Capítulo 81: Médico
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Ao fim da explicação de Shen Xingran sobre o design do quarto, Lu Ran já havia terminado de fechar o frasco e guardá-lo de volta na mochila, agindo como se nada tivesse acontecido.
Shen Xingran, presumindo que Lu Ran estava impressionado com seu bom gosto e sofisticação, exibiu um sutil sorriso de orgulho e se virou para Ji Min:
“Sr. Ji, o que acha do ambiente?”
Ji Min: “…”
O que achava? Não tinha ouvido uma palavra do que Shen Xingran dissera. Toda a sua atenção estava voltada para o frasco nas mãos de Lu Ran, rezando para que o garoto não deixasse escapar uma barata em cima dele.
Logo depois, Shen Xingran os guiou até a suíte principal, onde a Senhora Shen e Shen Hongyuan ficavam. Assim que a porta foi aberta, Ji Min percebeu que Lu Ran novamente tirava o frasco da mochila. Com agilidade, ele despejou várias baratas na fresta da porta do quarto da Senhora Shen e, ao passar pelo quarto de Shen Xingyu — que não estava em casa —, também deslizou mais algumas criaturas pela fresta.
Ji Min apenas conseguia vislumbrar, pelo canto do olho, as sombras dos insetos correndo pelo chão. Ele mal conseguiu evitar o impulso de encolher os pés, mesmo sentado na cadeira de rodas.
Imaginava a reação de Shen Xingyu, o próprio “degustador de baratas”, ao ver as pequenas criaturas invadindo o quarto.
Ao descerem para o primeiro andar, o frasco de Lu Ran já estava praticamente vazio. Shen Xingran então os levou para a cozinha.
A cozinha era espaçosa, e Shen Xingran queria apresentar o chef da casa. Virou-se para chamar o chef, e Ji Min aproveitou para observar Lu Ran, que estava junto aos armários.
Restavam apenas ovos de barata no fundo do frasco, mas Lu Ran não desperdiçou nada: abriu discretamente o armário de louças e a geladeira, deixando um pouco dos ovos em cada gaveta e prateleira. Finalmente, ele esvaziou o restante dos ovos nas frestas do armário.
Ji Min: “…”
Crueldade absoluta.
Shen Xingran retornou, lamentando: “O chef foi ao mercado. Sr. Ji, que tal ficar para o jantar?”
Antes mesmo de pensar, Ji Min respondeu, com uma firmeza quase excessiva: “Não!”
Ele pigarreou e acrescentou: “Na verdade, precisamos ir agora.”
Dizendo isso, Ji Min rapidamente guiou Lu Ran para fora da mansão e subiu no carro com ele. Ao sair do bairro, Lu Ran jogou o frasco vazio no lixo, e Ji Min não pôde evitar perguntar:
“Você esvaziou tudo mesmo?”
“Tudo! Não deixei nem umazinha para mim!” Lu Ran disse com um brilho travesso nos olhos.
Ele completou, com um sorriso travesso no rosto:
“Eu queria despejar isso no quarto deles há muito tempo, mas as baratas se espalham rápido e acabariam me afetando também. Agora que estou de saída, não preciso mais me preocupar!”
Ji Min: “…”
Baratas daquele tamanho não eram comuns em Pequim, e na casa dos Shen, provavelmente eram inexistentes. Se Lu Ran tivesse despejado todas de uma vez, teriam chamado uma empresa de dedetização imediatamente.
Mas agora, com as baratas espalhadas e quase invisíveis, o processo de remoção seria longo e bem problemático — especialmente com os ovos, que nem inseticidas comuns conseguem eliminar completamente.
Ji Min se perguntou se havia realmente trazido um “patrimônio cultural” para casa. Por outro lado, a ideia de que Lu Ran tivesse esse tipo de diversão não parecia tão ruim.
Conforme o carro se afastava da mansão Shen, Lu Ran, que até então se divertia, começou a ficar mais quieto. Ele olhava pela janela, em direção à casa dos Shen, com um misto de sentimentos.
A situação o fez lembrar de sua primeira partida da mansão, em sua vida anterior, quando decidiu romper com a família biológica. Aquilo não fora uma decisão fácil, especialmente considerando que ele ansiara por essa família por anos.
Ao partir, estava resoluto, mas também sentia um peso de incerteza e até de alívio. Porém, sua decisão de romper com a família Shen resultara em dez anos preso a uma cama, após o acidente que o deixara incapacitado.
Ao retornar para essa vida, Lu Ran achou que nunca sairia da casa dos Shen. Imaginava que poderia suportar qualquer coisa e, no final, venceria na resistência.
Mas agora, lá estava ele, saindo de novo.
Ele ficou em silêncio por muito tempo.
Ji Min, percebendo a mudança no garoto, o observou de soslaio.
Lu Ran, ao ver Ji Min olhando, encostou-se suavemente na cadeira de rodas. Ele não tocou diretamente em Ji Min, apenas apoiou-se no braço da cadeira e murmurou:
“Chefe, se algum dia você decidir que não quer mais que eu fique na sua casa, me avise com antecedência… digamos, três meses?”
Ele ergueu três dedos, explicando: “Preciso de um tempo para encontrar outro lugar.”
Ji Min sentiu uma onda de ternura. Sabia que uma promessa de permanência soaria vazia para alguém que sempre se sentira deslocado. Por isso, ele apenas assentiu e, com a mão firme, acariciou gentilmente os cabelos do garoto:
“Claro.”
O carro passava por uma área comercial, e Ji Min deu uma palmadinha leve na cabeça de Lu Ran:
“Pare de se encolher aí. Olhe em volta e veja o que quer para o jantar.”
Lu Ran ergueu-se e olhou pela janela por alguns momentos antes de dizer: “Quero comprar um sorvete.”
Ji Min arqueou as sobrancelhas. Embora fosse primavera, comer sorvete ainda era um pouco extremo, mas ele sabia que o garoto tinha a capacidade de comer quatro sorvetes seguidos até mesmo no inverno.
Sem discutir, ele pediu ao motorista que parasse.
Hoje, Lu Ran podia comer o que quisesse.
Lu Ran desceu do carro e entrou em uma lanchonete de sorvetes, mas logo voltou de mãos vazias.
“Não encontrou?” perguntou Ji Min.
“Eles não tinham o sabor que eu queria,” Lu Ran explicou.
Ji Min se deu conta de que o garoto era mais exigente do que parecia. Quando estava prestes a chamá-lo de volta ao carro, Lu Ran foi a outra loja, um pouco mais distante, e depois a uma terceira. Finalmente, ele voltou com quatro sorvetes, um em cada mão.
Ji Min abriu a porta para ele e, vendo a quantidade, perguntou:
“Vai mesmo comer tudo sozinho?”
Lu Ran olhou desconfiado para ele e respondeu, firme: “Claro, todos esses são meus!”
Em seguida, deu uma mordida na ponta de cada sorvete.
Ji Min revirou os olhos: “Olha só, que generoso…”
Lu Ran não se incomodou.
“Quer mais alguma coisa?” Ji Min perguntou.
Quando Lu Ran balançou a cabeça, ele pediu ao motorista que seguisse para um restaurante adequado para a janta. Afinal, não podia deixar o garoto só com sorvetes no estômago.
Ao chegarem, Lu Ran ainda segurava os quatro sorvetes. Embora o clima estivesse ameno, comer tanto sorvete de uma vez era um desafio, mas ele mordiscava cada um com persistência.
Enquanto ele comia, Ji Min observou, notando que o garoto havia escolhido três sabores diferentes: dois eram de baunilha, um era rosa, provavelmente morango, e o outro era amarelo-claro, com um suave aroma de limão.
A memória de Ji Min era excelente. Ele se lembrou vagamente de que, na última vez em que Lu Ran comera sorvete em seu escritório, os sabores eram exatamente os mesmos.
“Você gosta desses três sabores? Baunilha é o seu favorito?” ele perguntou.
Lu Ran deu uma resposta breve, de boca cheia: “Acho que sim.”
Ele mordeu mais um pedaço do sorvete, chegando ao cone.
Mais tarde, quando retornaram à mansão de Ji Min, Lu Ran, embora já familiarizado com o ambiente, ficou surpreso ao ver que realmente havia um quarto especialmente preparado para Dahuang. Estava tudo lá: uma caminha, brinquedos, tudo que um cachorro poderia querer.
“Esse chefe realmente se empenhou nos detalhes para abafar aqueles rumores… Ou talvez seja só muito generoso,” pensou ele, com um meio sorriso.
Apesar das acomodações, Lu Ran ainda trouxe a cama antiga de Dahuang, que já o acompanhara por várias mudanças. Mesmo que o cachorro já estivesse confortável ali, ter um objeto com seu cheiro certamente lhe traria uma sensação de segurança.
Lu Ran arrumou as coisas de Dahuang e, em seguida, voltou para o seu próprio quarto. Passou a mão no colchão macio da cama e se lembrou de sua reação ao dormir em algo tão confortável na última vez que esteve ali. Ele não se acostumava com colchões muito macios.
Em vez de chamar alguém, simplesmente puxou o cobertor da cama, colocando-o no chão para improvisar um lugar para dormir. Depois, deitou-se no chão para revisar seu horário de aulas para o dia seguinte.
Enquanto isso, no andar de baixo, Ji Min ainda estava ocupado com seus afazeres.
“Está tudo pronto?” ele perguntou ao mordomo Chen.
“Já avisamos o Dr. Kamler. Ele deve estar chegando em breve.”
Ji Min assentiu. Não demorou muito até que o som de um carro chegasse do lado de fora.
Ele automaticamente olhou para uma janela iluminada no andar de cima antes de sair para recepcionar pessoalmente o visitante.
O Dr. Kamler era um homem de cinquenta e poucos anos, com cabelos e barba brancos que lhe davam uma aparência enérgica e jovial. Ao ver Ji Min se aproximar, ele acenou calorosamente:
“Ji! Você mesmo veio me receber!”
Rindo, ele disse: “Com essa recepção, é porque finalmente decidiu fazer a cirurgia?”
Enquanto abria a porta do carro para descer, Ji Min o interrompeu: “Espere um pouco.”
O Dr. Kamler olhou para ele, surpreso, e viu Ji Min examiná-lo da cabeça aos pés com um olhar crítico.
“Desse jeito, você está com uma aparência muito de médico. Assim não vai dar.”
“O quê?” O Dr. Kamler franziu o cenho, confuso.
“Eu te disse para evitar uma aparência muito profissional, mas você está com o estetoscópio pendurado no bolso do jaleco,” Ji Min observou.
“Mas eu sou um médico,” argumentou o Dr. Kamler.
Ji Min se virou para o mordomo Chen: “Arranje para ele uma roupa mais casual.”
Voltando-se para o Dr. Kamler, explicou: “O garoto em casa detesta hospitais, então é melhor não trazer esse ‘cheiro de hospital’ para dentro.”
O Dr. Kamler ficou pensativo, tentando imaginar que “garoto” era esse que Ji Min parecia proteger tanto.
Após alguns instantes, ele comentou, meio brincando:
“Olha, eu não sou especialista em pediatria. Quer que eu ligue para um colega pediatra? Eles têm mais jeito com crianças.”
Ji Min: “…”
O mordomo Chen deu uma risadinha.
Percebendo que o comentário fora um mal-entendido, o Dr. Kamler pegou a camisa casual oferecida pelo mordomo e murmurou, em chinês, com um leve toque de sarcasmo:
“Ji, já ouviu falar que todo magnata tem um amigo médico de longa data que vive sofrendo com ele?”
Ji Min arqueou as sobrancelhas e respondeu friamente:
“E eu ouvi dizer que médicos assim só existem porque são pagos a peso de ouro.”
“Agora troque de roupa.”
Quando o Dr. Kamler terminou de se trocar, Ji Min o conduziu até o interior da casa. Ao se aproximarem das escadas, Ji Min parou, lançando um último olhar para o médico.
“Esses óculos estão muito ‘médico’. Tire-os.”
O Dr. Kamler suspirou e resmungou:
“O que esse seu ‘garoto’ tem, afinal? Parece mais uma princesa delicada.”
Ji Min o ignorou, corrigindo:
“É um garoto.”
O Dr. Kamler ergueu uma sobrancelha e corrigiu-se, sorrindo:
“Então esse seu jovem cavalheiro sensível está com algum problema específico?”
Ji Min franziu o cenho, pensando:
“Ele às vezes fica rígido, suando frio e tremendo, geralmente ao ver uma pessoa em particular.”
“O que você descreveu parece um episódio de pânico,” comentou o Dr. Kamler.
“E também…” Ji Min hesitou um pouco antes de continuar: “Eu não tenho certeza, mas gostaria que você verificasse as articulações dele.”
“O problema é que, sem instrumentos específicos, posso não conseguir avaliar tudo. E já que não posso me identificar como médico…”
Ji Min lançou-lhe um olhar de reprovação e disse:
“Você não sabe examinar apenas olhando?”
O Dr. Kamler suspirou, mas percebeu a seriedade de Ji Min. Já fazia muito tempo que cuidava de Ji Min, desde o acidente, e conhecia seu pouco interesse por sua própria saúde, quanto mais pelos outros. Isso despertou sua curiosidade.
Ji Min o conduziu até um quarto no segundo andar. Ao longo do corredor, o Dr. Kamler notou os tapetes macios e as pequenas adaptações que deixavam o ambiente mais aconchegante.
Ao bater na porta, o Dr. Kamler estava preparado para encontrar um jovem frágil. Mas, ao abrir a porta, encontrou um garoto de dezoito, dezenove anos, deitado no chão, brincando com um cachorro.
Surpreso, o Dr. Kamler viu que Lu Ran olhou para ele curioso, mas saudável, com a pele levemente corada pela atividade física.
Ao perceber a situação, o Dr. Kamler se sentiu enganado e teve vontade de ir embora. Mas, lembrando-se do alto valor que recebia por seu serviço, controlou-se.
Ji Min pigarreou e, tentando dar um tom mais casual, apresentou:
“Esse é um amigo meu. Veio nos visitar hoje.”
“Oh.” Lu Ran sentou-se no chão, com um leve ar de desconfiança. Acostumado ao desprezo social na casa dos Shen, não entendia muito bem por que um amigo de Ji Min estaria interessado nele.
Notando sua confusão, Ji Min improvisou rapidamente:
“Ele ficou curioso com o curso de veterinária da sua universidade. Queria saber mais sobre isso.”
“Certo,” disse Lu Ran, começando a recolher os brinquedos espalhados pelo carpete.
Enquanto o Dr. Kamler entrava no quarto, Ji Min lhe lançou um olhar de advertência, indicando que não revelasse sua profissão.
O médico assentiu discretamente, entendendo a mensagem, e saudou Lu Ran com um sorriso:
“Olá, jovem. Estou interessado no seu curso, principalmente na área de nutrição.”
Ao ouvir a voz do médico, Lu Ran ergueu as orelhas, atento. Seus olhos escuros o estudaram brevemente, notando uma caneta de médico presa à gola. Em seguida, ele olhou para Ji Min.
Ji Min estava distraído, observando o quarto de Lu Ran, mas notou que o cobertor estava cuidadosamente estendido no chão, formando uma cama improvisada.
Ele franziu o cenho, virando-se para Lu Ran:
“Por que não dormiu na cama?”
Lu Ran hesitou, mas acabou respondendo sinceramente:
“O colchão é muito macio, é desconfortável.”
“Por que não me disse antes?” Ji Min perguntou, visivelmente preocupado.
“Dá para dormir bem no chão também,” Lu Ran deu de ombros.
Ji Min respirou fundo, percebendo que o garoto havia se adaptado por conta própria da última vez também.
Enquanto o Dr. Kamler observava a cena, algo chamou sua atenção. Pessoas com problemas nas articulações muitas vezes evitam colchões macios.
Ponderando sobre isso, o Dr. Kamler finalmente perguntou, brincando:
“E em que hospital você trabalha, doutor?”
“Oh, no Hospital Privado de Xincheng,” o médico respondeu, distraído, antes de se dar conta de seu erro.
Instantaneamente, ele viu o olhar mortal de Ji Min.
O Dr. Kamler, gaguejando, tentou se explicar:
“Eu… quer dizer, não era isso que eu queria dizer! Estava tentando disfarçar…”
Ji Min suspirou, passando a mão pela testa.
Divertido com a situação, Lu Ran perguntou:
“Por que tanto mistério? É só um médico. Por que o chefe teve que esconder isso de mim?”
Ji Min suspirou e perguntou, surpreso:
“E como você percebeu que ele era um médico?”
Lu Ran sorriu: “Ele já não te ligou uma vez?”
Com um toque de satisfação, o Dr. Kamler endireitou-se, como se dizendo que o erro não fora dele.
Ji Min ficou surpreso; Lu Ran lembrava da voz do médico após ouvi-la apenas uma vez por telefone.
Contrariando as expectativas de Ji Min, Lu Ran mostrou-se bastante colaborativo durante o exame. Quando o Dr. Kamler começou a verificar suas articulações, o garoto hesitou brevemente, mas estendeu o braço com calma.
No fim, o Dr. Kamler declarou:
“Pode ficar tranquilo. Seu jovem amigo está em excelente saúde.”
Lu Ran soltou um suspiro discreto de alívio: “Viu? Eu disse!”
Na manhã seguinte, Ji Min ofereceu uma carona para Lu Ran até a escola. No caminho, Lu Ran ainda comentava:
“Então você realmente trouxe o médico até a sua casa, e ainda tentou disfarçar que era só um amigo!”
Sentindo-se levemente desconfortável, Ji Min o ignorou.
Lu Ran o observou e, após um momento de reflexão, perguntou, direto:
“Chefe, você se preocupa tanto comigo, mas por que não faz uma cirurgia na sua própria perna?”
Ji Min ficou surpreso.
De fato, a conversa com Lu Ran havia o incentivado a buscar informações sobre a cirurgia, mas ele ainda não havia tomado uma decisão.
Desviando o olhar para fora da janela, ele permaneceu em silêncio. Não que estivesse irritado, apenas não sabia como responder ao garoto, nem queria mostrar sua incerteza e apreensão.
Mas, ao virar-se, sentiu um toque leve em seu braço. Lu Ran, com o rosto próximo, insistiu:
“Por que não?”
Ji Min olhou para ele, pensando em usar uma tática comum do garoto, e perguntou:
“Por que você se importa tanto com a minha perna? Está interessado em mim, é?”
Lu Ran ficou paralisado por um instante.
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