Capítulo 107: O banquete de aniversário do Primeiro Ministro (1)
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Wu Chenliu já sabia que o aniversário de Wu Chenzi seria depois de amanhã. Por isso, pediu a Wu Xi que o visitasse no dia seguinte ao banquete de aniversário.
Wu Qianqing e Guan Tong o observavam, ainda sem acreditar que aquilo tinha realmente acontecido. Sentiam-se como se estivessem sonhando, e só voltaram ao normal na hora do jantar.
— Ruo, você já esperava que Xi fosse ser aprendiz dele? — perguntou Wu Qianqing.
— É um arranjo do céu, impossível de prever — respondeu Wu Ruo com um sorriso.
Agora que Wu Chenliu havia aceitado Wu Xi como sua discípula no lugar de Wu Yu, restava ver se Wu Yu continuaria sendo tão notável e promissor entre os demais como fora em sua vida passada.
Wu Qianqing e Guan Tong ficaram surpresos, imaginando que talvez aquilo fosse resultado de alguma adivinhação feita por Hei Xin. Os dois lançaram um olhar agradecido a ele.
Hei Xin, que servia a comida, ficou confuso com aquele olhar.
Wu Ruo não pretendia corrigir o mal-entendido nem explicar nada.
Dois dias depois, era o aniversário de Wu Chenzi. Como ditava a tradição da Família Wu, no aniversário de um ancião ilustre, todos os membros da família deveriam prestar culto ao deus e realizar o sacrifício em nome do aniversário anterior no templo principal da Família Wu. Sendo membros da família, Wu Ruo e os seus não eram exceção. Por isso, acordaram cedo e prepararam-se para chegar ao templo antes das cinco da manhã.
O templo principal ficava numa encosta modesta nos arredores da Capital Imperial. Atrás, erguia-se uma imensa montanha; à esquerda, serpenteava um rio; à direita, um bosque exuberante. A entrada principal dava para a vasta capital. Era, em essência, um local que reunia todas as fortunas e bênçãos.
Antes das cinco, incontáveis carruagens já estavam estacionadas ao pé da colina.
Uma multidão de membros da Família Wu subia a ladeira rumo ao templo. Como os portões ainda estavam fechados, tiveram de esperar do lado de fora. Todos estavam vestidos com roupas finas e joias caras, quase como se estivessem competindo entre si.
Tal como na Cidade de Gaoling, os membros da família se agrupavam de acordo com seus respectivos pátios. Quanto mais distante o grau de parentesco, mais afastados da entrada principal eles ficavam, deixando os lugares de honra para os membros mais próximos.
Wu Ruo e sua família seguiram para um canto, tentando não chamar atenção. Falavam o mínimo possível para evitar se tornarem alvo de provocações.
Wu Qianqing lançou um olhar rápido à multidão e sentiu-se incomodado. Não percebia ali a hospitalidade da Família Wu. Pelo contrário, havia um perigo invisível, como se uma grande armadilha estivesse prestes a se fechar.
Guan Tong e Wu Xi estavam lado a lado, em silêncio.
Hei Xuanyi segurou a mão de Wu Ruo, e este escreveu uma mensagem na palma dele, permitindo que Hei Xuanyi adivinhasse o que queria dizer. Pelo visto, achava o ritual extremamente entediante.
Hei Xuanyi reconheceu rapidamente o caractere escrito e sussurrou ao ouvido de Wu Ruo:
— É Yi?
Seu sopro quente no ouvido fez com que Wu Ruo se ruborizasse. Sua bochecha ficou corada.
Hei Xuanyi sorriu de leve e ajeitou uma mecha de cabelo de Wu Ruo atrás da orelha, sem se importar com quem estivesse olhando.
Guan Tong e Wu Xi não conseguiram conter o riso ao verem os dois trocando afeto em público.
— Qianqing! — chamou alguém.
Eles seguiram a voz com o olhar. Era Wu Bufang, acompanhado de Yao Shuyuan.
— Vovô, vovó — cumprimentou Wu Qianqing.
Wu Ruo e os outros também fizeram reverência a Wu Bufang.
— Então era verdade mesmo. Que maravilha! Quando ouvi que você estava aqui e que também seria convidado para o banquete de aniversário, custei a acreditar — Wu Bufang parecia muito satisfeito.
Mas logo sua expressão mudou ao se lembrar do que havia ocorrido em Gaoling:
— É verdade que fantasmas atacaram a cidade?
O olhar de Wu Qianqing se entristeceu:
— É verdade.
— Isso é péssimo… até os cidadãos foram afetados — lamentou Wu Bufang.
Yao Shuyuan também estava abatida. Seus filhos e netos haviam morrido no mesmo dia. Como não estaria de luto? Quando soubera da notícia, chegou a desmaiar de tanta dor.
Como era o aniversário de Wu Chenzi, aquele não era o melhor momento para chorar os mortos. Wu Bufang conteve a tristeza e perguntou a Wu Qianqing, curioso:
— Como vocês conseguiram sair da cidade?
Sem contar toda a verdade, Wu Qianqing explicou:
— Já tínhamos planos de vir à capital para procurar uma escola para Xi. Os fantasmas apareceram logo após deixarmos a cidade.
— Tiveram sorte de sair antes — disse Yao Shuyuan, com a voz embargada.
— Enviei algumas pessoas para verificar se ainda há sobreviventes na cidade — comentou Wu Bufang, franzindo o cenho.
Fora Wu Qianqing e sua pequena família, apenas os que tinham saído para treinar haviam sobrevivido. A Família Wu da Cidade de Gaoling fora praticamente exterminada.
Yao Shuyuan tirou um lenço de seda da manga e enxugou as lágrimas que ameaçavam cair. Perguntou com a voz rouca:
— Qianqing, onde vocês estão hospedados agora?
Wu Qianqing respondeu, lançando um olhar para Hei Xuanyi:
— Estamos na casa que Xuanyi comprou.
Foi então que Wu Bufang e Yao Shuyuan notaram o belo homem ao lado de Wu Ruo. Ficaram surpresos com sua beleza. Ao verem suas mãos entrelaçadas com as de Wu Ruo, ficaram ainda mais impressionados.
— Ele é Xuanyi? O marido do Ruo? — perguntaram, surpresos.
Ver os dois juntos era uma visão e tanto. Tudo o mais parecia sem graça diante deles. Era impossível desviar os olhos.
Wu Qianqing então explicou por que Hei Xuanyi usava uma pele falsa antes.
— Entendo — disseram Wu Bufang e Yao Shuyuan, sem se preocuparem com a questão da aparência falsa. Ficaram felizes ao saber que Hei Xuanyi tinha uma casa na capital. Ao contrário deles, que estavam alojados no pátio lateral da Família Yao, onde eram obrigados a seguir suas regras e ainda por cima eram tratados com desprezo. Por isso, decidiram comprar uma casa própria e se mudar o quanto antes.
Nesse instante, um feixe de luz cortou o céu. Ao mesmo tempo, os portões do templo rangeram ao se abrirem. Quando as duas folhas se abriram lentamente, revelaram o interior do templo.
— Abriu! — exclamou a multidão com entusiasmo.
Por dentro, o templo não era diferente dos demais: havia altos pinheiros sempre-verdes. Nos fundos, erguia-se uma torre de nove andares. Todos pararam diante dela. Liderados pelos chefes da Família Wu, os demais membros posicionaram-se em seus lugares.
Logo, a porta da torre se abriu. Wu Chenzi, que havia passado a noite lá, surgiu. Era seu aniversário de 150 anos, mas parecia um homem de pouco mais de quarenta. Como se tivesse parado de envelhecer. Usava uma túnica azul-escura e segurava uma vara dourada. Seu rosto belo estava sério, os lábios cerrados, os olhos penetrantes. Caminhava até a plataforma com passos solenes, como um verdadeiro rei.
Todos ficaram em absoluto silêncio, observando-o com admiração.
A mente de Wu Ruo ficou em branco por um momento. Era a primeira vez que ficava tão perto de Wu Chenzi. Mas não sentia respeito algum. Achava aquele homem ridículo — um hipócrita que sabia fingir bondade melhor que Wu Bufang e os demais.
Wu Chenzi examinou lentamente os mais de mil membros da Família Wu. Por fim, seu rosto severo mostrou um leve sorriso.
— Estamos vendo uma família cada vez mais próspera, o que me deixa muito feliz. Espero que continuemos nesse caminho de glória.
— Sob sua liderança — respondeu a multidão em uníssono.
— Vossa Excelência, já é hora — disse o chefe da Família Wu, aproximando-se.
Wu Chenzi assentiu e posicionou-se no centro da formação previamente desenhada. De olhos fechados, ergueu a vara dourada e começou a entoar um longo encantamento.
Os olhos de Wu Ruo estavam fixos nele. Talvez por estar prestando atenção demais, acabou vendo um raio dourado percorrendo o corpo de Wu Chenzi — como uma serpente de água dourada que deslizava lentamente por suas veias. Wu Ruo não sabia se aquilo era real, mas parecia claro como o dia.
Ficou surpreso. Nunca tinha visto nada parecido. Seria alguma habilidade nova que Wu Chenzi havia desenvolvido?
Olhou ao redor. Todos permaneciam calmos.
Não… algo está errado.
Era compreensível se os membros da Família Wu da capital permanecessem impassíveis. Mas seus pais, Xi e Hei Xuanyi — que nunca haviam presenciado aquilo — também estavam tranquilos. Era estranho demais.
Será que estou enganado?
Wu Ruo esfregou os olhos e olhou de novo. O raio dourado havia sumido. Parecia que nada daquilo tinha acontecido.
Respirou fundo e voltou a encarar Wu Chenzi. O raio dourado estava lá outra vez.
Wu Ruo puxou a manga de Hei Xuanyi.
Hei Xuanyi o olhou.
Wu Ruo abriu a boca, mas decidiu não dizer nada ali, cercado de gente. Falaria com ele depois que o ritual terminasse.
Hei Xuanyi segurou sua mão com força, achando que Wu Ruo estava nervoso.
Wu Ruo olhou para ele e depois voltou os olhos para Wu Chenzi. O raio dourado entrou em seu dantian espiritual, e seu corpo começou a brilhar com uma luz dourada, como se um deus habitasse dentro dele. Wu Ruo também viu uma figura dourada atrás de Wu Chenzi.
O chefe da Família Wu aproximou-se para queimar as varas de incenso e liderar a adoração. Em seguida, começou um longo cântico, como os monges entoando escrituras.
Muito tempo depois, os cânticos chegaram ao fim. Milhares de raios dourados irromperam sob os pés de Wu Chenzi, aquecendo a todos como o nascer do sol.
Todos sorriram, radiantes.
— A oração foi um sucesso!
Aqueles que nunca haviam presenciado aquilo estavam confusos. Olharam na direção onde Wu Chenzi estava e perceberam que ele parecia ainda mais jovem do que antes, agora que os raios haviam desaparecido.
Wu Xi ficou surpresa. Como os outros também cochichavam, ela disse a Guan Tong:
— Mãe, você não acha que ele parece mais jovem agora?
Guan Tong assentiu.
— Deve ser sua primeira vez rezando aqui, não é? — zombou alguém ao lado.
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Depois que Wu Ruo morreu, ele renasceu naqueles dias sombrios em que era o mais inútil e o mais gordo — justamente a versão de si mesmo que mais odiava.
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