Capítulo 36. Aceitação do Castigo (2)
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— Ele está bem? Como assim? — Os seis escravos custavam a acreditar.
Yu Su lançou-lhes um olhar frio, os olhos penetrantes e cheios de desdém.
— Yu Meng, traga um deles aqui para ver com os próprios olhos — ordenou ele.
Yu Meng obedeceu de imediato e arrastou à força o líder dos escravos para dentro da moradia. Posicionou o homem diante da pilha de capim, onde o adolescente repousava tranquilamente, adormecido.
— Olhe bem para ele. Ainda pretende continuar com esse alvoroço? — zombou Yu Meng.
O escravo capturado viu o garoto deitado pacificamente sobre a pilha de capim. As feridas nas pernas haviam sido tratadas, e até mesmo sua expressão parecia muito melhor. Foi nesse instante que percebeu que ele e seus companheiros haviam interpretado tudo errado.
— Yu Su tem se desdobrado para salvar esse garoto, e tudo o que vocês fizeram foi causar tumulto. Se estão procurando confusão e morte, vieram ao lugar certo — disse Yu Meng em tom incisivo, pressionando a cabeça do homem e forçando-o a curvar a cintura para demonstrar superioridade.
Agachando-se, Yu Meng encarou o cativo nos olhos e advertiu em voz baixa e ameaçadora:
— Yu Su pode até ser bondoso, mas eu não sou alguém com quem se deva brincar. Se ousar causar problemas de novo, vou garantir que sua morte seja miserável.
Yu Meng já não exibia mais o semblante alegre e ensolarado de quando estava com Yu Su — em vez disso, seus olhos agora estavam repletos de uma frieza cortante.
O escravo sob seu olhar gélido sentiu um calafrio percorrer a espinha. Somado ao mal-entendido, ele não ousou resistir e logo se desculpou:
— Desculpe… eu entendi tudo errado.
Yu Meng soltou um resmungo de desprezo:
— Se houver uma próxima vez, você já sabe o que vai acontecer.
Pouco depois, Yu Meng levou o cativo para fora.
— Yu Su, já o trouxe — informou ele ao rapaz.
Lu Yan, que coincidentemente estava parado na entrada da moradia, virou a cabeça e lançou um olhar a Yu Meng. Ele havia ouvido o aviso que Yu Meng dera ao escravo, e não achou que houvesse nada de errado. Aqueles escravos precisavam mesmo de um alerta. Se não obedecessem, poderiam ser substituídos por outros mais submissos.
Um lampejo de frieza passou pelos olhos de Lu Yan.
O escravo que havia entrado e visto o garoto assentiu para os companheiros da vila, informando que o menino realmente havia sido tratado e agora estava se recuperando.
Após a surpresa inicial, os cinco escravos que haviam sido imobilizados no chão demonstraram expressões de constrangimento e desconforto.
O escravo que testemunhara o estado do garoto aproximou-se subitamente de Yu Su, ajoelhou-se e curvou a cabeça em súplica:
— Mestre, estávamos errados. Por favor, nos castigue como achar melhor.
Os outros cinco escravos se espantaram. Por terem sido tratados como escravos por tanto tempo, era a primeira vez que viam um companheiro chamar alguém de “mestre”. Foi aí que perceberam: as coisas estavam prestes a mudar.
Yu Feng fez um gesto para os membros da equipe de caçadores que seguravam os escravos, e todos soltaram seus braços ao mesmo tempo.
Os cinco se levantaram e seguiram o líder, ajoelhando-se atrás dele com as cabeças baixas.
A expressão de Yu Su permaneceu inalterada.
— Já que reconheceram o erro, não os mandarei de volta desta vez. Mas cada um receberá vinte chibatadas, sem exceções.
— Eu mesmo faço — prontificou-se Yu Meng com entusiasmo.
O escravo que já havia experimentado a força dele empalideceu, mas, reconhecendo a culpa desta vez, apertou os dentes e permaneceu em silêncio.
Daqui em diante, eles seriam escravos da Vila Yu, e pensamentos de rebeldia não seriam mais tolerados.
Quer fosse pelo jovem mestre, quer fosse por eles mesmos, aquele castigo precisava ser aceito.
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Capítulo 36. Aceitação do Castigo (2)
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