Capítulo 6
Quinta-feira, 21 de janeiro, inverno.
– Dr. Yohan, está se sentindo mal ? – disse Emma ao se dar conta de que o alfa não estava prestando atenção.
– Não, só estou um pouco distraído hoje. Me desculpe! – Yohan sorri envergonhado e tenta acalmar a moça.
– Tudo bem, mas aconteceu alguma coisa ? – Emma o questiona um pouco preocupada.
– Eu tenho um encontro hoje à noite e… – antes que pudesse terminar sua frase, Yohan se dá conta de que Emma o encarava com os olhos arregalados e era exatamente a mesma expressão que o Adam fez ao saber.
– Encontro ? Com quem ? – Emma era uma das poucas pessoas no hospital que sabiam sobre a condição do alfa e também sobre sua vida pessoal. Por isso estava tão empolgada quanto o Adam, ja que não era comum vê-lo demonstrar interesse em alguém.
– Tudo bem, Emma… só pare de me olhar desse jeito! Vou te contar tudo.
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17 horas da tarde.
As aulas do ômega haviam terminado e ele finalmente estava livre, ao sair do prédio da universidade foi apressado em direção ao ponto de ônibus proximo dali. Ainda faltava algumas horas até o seu encontro, mas Enarê estava tão empolgado que não podia evitar de preparar tudo de antemão.
Ao chegar em casa largou sua mochila sobre o sofá e foi para o quarto, o ômega passou um bom tempo revirando todo o seu guarda-roupa até encontrar o “look” adequado, quando finalmente conseguiu o que queria, tomou um banho demorado com tudo o que havia direito para deixar sua pele macia e cheirosa. Enarê sabia o que poderia acontecer no final daquela noite e por isso precisava estar preparado.
No horário marcado o alfa já estava parado em frente ao seu prédio. O ômega desce as escadas apressado e ao ver o Yohan mais de perto seu coração começa a palpitar.
– Parece que hoje não desceu as escadas correndo. – o alfa ri e se aproxima. Seu cheiro era tão intenso que ao invadir as narinas do ômega o deixa tonto.
– Não, eu não vim correndo! – Enarê se aproxima e o abraça, seu corpo estava quente e o seu aroma era tão bom que o ômega continua agarrado ao seu corpo por mais alguns segundos.
– Que bom ou poderia acabar se machucando. – Yohan leva sua mão esquerda até o seu rosto e segura seu queixo, levantando um pouco sua cabeça para que pudesse beija-lo.
– Vamos ? Estou com um pouco de fome! – o alfa sorri de maneira gentil e acaricia seu rosto.
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Poucos minutos depois eles chegam ao apartamento do alfa, o lugar era espaçoso além de estar muito limpo e arrumado.
– Pode ficar a vontade, vou terminar de preparar o jantar. – Yohan beija sua testa e logo depois segue em direção a cozinha.
– Okay… – Enarê responde um pouco hesitante, mas logo se distrai com o quanto a casa do alfa era linda. Na sala havia duas estantes cheias de livros, lembranças de viagens e algumas fotos em diferentes locais.
O ômega observa atentamente uma das estantes, analisando todos os livros que estavam ali, tentando descobrir qual seria o gosto do alfa. Enquanto olhava ele se depara com um livro de capa azul que parecia ser bem velho, Enarê o retira da estante e começa a folhear, logo percebe que era uma história infantil e se pergunta o motivo pelo qual o alfa guardaria algo assim.
– Esse é um dos meus livros preferidos! – o alfa sussurra bem próximo ao seu ouvido e tira o livro das suas mãos, o coloca de volta na estante e segura em sua mão direita. O ômega sorri um pouco envergonhado e sente um leve formigamento percorrendo sua orelha e pescoço.
– Venha, o jantar está pronto. – ele sorri e acaba deixando o ômega corado. Yohan o guia pelo pequeno corredor que da acesso a cozinha e ao chegarem ela era tão grande e limpa quanto a sala, o que deixa Enarê ainda mais impressionado.
– Quer um pouco de vinho ou prefere outra bebida ? – Yohan puxa uma das cadeiras e sinaliza com a mão, pedindo para que ele se sente.
– Vinho seria ótimo! – o ômega sorri e o observa enquanto Yohan põe a mesa, após organizar tudo o alfa serve o jantar e também o vinho, se senta ao lado de Enarê e por um instante, o encara como se estivesse guardando o momento para si mesmo.
– Vamos, prove! – Yohan o encoraja, esperando ansioso por sua aprovação. O ômega prova um pouco e arregala seus olhos surpreendido, estava realmente delicioso.
– A comida está boa ? – o alfa ri com a sua reação e isso o faz lembrar do dia em que sairam pela primeira vez. Enarê havia feito a mesma expressão ao provar os doces.
– Sim, está incrível! – ele sorri e prova um pouco do vinho, que também era delicioso e combinava bem com o jantar.
– Fico feliz que tenha gostado! – Yohan leva sua mão direita em direção a mão esquerda do ômega e a acaricia devagar com as pontas dos seus dedos, em seguida a segura firme e sorri, mas dessa vez havia um pouco de malícia em seu olhar. Enarê logo se da conta e sente uma leve sensação de calor subindo pelas suas pernas em direção a sua virilha.
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Após o jantar eles voltam para a sala e ficam no sofá, conversando livros e arte enquanto bebiam vinho. Depois de algumas taças o ômega começa a se sentir tonto e sabe que não iria resistir por muito tempo, o corpo indiscutivelmente atraente do alfa, sua voz suave, seu toque e até mesmo seu cheiro que estava por toda a casa o deixavam louco.
Enquanto Yohan falava sobre uma de suas viagens, Enarê encarava fixamente sua boca com um olhar lascivo, imaginando ela percorrendo todo seu corpo e fazendo dele um desastre.
– Enarê… está tudo bem ? – Yohan aproxima seu rosto e Enarê estende sua mão direita, agarrando sua nuca e se inclinando sobre ele para beija-ló. Naquele momento seu corpo se ascende como uma chama e ele sente como se estivesse queimando por dentro, logo a ereção surge entre suas pernas e seus feromônios começam a sair em pequenas quantidades.
– Se fizer isso, talvez eu não seja capaz de me controlar… – o alfa sussurra e segura uma de suas mãos, beija a palma dela e o encara como um animal faminto.
– Eu quero fazer isso com você! – o seu tom doce, seu rosto corado e sua linda expressão levaram o alfa ao limite do seu auto controle, ele desejava desesperadamente foder aquele ômega.