Capítulo 01 - Prólogo (01)
O Chefe Zhang seguiu a explicação do capitão Wei, seu amigo de uma geração diferente, para chegar a uma área residencial antiga e decadente. Os mascates vendiam suas mercadorias ao longo da rua e, quando o Chefe Zhang evitou tanto as barracas de rua quanto as senhoras idosas agachadas para pegar algumas mercadorias, ele chegou à porta de um apartamento, com alguma dificuldade. A porta rangeu e balançou, então o Chefe Zhang não se atreveu a usar muita força para a abrir para não tirar metade dela das dobradiças. Ele inclinou o corpo para dentro para inspecionar o prédio primeiro – havia um corredor e escada apertados, uma pequena janela que deixava entrar raios finos de sol, e na frente de duas unidades familiares, ao lado de seus capachos, havia dois sacos de lixo. O Chefe Gao soltou um suspiro impotente e subiu as escadas.
Por sorte, a escada era feita de cimento, e o Chefe Zhang se inclinou e subiu rapidamente as escadas, subindo dois degraus de cada vez. Depois de subir seis lances e chegar ao topo, o Chefe Zhang parou, olhou para a direita e para a esquerda e se aproximou da porta à esquerda. Mas quem diria que assim que ele parou na frente dela, a porta se abriu, revelando um rosto com uma barba curta e uma cabeça cheia de cabelos grossos. A barba corria do lóbulo da orelha até o queixo, os olhos emitiam uma luz fria e lupina, e ele usava uma camiseta imunda, roupa interior imunda e chinelos imundos. Ele falou com a voz rouca: “Quem é você?”
“Meu nome é Gao Zhengcheng. Você é Lu Hui?” O Chefe Gao tirou seu distintivo da polícia: “Posso entrar?”
“Não.” A pessoa rejeitou friamente o Chefe Gao, depois foi fechar a porta.
“Espere um segundo, jovem.” O Chefe Gao rapidamente enfiou o pé na porta: “Você é um detetive de polícia famoso. Podemos entrar para falar.”
“Famoso?” O homem olhou para o Chefe Gao, mas não parecia que ia fechar a porta novamente, “Quem disse para você vir?”
“O capitão Wei me apresentou. Sou apenas um Chefe do Departamento de Segurança Pública da cidade, não no nível provincial onde você trabalhou antes, mas para o bem ou para o mal, posso lhe dar um emprego.” O Chefe Gao falou sem pressa: “A cidade de Linhua realmente precisa de talentos como o seu.”
“Oh. Não vou.” Lu Hui foi novamente fechar a porta.
“Espere, espere, espere. Seja qual for o salário que você quiser, farei o meu melhor para conseguir para você.” O Chefe Gao apoiou-se no batente da porta, como se estivesse prestes a dizer “faça-me uma oferta.”
A barba de Lu Hui se moveu, a luz em seus olhos ficou turva e seu tom parecia deliberadamente provocador quando ele disse: “Eu quero controle absoluto.”
“Que tal entrarmos para discutir isso?” O Chefe Gao propôs.
Lu Hui relutantemente abriu a porta para o deixar entrar.
O Chefe Gao entrou na sala e viu um sofá velho e empoeirado, pilhas de caixas de macarrão instantâneo, engradados de cerveja e algumas carcaças de baratas. Encontrou um banquinho de madeira que mal conseguia se aguentar e se sentou.
Lu Hui casualmente se sentou no sofá. Sua barba densa obscurecia seus lábios, então sua expressão não podia ser vista. Ou melhor, ele simplesmente não fez expressões supérfluas: “Minha equipe é minha equipe. Ninguém pode interferir.”
“Vamos tentar primeiro. Que tal isso, vou providenciar um esquadrão para você, para que você possa trabalhar junto com a divisão de crimes graves nos casos.” O Chefe Gao concordou prontamente: “Mas você não pode agir como um ditador.”
“Mm.” Lu Hui levantou uma sobrancelha, “Eu tenho um senso de propriedade.”
“…” O Chefe Gao duvidou dele cento e vinte por cento, “vou me esforçar para conseguir um salário adequado para você.”
“Esse é o meu negócio.” Lu Hui parecia não se importar com os salários, “Um carro é suficiente.”
“Eu posso conseguir isso para você.” O Chefe Gao assentiu, perguntando: “Você já comeu?”
“Estou comendo.” Lu Hui pegou uma caixa de macarrão instantâneo – um dos muitos na mesa lateral – e bufou como um porco enquanto comia, sem prestar atenção ao caldo encharcando sua barba.
“…” O Chefe Gao não teve escolha a não ser se levantar: “Que tal você vir comigo ao Departamento para começar a preencher os formulários de inscrição?”
Lu Hui inclinou a cabeça para trás para sorver o caldo, depois colocou a caixa de volta na mesa lateral e disse: “Tudo bem, vamos.”
“… Não está bem.” O Chefe Gao realmente não podia mais ficar parado e assistir, e gesticulou com a mão: “Os formulários exigem uma foto. Você precisa se barbear primeiro.”
Lu Hui estava um pouco atordoado. Ele acariciou a barba, caminhando para o banheiro estreito, a parte de trás de seus chinelos sob os pés.
O Chefe Gao ficou na sala ouvindo o som de uma navalha e enxugando a testa, como se estivesse incrédulo sobre a aquisição inesperada de um prodígio.
Quanto a Lu Hui, ele pegou a navalha e foi direto ao ponto, raspando sua longa e rebelde barba e deixando apenas uma sombra de cinco horas. Ele abaixou a navalha, passando a mão pela barba por fazer. Sua carranca o fazia parecer um pouco distante.
“Tudo tem que sair.” O Chefe Gao estava na porta minúscula do banheiro.
Lu Hui hesitou por um momento, então pegou a navalha e raspou sua barba, revelando a pele brilhante e limpa de um homem não sociável e excêntrico de 32 anos por baixo. Seus traços faciais tinham um apelo particularmente sombrio, especialmente seus olhos, que eram escuros, recônditos e um pouco frios.
Lu Hui colocou mais creme de barbear e limpou a sombra de cinco horas que restava. Com sua pele pálida e olhos negros, ele era a cara de um fantasma.
O Chefe Gao perguntou: “Você nunca sai?”
“En.” Lu Hui jogou um pouco de água no rosto, passando a mão pelo cabelo desordenado, depois se virou para perguntar ao Chefe Gao: “Tudo bem?”
“Vai servir.” O Chefe Gao fez o possível para ignorar o ninho do pássaro em sua cabeça: “Um carro está esperando do lado de fora da área residencial. Vou o acompanhar ao Departamento.”
“En.” Lu Hui não tinha consciência de seu status de subordinado, quase como se não percebesse que o Chefe Gao havia se tornado seu superior.
O Chefe Gao tinha ouvido falar do temperamento desse prodígio, então ele apenas balançou a cabeça, bem-humorado, pegando um para a equipe e agindo como seu piloto.
A viagem do distrito de Liuting para o distrito de Linhua dura em média quarenta minutos, então, com a adição de Lu Hui vivendo em uma área residencial antiga e complicada, o Chefe Gao levou mais de uma hora para chegar ao Departamento de Segurança Pública da cidade de Linhua.
O Chefe Gao levou Lu Hui ao departamento de recursos humanos e, uma vez que sua foto foi tirada e a papelada oficial cuidada, o Chefe Gao trouxe Lu Hui para seu escritório.
“Não há necessidade de esperar um dia antes de começar. Você acabou de chegar, então provavelmente não está familiarizado com tudo. Yang Jie faz parte da equipe sênior. Deixe-a lhe mostrar o lugar para que você possa se familiarizar.” disse o Chefe Gao.
“E o meu esquadrão?” Lu Hui perguntou
“Vou ter uma reunião hoje à noite, vou escolher algumas pessoas para você lá. Você tem algum requisito?”
“Sem impedimentos.” Lu Hui disse.
“…” Chefe Gao esfregou as têmporas, “Vou escolher algumas pessoas sensatas.”
“En.” Lu Hui assentiu.
“Seu esquadrão estará reunido até amanhã.” disse o Chefe Gao.
“Chefe?” Uma policial experiente e perspicaz empurrou a porta: “Você estava me procurando?”
“En. Xiao Lu, este é Yang Jie.” O Chefe Gao apresentou a policial: “Yang Jie, este é Lu Hui, o detetive milagroso que mencionei da última vez.”
“Ah… Você é Lu Hui. Sua reputação o precede.” Yang Jie apertou a mão de Lu Hui: “Então, deixe-me apresentar você ao trabalho do Departamento.”
“Hmm, obrigado.” Diante da policial, que o tratava com a atenção de uma irmã mais velha, a expressão de Lu Hui mostrava um pouco de respeito.
“Não precisa ser educado. Você pode me chamar de Irmã Yang.” Yang Jie sorriu suavemente.
“Irmã Yang.” Lu Hui se dirigiu a ela corretamente.
“Ok, então vamos sair.” Yang Jie acenou para o Chefe Gao: “Vamos nos despedir agora.”
“Vá, vá.” O Chefe Gao os dispensou.
Lu Hui seguiu Yang Jie para fora do escritório.
O Chefe Gao pegou o telefone: “Olá, é Xiao Wei? En, Xiao Lu concordou em vir trabalhar para mim.”
(҂` ﾛ ´)︻デ═一 ＼(º □ º l|l)/
O autor tem algo a dizer:
* Os Chefes não recrutam pessoas diretamente, isso não é realista
* Os Chefes não definem os salários dos funcionários públicos, isso também é um pouco irreal
