Encanto (1)

Encanto

Capítulo único

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Cidade dos Encantados.

– Caipora! – Curupira grita ao abrir a porta do quarto de repente. Caipora, que estava deitada em sua cama com o celular na mão, desvia seu olhar em direção à entrada.

– Quié, primo ? – ela pergunta, mas não parece tão interessada no que ele tem para falar.

– Bem, eu meio que tô gostando do Saci… – Curupira confessa envergonhado.

– Eu sei que vocês são amigos, mas não conta pra ele. – ele desvia o olhar para o chão e suas bochechas ficam completamente coradas. Caipora o encara com os olhos arregalados, boquiaberta com o que tinha ouvido, mas acaba se distraindo ao ouvir o som da chamada ser encerrada. Na verdade, estava o tempo todo em ligação com Saci, que ouviu tudo.

– Seu idiota… – ela murmura irritada e se levanta de repente, avançando sobre Curupira e dando-lhe um tapa nas costas.

– O que eu fiz ?! – ele choraminga e se encolhe.

– O Saci ouviu tudo!

– O-o quê ? – Curupira arregala os olhos e sente vontade de enfiar sua cabeça em algum buraco. Como iria encará-lo agora ?

– Por que você não me disse ?!

– É culpa sua. Quem mandou entrar no meu quarto sem bater, hein ?! – ela o repreende e lhe dá outro tapa.

– Ai, ai… eu já entendi!

– Olha, não me mete nessa história, okay ? Já basta o Saci falar de você o tempo todo!

– E-ele fala de mim ? – Curupira balbucia, e seus olhos brilham como se fossem chamas.

– Ugh, Jesus! – ela revira os olhos e o agarra pelo braço.

– Fora! – Caipora o põe para fora do quarto e fecha a porta. Curupira fica parado em frente ao quarto, abobado pensando no que o Saci falava sobre ele, naquele instante nada mais importava.

– Preciso falar pra Iara!

_______________

– Você o quê ?! – a moça, que estava distraída penteando seu longo cabelo, fala alto de repente, sem acreditar no que estava ouvindo.

– F-foi sem querer, tá bom ? – ele se encolhe e abraça o travesseiro com mais força.

– Eu não imaginei que ele estivesse ouvindo…

– Sério, você é mesmo um idiota. – Iara revira os olhos, mas logo depois acaba rindo. O seu jeito atrapalhado era adorável.

– Então, você sabe que ele vai amanhã, né ? Na festa junina do bairro. – ela solta a informação como quem não quer nada e volta a pentear seus cabelos. Curupira arregala os olhos e começa a entrar em pânico.

– Droga, eu não me lembrava disso! Ahh! – ele cobre seu rosto com o travesseiro e grita.

– Eu nunca mais vou sair de casa, é isso. Está decidido!

– Nada disso, você prometeu que iria comigo! – Iara protesta irritada.

– Mas e se eu der de cara com ele ? – Curupira tira o travesseiro do rosto e a encara com uma expressão de cachorrinho que caiu da mudança.

– Sustenta tuas gracinha, Curupira. Não mandei ser boca de sacola. – ela o encara através do espelho da penteadeira e estira a língua. Ele iria nesse arraial nem que fosse amarrado.

_______________

Dia seguinte, festa de São João.

Ao anoitecer, todas as barraquinhas e enfeites estavam prontos, o que significava que a festa estava prestes a começar. Depois de muita insistência e puxões de orelha, Curupira e Iara terminam de se arrumar e saem na rua.

No centro, havia uma grande fogueira e ao redor diversas barraquinhas com comidas típicas, churrasco e bebidas. Já um pouco mais à frente, tinha um grande espaço, separado para as apresentações de quadrilhas.

– Ficou tudo tão lindo! – Iara fala empolgada, como se aquele fosse o seu primeiro São João.

– Vem, vamos comer milho assado! – ela agarra o pulso do Curupira e o arrasta até a barraca.

Enquanto esperavam para comer o milho, Caipora e Saci se aproximam. Ao vê-lo de longe, seu coração começa a palpitar e suas bochechas ganham um leve tom avermelhado.

– Primo! –  Caipora acena para ele e se diverte ao ver sua reação. Era óbvio o quanto gostava do Saci.

– Caipora! – Iara fala animada e se apressa para abraçá-la, enquanto isso, Saci se aproxima um pouco acanhado.

– Oi, Curupira. – ele o cumprimenta com a voz baixa, envergonhado.

– O-oi, Saci. – Curupira responde meio desajeitado e logo um silêncio constrangedor toma conta.

– Você tá muito bonito. – Saci o elogia de repente e o observa com um olhar doce.

– Obrigado. – ele fica surpreso, mas logo abre um largo sorriso.

– Os dois pombinhos vão ficar de namorico ou vão vir com a gente ? – Caipora interrompe e ri. Eles eram dois bobos.

– Vamos ? – Saci estende sua mão direita.

– Ah! S-sim…

_______________

– Esperem aqui, a gente vai pegar pamonha. – Caipora fala próximo ao ouvido do Curupira.

– Espera, vocês vão perder a quadrilha! – ele responde um pouco alto, mas a moça apenas sorri e logo some com Iara no meio da multidão, que se espremia perto das grades para ver a quadrilha.

– Aonde elas vão ? – Saci, que estava parado ao seu lado, questiona próximo ao seu ouvido.

– Comprar pamonha. – ele também fala próximo ao seu ouvido.

– Ugh, droga… – Saci resmunga. Ao tê-lo tão perto do seu corpo, ele fica envergonhado e se encolhe, era difícil controlar seus pensamentos.

Logo a quadrilha começa a se apresentar e ao terminar, ambos se dão conta de que as duas ainda não tinham voltado. Era nítido que haviam sido enganados.

– Curupira, quer sair daqui ? – Saci segura sua mão esquerda e acaricia o dorso dela com o polegar. O rapaz fica envergonhado e apenas concorda com a cabeça.

Saci ri com sua reação e o guia entre a multidão, levando-o para um local mais calmo e afastado.

– Acho que aqui está bom. – ele para próximo a entrada da floresta e solta sua mão.

– Quer que eu ligue pra Caipora ou mande alguma mensagem ? – Saci enfia a mão dentro do bolso da sua calça, pronto para tirar o celular, mas Curupira segura em seu dedo indicador.

– Vo-você não vai dizer nada ? – Curupira murmura e abaixa a cabeça. Saci se surpreende ao vê-lo ser tão direto e sorri.

– Quer falar sobre isso ? – ele tira a mão do bolso e a leva em direção ao seu rosto, acariciando sua bochecha com cuidado.

– Bom, se você vai me rejeitar eu prefiro que faça logo, porque eu.. – Curupira começa a falar rápido, colocando tudo para fora. Saci fica um pouco confuso e se pergunta de onde ele tirou todas aquelas coisas.

– Curupira! – ele fala um pouco alto, o interrompendo.

– Hã ? – Curupira para e o encara ansioso. Todas as paranoias estavam deixando ele louco.

– Eu também gosto de você. – Saci confessa, tão envergonhado quanto ele.

– Sé-sério ? – ele murmura e de repente seus cabelos começam a brilhar em uma chama intensa, que ilumina seu rosto.

– Sim… – Saci sorri, maravilhado com o que estava vendo. Curupira brilhava como se fosse um raio de sol e mesmo que fosse se queimar, não importava. Faria qualquer coisa para tê-lo.

– Curupira… – ele sussurra e aproxima seu rosto devagar, até que finalmente seus lábios tocam os dele. Curupira se agarra a sua camisa e fica na ponta dos pés, em resposta, Saci o segura pela cintura, o puxando para mais perto do seu corpo.

– Haa… – Saci se afasta e deixa um longo suspiro sair, se continuasse aquilo com certeza sairia do controle.

– A-acho que a gente deveria procurar as meninas agora… – ele coça a nuca, tentando quebrar o clima e mudar de assunto.

– Saci… – Curupira murmura com uma voz manhosa e o encara com um olhar travesso, como se estivesse implorando por mais um beijo.

– Eu não quero voltar agora. – ele mordisca o lábio inferior e sorri. Naquele instante, qualquer razão que Saci estava lutando para manter, foi por água abaixo. Era impossível resistir.

– Droga! – Saci resmunga e o pega no colo de repente, o colocando sobre o ombro. Em seguida ele corre apressado para dentro da mata, se embrenhado entre as árvores.

Ao chegar em uma clareira, Saci o põe no chão e o encurrala no tronco de uma das árvores.

– Tem certeza de que quer fazer isso ? Eu não me importo de espe…

– Não! Saci, eu quero fazer. – Curupira segura seu rosto com as duas mãos e o encara com um olhar confiante. Iria até o fim.

– Certo… – Saci sorri e começa a tirar sua camisa, logo depois usa a peça para forrar o chão e evitar que a pele do Curupira entre em contato com a terra. Em seguida segura em sua mão e se senta junto com ele sobre a camisa.

– Não é a coisa mais romântica do mundo, mas espero que se sinta bem. – ele sussurra um pouco tímido. Não imaginou que naquela noite, finalmente o tomaria em seus braços.

– Não importa, é perfeito assim! – Curupira sorri e acaricia sua bochecha, dando-lhe um beijo logo depois. Saci se sente um pouco mais tranquilo e logo sua mão começa a deslizar pela coxa dele, subindo devagar em direção a sua nuca.

À medida que o beijo se intensifica, o tesão também cresce e se manifesta através das ereções em suas calças. Estavam tão excitados que era possível sentir o tecido levemente úmido por causa do líquido pré-ejaculatório. Curupira começa a se sentir um pouco inquieto e atordoado, cada vez que a língua dele se entrelaçava com a sua, sentia um arrepio percorrer sua espinha.

Saci, que já estava em seu limite, o recosta com cuidado sobre a camisa e se posiciona em cima dele. Naquele momento se sentia como um bicho faminto diante da sua presa, queria morder e lamber cada pedaço do seu corpo.

– Saci, sua perna… – Curupira sussurra entre o beijo e logo depois afasta o seu rosto. Ao ver a forma como ele o encara, sente uma onda de calor se espalhar pelo seu corpo.

– Ela vai ficar bem. – ele sorri e segura a barra da sua camisa. A perna mecânica era a última das suas preocupações naquele momento.

Seguindo o ritmo, Curupira levanta os braços e permite que ele tire sua camisa, em seguida se livra rapidamente da sua calça e cueca, deixando todo o seu corpo exposto. Saci para por um instante, o admirando com um olhar de alguém completamente apaixonado. Ele era perfeito.

– O que foi…? – ele questiona envergonhado.

– Você é lindo. – Saci sorri e o beija novamente. Curupira fica sem jeito ao ouvir o seu elogio e seu rosto se torna ainda mais corado.

– Eu vou tentar ir devagar, okay ? – ele sussurra próximo ao seus lábios.

– Okay! – Curupira fala confiante, apesar de estar com um pouco de medo. Saci leva um dos seus dedos até a boca, os encharcando de saliva, em seguida começa a introduzi-lo devagar, com receio de machucá-lo.

– Ugh… – Curupira se encolhe e seu corpo fica tenso, mesmo só com um dedo era doloroso.

– Precisa relaxar… – ele murmura e beija o canto da sua boca, tentando acalmá-lo.

– Ngh… é estranho, Saci.

– Quer que eu pare ?

– N-não, continua… – Curupira agarra seu pulso e empurra seu dedo mais para dentro. De repente, Saci acaba golpeando o seu ponto doce, o que faz seu corpo estremecer.

– É aqui ? – ele questiona animado.

– Acho que sim.

– C-certo. – Saci balbucia e continua movendo seu dedo. Algum tempo depois, ao notar que ele estava começando a ficar relaxado, introduz outro dedo devagar, se certificando de que não está causando nenhum desconforto.

– Deixa eu te ajudar também. – Curupira agarra o seu pau por cima da calça e o acaricia com cuidado. Saci deixa um gemido escapar e seu corpo se contrai.

Animado com a reação de Saci, ele abre sua calça e puxa a cueca para baixo, fazendo com que o seu pau salte para fora. A princípio, Curupira fica intimidado com o tamanho e a grossura, no entanto, ao notar o quão desesperado ele parecia, acaba perdendo o medo e o segura com firmeza.

Ele começa a mover sua mão, o masturbando devagar e espalhando o líquido pré-ejaculatório por toda a extensão do seu pau. Se quisesse que aquele monstro entrasse, precisava deixá-lo encharcado.

– Ngh, Curupira! – Saci agarra seu punho, o forçando a parar. Seu toque era delicado e tentador demais para resistir.

– Tudo bem, pode terminar em cima de mim! – ele sorri e volta a mover sua mão. Poucos minutos depois, Saci emite um longo gemido e acaba gozando sobre o seu abdômen.

– Uau, foi muito! – Curupira fala sorridente e desliza a ponta dos seus dedos sobre o sêmen espesso.

– N-não toca nisso! – Saci segura sua mão, se sentindo envergonhado por ter sido o primeiro. Curupira logo se dá conta e apenas sorri, ele era muito fofo.

– Tá tudo bem, vamos continuar. – ele muda o foco da conversa e mostra-lhe um sorrisinho travesso. Ao ouvi-lo, Saci retira seus dedos devagar e segura a base do seu pau, pronto para entrar.

– Me diga se doer. – ele fala um pouco nervoso e começa a penetrá-lo lentamente. Curupira inclina sua cabeça para trás e geme alto, a sensação era completamente diferente dos dedos.

Saci segura sua cintura com as duas mãos e continua entrando, até chegar a base. Ele olha para baixo, conferindo se Curupira não estava ferido e sente que a ficha finalmente caiu. Estava fazendo sexo com o cara que amava.

– Haa… Saci! – Curupira choraminga e agarra seu braço. O pau dele estava preenchendo todo o seu interior e tocando em todos os lugares bons, era uma loucura.

– Como se sente ? Já entrou tudo.

– Sério ? Eu me sinto bem… – Curupira balbucia, parecendo meio confuso e desliza a ponta dos dedos sobre o seu abdômen.

– Consigo sentir ele bem aqui. É tão bom! – ele sorri e pressiona o local. Saci o observa com os olhos arregalados e naquele instante perde totalmente o seu auto-controle.

– Me desculpa, Curupira. – Saci murmura e segura sua cintura com mais força, em seguida começa a mover seu quadril com rapidez, golpeando o seu ponto doce repetidamente. O barulho dos seus corpos se chocando ecoava pela mata, misturado aos gemidos de Curupira, que sente um prazer tão intenso, que deixa sua mente em branco.

– Haa… merda! – ele inclina sua cabeça para trás e franze o cenho, gemendo baixinho. A sensação do seu pau sendo abraçado pelo interior de Curupira, o deixava louco. Dentro dele era tão quente e apertado.

– Saci, me abraça! – Curupira abre os braços e Saci rapidamente atende ao seu pedido, o segurando firme enquanto seu pau continua golpeando a próstata dele.

– A-acho que vai sair… ah! – ele anuncia em meio aos seus gemidos e crava as unhas em suas costas, ao mesmo tempo em que envolve suas pernas ao redor do seu corpo. A cada estocada, Saci nota que os cabelos de Curupira ficam mais brilhantes e cada vez mais parecidos com labaredas de fogo. Se sentia fascinado por cada parte dele.

– Saci…! – Curupira choraminga e logo depois goza. Seu ânus se contrai e um jato espesso de sêmen se mistura ao de Saci em seu abdômen, sujando os dois.

Enquanto o prazer rasga seu corpo, seus cabelos ficam mais compridos e brilham tão intensamente a ponto de iluminar toda a clareira. Saci fica impressionado, mas não tem tempo para se distrair com isso, a sensação de ter o seu pau sugado para dentro com força, o faz estremecer.

– Curupira, não me aperta assim… – ele murmura e também goza, preenchendo o seu interior. Saci inclina sua cabeça para trás e emite um gemido alto, enquanto sua pele se arrepia. Nunca tinha se sentido assim antes.

– Saci… – Curupira sussurra e segura seu rosto com as duas mãos, o beijando. Eles se beijam por alguns segundos, até que seus corpos se acalmem.

– Isso foi incrível. – ele confessa ofegante, envergonhado e também feliz.

– Também acho! – Saci sorri e beija sua testa.

_______________

– Curupira, Saci! – Caipora fala alto, chamando a atenção de ambos. Eles param e se viram.

– Onde vocês estavam ? Procuramos feito loucas! – Iara resmunga e cruza os braços.

– Ah… a gente ? – Curupira balbucia, tentando inventar alguma desculpa.

– Eu levei ele pra lanchar! – Saci responde sorridente e ergue seu braço, mostrando que estão de mãos dadas.

– Lanchar ? Sei. – Caipora provoca, era óbvio que estavam fazendo outra coisa.

– Então vocês finalmente estão juntos ? Aahh! – Iara salta de alegria e bate palmas. Estava realmente feliz por eles.

– É, estamos. – Curupira sorri envergonhado e volta seu olhar para Saci, que apenas pisca e o mostra um sorrisinho.

– Agora o Saci é todo meu!

FIM!

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One-shot sobre o Saci e Curupira.

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