Capítulo 8
— E, se me permite corrigi-lo Leonardo, a Xogum é a segunda figura de maior influência, idiota. — O garoto dizia enquanto se sentava, finalmente retirando a cabeça do colo do outro e então permaneceu olhando para seus próprios pés. Tentava mexer os dedos, até que conseguiu, após ficar tentando por um curto período.
Leonardo não pode deixar de se sentir irritado com o jeito presunçoso que o outro havia falado — Pelo jeito já está bem o suficiente para bancar o gênio… — Disse, observando por trás dos ombros de Ryo o mesmo conseguir após este tempo acamado mover pelo menos um pouco seus pés. Sem falar nada o garoto se levantou saindo de trás do mesmo e se sentando à frente dele.
— Não é bancar o gênio, eu só sei mais do que você sobre a história de meu próprio País, mas devo admitir que te deixar incomodado com isto é um bônus. — Ele aproveitou para acrescentar enquanto continuava se distraindo, movimentando um pouco seus pés com certa dificuldade e incômodo com o formigamento; em meio a isso o mesmo viu um par de mãos pegar um de seus pés. — Leonardo, o que você pensa que está fazendo? Solte. — Ele ergueu o rosto para olhar diretamente para o rosto do outro que não parecia muito feliz e somente o respondeu.
— Cale a boca, se você ficar tentando sem ajuda só vai nos atrasar. — Ele disse enquanto apoiava o pé esquerdo de Ryo em seu joelho e usava ambas as mãos para o massagear enquanto um misto de pensamentos e sentimentos passavam por sua cabeça como raiva, preocupação e até mesmo um pouco de alívio. Ele tinha dúvidas e em meio a esses pensamentos elas só aumentavam.
Ryo ficou o encarando por alguns minutos estando igualmente de cara fechada, mas após um tempo, em que o outro estava massageando seus pés a expressão em seu rosto se apaziguou e quando estava prestes a falar Leonardo foi mais rápido e falou primeiro.
— A dois meses atrás quando chegamos naquela floresta. O que aconteceu? Você estava comigo e de repente não estava mais, teve uma luz no céu… Eu me senti mais leve… Eu senti como se estivesse correndo mais rápido que o normal e quando te achei…! — O garoto permaneceu falando normalmente enquanto massageava a sola do pé do outro, mas então, quando terminou de falar, ele parou de repente e a expressão em seu rosto parecia de extrema preocupação. Ryo, vendo isso, também teve uma mudança em sua feição e antes que Leonardo pudesse continuar ele o cortou.
— Não aconteceu nada demais, não se preocupe com isso… eu somente me senti fraco após fazer um esforço muito grande para retirar uma espada do que a manteve presa — O garoto dizia, desviando o olhar do outro e olhando novamente para seu pé esquerdo, vendo as mãos de Leonardo nele. Por um segundo sua boca tremeu. — E também não sei nada sobre luz no céu. Esqueça isso, estou bem agora.
— Esquecer ? Você quer que eu simplesmente esqueça por que você acordou e decidiu por si mesmo que isso não é importante? — Por um momento o garoto fechou a boca e rangeu os dentes por causa do estresse que reemergiu no mesmo.
— Para você é sempre mais fácil assim, não é, Toyosaki? Exigir que eu esqueça as coisas que não vem a ser convenientes para você me falar, não é? — O garoto disse, soltando o pé esquerdo do outro, o colocando de volta ao chão e então se levantando para falar.
— Leonardo eu não qu- — Ele parou no meio da fala que estava para dizer quando viu o tom de voz de Leonardo mudar totalmente.
— Cala a boca. — O garoto disse, se virando de costas para aquele que ainda estava sentado, e andando para a porta.
— É sempre muito fácil para você, não é, Toyosaki? Agir com indiferença sempre que não é conveniente falar sobre o que acontece com você para mim, não é? Por que ótimo, se VOCÊ disse que está tudo bem, então ótimo, não é? — O garoto diz, aumentando seu tom de voz enquanto falava parado em frente a porta, sem olhar para o outro diretamente.
— Leonardo, por favor, se acalme… — O garoto diz com uma voz muito mais baixa do que anteriormente, até quase um pouco mais sentimental do que nas suas conversas anteriores.
Mas ele parou de falar assim que Leonardo se virou para encará-lo. Naquele momento, Ryo se viu paralisado, olhando para ele, vendo algo que a muito tempo ele evitava ao máximo relembrar, Leonardo estava chorando enquanto o encarava e por algum motivo isso despertou memórias que Ryo preferia não lembrar. Naquele momento ele se via sem palavras, era como se tudo que ele estivesse prestes a dizer para evitar uma discussão maior com o outro fosse engolido, substituído por um vazio de culpa. E em meio a esse vazio, ele voltava a escutar a voz do outro.
— Você pelo menos sabe tudo o que eu tive que aguentar nesses dois meses? Não, Toyosaki, você não sabe, você não sabe o quão desesperador foi finalmente me tocar de que isso não é um somente um pesadelo, que se eu fechasse meus olhos eu não acordaria em casa, você não sabe como foi ter que me conformar com a ideia que não veria ninguém de minha família novamente, de como foi passar noites em claro por não saber como minha mãe está lidando com o fato de que estamos mortos e acima disso tudo… o quão agonizante foi ver você desacordado dia após dia em um mundo onde provavelmente tudo pode nos matar…só pense um pouco mais em mim merda. — O garoto desabou em lágrimas enquanto desabafava aquilo que guardava para si a meses , tudo aquilo que sua mente o fazia imaginar, passando e repassando a mesma imagem diversas vezes em seus pensamentos, imagens que o faziam perder o sono durante as primeiras noites em que estava alí — Eu sei que não somos próximos, sei que não somos amigos, sei que temos uma rivalidade entre nós e que temos muitas coisas que não se resolveram de maneira correta… mas eu também sei o que parece que você não vai perceber se eu não falar… mas você é tudo em que eu ainda posso me agarrar para não enlouquecer e o mesmo vale para você eu sou tudo que você tem agora também… então por favor, Toyo… me deixa fazer parte de tudo… eu sei quando você mente…
Ryo pela primeira vez em muito tempo se sentiu quebrar a cada palavra que Leo dizia. Afinal, ele estava certo, eles são tudo que o outro tem, são tudo que restou um para o outro em um mundo novo, estranho, perigoso. Com tantas coisas pelas quais eles já passaram desde que chegaram a este mundo, do que adiantaria se manterem brigando, do que adiantaria esconder as coisas? Dessa vez ele tinha a opção de ser honesto e evitar coisas piores, mas por que então ele não conseguia falar, por mais que quisesse contar por que ele não conseguia? Ah sim…É claro que ele sabia por que ele não podia…se ele contasse talvez as coisas só piorassem, talvez ele só ficasse sozinho de uma vez e ao invés de conseguir falar, pensando em todas essas hipóteses, pensando sequer cogitar se abrir sobre algo tão “simples” o fez perder seu ar, o fez tremer, o fez colocar a mão em seu peito e aperta-la contra o próprio perto, ele já não sentia que tinha algum controle sobre seu próprio corpo, mas…seu próprio corpo? Ele nem tinha certeza de que esse corpo era realmente dele. E se ele tivesse tomado a vida de alguém para poder viver mais uma vez, e se ele ficasse sozinho depois de hoje? Pensar em tudo isso só o deixava mais desesperado, ele já não conseguia puxar o ar para respirar e então ele perdeu o controle e começou a chorar em meio a tudo.
Leonardo viu ele começar a ter uma crise e por um momento ele estava desconexo demais a tudo para sequer perceber a real gravidade da situação. Foi só quando ele escutou os soluços roucos do outro garoto e sua voz ecoando fracamente que entendeu o que estava acontecendo e, passando por cima da própria raiva, ele se aproximou do outro, que se encolhia cada vez mais. Se agachou e, com uma força que nem o mesmo lembrava que tinha, ele o pegou em seus braços, o abraçando forte enquanto o outro parecia ficar cada vez mais descontrolado.
— Desculpa…desculpa…desculpa…desculpa…eu não posso…Leo eu não posso…me desculpa… — O garoto dizia roucamente enquanto o abraçava de volta com a força que ainda tinha e tentando se acalmar em meio às lágrimas.
— Ei… — O garoto se acalmou para voltar a seu tom de voz normal, tentando expressar o máximo de calma possível no momento — Eu exagerei…Ryo, se acalma… eu não to mais bravo, ok? Eu exagerei, eu sei disso… shhh…se acalma — O garoto dizia enquanto acariciava os cabelos do outro com uma mão e usava a outra para o manter apoiado. Era como se ele já estivesse acostumado a lidar com isso, sua voz era calma e compreensiva, e aos poucos Ryo se acalmava e sentia mais sono. Nesse momento Ryo não podia ver o rosto de Leonardo, mas se pudesse seria pior, o rosto dele estava encharcado de lágrimas, lágrimas que já não eram mais por questão da discussão de antes. Era como se todo esse descontrole repentino do garoto o fizesse lembrar de coisas que o mesmo queria apagar para si.
Aos poucos os dois se acalmaram ao ponto de que Ryo acabou por adormecer novamente, mas dessa vez sobre os braços do outro, que, nesse meio tempo em que levaram para se acalmar, aproveitou para se sentar com o outro ainda junto a si encostado sobre uma parede. Já era tarde e diversos pensamentos o incomodavam neste momento, afinal essa era uma reação que o mesmo não via a muito tempo, desde que ele e Ryo se reencontraram nas aulas de Kendo, e depois de tanto tempo, rever aquele tipo de reação trouxe um gosto amargo a sua boca e naquela noite Leonardo não conseguiu dormir bem, ele ficou acordado durante diversos momentos da noite, assustado, para conferir a situação de Ryo.
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Naquela mesma noite, na entrada da aldeia por onde Ryo e Leonardo haviam chegado, diversos moradores locais estavam parados ao lado dos portões principais, sendo pessoas de diferentes idades e gênero que estavam de pé sobre o frio de uma noite clara pela lua cheia, mas que do mesmo jeito seguravam lanternas de papel em suas mãos como se algum evento viesse a acontecer durante aquela noite, mas as pessoas claramente não apresentavam nenhum espírito festivo e muito menos tinham feições alegres em seus rosto, de crianças a idosos todos estavam sérios e seus rostos emanava medo e desconforto em estar alí naquele momento, foi quando uma mulher com seu bebê finalmente quebrou o silêncio daquele lugar.
— Com licença, ancião, mas o senhor tem certeza de que um deles está vindo para nossa vila? por que me perdoe pelo jeito que irei falar ancião, mas nossa aldeia não apresenta nada de interessante… — A mulher se aproximou de um idoso que andava com um Kimono de cor preta com detalhes acinzentados utilizando também um Haori por cima do mesmo com o símbolo de uma flor de lótus em suas costas.
— Senhora Honda tenho absoluta certeza, durante o Shougo de hoje um corvo correio parou em minha janela com uma carta amarrada em sua pata por uma corda na carta havia o símbolo do exército da 3 divisão do general responsável por nosso distrito. — O senhor dizia sem tirar seus olhos da entrada da aldeia.
— Se me permite perguntar ancião o que dizia nesta carta que o senhor recebeu que foi importante ao ponto de reunir tantas pessoas de nossa aldeia? – A mulher disse com certa curiosidade em sua voz. — Desculpe senhora não posso dar muitos detalhes, mas pelo que pude entender eles disseram que enviaram um samurai de alta patente para averiguar uma situação de “risco” para nosso povo. — O velho disse com certo tom de preocupação em sua voz.
— Risco? não entendo senhor…nós somos uma aldeia composta quase totalmente por humanos e não há nenhuma tentativa de incitação a qualquer tipo de atentado dentro de nossas casas. — A senhora Honda parecia confusa enquanto falava após saber que eles teriam um “risco” em sua aldeia.
Quando a mesma estava prestes a continuar sua fala sem saber por que sua voz parou em sua garganta e o som de dois guizos balançando do outro lado do portão da aldeia juntamente de uma presença extremamente aterrorizante, as pessoas que alí estavam todas congelaram onde estavam como se seus corpos estivessem diretamente presos no chão abaixo de seus pés como se do outro lado daquelas paredes fosse a coisa mais aterrorizante que já viram em suas vidas e então uma voz grave soou do outro lado
— Cale-se mulher, sua voz é desagradável a sua e deste velho senil, consegui ouvir suas vozes irritante ao longe ainda…me fez querer cortar seus pescoços.— A medida que o mesmo falava a figura de um homem alto de 1.90 metros aparecia a porta usando um hitatare preto com detalhes vermelhos com duas Katanas penduradas em sua cintura e a parte de cima de sua roupa levando a figura de um oni, o homem em si tinha uma pele acinzentada com linhas vermelhas vindo de seus ombros e mãos e passando por seus olhos de coloração amarela, o mesmo também tinha um cabelo curto e branco um tanto quanto bagunçado com dois chifres vermelhos carmesim no alto de sua cabeça o mesmo sorriu mostrando dentes estranhamente pontiagudos e enfim voltou a falar.
— Quem entre vocês é o líder dessa vila medíocre? — O homem dizia dando um passo à frente em direção às pessoas que estavam alí que ao mesmo que ele avançou os outros instintivamente deram um passo para trás o que o fez dar uma risada presunçosa — Não precisam ter medo, eu não como merda.
A fala do homem fez o ancião da vila ficar um pouco menos seguro de que realmente aquele homem seria quem o exército enviou, mas o brasão em sua blusa era uma prova concreta de que era ele o enviado e a intensidade de sua presença era outra prova irrefutável o ancião então deu um passo na direção do mesmo fazendo uma pequena reverência e por fim falou — S-sou eu senhor…este humilde ancião lhe dá as boas-vindas a nossa vila…
O homem então olhou para o velho senhor e disse — Meu nome é Shinkai Kishin, sou um enviado do general deste distrito que resolveu tirar minha paz para que eu viesse ajudar vocês mortais — Ele dizia com certo tom de desprezo enquanto passava direto pelo ancião — Certo onde fica sua casa senhor? Gostaria de resolver tudo que tenho a resolver rápido para tentar achar algo interessante nessa roça, vocês tem bordéis por aqui, não é ? — Ele falava enquanto esperava o senhor tomar a frente — Oh…, antes que eu me esqueça o resto de vocês apaguem essa luz irritante.
Após isto o samurai continuou o caminho junto do senhor idoso andando do bairro mais pobre até onde ficavam as casas mais ricas da cidade, passando pela frente de um templo velho mas arrumado e depois de andar por um longo tempo chegando a uma residência grande em comparação até mesmo a casa das famílias ricas daquela aldeia, o velho então o guiou para dentro de um salão extremamente bem organizado e os dois então se sentaram um na frente do outro em uma mesa redonda feita de uma madeira escura e então Kishin pois se a falar.
— Certo, meu senhor, pediu para que eu viesse a sua vila pois segundo ele uma enorme quantidade de poder espiritual foi liberada desta região a dois meses atrás e ainda não se dissipou completamente. — Ele falava de maneira relaxada sem olhar diretamente para o velho.
— Poder espiritual?… — O velho repetiu confuso.
“A idade o deixou surdo? precisa que eu repita velho?” Ele falou com certo incômodo pela repetição do que ele havia falado anteriormente.
— N-não senhor, é só incomum algo assim por nossa região sabe ninguém em nossa cidade é mestrado de dotes sobrenaturais somos meramente humanos comuns… os poucos que tem alguns dotes são jovens e inexperientes. — O senhor falava calmamente de maneira a tentar não irritar o Samurai a sua frente afinal em seus anos de experiência se havia algo que ele sabia era que não se deve deixar um oni irritado.
O homem permaneceu calado pensativo prestando mais atenção na conversa enquanto o velho falava o mesmo colocava a mão em seu queixo e após pensar um pouco tirou um mapa de suas vestes e o olhou atentamente — Certo, mas talvez não tenha sido realmente um de vocês, senhor se me permite perguntar desde quando há aquela floresta fora dos muros de sua aldeia? — O homem falava enquanto olhava diretamente para o mapa.
— Ah…meu jovem essa floresta é mais velha do que até mesmo um senhor como eu, não posso afirmar com certeza a quanto tempo ela existe… mas ela esteve aí desde meu nascimento… — O velho senhor afirmou com uma convicção em sua voz mesmo que falasse de maneira lenta e demorada.
— Certo. Isso é estranho…se ela existe a tanto tempo assim o senhor sabe me dizer por que não há nenhuma menção ou representação da mesma nos mapas atuais? — Kishin colocava o mapa na mesa a frente dos dois enquanto apontava ao mapa que apresentava diversos números representando vilas a parte e apontando especificamente para as voltas da vila numerada como 7 mostrando que não havia nenhuma representação de uma floresta na mesma.
O velho ancião então olhou atentamente para onde Kishin apontava no mapa e ficou um tanto confuso pôr o mapa não demarcar a floresta. — O senhor tem razão, o mapa não está marcando a floresta…, mas isso pode ser somente um erro de retratação, não pode? Talvez a pessoa que estava fazendo o mapa atual tenha esquecido meu lorde…
— Duvido que seja o caso, as pessoas da cidade principal não são desleixadas como vocês do campo, um erro neste nível jamais seria aceito em nossos mapas. — Kishin tinha um tom arrogante em sua voz à medida que falava com certeza sobre as capacidades das pessoas da cidade principal — Mas já que o senhor tem tanta convicção, mudarei um pouco minha pergunta a dois meses atrás, algo diferente veio a acontecer por esta região? sabe como pessoas diferentes chegando por aqui, desastres naturais, tempestade entre outros.— Ele falava como se listasse as coisas mais diferentes que poderia pensar sobre acontecimentos e quando se calou o ancião por fim falou.
— Oh na verdade algo assim aconteceu realmente a dois meses atrás, pelo que sei uma sacerdotisa e um estrangeiro chegaram na aldeia e se hospedaram aqui…se não me engano pelos boatos que se espalharam aquela senhorita estava muito doente e o garoto estrangeiro que veio com ela estava trabalhando no campo para ajudar na recuperação da mesma… — Ele forçava para relembrar todos os boatos que havia escutado da população sobre esta dupla um tanto quanto inusitada que havia chegado à aldeia.
— Uma sacerdotisa o senhor diz…juntamente de um estrangeiro? inusitado…o velho por acaso pelo menos sabe como era a aparência destas duas pessoas ? — O homem falava com certo desdém.
— Claro, a senhorita tinha cabelos longos e pretos pelo o que falaram e um rosto muito bonito mas pouco visível pois estava sendo levada nos braços do homem que a acompanhava, pelo que sei ele tinha uma pele negra… o que é realmente estranho não vejo pessoas daquela cor por aqui frequentemente até mesmo pedi para alguns de meus homens ficarem de olho nele afinal ele também usava roupas estranhas não era as nossas roupas típicas daqui…sinceramente não sei por que uma sacerdotisa andaria com uma pessoa tão su…— O homem parou de falar assim que Kishin deu um soco na mesa a partindo ao meio e quebrando parte do piso daquele salão.
— Termine essa frase e eu te transformo em um toco humano velho nojento. — O homem então se levantou e chutou o velho para longe — Se perca verme. — Kishin então se virou com mais raiva do que havia chegado, mesmo sem saber de quem aquele velho falava as falas sobre a cor da pele da pessoa que o velho fez, deixou um gosto ruim na boca dele por mais que a moral de Kishin fosse duvidosa se tinha algo que ele odiava eram pessoas como esse velho.
Ele então saiu para rua andando pelos bairros daquela vila irritado pela situação de minutos atrás a esse ponto já eram por volta do amanhecer pelo tempo que ele havia conversado com aquele ancião e o mesmo começou a falar sozinho consigo mesmo — Depois de falar com esse mortal nojento eu preciso relaxar em alguma casa de prazer…espero que tenha algum nesta merda de vila mesmo que seja com esta carne nojenta desses humanos. — Enquanto andava procurando alguma casa ainda aberta ele repassava para si as informações que havia conseguido até aquele momento. — Uma sacerdotisa e um homem viajando juntos… estranho sacerdotisas não costumam ser vistas com homens atualmente…
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Glossário das novas palavras:
Hitatare (直垂): Espécie de jaqueta usada desde os tempo antigos até Idade Média pela classe dos samurais.
Oni (鬼): Pode ser traduzido como demônio, ogro ou troll, sendo assim, portanto, uma subdivisão dos youkai. Figura recorrente em peças de teatro, arte e literatura japonesa, os oni geralmente são representados como figuras imensas, com chifres e de pele vermelha, azul ou verde. Eles também carregam tacapes, têm dentes pontiagudos e cara de poucos amigos, além de serem fortes e ferozes.
Haori (羽織): É uma jaqueta tradicional japonesa com mangas largas e gola estreita. Eram usadas pela japonesa, originalmente produzidas com seda e adornadas com símbolos que representavam a atividade profissional do proprietário ou símbolo circular referente ao chefe da família.
Shougo: Horário do dia em especificamente o meio dia.
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Entre Espadas
Um relacionamento que acabou de maneira conturbada e um acidente que causa a morte de ambos, foi assim assim que Ryo e Leonardo se viram em um mundo feudal durante um xogunato, onde aparentemente...