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Alpha Trauma

Capítulo 1.

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Novel composta por: [98 - História principal] [20 - História paralela] [40 - História paralela especial]

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Cap 1.

 

Para fácil compreensão, frases entre ‘ ’ (aspas únicas) são lembranças.

 

( Primeiro amor )

O primeiro amor de Wooyeon foi seu tutor particular que lhe ensinou inglês. Ele era quatro anos mais velho do que ele, seu olhar era altivo e seus dedos eram mais longos do que uma palavra. Seu primeiro encontro com ele, uma pessoa alta, reta e madura, permaneceu profundamente no coração de Wooyeon mesmo depois de muito tempo.

‘Seu nome é … Seon Wooyeon?’

Foi a primeira vez que Wooywon percebeu que a voz de alguém podia ser tão gentil. Do fato de que ele (seu tutor) cheirava bem mesmo sem usar perfume, que sua pronúncia em inglês não parecia forçada, à observação de que sua mão segurando a caneta era limpa e sua postura sentada era adequada, tudo revelava sua gentileza.

‘Um nome lindo.’

A voz suave percorreu seus ouvidos. Apenas para dizer seu nome, parecia tão melodioso quanto cantar. O endereço afetuoso que se seguiu foi igualmente encantador.

‘Prazer em conhecê-lo, Yeon-Ah!’

Ele era diferente dos colegas que Wooyeon geralmente conhecia. Em vez de ostentação imatura e autopromoção, ele era apropriadamente atencioso e amável. Quando Wooyeon permanecia em silêncio ele esperava pacientemente com um sorriso gentil.

É por isso que não conseguiu corrigi-lo quando ele o chamou de “Sun Wooyeon” em vez de “Seon Wooyeon”. Aos dezesseis anos, o carinhoso “Yeon-Ah” parecia muito reconfortante para ele.

‘…Você é um alfa, professor?’

No dia em que Wooyeon fez essa pergunta, o tutor se virou para ele com um olhar calmo, e com um tom educado e afetuoso, perguntou de volta:

‘Por que, pareço um alfa?’

Era uma pergunta difícil de responder positivamente.

Wooyeon cresceu sob uma mãe alfa, recebeu a educação de um tutor alfa em casa e foi condenado ao ostracismo por colegas alfas. Alfas, alfas, alfas. Em um ambiente cheio de alfas, ele aprendeu a ser alfa, embora não se manifestasse como um.

‘…Não.’

Portanto, não havia como essa pessoa gentil ser um alfa. Os alfas, Wooyeon sabia, eram assustadores, avassaladores e não conheciam nada além de dominância.

‘Eu não pareço um alfa?’

O coração hesitante do garoto se abriu amplamente, vendo o suave levantar dos cantos da boca do tutor capturou a atenção de seus olhos. Era um sorriso tão brilhante e refrescante quanto as flores da primavera em uma estação alegre.

Desde aquele dia, Wooyeon esperava ansiosamente pelas aulas de tutoria todos os dias. Três vezes por semana, duas horas a cada vez. A tutoria de inglês com duração de apenas seis horas por semana, parecia uma chuva refrescante para a seca em sua vida. Abrir cadernos de exercícios e notas de inglês e esperar por seu tutor, até mesmo criava uma ilusão de que o mundo estava inteiramente ao seu lado.

‘Ei, porco!’

No entanto, isso não resolveu a fome que ele estava passando.

Naquela época, Wooyeon, que era obeso o suficiente para ser recomendo a fazer dieta, tornou-se um alvo para adolescentes que estava passando pela puberdade. Usando óculos de alta prescrição escondendo a maior parte do seu rosto, combinando com sua personalidade afiada, o nível de assédio aumentava dia a dia.

‘Porra, você está me ignorando de novo?’

Este era o líder do grupo que sempre assediava Wooyeon. Ele também era um dos alfas que Wooyron desprezava extremamente. O cara que sempre o incomodava, batendo em sua cabeça com os dedos, zombando.

‘Responda-me, hein?!’

Wooyeon silenciosamente pegou seu celular. Felizmente ele havia acabado de receber uma mensagem do seu tutor, mas infelizmente não havia sido nada agradável.

‘Olha este bastardo, dando desculpas de novo.’

A mensagem dizia que seria difícil para a tutoria acontecer, devido o festival da universidade. O texto perguntava se a aula poderia ser adiada e transmitia um sentimento de desculpas. Apesar de várias decepções, ao tentar enviar uma resposta, o aparelho foi tirado de sua mão.

‘Vamos ver… Yeon-Ah, por causa do festival de hoje… O que foi, Yeon-Ah!’

Instantaneamente, seu rosto corou. O termo depreciativo “porco”, que ele sempre ouvira, não lhe veio a mente. Foi por que a emoção e admiração embutidas no nome ‘Yeon-ah’ pareciam confusas e desbotadas.

‘Yeon-ah, seu porco de merda!’

Pela primeira vez desde que foi assediado, Wooyeon olhou pra ele.

Ele costumava ignorá-lo ou evitá-lo, mas dessa vez, ele não conseguiu suportar. Em resposta a ação inesperada de Wooyeon, o cara sorriu como se não pudesse acreditar.

‘Oh, olha isso. Ele está abrindo os olhos assim.’

Wooyeon não gostou de vê-lo mexendo no celular e zombar de cada mensagem que passava acendeu ainda mais o mesmo sentimento. (Raiva)

‘… Devolta meu celular.’

‘O que?’

‘Eu disse para devolver.’

‘Ei, quem roubou? Eu só estava dando uma olhada.’

Antes que o garoto pudesse dizer mais, Wooyeon rapidamente se levantou. O problema foi que o cara surpreso, empurrou Wooyeon para longe por reflexo e Bang! Wooyeon, junto da mesa, caiu no chão.

‘…’

Os óculos que ele estava usando voaram, até aqueles que fingiam não notar antes estavam olhando para eles. Wooyeon mordeu o lábio inferior em constrangimento. O cara que estava olhando-o caído com uma expressão complexa, pegou o telefone com raiva e o jogou.

‘Ah merda.’

O celular, ao ser solto, foi quebrado miseravelmente. A tela quebrada parecia refletir o humor de Wooyeon. Não contente apenas com isso, o cara chutou o aparelho quebrado.

‘Ele é tão rico e está chateado com esse único celular.’

Depois disso, a memória ficou turva. Quando voltou a si, estava sentado dentro do escritório da diretoria com um sujeito de rosto inchado. Pouco tempo depois, sua mãe foi chamada e o professor, relutante e incerto, mostrou o telefone quebrado.

‘Vamos deixá-lo sair mais cedo hoje.’

Como sempre, tudo foi resolvido com dinheiro.

Sua mãe, que não tinha nada além de dinheiro, até recebeu um pedido de desculpas do professor e saiu do escritório. Ela não olhou Wooyeon uma única vez, não perguntou o por que ele fez isso e proferiu apenas uma frase;

‘Não tenho tempo para te levar pra casa. Pegue um táxi. Isso é o suficiente para a corrida?’

O maço de notas que ele segurava era lamentavelmente pequeno e não tinha nenhuma sinceridade. Poderia ter coberto a corrida de taxi e dez vezes mais, mas ele nem pensou em pegá-lo e apenas abaixou o olhar. Mais uma opção lhe foi dada calmamente enquanto ele silenciosamente abaixava a cabeça.

‘Ou devo ligar para o motorista Yoon?’

Ele não derramou lágrimas.

Seus olhos estavam lacrimejantes mas chorar ali só convidaria respostas clichês. Aconselhado a não chorar, desprezar o arrependimento, considerar o próprio orgulho e apenas superar, esse tipo de coisa.

‘E sobre os óculos…’

No final, Wooyeon pegou um táxi para casa. Em vez de andar com o motorista robô Yoon, era mais reconfortante assim. Os óculos já quebrados eram melhores do que os já usados e depois de dar todo o dinheiro que tinha ao motorista de táxi, ele saiu do carro.

‘…’

Entrar em casa vazia sempre era uma solidão inimaginável. A casa desnecessariamente espaçosa era tão silenciosa que o som de formigas rastejando podia ser ouvido. Wooyeon desabou apaticamente em um lado da sala de estar desse espaço irreal, sentindo-se sem vida.

Era uma sensação horrível. Não podia ser descrita com precisão, mas era simplesmente miserável.

O telefone quebrado, a mãe ignorante fingindo não saber de nada e o cara que ele teria que enfrentar novamente amanhã.

Eles eram todos iguais.

Wooyeon foi para seu quarto e afundou na cama, sem pensar. O cobertor frio e duro não forneceu nenhum conforto para ele. Com a tutoria cancelada, ele continuaria sozinho até tarde da noite. Ele pensou que mesmo que quisesse desaparecer silenciosamente ou se tornar um cadáver, ninguém notaria.

Wooyeon adormeceu cerca de vinte minutos depois.

O cobertor que cobria seu rosto estava desconfortavelmente apertado, mas no final, não conseguiu abafar a respiração dele.

Quanso voltou a abrir os olhos, o quarto estava num breu escuro, e então ouviu alguém tocando a campainha.

‘Ninguém deveria ter vindo…’

Não havia necessidade de se esconder. Até os vendedores ambulantes evitavam esse bairro com uma atmosfera sombria. Ele pensou que a pessoa iria embora logo, mas o som alto da campainha não dava sinais de parar.

‘…Quem é?

Inevitavelmente, Wooyeon relutantemente se levantou e foi para fora. Segurando o telefone conectado ao exterior, perguntou indiferentemente e uma resposta inacreditável retornou.

‘Yeon-ah, sou eu, o professor’

Era a pessoa que ele estava esperando. Era alguém que ele também pensou que não conseguiria ver hoje. Com uma sensação de empolgação por ele poder vê-lo, Woo apertou nervosamente o botão e correu rapidamente para a porta da frente.

Assim que a porta se abriu, uma figura familiar apareceu. Seus passos pelo jardim pareciam um pouco mais rápidos do que o normal. Num piscar de olhos ele estava diante da outra pessoa que sorria, e deu um suspiro de alívio.

‘Estou aliviado, pensei que você não estava em casa. O festival acabou mais cedo do que o esperado, então posso te ensinar hoje. Liguei só por precaução, mas você não atendeu…’

Tudo isso parecia irreal. Visão embaçada a cabeça levemente pressionada e até mesmo o olhar atento para Wooyeon, tudo parecia uma ilusão.

‘… O que aconteceu?’

Lágrimas irromperam com essa pergunta tão trivial. Apesar de saber que ficaria envergonhado, Woo não conseguiu suprimir as emoções avassaladoras. O choro repentino continuou implacavelmente até que sua respiração se tornou rápida.

‘Professor… *funga*… ’

Wooyeon chorou como uma criança, soluçando enquanto estava sentado em algum lugar. A pessoa perplexa que se sentou com ele gentilmente deu um tapinha em suas costas. Um leve aroma floral flutuava nessa distância fechada.

‘Por que você está assim,Yeon-ah? Você está bem?’

Wooyeon só queria perguntar o porquê. Não era uma ação para chamar a atenção, mas isso não significa que ele não queria atenção. Ele não queria andar no carro de Yoon, que era como um novo, e ele não queria pegar um táxi que atrairia a atenção dos outros.

Ele só queria que lhe perguntassem se estava tudo bem e por que ele agiu daquela forma.

‘Dói em algum lugar? Deixe-me ver, ok?’

Quanto mais ele tentava consolar, mais as tristezas o dominavam. A represa, segurando as emoções reprimidas, rompeu num rio inconsolável.

Somente depois de muito tempo e um longo período de tristeza, Wooyeon finalmente levantou a cabeça, respirando pesadamente.

‘Você chorou o tempo todo?’

Antes que ele percebesse, Woo estava num abraço caloroso. O rosto na frente dele ainda estava quieto e pacífico. A pessoa que enxugou o rosto com a manga cobriu sua testa com a grande mão.

‘Não parece que você está com dor…’

Seu coração afundou. Seu rosto se enrugou, e sua garganta coçou incontrolavelmente. Seus músculos faciais, além de seu controle, pareciam fazer uma expressão estranha involuntariamente. Tump, tum, seu coração batia alto, e se recusava a se acalmar, não importa o quanto tentasse.

Só então ele vagamente percebeu. As emoções de sentir falta de alguém, querer estar junto e o humor sensível que tinha chegado ao fundo do poço e agora flutuava suavemente.

Wooyeon vagamente nomeou tudo isso de “primeiro amor”.

_

Wooyeon bateu no carinha.*

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Capítulo 1.
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Alpha Trauma

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Sinopse:

Seon Wooyeon era alguém que não suportava Alfas, tanto antes quanto depois de se apresentar como Ômega.

A única exceção era seu tutor particular, que por acaso não era...

Chapters

  • Capítulo 1. História principal.

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