Capítulo 11: Cercada e Espancada
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— Comecem a luta!
Com esse comando, os outros nove na arena avançaram rapidamente contra Ming He em uníssono. Alguns sacaram espadas, outros empunharam facas, e alguns desferiram socos e chutes, lançando uma enxurrada de ataques para sobrecarregá-la.
— Quem é essa pessoa? Por que estão atacando todos juntos?
— Não sei, talvez seja apenas uma azarada com força mediana; querem se livrar dela primeiro.
Essa era uma regra não escrita das lutas em arena: eliminar os fracos primeiro, depois deixar que os fortes competissem entre si, evitando que alguém mais fraco se beneficiasse de sorte.
— Não acho que seja isso. Ela já atingiu o oitavo nível de Refinamento de Qi; deve ser mais forte do que parece.
— Então deve ter ofendido alguém que não deveria ter ofendido e virou alvo.
Os discípulos da seita externa que observavam lá de baixo comentavam entre si, juntando as peças da verdade em meio a essas frases breves.
— Olhem só como me subestimam!
Ming He ouviu o barulho tanto da arena quanto da multidão abaixo. Um sorriso frio surgiu em seus lábios. Num instante, desembainhou sua longa espada e executou a Técnica Básica da Espada Liu Yun, cortando o ar. Usando os Passos Nuvem Rodante, desviou facilmente dos ataques e apareceu atrás de um dos oponentes, chutando-o para fora do palco.
— O Irmão Sênior Wang tem mais alguma ordem além de me expulsar da arena? — perguntou Ming He em voz grave.
Nos cinco meses desde que chegara a este mundo de cultivo, só havia ofendido Wang Feihu, e dado seu temperamento orgulhoso e vingativo, típico dos filhos de famílias nobres, ele certamente não deixaria barato.
Li Si havia caído pelas mãos dela, e embora Wang Feihu viesse de uma família poderosa, sua cultivação era fraca demais para comandar cultivadores que já estavam no limiar do estágio de Guiagem Espiritual. Portanto, só podia ser Wang Feilong.
Usar fama e poder para manipular os outros era uma tática familiar entre os filhos da nobreza.
Ming He já vira isso muitas vezes antes — e sempre desprezou tais métodos.
Qin Chu Yi, de seu assento elevado, observava o sorriso frio nos lábios de Ming He, surpresa ao perceber que conseguia enxergar claramente os pensamentos reais da garota.
A Mulher de Branco piscou, sentindo um renovado interesse naquela garota de azul. A vida na Seita Liu Yun era bem entediante; talvez Ming He pudesse trazer um pouco de emoção.
— Vocês… — Os oito atacantes restantes hesitaram, olhando para o companheiro caído, o medo já se espalhando por seus rostos.
— Sei que foi Wang Feilong quem mandou vocês me espancarem — afirmou Ming He, a voz calma mas com uma força inegável. — Digam.
— O Irmão Sênior Wang… ele também mandou a gente te ferir gravemente, pra te dar uma lição — um deles hesitou, mas acabou confessando.
Ferimentos graves? Isso sim era uma lição severa.
A garota de azul soltou uma risadinha leve.
— Então vamos começar!
Ela ergueu a espada, girando a lâmina para tomar a iniciativa do ataque.
O que fazer quando se está cercada e sendo espancada? Apenas revidar! Uma pergunta simples que não exigia reflexão!
— O que… o que fazemos agora? — alguns tremeram ao vê-la avançar.
Ela claramente estava no mesmo oitavo nível de Refinamento de Qi que eles, então por que parecia tão arrogante e confiante? Seu ímpeto era verdadeiramente intimidador.
— Medo do quê? Ela é só uma! Somos oito! Como poderíamos perder?
— Isso mesmo! Mesmo o Irmão Sênior Wang não teria uma vitória garantida contra nós. Por que a Su Ming He teria?
Os demais se encorajaram mutuamente, reunindo toda a força enquanto ela mergulhava no meio deles.
— Hmph!
Ming He bufou friamente, tocando levemente a ponta da espada no ar para criar redemoinhos de flores de espada. Em seguida, colidiu com os ataques inimigos, usando a força giratória das lâminas.
No Caminho dos Bonecos de Madeira, após quase vinte dias de espancamentos ininterruptos dos bonecos, seus esforços não foram em vão; caso contrário, ela não teria conquistado o terceiro lugar por lá.
— Boom—
O choque das lâminas reverberou pelos céus, fazendo a arena estremecer violentamente, quase desmoronando sob o impacto da energia espiritual residual.
A Mulher de Branco, na plataforma alta, observou tudo com um leve brilho nos olhos. Com um gesto gracioso da mão, estabilizou a arena, que se firmou como uma montanha inabalável, como se nada tivesse acontecido.
Quando a poeira baixou, a multidão olhou ansiosamente para cima e viu a garota de azul permanecendo firme no centro da arena, cercada por discípulos se contorcendo de dor.
Os oito, com as roupas azuis manchadas de sangue e armas quebradas, mostravam sinais evidentes de ferimentos graves.
Ming He falou friamente:
— Vocês perderam.
Já que aceitaram o suborno de Wang Feilong para feri-la seriamente, ela retribuiu na mesma moeda. Sempre foi justa nesses assuntos.
A arena ecoava com gritos de dor, enquanto o público abaixo mergulhava em um silêncio atônito.
Outros discípulos da seita externa murmuravam: a retribuição veio rápida, como um vendaval.
— Agora eu lembro! Ela é a Su Ming He, a garota de azul que derrotou Li Si naquele duelo de vida ou morte no mês passado — um discípulo rompeu o silêncio, reconhecendo a figura sobre o palco.
— Su Ming He? Lembro que alguém apostou quinhentas pedras espirituais nela antes do início da competição!
— Quinhentas pedras espirituais? Que confiança ousada! — exclamou outro, em admiração.
Ming He não deu atenção aos murmúrios ao redor, levantando o olhar para encontrar os olhos inquisitivos da Mulher de Branco na plataforma elevada, o coração agitado por emoções.
A arena, que balançava e tremia há pouco, parecia prestes a desmoronar — e com apenas um gesto dela, permaneceu firme como uma montanha. Que tipo de poder era esse?
Qin Chu Yi.
No sexto mês e primeiro dia desde sua chegada a este mundo, a Mulher de Branco sentada na plataforma alta era, até agora, a figura mais formidável que encontrara.
Tinham idades semelhantes, mas a cultivação de Qin Chu Yi estava muito além da de Ming He, e sua origem era inalcançável. Uma verdadeira prodígio favorecida pelos céus.
A partir de hoje, Ming He estabeleceria Qin Chu Yi como seu alvo. Um dia, alcançaria sua força!
Quando Ming He saltou da arena ao som do Sino do Sul, seu olhar ainda permanecia na Mulher de Branco.
Neste momento, Qin Chu Yi estava no alto, e Ming He abaixo — mas a distância entre elas não era intransponível.
— A segunda rodada da grande competição da seita externa chegou ao fim! — ecoou mais uma vez a voz familiar de Ma He pela Seita Liu Yun. — A batalha pelo top 100 começará amanhã, na hora do dragão!
Amanhã!
A garota de azul desviou o olhar, respirou fundo e foi a primeira a deixar a Praça Liu Yun.
Depois de dedicar tanto tempo à cultivação, ela estava pronta para voltar para casa e descansar.
O caminho da cultivação exige equilíbrio, como dizem as escrituras.
Portanto, uma boa noite de sono… e amanhã, lutaria de novo!
Na manhã seguinte, a garota de azul se levantou da cama, espreguiçou-se e se vestiu com o espírito renovado, a longa espada em mãos, pronta para partir.
A caminhada ainda levava quinze minutos, e quando Ming He chegou, a Praça Liu Yun já fervilhava de gente. Qin Chu Yi e Ma He já estavam em seus lugares.
A única diferença era que Yun Zhao Feng estava notavelmente ausente naquele dia.
Ming He pensou consigo mesma: Será que eles nem dormiram? Inacreditável!
— Clang—
O discípulo da seita interna vestido de branco golpeou o Sino do Sul.
— A hora do dragão chegou; as partidas estão prestes a começar. Peço a todos os irmãos e irmãs juniores classificados entre os cem melhores que venham à frente para sortear seus números.
Qin Chu Yi lançou um olhar para Ming He e, com um leve movimento da manga bordada com padrões escuros, enviou uma onda de energia espiritual em direção às várias arenas no centro da praça.
No instante seguinte, as arenas originais desapareceram no subsolo, e dez novas surgiram em seu lugar — mais altas e maiores que antes, cintilando com um brilho místico, anunciando sua presença imponente a todos.
— Número vinte e nove.
Ming He apertou o pequeno pedaço de madeira nas mãos, encostando-se preguiçosamente na coluna atrás de si, esperando calmamente o início das lutas.
— Número um contra número vinte.
— Número dois contra número dezenove.
…
— Número nove contra número doze.
— Número dez contra número onze.
— As lutas começam agora.
Ming He observava com desinteresse os que eram chamados subirem para a arena, seu olhar avaliando cada um deles.
Alguns executavam golpes para derrotar seus oponentes, outros caíam em impasses sem vencedor definido, e havia também aqueles que mal conseguiam vencer… Cada grupo de dez lutas exibia suas próprias forças e fraquezas.
Ming He focou sua atenção na luta da arena número nove.
Na arena número nove, um homem e uma mulher se enfrentavam.
A mulher era Chen Nian, classificada como segunda entre os discípulos da seita externa no ano anterior, cultivando no nono nível de Refinamento de Qi, e empunhava um longo chicote que parecia difícil de enfrentar.
O jovem era Wang Feilong.
Desde o início, era um embate entre figuras poderosas — um verdadeiro destaque entre as lutas.
Ming He observava Chen Nian manejando o chicote com agilidade, variando dinamicamente os ataques, mas sendo gradualmente pressionada pela espada de Wang Feilong, que envolvia o chicote na ponta da lâmina, fazendo-o se desfazer aos poucos, como se virasse pó.
O ataque foi veloz — e a derrota, ainda mais.
— Irmão Sênior Wang é magnífico!
— Irmão Sênior Wang é invencível!
Os discípulos abaixo comemoravam ruidosamente; não celebravam a derrota de Chen Nian nem a vitória de Wang Feilong, mas sim o fato de suas pedras espirituais não terem sido desperdiçadas — e, quem sabe, renderem lucro.
Como se percebesse o olhar de Ming He, o jovem de azul, que acabara de derrotar sua oponente, virou-se. Ao reconhecer o rosto dela, seus olhos gelaram, um sorriso surgindo no canto dos lábios, carregado de arrogância.
O jovem curvou os lábios, murmurando silenciosamente algumas palavras no ar.
Ming He sorriu, sem dar muita atenção, e quando ouviu Ma He chamar seu número, caminhou em direção à arena — justamente a número nove.
Ao passarem um pelo outro, Ming He disse:
— Te mando primeiro.
A garota de azul ergueu-se com confiança na arena, enfrentando o olhar frio do jovem com um sorriso provocativo, olhando para ele de cima.
O que Wang Feilong acabara de dizer fora: “Espere pelo inferno.”
Se ele queria mandá-la ao inferno… então ela o levaria com ela.
Afinal, erros acontecem em lutas de arena — é algo bem normal.
Pensando nisso, a garota de azul sacou a espada, apontando-a para seu oponente.
À sua frente estava um homem de rosto quadrado, também no oitavo nível de Refinamento de Qi, sem nada de especial.
O resultado era previsível. Com apenas um golpe, Ming He venceu a primeira luta da terceira rodada.
— Número vinte e nove vence, conquistando um ponto — anunciou o discípulo responsável pela arbitragem.
Nas lutas seguintes, Ming He já não se continha: usava toda sua habilidade contra os adversários, derrotando-os com golpes de espada limpos e velozes.
Usava o primeiro movimento da Técnica Básica da Espada Liu Yun: Corte da Nuvem Ascendente!
Do amanhecer ao anoitecer, Ming He derrotou um total de vinte e oito oponentes, acumulando vinte e oito pontos, ocupando atualmente o terceiro lugar entre os discípulos.
A princípio, vencia com um único golpe. Mas, à medida que encontrava adversários mais fortes, passou a revelar o segundo e o terceiro movimento da espada, além de técnicas como os Passos Nuvem Rodante e os Dedos Rompe-Nuvens.
A garota de azul subia passo a passo, conquistando vitória após vitória no centro da arena, mesmo sob olhares céticos — e sua lista de oponentes derrotados incluía até Song Yuan, que havia sido o principal discípulo da seita externa no ano anterior.
Neste mundo ainda familiar, partindo da seita externa da Seita Liu Yun, ela começava a trilhar seu caminho rumo à grandeza.
Mais tarde, os registros da era Tian Wu anotariam que a Imperadora da Espada Ming He, aquela que expulsou tribos estrangeiras e restaurou a paz no continente Tian Wu, teve seus começos humildes na Seita Liu Yun.
E esses começos humildes se encontravam justamente na pequena seita externa de Liu Yun.
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Ming He sempre acreditou que havia entrado em um mundo de cultivo, apenas para descobrir que, na verdade, tinha pisado no roteiro do imparável Herói Dragão (Long Aotian,...