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Entre Espadas

Capítulo 7

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Haviam se passado alguns dias desde que Ryo e Leonardo haviam saído daquela floresta com o desgaste físico de Ryo, no primeiro dia chegaram aquela vila que haviam avistado ao longe assim que chegaram na entrada da cidade o garoto que estava com o outro em seus braços, viu alguns vendedores ambulantes nas ruas feitas de terra e pedras enquanto as casas apresentavam um estilo clássico da era feudal em sua maioria sendo feitas completamente de madeira, enquanto adentravam aquela vila alguns dos moradores paravam o que estavam fazendo e olharam em direção aos dois garotos de maneira discreta antes de voltarem a seus afazeres, enquanto passava a frente de uma carroça de doces tradicionais, o velho vendedor que ali estava não pode deixar de reparar neles e comentar com uma senhora que estava com uma criança em seu colo e acabara de comprar alguns palitos de dango.

 

— Olhe senhora Yamamoto, um estrangeiro acabou de chegar… carregando uma jovem sacerdotisa. — O homem dizia enquanto contava a quantia que a mulher o entregará para pagar os doces.

 

A mulher então virou-se um pouco para olhar para os dois recém-chegados — Oh! Senhor Ozu, não vejo nada demais… Bem, claro, faz um tempo que pessoas de foras não veem a nossa vila, pela localidade, mas ainda existem andarilhos. — Ela parou de falar e deu mais uma olhada para a direção as pessoas que o outro senhor havia falado

 

— Se bem que aquele jovem usa vestimentas muito extravagantes e ainda carregando uma jurada a Deusa. Elas não são proibidas de se relacionar? — A voz da mulher apresentava um certo julgamento a falar como se ao se lembrar dessa condição sentisse uma forte repulsa sem ao menos entender a situação a mesma estava prestes a adicionar algum comentário sobre os visitantes que haviam acabado de entrar na vila, mas antes que pudesse continuar a falar a mesma sentiu alguém tocando seu ombro e uma voz encantadoramente calma disse atrás da mesma.

 

— Com licença, a senhora poderia me dizer se algum lugar onde podemos ficar? Acabamos de sair daquela floresta ao norte e não temos como pagar uma hospedagem…, mas ele não está em boas condições, então se tiver pelo menos algum lugar… Até mesmo um celeiro. — Leonardo disse com um pesar em sua voz, Ryo ainda não estava acordado e a noite caia cada vez mais, poderia não ser bom ficar a noite nas ruas de um lugar desconhecido.

 

— Ah, não temos boas pousadas por aqui… — A mulher havia dito de maneira apressada pelo susto que levou ao ver aquelas pessoas de quem estavam comentando, mas logo recobrou a postura e disse de maneira séria — Claro que tem um lugar por aqui, como sua amiga parece ser uma sacerdotisa não seria problema se hospedaram no pequeno templo na saída da cidade…

 

— Amiga…? — O garoto estava com um olhar confuso com o que a senhora a sua frente, e então finalmente sua mente instalou “A “amiga” de quem essa senhora fala é o Ryo? Ele odiaria ouvir isso, vou deixar assim.” Ele então sorriu e apertou a mão que apoiava o ombro de Ryo — Ah sim. Minha amiga é uma ótima sacerdotisa, por obséquio onde é mesmo o templo desta vila?

 

Após a mulher finalmente terminar de explicar onde exatamente estava o antigo templo, Leonardo se deslocou levando o garoto no colo de maneira cuidadosa enquanto ria imaginando para si mesmo a reação do mesmo ao ver as pessoas desse local o confundirem com uma figura feminina somente pelos trajes que usava, enquanto andava o garoto observava a paisagem a sua volta a entardecer, as casas mais humildes deste vilarejo aparentavam como casas mais clássicas do Japão feudal, sendo feitas completamente de madeira e sem muito espaço, onde da rua dava para ver todo o interior da casa com as portas abertas, em outro bairro o garoto não viu casas, ele viu algumas carroças de doces caseiros e plantas de usos medicinais com seus vendedores em maioria sendo senhores e senhoras de idade já avançada que de somente de olhar o garoto já imaginava o quanto deveria ser difícil sustentar seu próprio corpo, mas ainda por cima ter que carregar consigo uma carroça para obtenção dos próprios lucros sem ninguém para os ajudar, para Leo aquilo com certeza em sua percepção pode ser chamado de uma vida repleta de dificuldades, um desejo de voltar aquele lugar algum momento para dar um dia de ajuda a esses idoso veio à cabeça do garoto, mas logo se dissipou quando se lembrou da atual situação em que se encontravam, por fim chegando em um bairro onde as ruas eram mais livres de pedras pelo caminho improvisado, haviam 4 casas naquele local que se diferenciavam por si do restante das casas desta vila, elas haviam entradas feitas de mármore, com escultura de animais na entrada e tudo o que se podia ver da rua eram jardins bem feitos ao ponto de parecerem ser cuidados constantemente e algumas peças douradas ao longo do caminho, somente de olhar o garoto imaginou para si que aquilo deveria ser ouro, por algum motivo esses detalhes o incomodavam, ele fingia para ele mesmo que não sabia o que o incomodava, pois sabia que se decidisse se importar com tudo o que visse ali, ele acabaria por atrasar o principal que deveria ser feito, então assim ele fez, virou o rosto para frente mais uma vez e decidiu não reparar mais e assim ele fez até finalmente chegarem no templo de que a mulher havia falado e suspirou olhando para aquele local velho, repleto de teias de aranhas e poeira em todo local somente de olhar o garoto sabia o quão urgente eles precisavam fazer uma limpeza naquele lugar.

 

Um mês já havia se passado desde que os dois garotos se estabeleceram nesse templo, o lugar aparentava estar mais limpo do que quando haviam chegado e havia somente alguns dias que Ryo havia realmente acordado de vez desde que saíram daquela floresta, mas ainda estava cansado e acamado, para manter-se alimentados, Leonardo havia socializado com moradores locais que o arrumavam empregos a curto prazo que ele usava para comprar alguns alimentos básicos do dia a dia, nada que necessitava de fogo já que não possuíam fogão nem nada minimamente parecido, nesse momento em si Leonardo estava permitindo que Ryo usasse suas pernas como travesseiro devido ao seu desconforto pelo chão, o garoto estava consciente olhando diretamente para o outro e após um longo silêncio finalmente disse.

 

— Você não precisa ficar servindo de travesseiro assim para mim todos os dias… Sabe disso, não é? Eu já estou me sentindo bem, para que se importar com minha situação atual? — A expressão no rosto de Ryo transmitia uma verdadeira dúvida do porquê o outro estava cuidando dele de maneira dedicada durante esses últimos dois meses.

 

— Idiota… claro que preciso, você é inconsequente demais se eu não cuidar da sua saúde você também não prezara por ela, se sente bem? Hmpt, só acreditarei nisso quando puder andar. — O garoto disse sem olhar diretamente para o outro em nenhum momento, somente olhando para frente mesmo sem nada para se ver naquela sala, na verdade, talvez ele só não se sentisse apto no momento a ter contato visual com o outro.

— Babaca… Se não vai parar de me incomodar pelo menos seja um pouco útil e me conte se descobriu algo sobre este lugar, leis, sistema de poder, moeda local, ano… coisas assim, você conseguiu fazer isto, não é? Ou vai dizer para mim que passou dois meses somente me olhando dormir. — O garoto apresentava um certo tom presunçoso em sua voz enquanto falava, como se esperasse alguma reação não esperada do outro, mas desta vez não foi o caso.

 

— Bom. Eu descobri algumas coisas interessantes sim, mas não sei se pode acabar por ser algo de nosso interesse ou não. Talvez somente para nos mantermos longe de muitas confusões. — Ele falava em um tom sério, mas não se mexia muito para não deixar o outro desconfortável.

 

— Certo, acho que mesmo que não venha ser algo útil — para descobrirmos o que precisamos fazer, é bom sabermos cada vez mais desse lugar para não levantarmos muitas suspeitas . – Ele sorriu presunçosamente como se fosse zoar a cara do garoto e levantou a mão dando dois tapinhas na bochecha dele — Fez um bom trabalho.

 

O outro corou com o que Ryo havia dito, mas não respondeu somente colocou a mão por cima da dele e teve um pequeno sorriso em seus lábios, o que fez Ryo ficar meio sem jeito, já que o que ele estava esperando em resposta era algum xingamento ou piada sem graça, mas enfim a voz de Leonardo interrompeu seus pensamentos.

 

— Certo irei te contar tudo que descobri nesses últimos dois meses, faça o favor de prestar atenção. — Ele disse sorrindo enquanto respirava fundo antes de começar a falar.

 

Então naquele momento, logo após se sentar, Leonardo contou a Ryo tudo o que havia descoberto e experienciado nos dois meses onde ele estava desacordado, desde a maneira como aparentemente estavam em um País do oriente feudal, durante um xogunato, onde aparentemente, além de o atual Xogum se tratar de uma mulher, ela comandava uma força de elite de 13 generais, que eram responsáveis por cuidar de cada distrito deste País e atualmente eles estavam no terceiro distrito deste País, e também explicou que aparentemente neste local, youkais são reais, não apenas lendas para assustar crianças ou para se contar para os amigos, eles existiam e representavam grande parte da população, aparentemente até mesmo entre os generais escolhidos pela Xogum se tratavam todos de youkais extremamente fortes e extremamente fieis a sua líder, onde nem mesmo o atual imperador está a cima dela.

— Um xogunato… Achei que nunca veria um acontecimento desses em vida principalmente com uma mulher no poder, mas aparentemente me enganei, fico feliz por isso. — Ele parecia refletir sobre todas as informações que Leo a havia dado.

 

— Bem, se ela é uma mulher tão influente talvez se chegar até ela possa descobrir o que precisamos para permanecermos neste mundo… — Completou Ryo.

 

— O que está pensando? Assaltar a maior figura política deste mundo por algo que nem sabemos o que pode ser? — Leonardo disse de maneira severa e comunicativa evitando que começassem uma briga por nada.

 

— Eu não sou burro assim… quando eu terminar de me recuperar podemos tentar descobrir primeiramente o que estamos sujeitos a passar por não pertencermos a este mundo e só então pensaremos em ir obter respostam com uma figura política.

 

 

 

 

 

 

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Um relacionamento que acabou de maneira conturbada e um acidente que causa a morte de ambos, foi assim assim que Ryo e Leonardo se viram em um mundo feudal durante um xogunato, onde aparentemente...

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