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Amor de Verão

Capítulo 16

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– Cuidado, okay ? Divirtam-se! – Amélia os adverte enquanto os acompanha até a porta da frente.

– Não se preocupe, Dona Amélia. – Daniel beija sua testa e sorri.

– Voltamos mais tarde. – ele fala enquanto pega a chave do caminhão.

– Tchau, Amélia! – Alec se despede rapidamente e segue Daniel até o veículo.

– Vamos ? – ele questiona e gira a chave, dando a partida.

– Claro, estou com sede! – Alec ri.

_______________

– Nossa, está lotado! – Alec fala animado enquanto se espreme, tentando passar pela multidão.

– Segure minha mão! – Daniel agarra sua mão com força e o guia até uma mesa no canto do bar.

– Pensei que iria ser engolido por todas essas pessoas! – ele ri e se acomoda no banco. As pessoas estavam realmente animadas e a música não era tão ruim, parecia a noite perfeita para beber um pouco.

– Eu vou no bar pegar alguma coisa para beber. Cerveja ?

– A mais gelada!

– Certo, fique aqui. – Daniel sorri e vai até o bar, alguns minutos depois ele retorna com duas enormes canecas de cerveja.

– Obrigado. – Alec fala sorridente ao receber sua bebida e a ergue para o alto.

– Um brinde a esse verão incrível!

– A um verão incrível! – Daniel sorri e bate sua caneca contra a dele devagar, emitindo um som característico de vidro se chocando. Em seguida os dois bebem um grande gole do líquido amarelado e batem seus copos contra a mesa.

– Nossa, isso congelou meu cérebro! – Alec ri e sente uma leve dor de cabeça.

– Você disse a mais gelada. – ele dá de ombros.

– Okay, eu assumo a culpa dessa vez. – Alec ergue suas mãos, mostrando as palmas. Ambos dão risada, mas logo um silêncio incômodo se forma.

– Vai sentir minha falta quando eu voltar para a cidade ? – ele questiona de repente.

– Quem sabe. – Daniel suspira e dá de ombros.

– Caipira insensível! – Alec estreita os olhos e fala em um tom de brincadeira.

– Olha como fala, sou mais velho que você. – Daniel aperta sua bochecha.

– Aí! – ele choraminga.

– Você sabe a resposta, Alec. – Daniel suspira e responde em um tom sério, desviando o rumo da conversa.

– Você pode ir me visitar quando quiser. Meu apartamento tem um ótimo quarto de hóspedes.

– É mesmo ? – ele ri.

– Sim…

– Eu vou pensar nisso.

– Pense com carinho, okay ? – Alec lhe mostra um sorrisinho astuto e acaricia seu rosto, usando todo o seu charme natural. Queria ouvir um sim.

_______________

– Obrigado, Lucas. – Daniel fala enquanto pega duas garrafas de cerveja e ao se virar, acaba esbarrando em um homem e derrubando uma delas no chão.

– Tudo bem ? Se machucou ? – ele questiona preocupado e se afasta dos estilhaços de vidro.

– Porra, você é cego ?! – o homem esbraveja enquanto aponta o dedo indicador para o seu rosto.

– Sujou toda a minha roupa de cerveja, babaca!

– Cara, me desculpe. Realmente não te vi aí. – Daniel fala de forma calma, tentando evitar ao máximo uma possível briga.

– Desculpa ? Agora eu tô fedendo por sua causa! – ele grita e se aproxima irritado, passando por cima da poça de cerveja e cacos de vidro. O homem ergue seu punho, com a intenção de desferir um soco no rosto de Daniel, mas é interrompido.

– Ei, idiota! – Alec aparece de repente e toma a frente, o empurrando.

– Não ouviu ele dizer que foi sem querer ? Só vai se limpar e esquece isso!

– Quem pensa que é, nanico ? Por acaso é a namoradinha dele ? – o homem ri e o encara com desdém.

– E se eu for ? Está com inveja ? – ele lhe mostra um sorrisinho sarcástico.

– Alec, deixa isso pra lá… – Daniel murmura ansioso.

– Deveria ouvir o idiota do seu namoradinho.

– Não vamos a lugar algum até esse babaca pedir desculpa. – Alec ergue uma de suas sobrancelhas.

– Eu ? Foi o seu namoradinho que derrubou cerveja em mim!

– Olha cara, me desculpa, beleza ? Não quis te sujar. – Daniel estende sua mão, esperando terminar tudo rapidamente, mas o homem bate no dorso da sua mão e começa a agir de forma agressiva e gritar, chamando a atenção de todos.

– Vai se foder, porra! Você derruba cerveja em mim, estragando minha noite com as garotas e acha que pode só se desculpar ? – ele agarra Daniel pela camisa e fala alto. Alec se intromete novamente e o afasta, logo uma confusão sem sentido começa a tomar conta do bar e de repente, ele está derrubando o homem no chão usando um golpe de karatê.

– Porra… seu merdinha. – o homem resmunga meio confuso e tenta se levantar.

– Corre! – Daniel agarra seu antebraço e o puxa para longe daquela briga. Ele estava impressionado por ver Alec derrubar um cara que é o dobro do seu tamanho, mas não podia deixar aquilo piorar.

– Daniel, espera! – Alec fala ofegante após ser arrastado para longe do bar.

– Eu preciso… respirar! – ele grita irritado. Odiava correr.

– Desculpa… – Daniel para e o solta.

– Por que estamos correndo ? A gente nem pagou a conta!

– Eu só… não queria te ver brigar… – ele responde ofegante e sente que seu coração está prestes a sair pela boca.

– Mas eu estava ganhando!

– Onde aprendeu aquilo ?

– Fiz Karatê na escola.

– Sério ? Nossa… – Daniel murmura surpreso e pensa em todas as vezes em que sua vida correu perigo ao irritá-lo.

– Aquilo foi bem legal, né ? – Alec ri.

– Sim! – ele também ri e por alguma razão, ambos começam a rir de toda a situação.

– A sua mãe vai nos matar! – Alec fala em meio aos risos.

– Com certeza! – Daniel concorda e estende sua mão.

– Vamos ? – ele acena com a cabeça em direção a estrada de terra.

– Vamos! – Alec segura sua mão e o segue. Após alguns minutos de caminhada, uma forte chuva começa de repente, forçando ambos a correr novamente em busca de abrigo.

Eles encontram uma espécie de barraca feita de palha e madeira e vão para lá.

– Se eu continuar correndo desse jeito… vou acabar morto! – Alec reclama e respira fundo, tentando recuperar o fôlego.

– Nossa, estou encharcado! – ele fala enquanto bagunça seus fios de cabelo, tirando o excesso de água.

– Está bem forte, acho que vamos ficar aqui por um tempo.

– Também acho… – Daniel olha ao redor e vê que realmente estão presos naquela barraca improvisada. Graças a sua pressa, havia deixado o caminhão para trás e não tinham como fugir de toda aquela chuva.

– Ugh… – Alec resmunga e se encolhe. Todo aquele vento e água o deixaram com frio, a ponto do seu corpo tremer.

– Está com frio ? – ele se aproxima e o puxa para um abraço. Mesmo estando molhado também, Daniel o segura firme e mantém Alec próximo ao seu corpo.

– Sabe, eu vou sentir falta disso… – Alec murmura e se agarra ao seu corpo.

– Eu também. – Daniel beija o topo de sua cabeça e sorri. Se pudesse, não o deixaria ir.

– Daniel, eu… – ele fala hesitante, mas acaba sendo interrompido pela luz forte dos faróis.

– Daniel, Alec, vamos! – Alana os chama ao pôr sua cabeça para fora da janela.

– Alana! – Daniel a cumprimenta animado, feliz por conseguir escapar da chuva.

– Venham, está chovendo muito.

– Alec, vamos. – Daniel segura sua mão e corre com ele em direção a caminhonete, entrando rapidamente no veículo.

– Alana, você nos salvou. – ele fala aliviado.

– Eu vi quando saíram do bar correndo. Aquele idiota causou a maior confusão! – ela ri, mas mantém sua atenção na estrada.

– Nossa, que filho da puta… – Alec murmura e revira os olhos. Odiava pessoas como ele.

– Alec, o que queria dizer ? – Daniel sussurra próximo ao seu ouvido.

– Nada, deixa pra lá! – ele força um sorriso e desvia seu olhar para baixo. Estava prestes a dizer algo idiota, mas Alana o impediu.

– Tudo bem…

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Capítulo 16
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Alec, um jovem homem trans, que vive sem preocupações enquanto gasta o dinheiro dos seus pais, é obrigado a passar o verão no interior, na casa da sua falecida...

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  • Extra 2
  • Extra 1
  • Capítulo 20 - Fim
  • Capítulo 19
  • Capítulo 18
  • Capítulo 17
  • Capítulo 16
  • Capítulo 15
  • Capítulo 14
  • Capítulo 13
  • Capítulo 12
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