Capítulo 34. Por favor, resgate-o
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No entanto, no fim das contas, Yu Su não conseguiu ir embora, porque um fraco acesso de tosse ecoou repentinamente da jaula onde os escravos estavam presos.
— Mestre! — exclamaram vários escravos que, momentos antes, haviam lançado olhares ferozes a Yu Su e seus companheiros. Eles se viraram em pânico, revelando o jovem que estavam protegendo.
O garoto estava encostado na cerca de madeira, o rosto avermelhado e a respiração ofegante. Era evidente que ele estava gravemente doente.
O dono da barraca clicou a língua com irritação e murmurou algo entre dentes. Em seguida, virou-se e começou a berrar com os escravos, furioso.
Yu Su, que já estava de saída, parou de andar. Apesar da aparência forte e resistente daqueles escravos, ele não havia cogitado negociá-los.
Mas agora a situação havia mudado. Ele acabara de perceber que aqueles escravos indomáveis tinham um líder.
Após refletir por um instante, Yu Su falou:
— Ele parece ferido, com sinais de inflamação e febre. Se não for tratado imediatamente, não passará desta noite.
Os escravos tremeram, e um deles observou Yu Su atentamente.
— Você é discípulo do Senhor Feiticeiro?
— O que tem a ver ser discípulo do Senhor Feiticeiro? Yu Su é o sucessor escolhido pelo Deus das Montanhas! — declarou Yu Meng com orgulho.
Sucessor escolhido pelo Deus das Montanhas?
O homem ponderou por um momento, mas decidiu não se aprofundar na questão e perguntou diretamente:
— Você pode salvar nosso jovem mestre?
Yu Su não confirmou se podia ou não. Apenas respondeu:
— Salvá-lo não é difícil.
Os olhos do homem se iluminaram.
— Por favor, salve-o!
Ao ver a cena, o dono da barraca também olhou para Yu Su com esperança.
Ele não acreditava que o garoto pudesse ser salvo, mas se Yu Su quisesse arriscar, para ele seria um alívio.
Yu Su apenas sorriu, sem responder.
Felizmente, os escravos não eram tolos. Um deles se adiantou e falou com Yu Su:
— Se você salvar nosso jovem mestre, juraremos lealdade a você!
— E como posso ter certeza de que não vão se arrepender depois que eu salvá-lo? — perguntou Yu Su.
O escravo, que parecia ter mais autoridade entre os demais, conversou brevemente com os companheiros e respondeu:
— Podemos jurar por nosso deus. É o juramento mais sagrado da nossa vila. Jamais quebraríamos nossa palavra.
Considerando a fé intensa que o povo daquela era depositava em seus deuses, Yu Su resolveu acreditar — ao menos em parte. Além disso, ele sabia que conquistar a confiança deles levaria tempo. Era algo que precisava ser feito aos poucos.
Mesmo assim, fingiu hesitar e não aceitou de imediato.
Com medo de que Yu Su mudasse de ideia, o dono da barraca se apressou em intervir:
— Se estiver disposto a levá-los, posso baixar ainda mais o preço — e lhe dou o mais novo de graça!
Ele não podia mais manter aquele lote de escravos por perto!
Yu Su estava justamente esperando por essa brecha. Por isso, fingiu ceder e disse:
— Muito bem, então.
No fim, Yu Su conseguiu adquirir os escravos — incluindo o garoto — por um preço ainda menor que o anterior. Eram sete escravos ao todo.
— Sigam-me — ordenou Yu Su.
O escravo que parecia liderar o grupo carregou o garoto nas costas, e seus companheiros da mesma vila seguiram Yu Su em silêncio.
Durante a troca dos escravos, Lu Yan e Yu Meng não haviam dito uma única palavra. Obedeceram às instruções de Yu Su o tempo todo, sem questionar.
Agora que tinham deixado o mercado de escravos, Yu Meng não conseguiu mais conter a curiosidade.
— Yu Su, essa pessoa pode mesmo ser salva?
Yu Su lançou um olhar ao jovem que vinha sendo carregado atrás deles e respondeu:
— Sim. Levem-no para a moradia primeiro.
Ao ouvirem a pergunta de Yu Meng, os escravos ficaram tensos. Felizmente, ao escutarem a resposta de Yu Su, a tensão em seus corpos diminuiu novamente. Obedientes, seguiram Yu Su de volta até a moradia onde o pessoal da Vila Yu estava alojado.
Os demais ficaram surpresos ao ver Yu Su e seus companheiros retornando com sete escravos.
— Como Yu Su conseguiu tantos escravos assim?
— E um deles parece estar à beira da morte.
O chefe Hong saiu da moradia, igualmente espantado ao ver alguém em estado tão crítico sendo trazido de volta.
— Yu Su, o que aconteceu?
Ele sabia que Yu Su havia saído para negociar escravos, mas não esperava que voltassem com alguém em condições tão graves.
Yu Su respondeu:
— O dono da barraca nos deu esse de graça. Ele pode ser salvo.
Ao ouvir que o escravo fora dado gratuitamente, o chefe Hong não se opôs. Ordenou que levassem o rapaz para dentro da moradia.
Yu Su instruiu o escravo que carregava o jovem a deitá-lo.
Vários escravos pareciam ansiosos.
— Nosso jovem mestre não vai aguentar por muito tempo. Por favor, salve-o logo!
Yu Su se agachou e examinou o estado do garoto.
Havia uma ferida infectada na perna, já em processo de gangrena. Para salvar a vida do rapaz, Yu Su teria que remover o tecido necrosado, estancar o sangramento e aplicar remédios anti-inflamatórios… Havia muitos passos que precisavam ser feitos com rapidez.
Primeiro, Yu Su limpou o local, não permitindo que tanta gente permanecesse dentro da moradia.
Depois, pediu a Yu Meng e seus amigos que limpassem um espaço e encontrassem as ferramentas necessárias, esterilizando tudo com água fervente.
Com as tarefas concluídas, ele pegou um pedaço de madeira e o entregou ao garoto para morder. Em seguida, instruiu Lu Yan e Yu Meng a segurá-lo com firmeza.
— Yu Su, o que você vai fazer? — perguntou Yu Meng.
— Logo vocês vão descobrir. Apenas continuem segurando — respondeu Yu Su com um sorriso misterioso.
Enquanto falava, Yu Su começou a raspar o tecido apodrecido.
Embora nunca tivesse feito algo assim antes, felizmente contava com a ajuda do Gênio da Enciclopédia, que lhe permitia escanear e cortar com precisão.
Além disso, sua destreza em artes marciais e mãos firmes o tornavam habilidoso com a faca. Lidar com aquela carne deteriorada foi fácil para ele.
Para completar, o chefe Hong milagrosamente encontrara uma adaga afiada e útil para a operação.
Quando perceberam, toda a carne podre já havia sido removida da ferida do garoto.
Durante todo o processo, Lu Yan e Yu Meng observavam atônitos.
Lu Yan, em especial, achava cada movimento de Yu Su incrivelmente cativante.
Apesar da cena sangrenta e repulsiva sob a lâmina de Yu Su, seus gestos calmos e precisos, sua expressão serena sem qualquer traço de repulsa, emanavam um charme único e fascinante. Lu Yan simplesmente não conseguia desviar o olhar.
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Yu Su, que havia perecido durante a era apocalíptica, encontrou-se transportado de volta a uma era primordial. Ao chegar, descobriu-se completamente arruinado: sua mãe biológica...