Capítulo 3

– É um prazer conhecê-los. – Aiden fala em um tom sério e se curva.

– O Mer´kai me disse que você tem ótimas referências. – Ivana o elogia, satisfeita com sua postura.

– Fico feliz em ouvir isso. – ele apenas acena com a cabeça, mas permanece inexpressivo.

– Você entende que tipo de trabalho é esse ? – ela o questiona.

– Sim, já me passaram todos os detalhes.

– Bom, sendo assim, acho que está na hora das apresentações. Venha comigo, por favor. – Ivana caminha em direção ao cômodo ao lado e bate à porta antes de entrar. Logo depois os dois entram no quarto e Aiden vê Erza na cama, respirando com a ajuda de aparelhos.

– Erza, esse é o guarda costas enviado pelo Mer´kai. Ele se chama Aiden.

– Senhor Sa´rim… – o homem se ajoelha de repente, com a cabeça baixa. Não se atrevia a olhá-lo nos olhos. 

– Por favor, se levante. – Erza fala um pouco debilitado. No mesmo instante, Aiden se levanta, mas continua com a cabeça baixa.

– Venha. – ele o chama.

– Sim, Sa´rim. – Aiden se aproxima e para próximo a cama. Erza segura sua mão direita e lhe mostra um sorriso gentil.

 – Por favor, cuide bem de nós! – ele acaricia os nós de seus dedos. Aiden fica surpreso e volta seu olhar para Erza, o observando com os olhos arregalados. Ao ver o seu rosto sorridente, suas bochechas ganham um leve tom avermelhado.

– Farei o meu melhor, Sa’rim.

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No dia seguinte.

– Nem acredito que me deixaram sair. – Erza fala animado enquanto observa a paisagem pela janela do carro.

– Tenho certeza de que perceberam que era o melhor para vocês. Estar em um lugar tranquilo é bom para o bebê. – Aiden responde, sem desviar sua atenção da estrada.

– Falta muito para chegar ?

– Um pouco. Se sente mal ?

– Não, só estou ansioso… – ele fala envergonhado.

– Nós vamos chegar em quinze minutos. – Aiden desvia seu olhar para ele e lhe mostra um sorriso gentil, tentando acalmá-lo.

Após exatos quinze minutos, eles chegam a uma cabana no meio da floresta, que só pode ser encontrada pelos que conhecem bem o caminho.

– Vem, eu te ajudo a descer. – Aiden estende sua mão direita, ao abrir a porta do carro.

– Obrigado. – Erza segura sua mão, se apoiando, e desce com cuidado. Ao ver a cabana de perto, seus olhos brilham e ele se sente animado.

– É sua ?

– Sim, meu pai construiu. – ele responde enquanto abre o porta malas, pegando as bagagens de Erza.

– É uma pena que eu tenha que voltar para igreja quando estiver nas últimas semanas, seria bom parir em um lugar assim. – Erza murmura e acaricia sua barriga. Gostaria de ter um parto tranquilo, sem todos os olhos da igreja voltados para ele e o seu filho.

– Vem, vamos entrar. – Aiden se aproxima e toca suavemente suas costas, como se estivesse o convidando.

– Vamos.

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Algumas semanas depois.

Após dias convivendo juntos, Erza já estava acostumado com a presença constante de Aiden, além da atenção que ele lhe dava. Todas as manhãs ele o ajudava com os enjoos matinais e preparava suas refeições, se certificando de sempre atender a todos os seus desejos.

– Pegue, cortei essa maçã para você. – Aiden fala ao se aproximar e estende o prato em sua direção. Erza, que estava sentado em frente a janela, observando o lago, volta sua atenção para ele e lhe mostra um sorriso gentil.

– Obrigado! – ele pega o prato e come um pedaço.

– Vocês estão bem ? – Aiden questiona preocupado e se senta ao seu lado.

– Sim, desde que viemos para cá, o bebê parece estar feliz! – Erza fala com um largo sorriso em seu rosto, mas logo sua expressão muda e ele o encara com os olhos arregalados.

– O que foi ? Algum problema ? – Aiden se assusta.

– O bebê chutou… – ele murmura emocionado e agarra a mão esquerda de Aiden, a levando até sua barriga.

– Consegue sentir ?

– Ah… sim, sim. – Aiden sussurra surpreso e também emocionado. Podia sentir claramente o bebê se mover através da palma da sua mão.

 – Quando você está por perto, ele fica tão agitado. Acho que ele gosta de você!

– E-eu ? – ele arregala os olhos.

– Obrigado por cuidar tão bem de nós, Aiden! – Erza sorri e acaricia o dorso da sua mão esquerda. Aiden sente seu coração palpitar ao vê-lo sorrir daquela forma e fica envergonhado. Não deveria ter esse tipo de sentimento por um homem que nunca poderia tocar.

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Ao anoitecer, eles jantam juntos e logo depois Erza vai para o seu quarto, toma banho e se deita para dormir. Depois das refeições sempre se sentia um pouco sonolento, mas naquela noite, não conseguia adormecer de jeito nenhum.

– Acho que não vou conseguir dormir mesmo… – ele murmura para si mesmo e se levanta devagar, em seguida calça suas pantufas e sai do quarto, indo em direção ao quarto de Aiden, que é na porta em frente ao seu.

– Aiden ? – Erza bate à porta e espera, mas não há resposta, ele bate mais uma vez e espera mais um pouco, no entanto continua sem resposta.

– Eu vou entrar, okay ? – ele avisa e abre a porta, colocando primeiro sua cabeça para dentro e olhando ao redor. Erza vê a cama vazia, mas nota que a luz do banheiro está acesa e acaba entrando.

– Aiden ? – Erza o chama mais uma vez e se aproxima do banheiro. Ao chegar mais perto, pode ouvir o barulho da água da torneira e vê a porta entreaberta. Mesmo sem querer, acaba olhando para dentro e vê Aiden se masturbando enquanto cheira sua cueca.

Ele se surpreende e fica envergonhado com aquela cena, mas não consegue tirar seus olhos dele, vê-lo ofegante e corado enquanto cheira sua roupa, fazia com que uma estranha sensação se espalhasse pelo seu corpo, o deixando inquieto.

– Haa… Erza…! – Aiden geme e intensifica seus movimentos. Seu pau fica encharcado de pre-sêmen e sua pele se arrepia.

– Porra… ugh! – ele inclina sua cabeça para trás e goza, sujando a parede e o chão do banheiro. Ao terminar, ele encara a palma da sua mão, ofegante e um pouco envergonhado de si mesmo, até que um barulho o distrai e ele sai para ver.

– Que estranho… – Aiden murmura para si mesmo ao ver que não havia nada ali.