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Akai Ito: Amor Predestinado

Capítulo 1

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🟡 Em breve

Quarta-feira, 10 de março, 15:25 horas da tarde, Faculdade de Arquitetura.

– Me sinto péssimo, odeio ressaca! – Ian murmura e afunda seu rosto entre os braços.

– Precisa parar de beber ou vai acabar ficando doente! – Michael dá risada e lhe dá um tapinha nas costas.

– Vamos, a aula já vai começar. – ele se levanta e pega sua mochila.

– Tá bom! – Ian revira seus olhos e também se levanta. Enquanto caminham em direção a sala de aula, eles passam por um grupo de alfas que conversam no corredor. No mesmo instante o cheiro dos feromônios deixam o ômega enjoado, fazendo seu corpo colapsar ao ponto de perder a força em suas pernas e cair.

– Ian! – Michael grita preocupado e o ajuda a se levantar.

– Preciso… vomitar! – o ômega fala com certa dificuldade, se segurando para não vomitar ali. Michael concorda com a cabeça e o leva até o banheiro, ao chegarem, Ian vai apressado até uma das cabines e vomita.

– Você está bem ? O que aconteceu ? – Michael que o espera do lado de fora, questiona preocupado, mas Ian não consegue parar de vomitar. Ele continua assim até não ter mais nada para pôr para fora.

– Os feromônios daqueles alfas me deixaram enjoado… – o ômega murmura um pouco debilitado.

– Precisa ir para o hospital, agora!

– Não, tudo bem. Só me deixa em casa, okay ? Por favor… – Ian odiava hospitais e conhecia bem seu corpo, logo iria melhorar.

– Tem certeza ? Isso parece ser bem sério.

– Sim, não se preocupe. – Ian força um sorriso. Michael suspira, não conseguia dizer não para aquele ômega adorável.
_______________

– Espera, para aqui! – Ian indica uma farmácia e Michael estaciona em frente ao estabelecimento. O ômega entra no local procurando por remédios para ressaca e passa por uma estante com testes de gravidez. Ele se sente tentado a pegar um, apenas por “desencargo de consciência”, não achava que seria possível, mas não podia descartar a possibilidade até fazer um teste.

Ao retornar para o carro, eles seguem até a casa do ômega e após insistir muito para que Michael fosse embora, Ian fica finalmente sozinho.

– Sua preocupação me sufoca! – ele sussurra para si mesmo ao vê-lo entrar em seu carro e fecha a porta da frente, caminha até a cozinha e deixa os remédios sobre a mesa. Ian encara o teste por alguns bons minutos, mas ainda não tem coragem para fazê-lo, tinha medo do resultado.

– Porra! – o ômega cerra seu punho, mas logo depois respira fundo e em um pico de coragem e ansiedade, ele pega o teste e vai até o banheiro, o retira da embalagem e faz o que está descrito nas instruções. Ian deixa o pequeno objeto na pia do banheiro e se senta no chão, sua coragem estava sumindo tão rápido quanto apareceu.

– Isso é impossível, meu ciclo está normal… – ele sussurra tentando se acalmar, mas a ansiedade percorre sua espinha e parece estar impregnada em seus ossos. Após o tempo descrito para o resultado, o ômega se levanta e de longe pode ver os dois traços que indicam a gravidez. Era real.

No mesmo instante ele sente como se seu mundo inteiro estivesse desabando, seus sonhos e metas jogados no lixo e todo o esforço que fez para sobreviver apenas para acabar como a maioria dos ômegas. Grávido e sem um parceiro.

– Não! Não! Por que isso está acontecendo comigo ? – o ômega balbucia ainda em choque, sua vida estava totalmente arruinada.

– Não posso ter um filho… preciso me livrar disso! – ele sai do banheiro em busca do seu celular e disca um dos números na agenda.
_______________

1 semana depois.

– Ian, está em casa ? – Michael bate à porta de seu apartamento, mas ninguém responde. A casa está silenciosa e Ian não visualiza suas mensagens, nem retorna suas ligações.

– Michael ? – quando estava quase desistindo, a porta se abre e o ômega que antes tinha uma bela aparência, com olhos verdes brilhantes e um lindo sorriso, agora estava magro, sujo e debilitado.

– O que aconteceu ? – Michael agarra seus braços e o encara, tentando buscar em seu rosto alguma resposta.

– Eu… eu preciso de ajuda! – as lágrimas brotam de seus olhos e escorrem pelo seu rosto, o ômega se agarra a sua camisa e chora desesperadamente repetindo essas palavras.

– Tudo bem, eu te ajudo. Só me diga o que aconteceu! – Michael o pega em seu colo e entra, se deparando com o desastre em que seu apartamento se tornou. Ele caminha em meio a bagunça até seu quarto e o põe sobre a cama. Ian quase não podia ficar de pé de tão fraco.

– Eu fiz algo horrível… joguei tudo no lixo!

– Se acalme e me diga o que aconteceu. – ele acaricia seu rosto e lhe dá um sorriso gentil, tentando acalmá-lo.

– Eu estou grávido! – Ian murmura e afunda seu rosto entre os braços. Sentia vergonha de si mesmo.

– Quem é o pai da criança ?

– Eu não sei!

– Eu vou te ajudar, eu prometo! Nós podemos criar essa criança juntos! – Michael segura seu rosto e fala com determinação, mas Ian desaprova tudo isso. Me casar e ter filhos nunca foi seu sonho, não desejava nada daquilo.

– Você não entende, não é ? Eu não quero essa criança! Eu quero que ela saia de dentro de mim, mas não consigo tirar! – o ômega grita visivelmente desestabilizado.

– Eu tentei abortar, mas ela não sai! – Ian agarra sua barriga e crava suas unhas, machucando sua pele.

– Ian, olha pra mim! – Michael agarra seus braços com força e o encara.

– Eu vou te ajudar até essa criança nascer, quando isso acontecer você decide o que fazer, mas por favor se acalme e pare de se machucar. Confie em mim só dessa vez e me deixa te ajudar!

– Você promete que vai ficar comigo ?

– Eu prometo! – Michael o abraça e o ômega chora, sentindo um pouco de alívio em meio ao caos.
_______________

Naquela mesma semana o ômega trancou sua matrícula na faculdade e ao lado de Michael, começou a se preparar para a chegada da criança. Entre consultas de pré-natal, enjoos matinais, dores insuportáveis e a constante procura por uma boa família para adoção, os meses se passaram voando e logo Ian estava andando pela casa com uma barriga enorme, que o impedia de ver os dedos de seus pés.

– Ian, está com fome ? – Michael entra no quarto e se depara com o ômega encarando sua barriga.

– Qual o problema ? Não se sente bem ? – ele se senta ao seu lado e acaricia seus cabelos. Desde que engravidou, Ian não deixa que ninguém toque sua barriga e prefere se manter longe de todos.

– Não, só estou surpreso com o quanto minha barriga cresceu. – ele sorri, mas não parece feliz.

– Logo isso vai acabar e o bebê será entregue para adoção. Não pense muito nisso. – Michael sorri e beija sua testa.

– Sim, estou ansioso por isso. Quero terminar a faculdade logo! – Ian se levanta com a ajuda de Michael e caminha devagar em direção a cozinha.

– Já está bem perto… qual a data prevista mesmo ? – ele põe um pouco de sopa no prato e serve o ômega, que se apressa em comer.

– Acho que era dia dez.

– Que bom, ainda temos tempo! – Michael sorri e se senta ao seu lado. Havia virado rotina compartilharem as refeições juntos e agora que o fim estava próximo, Michael dormia todas às noites em sua casa, esperando ansioso para conhecer o bebê, que secretamente nomeou de Alex.

Naquela mesma noite, começou uma forte chuva e por isso Ian não consegue dormir e acaba ficando acordado durante boa parte da noite. Ao se levantar para ir ao banheiro, ele sente o líquido amniótico escorrer entre suas pernas e se dá conta de que sua bolsa havia rompido.

– Michael! – ele grita e se segura nas paredes, de repente sua cabeça estava girando e suas pernas tremiam.

– Porra Michael, acorda! – Ian grita novamente e ele aparece, ainda meio sonolento, mas rapidamente se dá conta do que está acontecendo.

– Logo agora? Que ótimo momento para nascer, Alex!

– Não dê um nome para ele, idiota! – Ian esbraveja e Michael sai em busca de casacos, guarda-chuva e chaves. Ao pegar tudo o que precisava, eles saem de casa e vão o mais rápido possível até o hospital. Ao chegarem o ômega é levado imediatamente para a sala de cirurgia, enquanto Michael o espera ansioso na sala de espera.

– É sua última chance para fazê-lo mudar de ideia, Alex…
_______________

Algumas horas após o parto.

– Olá, trouxe seu bebê! – uma das enfermeiras entra carregando o recém nascido.

– Eu não quero vê-lo, por favor leve o bebê de volta. – Ian continua indiferente, estava decidido a não se comprometer.

– O bebê precisa ter contato com o ômega, faz bem para ele. – ela insiste com um sorriso no rosto e Ian acaba cedendo. Ele o segura em seus braços, meio desajeitado, mas com cuidado para não deixá-lo cair.

– Logo ele será levado para adoção, mas precisa receber seu primeiro alimento antes. Assim pode crescer saudável! – a moça acaricia os cabelos negros e ralos do bebê.

Ian a ignora e acha tudo aquilo uma bobagem, mas ao olhar em seus pequenos olhos, que quase não se abrem, ele sente algo percorrendo seu corpo. Como uma emoção estranha e ao mesmo tempo familiar, algo que só um pai poderia sentir. O ômega acaricia seu pequeno rosto e o bebê agarra seu dedo indicador, ele arregala seus olhos e se pergunta como uma criatura tão pequena poderia ser tão adorável.

Durante toda a gestação ele deixou claro o fato de que não o queria, que o deixaria em um orfanato qualquer e nunca olharia para trás. Como um bebê indesejado pode estar no colo de seu pai com uma expressão tão serena ? Não havia como explicar algo assim, nem mesmo Ian entendia.

– Se não estiver pronto para amamentar, posso levar o bebê… – a enfermeira se aproxima com cuidado ao notar o quão incômodo ele parecia enquanto o segura e o pega de volta, mas Alex começa a chorar desesperadamente no mesmo instante.

– Espera! Me deixa colocar ele para dormir, então você pode levá-lo. – Ian estende seus braços tentando preencher o vazio novamente. A enfermeira concorda e deixa o bebê com ômega.

– Volto mais tarde para levá-lo. – a moça sai os deixando sozinhos. Ian suspira e se acomoda na cama, não sabia como pôr um bebê para dormir, mas isso não o impede de tentar. Alguns minutos depois, ele dorme tranquilamente em seus braços.

– Tão pequeno… – o ômega sussurra e sente uma onda de tristeza invadir seu corpo, comprimindo seu peito. As lágrimas começam a escorrer e ele entende, finalmente entende que o ama, aquele era seu precioso bebê.

– Sr. Blair ? – a enfermeira volta para o quarto alguns minutos depois e se surpreende ao ver o ômega chorando.

– Quer que eu fale com a família ?

– Sim, por favor!

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Após uma noite de diversão ao lado de um alfa que conheceu em um bar, Ian Blair vê sua vida virar de ponta cabeça ao descobrir que está grávido. Logo ele precisa lidar com os desafios da...

Chapters

  • Capítulo 11 - Fim
  • Capítulo 10
  • Capítulo 9
  • Capítulo 8
  • Capítulo 7
  • Capítulo 6
  • Capítulo 5
  • Capítulo 4
  • Capítulo 3
  • Capítulo 2
  • Capítulo 1
  • 0 - Prólogo

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