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I’m Scattering IQ to the Protagonist

Capítulo 21

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Capítulo 21 | Arco 2.
Essas palavras estranhas fizeram Su Yu ficar ainda mais irritado. Ele estava prestes a começar a se debater quando Qi Chen de repente afrouxou o aperto e deu um passo para trás. A expressão dele já tinha voltado à calma de antes.
— Foi mal, agi de forma impulsiva demais. Espero que o Presidente Zhao não guarde rancor — disse ele.
Piscaram lentamente os olhos, e as emoções turbulentas dentro dele foram recuando, dando lugar a um rio de tranquilidade. Embora os olhos ainda guardassem um toque de profundidade, uma camada de contenção e reserva já havia se instalado.
Essa velocidade de recuperação até impressionaria Su Yu, se o alvo das ações do outro não fosse ele próprio.
Segurá-lo com força e agora parecer estar sinceramente se desculpando… será que Qi Chen o achava idiota?
Mas antes que Su Yu tivesse tempo de começar a reclamar, Round Ball começou a gritar e chorar:
— Mestre Host, o senhor precisa manter a calma! Como a missão principal só está começando, não pode queimar todas as pontes com o protagonista masculino!
Su Yu lançou um sorriso falso para a pequena esfera.
— Não importa, eu posso simplesmente comprá-lo para minha companhia, e só permitir que ele atue comigo. Assim, nossa missão pode ser concluída mais rápido.
Esse tipo de brincadeira BDSM de aprisionamento até parecia empolgante, mas assustou tanto Round Ball que ele só chorava mais alto, como se fosse ele o preso à força.
As palavras de Su Yu eram claramente só para assustar a pequena bola. Na verdade, enquanto dizia isso, Su Yu já havia controlado seu temperamento. Deu a Qi Chen um olhar frio e saiu da sala sem dizer mais nada.
Quando Su Yu foi embora, Lu Manni, que observava a cena ansiosamente ao lado, resolveu falar.
— Sênior Qi, o temperamento do Presidente Zhao realmente não é dos melhores. Mas o senhor não deveria levar isso para o lado pessoal, ele não é… — começou, num tom apologético.
— Saia. [1] — uma voz grave e ríspida interrompeu as palavras de Lu Manni.
Lu Manni ficou imediatamente pasma… aquilo que acabara de ouvir não podia ser real, certo?
Como Qi Chen, que sempre fora tão gentil e cortês, poderia dizer palavras tão grosseiras? Ela devia ter entendido errado, então tentou de novo:
— Senior Qi, eu…
Porém, suas palavras foram interrompidas mais uma vez. Qi Chen levantou a cabeça devagar e fitou Lu Manni sem piscar:
— Agora. Imediatamente. Já. Saia daqui, obrigada.
Desta vez, Lu Manni ficou completamente atônita, porque viu que os olhos de Qi Chen — que normalmente eram corteses e amigáveis — agora haviam se transformado em verdadeiros lagos de gelo glacial, congelando instantaneamente quem ousasse encará-los.
Ainda mais assustador era que aqueles olhos estavam cheios de malevolência.
Todo o corpo de Lu Manni tremeu involuntariamente, e até seu coração falhou por um segundo. Os olhos daquela pessoa eram terrivelmente assustadores!
— Senhorita Lu, essa mesma frase, preciso dizer pela terceira vez? — Qi Chen cobriu os olhos com a mão direita, mas o canto da boca se curvou lentamente em um sorriso carregado da mesma malícia.
Foi então que Lu Manni finalmente voltou a si. Embora seu coração acelerado parecesse o pisoteio de mil cavalos de grama [2], ela estava com muito medo para dizer qualquer coisa; só conseguiu pegar a bolsa timidamente e fugir da sala.
Depois que Lu Manni saiu, Qi Chen ficou alguns minutos com os olhos cobertos pelas mãos. Então, de repente, começou a rir. A risada era cheia de prazer e satisfação, mas, junto com o clima sombrio que acabara de passar, tinha um tom um pouco maníaco.
Depois de rir, Qi Chen não ficou mais esperando na sala privada; ao contrário, saiu do Drunken Moon e foi direto para uma mansão que não visitava há muito tempo.
A grande mansão ficava em um subúrbio tranquilo, sem outras construções por perto. No silêncio da noite, parecia bastante assustadora sozinha.
O carro de Qi Chen parou em frente à mansão, e ele saiu devagar, caminhando até a porta passo a passo. Empurrou as pesadas portas de madeira e acendeu todas as luzes, até que toda a mansão ficou banhada de luz.
Durante todo esse tempo, os movimentos de Qi Chen foram muito leves, lentos e solenes, como se estivesse realizando algum tipo de ritual.
Depois disso, Qi Chen sentou na sala de estar no primeiro andar. Com as costas bem retas, os olhos vazios, ele parecia estar em transe. Contudo, seus olhos brilhavam com uma certa luz.
Após ficar sentado por um bom tempo, Qi Chen finalmente se levantou devagar. Foi até o cômodo mais à esquerda no primeiro andar e, a partir dali, entrou em cada um dos quartos de forma rotineira.
No primeiro quarto, havia muitas pedras e rochas, todas coloridas e de formas diferentes. Estavam cuidadosamente colocadas em prateleiras altas e pareciam ser uma coleção muito preciosa.
O segundo quarto, cheio de livros, parecia um escritório, mas uma observação mais detalhada revelava que definitivamente não era um escritório comum. Cada livro estava cuidadosamente guardado em caixas individuais, parecendo mais colecionáveis do que livros para leitura regular.
No terceiro quarto, havia todos os tipos de penas: longas, curtas, vermelhas, verdes — cada uma guardada em frascos de vidro transparentes.
Ao todo, havia doze quartos. Os primeiros onze pareciam bastante organizados, cada um abrigando uma categoria diferente. Porém, no décimo segundo quarto, havia todo tipo de bugiganga estranha, sem nenhuma característica em comum aparente.
Mas foi nesse quarto que Qi Chen permaneceu mais tempo. Assim como na sala de estar, ele caiu em um transe.
O que ninguém sabia era que Qi Chen tinha um hobby pouco convencional — ele era um acumulador.
Gostava de colecionar todo tipo de coisa, fosse útil ou inútil.
E, de fato, colecionava muitas coisas — penas, vidro, pedras, areia, água… mas todas essas coisas estranhas ainda não o satisfaziam, provavelmente porque ele ainda não tinha encontrado aquilo que o faria se sentir menos entediado.
Uma pessoa que teme o tédio a esse ponto.
Uma pessoa que — por medo do tédio — continuaria acumulando todo tipo de coisa estranha.
Até o próprio Qi Chen achava isso inconcebível, e ainda assim aquela pessoa era ele mesmo. Ele tinha um medo profundo do tédio. Era como se alguém lhe dissesse constantemente que ele não podia ser entediante, porque, uma vez entediado, ele perderia sua coisa mais importante [3].
Qi Chen nem sabia qual era sua coisa mais importante, mas ainda assim sentia isso instintivamente.
Essa sensação o impelia a buscar constantemente novidades, a acumular coisas sem parar, e ao mesmo tempo a sentir constante decepção.
Sempre que algo estava em suas mãos, ele podia sentir instintivamente que não era aquilo que ele queria.
E assim, ele tinha que continuar vivendo com medo, continuar buscando, continuar se decepcionando, continuar sentindo desespero.
Mas isso já fazia parte do passado, porque justamente hoje, neste exato momento, ele havia encontrado algo — algo que não o faria sentir tédio, e que também o ajudaria a se livrar do medo do tédio.
Ele percebeu isso quando segurou o pulso do outro, sabendo instintivamente que era exatamente o que ele estava procurando.
Todas aquelas coisas que ele havia acumulado até então podiam ser descartadas, porque ele encontrou aquilo que buscava, a resposta certa para seu anseio.
E ele definitivamente iria agarrar essa resposta certa, e prender essa pessoa.
Qi Chen ficou na décima segunda sala por muito tempo. Quando finalmente saiu, trancou a porta por fora. As coisas naquela sala eram diferentes das outras. Elas haviam — ainda que por pouco tempo — lhe trazido paz e satisfação.
Mas agora, Qi Chen trancou aquela sala. Depois, foi lentamente trancando uma por uma as outras salas, até guardar todas as chaves dentro da villa.
Ao sair da villa, Qi Chen não se sentiu perdido; pelo contrário, seu coração batia forte feito tambor e seus olhos carregavam um brilho de expectativa.
Ao mesmo tempo, a Bolinha — que observava secretamente, preocupada que seu mestre tivesse realmente feito besteira — explodiu de empolgação ao presenciar tudo aquilo.
— Mestre! Mestre! Tenho informações importantes! — exclamou.
Su Yu, que estava sentado na cama secando o cabelo, olhou friamente e perguntou:
— O que foi?
Com essa resposta fria, o brilho de empolgação da Bolinha desapareceu quase por completo. Ela não falou nada, apenas mostrou a Su Yu as cenas que acabara de ver.
Su Yu inicialmente só lançou um olhar sem muito interesse, mas conforme as imagens se desenrolavam, ele foi ficando mais concentrado e até parou os movimentos das mãos.
— Mestre, não descobri um segredo muito interessante? — a Bolinha perguntou de maneira melosa, flutuando ao lado.
Mas Su Yu só a encarou e ordenou:
— Cala a boca.
A pobre Bolinha, que achava que havia feito algo bom e queria aumentar a aprovação do mestre, só pôde flutuar tristemente para um canto e começar a desenhar círculos.
Su Yu ficou olhando aquelas imagens diante dos seus olhos, e sem perceber, seu olhar começou a amolecer. Pedras em forma de coração, folhas de bordo em chamas, areia branca fina, água azul, corais coloridos, penas verdes… E o mais impressionante era um parafuso com um bilhete dizendo que tinha sido tirado de uma roda-gigante.
Essas coisas, ligadas a todo tipo de memória, apareciam naquele mesmo lugar, e a figura de Qi Chen estava bem no meio.
Su Yu piscou, e os cantos da boca lentamente se curvaram em um sorriso genuíno. Seus olhos, que antes eram frios como flores de pessegueiro, agora brilhavam de felicidade, mas então uma névoa parecia se formar, tornando impossível decifrar as emoções internas.
Até a Bolinha, que se escondia no canto, ficou pasma com a beleza e a profundidade dos sentimentos evidentes na expressão de Su Yu, e rodopiou boba em círculo.
— Vem aqui — chamou Su Yu, fazendo sinal com os dedos para a Bolinha.
Ela despertou instantaneamente do encantamento e, tremendo, perguntou:
— Mestre, quer que eu faça algo?
Su Yu inclinou a cabeça, com um ar inocente, e perguntou:
— Eu pareço tão assustador assim?
A Bolinha começou a chorar por dentro:
Mestre, você não parece assustador por fora, mas por dentro é ruim até os ossos, viu?
Porém, isso obviamente não podia ser dito em voz alta. A Bolinha só podia meio que chorar por dentro e hesitar enquanto começava a flutuar em direção a Su Yu. Mesmo assim, ainda não ousava chegar muito perto, porque, apesar de sentir que acabara de fazer algo digno de elogios, inexplicavelmente tinha um pressentimento sombrio.
Su Yu olhou para a pequena bola tomada pelo medo e fez um sinal com o dedo. — Chega mais.
A Bolinha engoliu a saliva inexistente e, tremendo de hesitação, flutuou um pouco mais perto de Su Yu. No instante seguinte, foi capturada na palma de uma mão de gostos duvidosos.
— “#*&%$@!” A Bolinha ficou tão apavorada que começou a soltar palavrões.
Su Yu fingiu não perceber o horror da Bolinha e, despreocupadamente, apertou-a um pouco, antes de comentar de forma objetiva: — Hm, não é uma sensação ruim.
Se pudesse, a Bolinha teria preferido simplesmente desmaiar e apagar.
Porém, sendo uma inteligência artificial, nem sequer tinha o direito de fingir-se de morta. Só podia chorar e implorar por misericórdia:
— Mestre, o que eu fiz de errado, eu me arrependo! Por favor, pare de me apertar, eu estou implorando. Íng êng íng…
Os olhos de Su Yu tremularam. Ele sorriu e disse:
— Tenho uma pergunta. Espero que responda com sinceridade.
— Mestre, por favor pergunte logo ╥ _ ╥! — A Bolinha sentia que estava à beira da morte.
— Qual é a relação entre Qi Chen e Chu Chengyan? — Su Yu perguntou com um sorriso falso.
●❯────────「⊙」────────❮●
Notas:
[1] – 滚, “Sai daqui” – uma forma muito grosseira de mandar alguém ir embora. Basicamente um comando tipo ‘Cai fora daqui’.
[2] – 草泥马, “Cavalo de capim lamacento” – ah, uma das minhas maldições chinesas favoritas. O cavalo de capim lamacento – supostamente uma lhama – é um trocadilho com as palavras 肏你妈, que têm uma pronúncia bem parecida, mas cujo significado literal é “f*da sua mãe”.
[3] – Lembra por que isso parece tão familiar? Trecho do capítulo 12 [1.12]:
— Última pergunta. Na minha vida, odeio tédio acima de tudo. Se algum dia eu ficar entediado com você, eu vou embora. Você aceita isso? — A expressão de Su Yu parecia despreocupada, mas o canto da boca se curvou involuntariamente.
No começo, Chu Chengyan quis assentir instintivamente. Porém, ao processar as palavras de Su Yu, levantou-se agitado do sofá e olhou fixamente nos olhos de Su Yu, jurando solenemente:
— Pode ficar tranquilo, eu nunca vou deixar você se sentir entediado!

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Sistema: Você é o único humano que atende aos requisitos vinculantes deste sistema – por favor, vincule-se a mim!

Su Yu: Eu tenho dinheiro, boa aparência, poder...

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