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A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU

Capítulo 90: Hesitação

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Ji Min se dirigiu ao quarto de Lu Ran.

Ao entrar, percebeu que o garoto só havia tirado os sapatos. Não tinha nem trocado de roupa; apenas se jogara sobre a cama e adormecera ali mesmo. O rosto de Lu Ran estava enterrado no cobertor, e, por estar numa posição desconfortável, sua respiração soava pesada. Ele parecia exausto e dormia profundamente, a ponto de não perceber a entrada de outra pessoa no quarto.

Ji Min suspirou, pegando uma coberta fina ao lado e cobrindo Lu Ran com cuidado. Ao se abaixar, notou o colarinho do garoto. As marcas deixadas dois dias antes estavam quase sumindo.

“Desaparecem bem rápido,” murmurou Ji Min, com um leve resmungo.

“Não vai acordá-lo?” perguntou o mordomo Chen.

Ji Min hesitou por um momento, mas acabou balançando a cabeça. “Está cansado assim, deixa ele dormir. Hoje tem confusão demais; é até bom ele ficar fora disso.” Em seguida, instruiu o mordomo: “Daqui a pouco feche o pátio interno. Não deixe ninguém entrar para não acordá-lo.”

O mordomo assentiu.

Hoje era o aniversário de vinte e nove anos de Ji Min. Ele normalmente não dava muita importância para isso e não gostava de festas, tratando o dia como mais um evento da agenda. No entanto, para o mundo dos negócios de Jing, era uma ocasião rara. Se alguém conseguisse se infiltrar ali, só o fato de ouvir uma conversa já seria uma vitória.

Mas Ji Min havia enviado poucos convites, um para cada pessoa, dificultando a entrada de penetras.

A entrada do pátio da família Ji foi aberta. Do lado de fora, porém, o movimento era discreto. Comparado às festas promovidas pela família Shen, o local poderia até ser considerado “silencioso”. Cada convidado se apresentava de maneira respeitosa, entregando o convite e o presente antes de entrar no pátio em silêncio. Parecia mais um evento corporativo do que uma festa de aniversário.

Gu Zhi se sentia particularmente desconfortável com esse clima. Assim que entrou, começou a tremer; sentia que, se não se mexesse, ficaria completamente rígido. Mas, aproveitando sua familiaridade com Ji Min, ele tremia e ao mesmo tempo não conseguia deixar de resmungar:

“Eu nem queria vir, sabe? Não faz sentido um veterano como eu vir aqui felicitar você, um novato.”

Ji Min levantou o olhar e lançou-lhe um breve olhar, que expressava claramente: “Se não quer ficar, a porta é logo ali.”

Gu Zhi ficou intrigado.

Ele balançou a cabeça e suspirou: “Você anda bem mais paciente ultimamente, não é?”

Antigamente, Ji Min já teria mandado ele embora há muito tempo. Ji Min, porém, permaneceu em silêncio, suspeitando que a causa de sua tolerância mais alta fosse a exasperação contínua com alguém em especial.

“Nem fui eu quem insistiu,” Gu Zhi continuou. “Meu velho considera você muito importante e pretendia mandar Ning Qi para cá.” Ele deu de ombros. “Mas aquele garoto, assim que ouviu falar que teria que vir, se recusou de todas as formas.”

Ao ouvir o nome de Gu Ning Qi, Ji Min soltou uma risada curta. Sabia muito bem o motivo da relutância do neto mais velho da família Gu. Provavelmente, ele temia encontrar Lu Ran e ouvir de novo a história das “cogumelos mágicos”. Caso Lu Ran decidisse tocar no assunto mais uma vez, Ning Qi provavelmente ficaria tão irritado que pularia de um prédio.

Quando Ji Min sorriu, Gu Zhi o olhou novamente, agora com um ar de surpresa.

“Meu Deus!”

Gu Zhi, incapaz de conter-se, elevou a voz, apontando para uma marca no pescoço de Ji Min: “Isso no seu pescoço! Que intensidade foi essa?”

O pátio estava tão silencioso que o grito de Gu Zhi atraiu a atenção geral. Tanto os que estavam conversando, quanto os que passavam ou acabavam de chegar, viraram-se simultaneamente para olhar Ji Min. Antes, ninguém havia notado nada, mas, depois da exclamação de Gu Zhi, todos puderam ver, logo abaixo do colarinho de Ji Min, uma mancha escura no pescoço.

Ao entender o que era, muitos quase ficaram boquiabertos.

Ji Min: “…”

Sim, era a marca deixada por Lu Ran aquele dia. O garoto, cujo próprio pescoço estava repleto de marcas, dormira profundamente após aplicar uma pomada e acordara sem um arranhão. Já a marca no pescoço de Ji Min permanecia bem visível. Embora tivesse mudado de vermelha para roxa, ainda era inegavelmente um chupão. Parecia falso, de tão evidente, mas, devido à força casual de Lu Ran, acabou em uma área que o colarinho não conseguia esconder.

Ji Min já havia percebido aquilo de manhã, mas não deu importância e nem tinha como resolver. Imaginou que ninguém notaria, mas agora Gu Zhi resolvera gritar para o mundo.

Após o grito, Gu Zhi se deu conta do que fizera e fechou a boca imediatamente, embora, por dentro, ainda estivesse em choque. Ele olhou para Ji Min com uma expressão carregada de inveja. Inicialmente, achara que o romance de Ji Min era apenas um rumor. Como Ji Min não aparecera mais na empresa, Gu Zhi acreditara que o romance havia acabado. Mas, ao que tudo indicava…

Os demais convidados estavam igualmente perplexos. Aqueles que haviam sido convidados para a festa talvez não fossem muito influentes, mas todos mantinham uma relação comercial de longa data com Ji Min. Muitos deles, ao conhecerem Ji Min, caíam na tentação de julgá-lo à própria maneira, supondo que, quanto mais difícil a situação, maior era o desejo de poder. Por isso, tentavam de todo jeito empurrar alguém para ele, mas nunca com sucesso.

Os que restaram na festa já conheciam os hábitos de Ji Min e evitavam esses truques. Ainda assim, ninguém imaginava que, um dia, veriam marcas desse tipo nele.

Após o choque inicial, as conversas paralelas começaram a se espalhar discretamente pelo pátio.

Alguém sussurrou: “Será que… é do pessoal da família Shen?”

“Shh! Não diga isso sem pensar.”

“O Sr. Ji deixou claro que ele é só um parente distante.”

Com isso, o burburinho cessou por alguns minutos. Mas apenas por alguns minutos.

Logo, outra pessoa comentou: “Ouvi dizer… que ele está morando aqui?”

“Mas por que não está aqui agora?”

Será que Ji Min havia trocado de companhia?

Cada convidado tinha suas próprias suposições, e Ji Min começou a sentir-se incomodado. Percebendo que era hora de começar, ele fez sinal para que os atendentes se preparassem. Ao contrário do costume nas festas atuais, que geralmente iam noite adentro, Ji Min ainda preservava o hábito dos mais velhos: o evento começava ao meio-dia e terminava à tarde.

Conforme os convidados se acomodavam, alguém observou que o lugar à direita de Ji Min estava vazio. Apesar de os pratos já terem sido servidos, o lugar continuava desocupado, justamente ao lado direito dele.

Alguém murmurou: “Quem será que ainda não chegou?”

Outro, mais informado, respondeu: “É a tia do Sr. Ji e sua família que ainda não chegaram.”

O primeiro assentiu, compreendendo. A tia de Ji Min era, verdadeiramente, sua única parente. Contudo, ela e sua família chegavam visivelmente atrasados, e, só após vários pratos serem servidos, as vozes animadas de uma família de três foram ouvidas na entrada.

Primeiro, uma mulher de voz firme: “Até que enfim chegamos! Que trânsito horrível.” Ela fez uma pausa e, parecendo ver algo que a desagradava, reclamou: “Quem foi que podou este pinheiro? Está horrível.”

Um adolescente de cerca de quatorze ou quinze anos resmungou: “Mãe, quando vamos embora?”

As vozes, nada discretas, ecoaram pelo pátio, que até então estava tranquilo, enchendo-o de ruído. Após a fala da mulher, o garoto finalmente se calou.

As pessoas próximas trocaram olhares e cochichos. Ji Min, por sua vez, manteve uma expressão indiferente, embora seu olhar escurecesse ligeiramente.

Ele não via a tia Ji Yue havia anos. Mimada pelo velho Ji desde pequena, ela havia se mudado para o exterior com a família Li assim que a situação da família Ji se complicou. Mais tarde, quando Ji Min passou por dificuldades, Ji Yue fez uma breve visita, mas logo partiu novamente. Desde então, a família Li continuava a se valer do nome da família Ji para promover seus próprios interesses no exterior.

Embora o pai e o irmão de Ji Yue não estivessem mais vivos, Ji Min tolerava as atitudes da tia, fechando os olhos por consideração aos laços familiares. Contudo, nos últimos tempos, a família Li havia cometido vários erros, e Ji Min estava determinado a pôr um limite à situação.

Quando soube que os Li viriam para a festa, Ji Min preparou-se para repreendê-los. As próximas cenas não seriam fáceis de assistir. Contudo, agora… Ji Min se pegou questionando sua própria decisão.

Ele olhou para o andar de cima, lançando um olhar discreto à janela. Estava tudo silencioso lá em cima.

Depois de pensar por um instante, ele se virou e disse ao mordomo:

“Suba e veja se ele já acordou. Se estiver, pergunte o que ele gostaria de comer e mande a cozinha preparar. Não quero que ele desça e veja essas cenas desagradáveis; pode acabar se irritando.”

O mordomo hesitou por um instante antes de responder.

Ji Min ficou em silêncio ao ouvir o mordomo perguntar: “O senhor tem certeza disso?”

Por um instante, ele se surpreendeu com a pergunta, mas logo refletiu e suspirou, dizendo: “Deixa para lá, vamos ver como ele se sente.”

A intenção de Ji Min ao manter Lu Ran longe era evitar que o garoto ficasse incomodado. Lu Ran sempre fora obediente; se Ji Min dissesse para ele ficar no quarto, o garoto provavelmente não desceria. No entanto, seria inevitável que ele lembrasse da forma como era tratado na casa da família Shen, onde, por inúmeras vezes, fora instruído a não sair e a não participar dos eventos sociais da família.

“Peça para a cozinha preparar mais sobremesas,” Ji Min acrescentou, recordando-se de que Lu Ran adorava bolos.

Ele então ergueu os olhos para observar os três membros da família Li que haviam acabado de entrar, franzindo o cenho enquanto tentava manter a calma. Sem perceber, um traço sutil de nervosismo se insinuava em seu semblante. O mordomo Chen sorriu discretamente, como se entendesse algo além das aparências. Ele murmurou:

“O senhor está pensando demais. O jovem Lu Ran e o senhor ainda não chegaram ao ponto de apresentar as famílias. O comportamento inadequado da Srta. Ji Yue e de sua família não influenciará a forma como ele o vê.”

Ji Min revirou os olhos, claramente incomodado: “Não estou pensando nisso; só não quero que a situação fique feia demais.”

O mordomo Chen teve de conter o impulso de revirar os olhos. “Pois até hoje nunca o vi se importar com isso.”

“Vá logo avisar a cozinha,” Ji Min apressou-o.

Após a saída do mordomo, Ji Min continuou imóvel, mal tocando na comida. Ele percebeu que talvez estivesse mesmo um pouco nervoso. A bem da verdade, desde o dia em que Lu Ran ouvira os relatos sobre os conflitos familiares de Ji Min, ele se sentia um tanto mais consciente. E não era apenas pelo que o mordomo mencionara.

As intrigas de uma grande família sempre traziam problemas. A família Ji não era muito melhor do que a família Shen; aliás, pelo tamanho e importância, suas disputas eram muitas vezes ainda mais brutais. Ele estava numa cadeira de rodas, seu meio-irmão estava na prisão por sua influência, e o histórico da geração anterior era cheio de escândalos. Até mesmo sua única tia parecia ter vindo trazendo confusão.

Era como se os bastidores sombrios da vida de Ji Min tivessem sido subitamente expostos. Ele havia crescido nesse ambiente, sobrevivido e, por fim, vencido. Sabia que Lu Ran o via como uma figura confiável, talvez um chefe atencioso, mas a verdade era outra.

Naquele dia, Lu Ran lhe perguntara: “Eles te maltrataram?”

Ji Min não respondera diretamente, pois…

Lu Ran talvez não soubesse, mas com seus próprios métodos, agora ele era quem mantinha todos sob seu controle.

Ele fechou os olhos, hesitante pela primeira vez em relação a uma decisão já tomada. Sabia que Lu Ran, criado na família Shen, valorizava profundamente os laços de sangue. E, ao presenciar a maneira como Ji Min lidava com os parentes, será que o garoto acabaria vendo-o como um outro Shen Xingyu? Afinal…

Ele sabia que, em muitos aspectos, era ainda mais implacável do que Shen Xingyu.

Depois de algum tempo, Ji Min suspirou resignado. Melhor deixar para outro dia. Hoje, contanto que a família Li não ultrapassasse certos limites, ele esperava que o almoço transcorresse em paz.

Ji Min ainda refletia quando ouviu o som de uma cadeira sendo arrastada ao seu lado. Ele se virou e viu sua tia, Ji Yue, que se desculpou: “Desculpe, Xiao Min, acabamos nos atrasando um pouco.”

Ji Min assentiu, não se importando em repreendê-la. Ji Yue puxou o filho para perto e disse:

“Venha, cumprimente seu primo. Você sempre falava dele quando era pequeno, não é?”

O garoto, diante de Ji Min, esboçou um sorriso forçado e disse: “Olá, primo.” No entanto, era evidente que ele não sabia disfarçar as emoções, já que lançou um rápido olhar para a cadeira de rodas de Ji Min.

Ji Min não tinha muita paciência para crianças, exceto Lu Ran, então respondeu apenas com um leve aceno de cabeça. Nesse momento, Ji Yue puxou uma cadeira, insistindo para que o filho se sentasse ao lado de Ji Min.

“Venha, sente-se perto do seu primo. Ele tem dificuldades, então cuide bem dele,” instruiu ela.

O garoto imediatamente demonstrou descontentamento, assim como Ji Min, que fitou a cadeira ao lado com as sobrancelhas erguidas e disse: “O lugar de vocês é em outra mesa.”

Todos, incluindo Ji Yue, ficaram surpresos.

Em outra mesa? Isso significava que aquele lugar ao lado de Ji Min não estava reservado para eles? Seria possível que alguém tivesse prioridade sobre Ji Yue?

Ji Yue franziu o cenho, mas insistiu: “Você e seu primo não se veem há anos. Que mal há em deixá-lo sentar ao seu lado?”

Enquanto falava, tentou forçar o filho a sentar-se, mas foi interrompida pelo olhar penetrante de Ji Min, que transmitia uma pressão difícil de ignorar. A expressão dela congelou, e o garoto não ousou mais sentar-se.

Mãe e filho acabaram voltando para seus assentos designados. Sentada, Ji Yue ficou pensativa, intrigada com o que ouvira a caminho. Ao que tudo indicava, seu sobrinho, apesar da deficiência, realmente havia encontrado alguém especial.

Ji Yue não conseguia disfarçar a surpresa. Lembrava-se bem do sobrinho quando era mais jovem; ele sempre fora temperamental. Aos quinze anos, já era visto como alguém com destino definido. Naquela época, pessoas influentes e bem relacionadas com a família tentaram se aproximar, mas foram rapidamente rechaçadas.

Ela recordava um episódio específico: uma jovem, de família influente, tentara se aproximar várias vezes, seguindo Ji Min por todo canto. Ji Min, visivelmente irritado, dissera com frieza: “Por que você continua na minha casa? Não tem casa própria?”

A menina chorou e partiu na manhã seguinte, e ninguém mais se atreveu a insistir. Mais tarde, após o acidente, seu temperamento piorou, e com a deficiência, ninguém mais tentou se aproximar.

Agora, porém, ela se perguntava quem teria conseguido quebrar essas barreiras.

Ji Min, por sua vez, mal tocava na comida. O breve tumulto causado pela chegada dos Li fora logo silenciado, e o almoço seguia em um clima de aparente normalidade. Mas, no meio da refeição, o filho de Ji Yue perdeu a paciência e jogou os hashis na mesa.

“Eu já disse que não quero comer isso!”

Ji Yue o repreendeu, sussurrando: “Você esqueceu o que sua mãe te disse antes de sairmos?”

Mas o garoto explodiu: “Que saco! Só vim porque você disse que, quando ele morresse, tudo da família Ji seria meu!”

Com a voz aguda, ainda em mudança, o garoto fez com que todos ao redor se encolhessem, desconfortáveis. Alguns convidados olharam para Ji Min, que permanecia impassível, recostado na cadeira de rodas, os dedos brincando com o controle no braço da cadeira. Ao ouvir o comentário malicioso, ele apenas esboçou um sorriso.

Ji Yue sentiu-se incomodada. O garoto estava mal-acostumado pelo pai, que reforçava as ideias de que Ji Min não teria herdeiros, e que, no futuro, a família Li herdaria tudo. Contudo, isso era algo que jamais deveria ser dito em voz alta.

Ela puxou o garoto e, com um beliscão leve, advertiu: “Não diga besteiras! Peça desculpas ao seu primo!”

Ji Yue empurrou o filho até Ji Min, repreendendo-o suavemente: “Ele só tem quinze anos e ainda é ingênuo. Xiao Min, não o leve a sério.”

“Quinze anos?” Ji Min tomou um gole de água e olhou para a tia, perguntando: “Você se lembra do que eu fazia aos quinze anos?”

Ele interrompeu a própria fala, como se algo lhe ocorresse, e então disse friamente: “Deixa para lá, apenas controle seu filho.”

Diante do tom indulgente de Ji Min, Ji Yue concluiu que a deficiência o tornara mais sentimental. Aproveitando o momento, insistiu para que o filho pedisse desculpas a Ji Min, sugerindo até que brindasse.

Mas o garoto afastou a mão dela e disse, desdenhoso: “Eu não vou pedir desculpas a esse aleijado!”

O pátio mergulhou num silêncio absoluto.

Ainda irritado, o garoto continuou: “Eu estou mentindo? Meu pai disse que você é um inútil, e que no futuro vai depender de mim!”

Ji Min riu, como se achasse graça. “Você está certo, continue.”

Ji Yue sentiu um arrepio, mas rapidamente se recompôs. Afinal, ela era a única parente de Ji Min, e conhecia o peso dessa posição.

Ji Min estava prestes a responder quando a porta da varanda que dava para o pátio interno se abriu. Lu Ran apareceu, com os cabelos ainda bagunçados de sono, esfregando os olhos ao sair para o sol. Sua presença inesperada atraiu todos os olhares. Ele usava um moletom largo, chinelos e trazia no rosto uma expressão ainda sonolenta.

Aquela figura descontraída destoava do ambiente formal e sério do evento e da mansão, mas, ao vê-lo, a frieza de Ji Min pareceu evaporar instantaneamente.

“Finalmente acordou? Nem olhou que horas são?” disse Ji Min, com um tom de leve reprovação, embora seu tom deixasse todos desconcertados.

“Hm…” Lu Ran respondeu, descendo vagarosamente as escadas.

Os convidados finalmente entenderam por que o garoto não aparecera antes. Ele simplesmente… dormira até tarde?

Ji Min puxou uma cadeira ao lado dele e fez sinal para que Ji Yue e o filho se afastassem. Mas o garoto, ao ver Lu Ran, ficou animado e caminhou até ele, abrindo a boca para insultá-lo com um “você é o aleijado…”

Ele não completou a frase, pois, no instante seguinte, o rapaz sonolento à sua frente o agarrou pelo cabelo e, com um estalo, deu-lhe um tapa. Depois, com um longo bocejo, apenas murmurou:

“Cai fora.”

 

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Capítulo 90: Hesitação
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A BUCHA DE CANHÃO DA FAMÍLIA RICA ENLOUQUECEU

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Lu Ran é o filho biológico negligenciado de uma família rica.

Quando ele tinha quatro anos, se perdeu. Ao retornar para casa, sua família favoreceu o filho adotivo, Shen Xingran,...

Chapters

  • Capítulo 147 - Extra, Linha Alternativa (FIM)
  • Capítulo 146 - Extra, Linha Alternativa (Parte 11)
  • Capítulo 145 - Extra, Linha Alternativa (Parte 10)
  • Capítulo 144 - Extra, Linha Alternativa (Parte 9)
  • Capítulo 143 - Extra, Linha Alternativa (Parte 8)
  • Capítulo 142: Especial Extra, Linha Alternativa (Parte 7)
  • Capítulo 141: Especial Extra, Linha Alternativa (Parte 6)
  • Capítulo 140 - Extra, Linha Alternativa (Parte 5)
  • Capítulo 139 - Extra, Linha Alternativa (Parte 4)
  • Capítulo 138 - Extra, Linha Alternativa (Parte 3)
  • Capítulo 137 – Extra, Linha Alternativa (Parte 2)
  • Capítulo 136 – Extra, Linha Alternativa (Parte 1)
  • Capítulo 135 – Extra: Pedido de Casamento (Final)
  • Capítulo 134 – Extra: Pedido de Casamento (Parte Três)
  • Capítulo 133 – Extra: Pedido de Casamento (Parte Dois)
  • Capítulo 132 – Extra: Pedido de Casamento (Parte Um)
  • Capítulo 131: Renascimento
  • Capítulo 130: Testamento
  • Capítulo 129: Inútil
  • Capítulo 128: O Caso
  • Capítulo 127: Perturbações
  • Capítulo 126: "Felicidade"
  • Capítulo 125: Respostas
  • Capítulo 124: Herança
  • Capítulo 123: Acusações
  • Capítulo 122: Assinatura
  • Capítulo 121: Fome
  • Capítulo 120: Luz do Sol
  • Capítulo 119: Sorvete
  • Capítulo 118: Shen Cheng
  • Capítulo 117: Explosão
  • Capítulo 116: Voltar para Casa
  • Capítulo 115: “Perda de Interesse”
  • Capítulo 114: Raiva
  • Capítulo 113: Aula Substituta
  • Capítulo 112: Perfeito
  • Capítulo 111: Arranjos
  • Capítulo 110: Desacostumado
  • Capítulo 109: Preocupação
  • Capítulo 108: Valor
  • Capítulo 107: O Caixa
  • Capítulo 106: "Mostrando do que é Capaz"
  • Capítulo 105: Namorado
  • Capítulo 104: Demissão
  • Capítulo 103: Um Beijo
  • Capítulo 102: O Avô
  • Capítulo 101: Doces
  • Capítulo 100: Pimenta
  • Capítulo 99: Estratagema
  • Capítulo 98: O Pequeno Urso
  • Capítulo 97: Vigilância Rigorosa
  • Capítulo 96: Confinamento
  • Capítulo 95: Cada Vez
  • Capítulo 94: Atacar
  • Capítulo 93: Insatisfação
  • Capítulo 92: O Presente
  • Capítulo 91: Gu Zhi
  • Capítulo 90: Hesitação
  • Capítulo 89: Aplicando o Remédio
  • Capítulo 88: Controle
  • Capítulo 87: Descrição Incorreta
  • Capítulo 86: Encontro Arranjado
  • Capítulo 85: Aliança de Casamento
  • Capítulo 84: Negociações
  • Capítulo 83: Encurralado
  • Capítulo 82: "Afago"
  • Capítulo 81: Médico
  • Capítulo 80: Persuasão
  • Capítulo 79: Um Pequeno Problema
  • Capítulo 78: Doces
  • Capítulo 77: Mudança
  • Capítulo 76: O Quarto
  • Capítulo 75: A Família Shen
  • Capítulo 74: Desça daqui
  • Capítulo 73: Shen Xingyu
  • Capítulo 72: Pequenas Coisas
  • Capítulo 71: Normalidade
  • Capítulo 70: Discussão
  • Capítulo 69: Convite
  • Capítulo 68: "Incentivo"
  • Capítulo 67: Sequestro
  • Capítulo 66: Um Grupo Especial
  • Capítulo 65: Mas
  • Capítulo 64: Identidade
  • Capítulo 63: Perguntar Novamente
  • Capítulo 62: Aniversário ⌈"É o aniversário do Da Huang. As pessoas também podem comer bolo?"⌋
  • Capítulo 61: Apoio 【Olhem para este homem maravilhoso!】
  • Capítulo 60: Abaixo o Jogo 【É hora de deixar Ji Min ver o verdadeiro rosto de Lu Ran!】
  • Capítulo 59: Rejeição ⌈Há tantas pessoas na festa, não pode ser coincidência que nos encontremos, certo?⌋
  • Capítulo 58: "Gravidade Extrema" ⌈“Você tem alguma calça limpa?”⌋
  • Capítulo 57: Gu Ningqi ⌈De longe, parecia que ele estava fazendo flexões com a cabeça enfiada em um cubículo do banheiro.⌋
  • Capítulo 56: Retorno ⌈Ele não é pior do que Shen Xingran.⌋
  • Capítulo 55: Especialidade ⌈"Chefe Ji, estou aqui para aprender com você."⌋
  • Capítulo 54: "Trabalho" ⌈Agora começa o verdadeiro trabalho!⌋
  • Capítulo 53: Razão ⌈"Não precisa se emocionar tanto."⌋
  • Capítulo 52: Apoio Forte ⌈"Eu acabei de enxaguar um copo no banheiro e nem lavei as mãos!"⌋
  • Capítulo 51: Usando ⌈"Estou planejando encontrar uma ocasião formal para apresentá-lo a todos e oficialmente trazê-lo para casa."⌋
  • Capítulo 50: Prova de vinho ⌈"Ótimo vinho. Não esperava um vinho tinto tão suave na China."⌋
  • Capítulo 49: Copo ⌈Ji Min observou Lu Ran levar o copo para o banheiro…⌋
  • Capítulo 48: Ex ⌈Eu só ajudei, e daí?⌋
  • Capítulo 47: Culpa ⌈Lu Ran nunca poderia realmente voltar.⌋
  • Capítulo 46: Teste de paternidade ⌈"Você já fez algo errado alguma vez?"⌋
  • Capítulo 45: Educação paga 【Parece que não é porque ele é mais bonito que Zhang Lin que têm segundas intenções com ele.】
  • Capítulo 44: Reconhecer 【"Eu vou anunciar ao mundo agora mesmo que Lu Ran é meu filho!"】
  • Capítulo 43: Trabalho ⌈"Se trancarem, eu levo um saco de dormir e durmo no portão."⌋
  • Capítulo 42: Fotos ⌈Alguns jovens fãs gostam de imprimir fotos das pessoas que admiram.⌋
  • Capítulo 41: Cuidando do Cachorro ⌈"Meu."⌋
  • Capítulo 40: Obrigado ⌈"Pare de falar. Eu não concordo com esse casamento."⌋
  • Capítulo 39: Ajuda ⌈Acabou de perder uma fortuna de um bilhão!⌋
  • Capítulo 38: Fuga ⌈Uma grande transferência⌋
  • Capítulo 37: Alerta ⌈"Sr. Ji... quando o senhor vai embora?"⌋
  • Capítulo 36: Desculpas ⌈Eu intimidei uma criança.⌋
  • Capítulo 35: Derrote a "amante" ⌈"Ele disse que sua mãe é uma megera."⌋
  • Capítulo 34: Filho Ilegítimo ⌈Desde quando Shen Hongyuan tem um filho ilegítimo?⌋
  • Capítulo 33: Mal-entendido ⌈"Quer que eu cave um buraco para você se enfiar?"⌋
  • Capítulo 32: Financiamento ⌈Um código de pagamento apareceu na tela.⌋
  • Capítulo 31: Órfão ⌈"Estou vendo coisas? A pessoa no palco é mesmo o Lu Ran."⌋
  • Capítulo 30: Aluguel ⌈"Então foi você!"⌋
  • Capítulo 29: Dúvida ⌈”Então o que você fez com ele depois que eu saí?”⌋
  • Capítulo 28: Banquete (Final) ⌈Nossa, isso é um relacionamento complicado.⌋
  • Capítulo 27: Banquete (3) ⌈"Sr. Ji, certo? Poderia, por favor, fazer silêncio por um momento?"⌋
  • Capítulo 26: Banquete (2) ⌈"Sr. Ji! É uma grande honra tê-lo aqui conosco."⌋
  • Capítulo 25: Banquete (1) ⌈Ele queria se vingar de Lu Ran nesse banquete e lavar a vergonha daquele dia.⌋
  • Capítulo 24: Irmãozinho ⌈Zhang Lin olhou para seu irmãozinho desanimado e começou a chorar.⌋
  • Capítulo 23: Trabalho árduo ⌈Era como se Lu Ran não estivesse segurando um hamster, mas os corpos de seus pais.⌋
  • Capítulo 22: Zhang Lin ⌈"Deixar que ele sirva o vinho, você é digno?"⌋
  • Capítulo 21: Renegando Parentes ⌈"Vai me ameaçar?"⌋
  • Capítulo 20: História ⌈"Eu me sinto bem deitado aqui. O ar é mais fresco e ainda tenho gente para conversar."⌋
  • Capítulo 19: Pãozinho no Vapor
  • Capítulo 18: Expulsão ⌈"E então? Ele ficou triste quando foi embora?"⌋
  • Capítulo 17: Disco ⌈"Você faz barulho quando anda e até quando se vira dormindo."⌋
  • Capítulo 16: Esconder 【Você sabia que ele me empurrou para dentro do banheiro?】
  • Capítulo 15: Caixa de Papel 【“Espero não ter assustado o jovem colega.”】
  • Capítulo 14: Encharcado 【"Eu preparei algo grande pra você."】
  • Capítulo 13: Escova de banheiro 【Quando viu a “arma” na mão de Lu Ran, seu corpo inteiro gelou.】
  • Capítulo 12: Jantar ⌈"Disse que foi só por acaso que viu."⌋
  • Capítulo 11: Três Vezes ⌈Mostrou o código de pagamento do Alipay⌋
  • Capítulo 10: Trabalho para ganhar a vida ⌈"Volte! Não vá embora!"⌋
  • Capítulo 9: Sonho 【Quem era a criança em seu sonho?】
  • Capítulo 8: Irmão Mais Novo 【Trabalho? Melhor ainda, que o perca.】
  • Capítulo 7: Cachorro Estúpido 【Lu Ran precisa perder algo.】
  • Capítulo 6: Sequelas ⌈Você não pode comer de tudo!⌋
  • Capítulo 5: Mesa de Jantar ⌈Não comam nada disso.⌋
  • Capítulo 4: Cachorro Vítima ⌈São só cerca de 1 bilhão. Não se esqueça de transferir para minha conta.⌋
  • Capítulo 3: Deficiência ⌈É melhor estar morto do que ser incapacitado e incapaz de se mover.⌋
  • Capítulo 2: Porcelana ⌈Nem consegue matar um cachorro?⌋
  • Capítulo 1: Chá verde

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