabia que deveria descer agora.
Ficar aninhado no colo de outra pessoa assim, parecia um tanto impróprio.
Ji Min estava numa cadeira de rodas, não era um sofá.
Mas, naquele momento, Lu Ran achou que esse “sofá” era bem confortável.
Ele realmente queria continuar ali.
Parecia que, enquanto estivesse ali, não precisaria se preocupar com Shen Xingyu, nem com as questões angustiantes da família Shen.
Ji Min não o apressou.
Sua mão ainda repousava suavemente na cintura do garoto, sem pressioná-lo.
Como se, caso Lu Ran quisesse sair, ele o soltaria; mas, se Lu Ran quisesse ficar, ele o seguraria firme.
Após alguns minutos, Lu Ran murmurou: “Chefe, você é realmente uma pessoa muito boa.”
Ji Min arqueou as sobrancelhas e olhou para o jovem em seu colo.
Bem nesse instante, Lu Ran levantou o rosto e olhou para ele.
O jovem disse baixinho: “Na verdade, muitas das coisas que eu falo são só para te provocar.”
Ji Min o observou em silêncio.
Lu Ran continuou: “Por exemplo, hoje. Eu sei que você não quer nada comigo, nem pediria algo assim a Shen Hongyuan.”
A voz de Lu Ran era pura, inocente até.
Apesar do tema levemente ambíguo, o que transmitia era uma confiança e uma afeição genuínas.
Ji Min, contudo, evitou olhar diretamente para ele.
Desviou o olhar, encarando a escuridão da noite lá fora.
Ele tinha ficado bravo por esse assunto por tanto tempo, e agora finalmente ouviu a frase que queria.
Mas, surpreendentemente, isso não o deixava feliz.
Comentários no capítulo "Capítulo 72: Pequenas Coisas"
COMENTÁRIOS
Capítulo 72: Pequenas Coisas
Fonts
Text size
Background
A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU
Lu Ran é o filho biológico negligenciado de uma família rica.
Quando ele tinha quatro anos, se perdeu. Ao retornar para casa, sua família favoreceu o filho adotivo, Shen Xingran,...