Capítulo 46

Quinta-feira, 31 de agosto, 17:45 horas da tarde. 26 semanas de gestação.

Yohan abre a porta do apartamento e se depara com Enarê sentado no chão rodeado de caixas de mudança enquanto guarda algumas peças de louça.

– O que está fazendo ? – ele o encara perplexo.

– Estamos quase nos mudando então pensei em adiantar algumas coisas e te ajuda! – o ômega fala com um sorriso inocente em seu rosto.

– Nada disso, saia desse chão agora! – Yohan se aproxima e o tira do chão o segurando pelas axilas como um bebê. O alfa o põe de pé e confere se ele está bem.

– Pode por favor parar com isso ? Eu estou bem! – Enarê revira os olhos e bufa. Odiava ficar parado o dia todo e odiava ainda mais ser tratado como criança.

– Não, não posso. – o alfa o abraça e acaricia seus cabelos com delicadeza.

– Sei que odeia isso, mas preciso que fique bem… – ele sussurra e beija sua bochecha.

– Okay, entendi. – o ômega o responde ainda emburrado, mas entende a importância de se manter seguro. Não estava mais sozinho.

– Que tal tomarmos um banho juntos ? Preciso de alguém para lavar minhas costas! – o alfa segura seu rosto com as duas mãos e sussurra.

– Tudo bem. – o ômega ri e lhe dá um beijo rápido.

– Então vamos. – Yohan fala animado e o pega em seu colo, o levando até o banheiro.

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Dentro da banheira, Enarê se recosta sobre o tronco do alfa e apoia a cabeça em seu ombro. A água fria em um verão caloroso o deixava extremamente relaxado e tranquilo.

– A água esta boa ? – Yohan o questiona enquanto acaricia seus cabelos, deslizando seus dedos entre os fios e os arrumando para trás.

– Sim, esta ótimo! – ele suspira e se aconchega entre suas pernas.

– Tomou seus remédios hoje ?

– Sim, e comi o que deixou na geladeira. Mais alguma coisa ?

– Não. – o alfa ri e estende suas mãos até a barriga de Enarê, que continuava crescendo. Ele a acaricia e nota que o ômega está inquieto.

– Está tão grande. É pesado ? – Yohan sussurra próximo ao seu ouvido.

– Sim… – ele murmura um pouco hesitante. Até mesmo o minino roçar de suas mãos sobre seu corpo o deixava excitado.

– Se eu fizer isso, se sente melhor ? – o alfa entrelaça seus dedos, posiciona suas mãos na parte inferior de sua barriga e a puxa para cima com cuidado.

– Sim, me sinto aliviado… – Enarê junta suas pernas e se encolhe.

– Sua barriga está tão grande que nem consigo ver seu pau daqui… – ele sussurra próximo ao seu ouvido e ri, mas enquanto segura sua barriga Yohan nota sua ereção roçar nas costas de suas mãos e decide provoca-lo um pouco.

– Quieto! – o ômega esbraveja, mas seu rosto está corado e sua respiração irregular. Estava ansioso para ser tocado.

– Quer que eu te toque ? Está bem duro lá em baixo… – ele sussurra novamente e dessa vez mordisca o lóbulo de sua orelha, o que o faz se encolher e gemer.

– Yohan! – Enarê gira o rosto em sua direção e o encara com um olhar inocente e provocativo, que deixa o alfa excitado no mesmo instante.

– Shh, tudo bem, vou cuidar de você! – sua mão direita avança em direção a sua ereção e o alfa começa a masturba-lo, com a outra mão ele estimula seu mamilo, que está ainda mais sensível por causa da gravidez.

– Es-espera, muito forte! – Enarê choraminga entre seus gemidos, mas não tem força para faze-lo parar. Yohan continua torcendo seu mamilo e movendo sua mão com rapidez.

– Tudo bem, pode gozar.

– Quero fazer com você… – Enarê volta seu olhar para ele e beija o canto de sua boca. Levando o alfa ao limite, o que naquelas circunstâncias poderia ser perigoso.

– Consegue ficar de pé ? – ele sussurra.

– Sim… – o ômega se levanta devagar com a ajuda do alfa, ele apoia suas mãos na parede e junta as pernas, deixando o mais apertado possível.

– Seu rabo está tão molhado, acho que ele sente saudade de mim! – Yohan sorri e agarra sua bunda, em seguida aproxima o rosto de seu ânus e desliza sua língua pelo local. Enarê geme e seu corpo se arrepia, fazia algum tempo que não recebia tanto estimulo naquele lugar.

– Está se contraindo e ficando mais molhado. Gosta disso ? – ele dá um tapinha em sua bunda e volta a estimular o local com sua língua. O ômega o encara por cima do ombro e não consegue conter seus gemidos.

– Sim, é tão bom! – Enarê lhe dá um sorriso travesso e move seu quadril lentamente, se esfregando em seu rosto.

– Você é sempre tão travesso, me deixa louco! – Yohan o abraça por trás e roça seu pau entre a bunda do ômega.

– Se fizer isso vai entrar! – Enarê se encolhe em seus braços e mesmo tomado pelo desejo, ainda tenta ser minimamente responsável.

– Não vai entrar… só estou deixando ele molhado. – o alfa sussurra e precisa de todo o seu auto controle para não invadir seu interior e preenche-lo com sua porra. Ele não estava mais sozinho.

– Vou começar a me mexer, tudo bem ? – ele agarra seu pau e o posiciona entre as coxas grossas e húmidas de Enarê. O ômega acente com a cabeça e o aperta.

Yohan começa a mover seu quadril, esfregando seu pau contra o dele e sendo engolido por suas coxas. A sensação era similiar a estar dentro dele, por isso não podia conter sua emoção.

– Yohan, acho que vou gozar! – Enarê anuncia entre seus gemidos e já começa a sentir seu corpo perdendo a força. O alfa o segura pelo pescoço e inclina seu corpo para trás, fazendo com que ele apoie a cabeça em seu ombro. Com a outra mão Yohan o masturba enquanto se move sendo o mais cuidadoso possível. Logo ambos gozam emitindo um longo gemido em um unissom.
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Hôpital de Bouvardia, 13:06 horas da tarde.

– Ela continua crescendo saudável. – Adam fala animado enquanto observa a imagem do ultrassom. Estava ansioso para ver sua sobrinha.

– Quer ouvir o coração dela ?

– Sim! – Enarê sorri e volta seu olhar para o monitor. Adam move o aparelho e logo é possivel ouvir as batidas de seu pequeno coração.

– É tão alto… – Yohan sussurra com os olhos arregalados e o rosto levemente corado. Sempre se emocionava durante as consultas.

– Bom, já que está tudo bem nós terminamos por hoje. – Adam desliga o aparelho e entrega alguns lenços de papel ao ômega.

– O terceiro trimestre vai começar logo, então vamos diminuir o intervalo entre as consultas.

– Quanto tempo ? – o alfa questiona enquanto ajuda Enarê a se sentar na maca.

– Dez dias. Me avisem caso haja alguma emergência, liguem a qualquer hora. Entendeu Sra. Bastien ? – Adam olha diretamente para o ômega, que se encolhe e fica corado.

– Eu já pedi desculpa!

– É minha sobrinha ai dentro, então me mantenha informado!

– Pode parar de brigar com meu marido ? Parece uma criança!

– Calado! – Adam revira os olhos. Enarê que apenas observava ri da situação, sempre se divertia com os dois alfas.

– Vocês pode ir agora, até a próxima consulta. – ele sorri de maneira gentil.

– Até mais, Adam. – Enarê também lhe mostra um sorriso gentil e desce da maca com a ajuda do alfa.

– Vem, eu te acompanho. – Yohan estende sua mão direita e o acompanha até a saída do hospital.

– Tem certeza de que não quer que eu vá ? – ele choraminga enquanto se agarra ao seu corpo. Se preocupava em deixar seu ômega sozinho.

– Sim, está tudo bem! – Enarê acaricia seus cabelos, tentando acalma-ló.

– Alice vai comigo então não vou estar sozinho. Eu te ligo se algo acontecer.

– Okay, vou te esperar em casa… – ele lhe dá um beijo rápido e aperta suas bochechas, que estavam ainda maiores desde que a gravidez começou.

– Vou tirar algumas fotos da casa e te envio. Até mais! – o ômega lhe dá outro beijo e se despede. Yohan continua parado de pé enquanto o observa se afastar e entrar no taxi com Alice, ele suspira ao vê-lo ir embora e mesmo estando relutante volta ao trabalho.
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– Yohan! – Emma o chama e caminha apressada em sua direção.

– Tem algo para mim ?

– Ah não! Não é isso!

– Então ? – ele ergue uma de suas sobrancelhas e não entende onde ela quer chegar.

– Enarê já foi ?

– Acabou de sair. Algum problema ?

– Não, eu só queria dar um presente para o bebê – Emma retira um pequeno embrulho de dentro do seu pijama hospitalar e o entrega.

– É uma fralda, tem o nome dela escrito. – ela sorri um pouco envergonhada.

– Obrigado Emma, tenho certeza de que ele vai adorar. – o alfa lhe mostra apenas um sorriso gentil, apesar de que está desconcertado com toda a situação. Nunca se imaginou recebendo presentes para seu filho ou até mesmo escolhendo roupinhas de bebê, tudo era novo e empolgante para ele.