Capítulo 36

Cafeteira, 15:28 horas da tarde.

– O que ? – Alice o encara boquiaberta.

– Eu vou me casar! – Enarê sorri e mostra seu anel, que brilha ao entrar em contato com a luz.

– Você só pode estar brincando comigo!

– Não! – o ômega da risada.

– Cacete… e eu vou ser madrinha ?

– Isso mesmo.

– Ai, minha nossa! – Alice não para de sorrir e está tão empolgada que a qualquer momento poderia chorar.

– Eu estou tão feliz por você!

– Obrigado! – Enarê fica levemente corado. Ainda não se acostumou com a ideia.

– Então, quando vai ser ? – ela bebe um gole de seu cappuccino e continua o encarando com os olhos brilhando.

– Daqui à seis meses. Dia treze de março.

– Que droga! Vai demorar muito! – a moça choraminga.

– Acredite, o tempo vai passar voando… – Enarê da risada e bebe um gole do seu suco.
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Sexta-feira, 11 de novembro, 09:08 horas da manhã.

– Por que é tão difícil achar um bom lugar para um casamento ? – Enarê reclama enquanto olha algumas fotos em seu celular.

– Calma, logo vamos achar o que estamos procurando! – Yohan desvia seu olhar da estrada e o encara, com um sorriso gentil.

– Estou esperançoso de que esse lugar é o certo! – o alfa acaricia seu rosto rapidamente e logo volta seu olhar para a estrada.

Alguns minutos depois, eles chegam ao local para festas, que está um pouco afastado de Paris. Já na entrada é possível ver várias árvores e as flores que irão florescer quando a primavera chegar.

– Bonjuor, me chamo Clarice. Vou acompanhar vocês! – uma mulher segurando uma prancheta se aproxima e os cumprimenta. Ela os leva em um rápido tuor pelo local, mostrando a enorme propriedade.

– E aqui está o coreto do qual falei. – a mulher aponta em direção a uma grande construção, que está coberta por plantas trepadeiras que se enroscaram em seus pilares.

– O que você acha ? – Yohan pergunta, já sabendo a resposta apenas em olhar para o seu rosto.

– Eu amei, é perfeito! – Enarê sorri encantado e pode imaginar perfeitamente seu casamento ali.

– Então está decidido, vamos nos casar aqui! – o alfa o abraça e beija sua testa.
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08:00 horas da noite.

– Sabe, eu notei uma coisa enquanto revisava os convites para o casamento… – Enarê deixa o garfo sobre o prato e encara o alfa.

– Algum problema ?

– Na verdade não, só estava me perguntando se você iria convidar seus pais.

– Ainda não pensei sobre isso… – Yohan suspira e parece desconfortável com o assunto, o que faz Enarê recuar.

– Tudo bem, faça o que achar melhor. Okay ? – ele estende sua mão e acaricia os nós de seus dedos, enquanto lhe mostra um sorriso gentil.

– E quanto aos seus pais ? Eles vão mesmo vir ?

– Sim, minha mãe está super ansiosa!

– Também estou, quero conhecê-los! – Yohan sorri.

– Eles vão amar você. Tenho certeza!

– Eu espero que sim! – o alfa da risada e segura sua mão.
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Segunda-feira, 09 de janeiro, 13:40 horas da tarde.

– Então, o que acha ? – o alfaiate para logo atrás dele e o encara através do espelho.

– É lindo… do jeito que imaginei! – Enarê sorri enquanto observa os detalhes de seu terno. O alfaiate havia conseguido reproduzir com perfeição todas as suas ideias. Seu véu enorme e delicado, que brilha sempre que ele se move, a camisa de gola alta com um decote em V feito com renda, e até mesmo os botões com suas iniciais e as do alfa.

– Seu marido vai amar! Garanto que vai até chorar! – brinca o alfaiate.

– Eu espero que sim! – o ômega da risada e vai para o provador. Ele troca de roupa e ao sair pode ouvir a voz do Yohan.

– Já está aqui ? Deveria vir so às duas. – ele o abraça e recebe um doce beijo em sua testa.

– Pensei em vir antes e tentar espiar um pouco!

– Está louco ? Quer acabar com o casamento ? – Enarê fala em tom de brincadeira.

– Nunca faria isso. Só pensei em ver o quão lindo você fica vestido de noivo. Estou ansioso! – o alfa o puxa pela cintura e beija o canto de sua boca.

– Nem pense nisso, okay ?

– Tudo bem… – o alfa ergue suas mãos e se afasta.

– Podemos ir agora ? – Yohan estende sua mão direita.

– Sim! – Enarê sorri e segura sua mão.
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Ao sair do carro, eles entram na confeitaria e são recebidos pela confeiteira do local, que está encarregada de fazer o bolo para o casamento.

– Que bom ver vocês! – ela cumprimenta cada um com um beijinho na bochecha e logo os leva para uma mesa na parte reservada da confeitaria.

– Sentem-se, tenho várias opções de bolos para mostrar hoje! – a mulher indica as cadeiras e eles se sentam, logo um dos funcionários começa a trazer as primeiras opções de bolo.

– O primeiro é massa de nozes, com recheio de coco e amêndoas. – ela serve os pratos e espera que eles provem.

– É bom. – Yohan responde ao provar.

– Eu não gostei. – Enarê fala ainda com um pouco do bolo na boca.

– Okay, vamos para o próximo. Esse é massa branca com recheio de frutas vermelhas! – novamente a moça os serve e espera.

– Esse é mais gostoso. O que acha ? – Yohan desvia seu olhar até Enarê.

– É bom, eu gostei… – ele sorri, impressionado com o sabor.

Após horas provando bolos, o casal finalmente entra em um consenso e decidem os sabores.

– Obrigado por escolher minha equipe para um dia tão especial. Vejo vocês no casamento! – a mulher sorri.

– Nós que agradecemos! – Enarê também sorri e logo eles se despedem.
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Ao chegarem em casa, Enarê se joga no sofá e boceja. Estava cansado após um dia tão agitado.

– Quer um pouco de chá ? – Yohan se aproxima e beija sua testa.

– Sim, eu adoraria. Obrigado! – o alfa sorri e vai para a cozinha, alguns minutos depois ele volta trazendo duas xícaras de chá.

– Aqui, pegue. – ele lhe da uma das xícaras e Enarê bebe um gole.

– Vai para a galeria amanhã ? – Yohan o questiona e se senta ao seu lado, o ômega rapidamente se aproxima e se aconchega próximo ao seu corpo.

– Sim, preciso cuidar dos detalhes da nova exposição!

– Entendo. – o alfa bebe um gole de seu chá e acaba com seus olhos fixos no dedo anelar de Enarê. Apesar de estar a meses planejando o casamento, ainda se pegava surpreendido com o fato daquele anel estar em seu dedo.

– O que foi ? Não para de olhar para o meu dedo…

– Nada, só estou surpreso com tudo isso. Às vezes nem acredito que você realmente disse sim!

– Eu também me sinto assim às vezes. Na verdade estou começando a me sentir ansioso. É estranho, né ? – Enarê da risada.

– Um pouco, eu acho. – o alfa o abraça e beija o topo de sua cabeça.

– Obrigado por me dar a oportunidade de ter essa experiência. Nunca pensei que me casaria algum dia! – o ômega suspira e ergue um pouco sua cabeça, encarando seu rosto.

– Sou eu quem deveria estar agradecendo, não acha ?

– Isso não é uma competição, idiota! – ele da risada e encosta sua cabeça sobre seu ombro. Estava feliz por ter a oportunidade de desfrutar desses pequenos momentos ao seu lado.