Capítulo 37
Sexta-feira, 11 de março, 23:13 horas da noite. Dois dias antes do casamento.
Enroscado no corpo do alfa, Enarê boceja, mas não consegue dormir.
– Já sabe o que vai fazer na sua despedida de solteiro ? – o ômega rompe o silêncio e ergue sua cabeça, o encarando.
– Beber uísque com o Adam e ouvi-ló reclamar sobre o quão sozinho ele se sente. E você ? – o alfa acaricia seu rosto e não consegue tirar seus olhos dele. Adorável como sempre.
– Anna e Alice querem me arrastar para algum bar. Sinceramente eu prefiro não beber, mas sinto que não tenho escolha quando se trata daquelas duas! – ele da risada.
– Só tome cuidado, okay ? Me sinto ansioso quando você está fora do meu alcance! – Yohan beija o topo de sua cabeça e aperta sua bochecha, o que o faz rir.
– Eu sei, vou me cuidar. Prometo!
– Ótimo, agora vamos dormir. Precisamos buscar seus pais no aeroporto amanhã! – o alfa apaga a luz do abajur e Enarê se aconchega ao seu lado, poucos minutos depois ambos estão dormindo.
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09:06 horas da manhã, Aeroporto Internacional.
Enarê observa atento enquanto a multidão passa entre ele e ao finalmente ver seus pais, o ômega acena e corre em direção ao casal.
– É tão bom ver vocês! – ele sorri e abraça sua mãe, que o aperta com força, e logo depois faz o mesmo com seu pai.
– Você parece ótimo. Estou aliviada! – a mulher acaricia seu rosto e sorri.
– Eu estou bem, mãe! – Enarê sorri um pouco envergonhado.
– Olá, sou o Yohan! – o alfa se aproxima e da seu melhor para falar o pouco de português que sabe.
– Minha nossa, ele fala português ? – a mãe do ômega fala surpresa.
– Por essa eu não esperava! – brinca seu pai.
– Yohan entende um pouco, mas não é fluente. Então falem devagar. – Enarê agarra seu braço, tentando acalma-ló.
– Yohan, esses são meus pais. Rafaela e José!
– É um prazer! – o alfa estende sua mão direita em direção ao homem e eles se cumprimentam, em seguida tenta fazer o mesmo com a mulher, mas ela o puxa para um abraço apertado.
– Nada de apertos de mãos, você é da familia! – ela dá risada. Yohan fica envergonhado, mas gosta da sensação de fazer parte de uma família.
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Restaurante XXX.
Alguns minutos após fazerem seus pedidos, o garçom traz os pratos e os põe sobre a mesa. O alfa o agradece rapidamente e logo volta sua atenção para o casal.
– Me desculpem por traze-los a um restaurante, mas com certeza irei cozinhar o jantar! – ele sorri de forma gentil.
– Sem problemas querido, nós não nos importamos! – Rafaela sorri.
– Yohan é um ótimo cozinheiro, tenho certeza de que vão gostar! – Enarê segura em uma das mãos do alfa e sorri para ele.
– Está me deixando envergonhado. – Yohan sussurra, com seu rosto levemente corado.
– Não estou mentindo.
– Certo… – ele acena com a cabeça, mas desvia seu olhar. Estava nervoso de mais para dizer alguma coisa realmente impressionante.
– Como está indo os preparativos ? Lembro de que quando me casei foi um caos! – Rafaela da risada e experimenta um pouco da comida.
– É mais difícil do que eu pensei, mas estamos indo bem. – Enarê suspira ao se lembrar do quão complicado pode ser organizar um casamento.
– Por que não se casou logo no cívil ? Seria menos complicado. – seu pai o questiona, mas Enarê não se importa. Ele continuava sendo um homem pratico e de poucas palavras.
– Queremos uma cerimônia. – Yohan o responde rapidamente.
– E uma festa! – completa Enarê.
– E vocês pretendem ter filhos ? – Rafaela traz o assunto de repente, fazendo com que o ômega se engasgue com o suco e o alfa fique imóvel, sem reação por alguns instantes.
– Você está bem ? – Yohan pega o guardanapo e entrega a Enarê, que continua tossindo por algum tempo até finalmente se acalmar.
– Nós ainda não pensamos nisso… – o ômega fala envergonhado.
– Ainda é muito cedo, mas com certeza vamos pensar nisso no futuro! – Yohan tenta acalma-la.
– Tudo bem, mas espero que providenciem um neto o mais rápido possível. Estou ficando velha! – a mulher da risada, mas o casal continua nervoso.
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22:17 horas da noite.
Após o jantar, os pais do ômega vão para o quarto de hóspedes e o casal pode finalmente ter um momento a sós. Enquanto Yohan lê um bom livro, Enarê está sentado na beira da cama passando um pouco de hidratante em seu corpo.
– O que está lendo ? – o ômega fecha o bote de hidratante e o deixa sobre a mesinha de cabeceira, em seguida se aproxima do alfa e se deita ao seu lado.
– Madame Bovary. – Yohan mostra a capa do livro.
– Não quer falar sobre hoje ? Sei que deve ter algo para comentar. – Enarê o questiona, animado para as “fofocas de casal”
– Quer mesmo saber ?
– Sim! – ele se aproxima e se agarra ao seu corpo.
– Tudo bem… – Yohan fecha seu livro e o deixa sobre a mesinha de cabeceira, em seguida o abraça e se aconchega ao seu lado.
– Eles são boas pessoas e estão animados para o casamento, mas confesso que pensei que sua mãe seria um pouco diferente.
– Diferente como ?
– Não sei… talvez alguém mais séria e reservada ? Mas seu pai é exatamente como pensei! – Yohan da risada ao se lembrar do quão sério aquele homem era.
– Em casa ela não fala muito. Meu pai é um homem de poucas palavras, então quando ela encontra alguém para conversar, é o dia inteiro!
– Eu notei.
– Eu não sei como, mas mesmo com todas as diferenças eles se dão muito bem. Deveria perguntar qual o segredo! – Enarê da risada e ergue sua cabeça, olhando fixamente para o rosto do alfa.
– Por favor, pergunte. Estou curioso! – o alfa também da risada, mas logo nota seus olhos negros que não param de encara-ló.
– O que foi ? – ele acaricia seu cabelos.
– Hoje é nossa última noite dormindo juntos antes do casamento… – o ômega sussurra um pouco tímido.
– Eu sei. Está nervoso ?
– Sim. Muito! – Enarê desvia seu olhar para o anel em seu dedo e dá um longo suspiro.
– Nem acredito que vamos mesmo fazer isso…
– Nem eu, esperei tanto por isso. Parece um sonho! – o alfa beija sua testa cuidadosamente.
– Eu te amo! – o ômega se levanta de repente e o beija, enquanto libera um pouco de feromônios que se mesclam com o cheiro do hidratante.
– Eu também… – Yohan sussurra e o agarra pela cintura, girando seu corpo e ficando por cima dele.
– Yohan, quero que faça amor comigo! – Enarê sussurra com um sorriso em seu rosto e um olhar amoroso. Suas mãos avançam em direção ao tronco do alfa e o envolvem, puxando seu corpo para mais perto e o abraçando.
– Precisa ficar quieto. – Yohan sussurra, cedendo ao seu capricho e tentando ao maximo reprimir seu lado selvagem. O alfa toca seu pequeno corpo com delicadeza e o provoca lentamente, aproveitando cada segundo.
Enarê o encara, observando todos os seus movimentos e nota que seu corpo parece mais sensível. Seu pau está extremamente duro e seu ânus encharcado com fluidos.
– Yohan, ponha dentro! – o ômega sussurra em meio aos seus gemidos e o alfa rapidamente se afasta, o encara com seus olhos dourados e dá um longo suspiro. Aquele ômega era um verdadeiro teste a sua paciência.
– Devagar, okay ? – Yohan tira sua camisa e logo em seguida ajuda Enarê a se livrar de suas roupas, deixando seu corpo totalmente exposto, e por algum motivo ele parece ainda mais sexy.
– Preciso te afrouxar, então aguente mais um pouco. – o alfa agarra uma de suas coxas e com sua mão livre, usa dois de seus dedos para penetra-lo. O ômega está relaxado e molhado, então seus dedos deslizam facilmente. Ele estava pronto antes mesmo de ser tocado.
– Vou entrar agora. – Yohan o adverte e Enarê apenas concorda com a cabeça enquanto abre suas pernas, deixando o caminho livre. O alfa o segura pela cintura e então finalmente entra, sendo recebido pelo calor de seu corpo e o doce cheiro de seus feromônios que são jogados ao ar no mesmo instante.
– Yohan! – Enarê estende suas mãos e o abraça novamente, fazendo com que o alfa se incline sobre ele. Yohan libera um pouco de seus feromônios e continua tentando seguir um ritmo lento.
– Merda… – o alfa sussurra e arfa, o que deixa Enarê surpreso, mas também excitado. Era raro vê-lo gemer daquela forma.
– É tão bom! – Enarê sussurra com um sorriso em seu rosto, o que deixa Yohan corado e faz com que seu coração palpite.
– Não me provoque, estou em um aperto aqui! – ele cerra os dentes e se afasta um pouco, segura sua cintura com as duas mãos e estoca com força, ainda seguindo um ritmo lento. O que faz o ômega gemer e o apertar ainda mais forte. Era o sinal de que já estava quase lá.
– Tão profundo… – Enarê se contorce sobre a cama e se agarra aos lençóis, ele mantém seus olhos sobre o alfa e o observa enquanto seu rosto mostra sutis expressões de prazer. Para Yohan, aquela situação era incrivelmente prazerosa, mas também um teste. Queria ir com tudo e fazer de seu corpo um desastre.
– Vou gozar! – Enarê anuncia e inclina sua cabeça para trás, seu corpo se arrepia e logo um jato de sêmen sai, sujando seu abdômen.
– Merda… eu também! – Yohan sussurra para si mesmo e também inclina sua cabeça para trás, gozando vários jatos espessos de sêmen dentro do ômega. Que sorri ao se sentir preenchido.
– Está mais calmo agora ? – o alfa questiona enquanto desliza seus dedos pelos fios dourados de seus cabelos, os jogando para trás e deixando seu rosto corado ainda mais a mostra.
– Não… me dê mais! – Enarê lhe da um sorriso travesso e se agarra ao seu corpo. Seu futuro marido era um homem sexy de mais para ser deixado ir tão facilmente.
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* Madame Bovary, Gustave Flaubert (1856). Conhecido como um clássico da literatura francesa.
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Capítulo 37
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La Douce Essence D’un Oméga
Yohan Bastien é um alfa dominante e um médico bem sucedido, mas existe um problema, ele não reage aos feromônios como os outros alfas.
Um dia ele encontra o ômega recessivo Enarê sendo...