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Capítulo 10 [010] - Veio para tratar os feridos

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Alguns dias depois…

Naquele dia, Liu Mufeng colheu as ervas espirituais do campo espiritual e plantou novas sementes. Depois de um dia exaustivo, só voltou para casa ao anoitecer.

Assim que chegou em casa, Liu Mufeng foi direto para a cozinha, preparou dois pratos e uma sopa para si e teve um jantar bem farto. No momento em que entrou na sala com a comida, percebeu algo errado. Um forte cheiro de sangue pairava no ar.

Com cuidado, ele colocou os pratos sobre a mesa e direcionou o olhar para o biombo de madeira. Viu uma figura saindo lentamente de trás dele. A pessoa sentou-se diretamente na cadeira, pegou os talheres e começou a comer vorazmente.

— Você… você está aqui! — disse Liu Mufeng, constrangido, ao ver o homem mascarado devorando a comida.

O que ouviu como resposta foi apenas o som de arroz sendo servido, sopa sendo tomada e comida sendo mastigada.

Liu Mufeng se aproximou e sentou-se com cautela do outro lado da mesa. Tirou cinco anéis de armazenamento¹ do próprio anel e os colocou sobre a mesa, empurrando-os até o mascarado.

Ao ver os anéis, o homem parou por um momento. Ele cessou de comer e virou-se para Liu Mufeng.

— É… eu… só guardei pra você! — disse Liu Mufeng, com um sorriso forçado.

O mascarado ficou em silêncio por um instante, mas não disse nada. Apenas voltou a comer. Só depois de terminar o segundo prato de arroz espiritual, ele colocou os talheres de lado, pegou os anéis e os examinou com seu poder espiritual. Satisfeito, os guardou.

Sem dizer palavra, o homem voltou para trás do biombo e deitou-se diretamente na cama de madeira de Liu Mufeng.

Liu Mufeng ficou paralisado ao vê-lo deitado em sua cama, sem ir embora. Olhou de relance para os restos de comida sobre a mesa. Com um suspiro resignado, serviu-se com um pouco do arroz restante.

Se ele morrer, vai virar um fantasma faminto. Só comi um pãozinho no almoço. Agora tô com tanta fome que minhas costelas estão colando nas costas… Não vou me importar com esse mascarado frio! — pensou, e começou a comer com avidez.

Depois de comer o que sobrou, Liu Mufeng recolheu os pratos e talheres, levou-os à cozinha, limpou e guardou tudo, e voltou para a sala.

Ficou parado por um momento, hesitante, até caminhar até o biombo.

Ao atravessá-lo, viu o mascarado deitado na cama.

— Vou ficar com você por dois dias — disse o homem friamente, sem emoção na voz.

— Você… está ferido? — perguntou Liu Mufeng suavemente, ao ver as roupas brancas manchadas de sangue.

O homem bufou:

— Ferimento que pode matar. Se não acredita, pode tentar.

Liu Mufeng riu sem graça.

— Só estou me preocupando com você. Precisa mesmo agir como um porco-espinho toda vez que alguém tenta se aproximar? Além do mais, não temos nenhum ódio mortal aqui, ninguém matou pai de ninguém ou roubou esposa. Por que todo esse ódio?

O mascarado o olhou fixamente, mas não respondeu.

— E o cocheiro? Você o matou? — perguntou Liu Mufeng.

— Hm — respondeu o homem com indiferença.

— Ele era da oitava estrela no Reino Espiritual Mortal, e você está na nona. Em teoria, você não deveria ter se ferido. Ele tinha cúmplices?

— Não tinha cúmplices. Fui pego de surpresa por ele — respondeu o mascarado, com expressão de frustração. Se não tivesse sido enganado, não estaria tão ferido.

— E a gravidade dos seus ferimentos?

— Já tomei o elixir.

O mascarado desviou o olhar, respondendo de forma seca.

— Ah, certo — assentiu Liu Mufeng.

Então, foi até a cozinha, pegou uma tigela limpa, retirou dois talos de gladíolo² do anel de armazenamento, lavou-os, amassou-os até virarem uma pasta, colocou na tigela e voltou até o mascarado.

— Isso é suco de gladíolo. Vou aplicar no seu ferimento, ajuda na cicatrização — disse Liu Mufeng, aproximando-se da cama.

— Não, não precisa! — respondeu o mascarado, visivelmente desconfortável.

Liu Mufeng sorriu com ironia:

— Está com medo que eu te envenene?

O mascarado apenas o olhou, seus olhos negros cheios de desconfiança.

Sem dizer mais nada, Liu Mufeng molhou o dedo na pasta e levou o suco à boca.

— Pronto, agora pode confiar.

O mascarado baixou o olhar.

— Ficarei aqui por dois dias. Quando for embora, deixo um cristal espiritual³.

Liu Mufeng sorriu.

— Tudo bem. O que você conquistou matando ele é seu por direito. Pode ficar aqui o tempo que quiser, é um lugar seguro.

Colocando a tigela de lado, Liu Mufeng começou a desamarrar o cinto do homem, mas teve a mão puxada.

— N-não precisa!

— Já testei o remédio, não é veneno. Vai continuar agindo como criança?

— E-eu faço isso sozinho! — respondeu, envergonhado.

— Consegue mesmo? Você parece bem ferido.

— N-não precisa!

— Por que tanta desconfiança? Eu nem conseguiria te vencer se quisesse te atacar. Está com medo de quê?

— Eu… eu sou…

— Não vai me dizer que é mulher, né? Impossível, seu peito é liso!

— E-eu sou Shuang⁴ — disse o mascarado, carrancudo.

— Ah… — Liu Mufeng ficou boquiaberto. Certo, é verdade… nesse mundo existem três gêneros: masculino, feminino e Shuang — pessoas que parecem homens, mas podem ter filhos… então… ele é um Shuang.

— Eu… vou esperar lá fora. Pode aplicar o remédio sozinho — disse Liu Mufeng, embaraçado, e saiu rapidamente.

Do lado de fora, fitando a porta, ele sorriu para si mesmo.

Na minha vida anterior, eu me apaixonei por um júnior, mas quando fui confessar, ele já tinha namorada. Acabei queimando a carta de amor e nunca mais me apaixonei. Sempre me senti inferior por ser gay. Mas agora… existe o gênero Shuang. Posso me apaixonar, posso casar com um marido. Esse é o maior benefício de ter reencarnado aqui. Quero mudar meu talento, meu destino… e encontrar alguém para viver em paz e felicidade.

“TUM!”

O som de algo pesado caindo interrompeu seus pensamentos.

— O que aconteceu? — perguntou ele, ao empurrar a porta e correr para dentro.

O biombo havia caído. O mascarado — não, um homem de feições refinadas, olhos brilhantes e uma pinta vermelha entre as sobrancelhas — jazia no chão, com a roupa aberta.

Liu Mufeng ficou pasmo. A beleza dele era estonteante, e a pinta vermelha o deixava ainda mais encantador.

— S-saia daqui! — disse o homem, sem forças.

Mesmo fraco, ele ainda tentava afugentar Liu Mufeng.

— Vai me dizer que reputação importa mais que sua vida? — suspirou Liu Mufeng.

— N-não se aproxime!

Ignorando-o, Liu Mufeng o pegou no colo e o colocou de volta na cama. Pegou a tigela com a pasta medicinal e olhou para o ferimento sangrento no abdômen.

O contraste entre a pele alva e a cicatriz feia era doloroso de ver.

— Olhe de novo e eu te mato! — ameaçou o homem.

Liu Mufeng apenas balançou a cabeça.

— Tão teimoso…

E começou a aplicar o remédio com cuidado.

— Mm… — o homem gemeu de dor, sua expressão contorcida. Suas mãos se cerraram.

Com cuidado, Liu Mufeng rasgou um pedaço de roupa e fez um curativo no ferimento.

— O que você está fazendo? — perguntou o homem, franzindo o cenho.

— Trocando sua roupa por uma limpa — respondeu Liu Mufeng, tirando-lhe a túnica manchada.

O homem rapidamente vestiu outra peça do seu anel.

Com um sorriso, Liu Mufeng o ajudou a se vestir corretamente e o deitou na cama, puxando o cobertor até o queixo.

O homem parecia constrangido e sem saber o que dizer.

Liu Mufeng levantou o biombo, pegou a máscara caída no chão, limpou-a com a manga e a colocou no travesseiro.

— Eu…

— Não fale nada agora. Durma. Quando acordar, a dor vai ter passado — disse Liu Mufeng, cobrindo-o com o cobertor e saindo da sala.

O homem ouviu Liu Mufeng abrir o armário, mover a mesa e estender um cobertor no chão.

Após isso, Liu Mufeng entrou de novo no quarto.

— Estou dormindo fora do biombo. Se precisar de ajuda, me chame. Meu nome é Liu Mufeng, lembre-se. Vou apagar a lamparina.

— Hm — assentiu o homem, memorizando o nome.

Liu Mufeng sorriu mais uma vez e foi embora.

Pouco depois, a luz foi apagada, e tudo ficou escuro.

Deitado na cama, o homem fitava o biombo.

Liu Mufeng… — murmurou para si, e um leve sorriso surgiu em seus lábios.

Notas de Rodapé

[1]: Anéis de armazenamento – Artefatos mágicos usados para guardar objetos em espaço extradimensional, comuns em mundos de cultivo.

[2]: Gladíolo – Planta medicinal usada nesse universo com propriedades curativas. Equivalente a ervas cicatrizantes.

[3]: Cristal espiritual (ou pedra espiritual) – Item com energia espiritual, usado como moeda ou fonte de poder em práticas de cultivo.

[4]: Shuang (双) – Um terceiro gênero comum em certos mundos de fantasia e cultivo, que se refere a indivíduos com características masculinas e femininas, inclusive a capacidade de engravidar.

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Capítulo 10 [010] - Veio para tratar os feridos
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Obs: O Seme/Top/Gong/ Ativo ou seja lá como você chama é o protagonista.

Chapters

  • Capítulo 30 - Conquistando a Oportunidade
  • Capítulo 29 - Um lindo lugar escondido
  • Capítulo 28 - Porco Dente-espinho
  • Capítulo 27 - Planejando Oportunidades
  • Capítulo 26 - Decisão de Partir
  • Capítulo 25 - Pedido de Casamento de Mu Feng
  • Capítulo 24 - Jiang Xu compra arroz
  • Capítulo 23 - Purificando a Raiz Espiritual
  • Capítulo 22 - Decidido a Ficar
  • Capítulo 21 - Jiang Xu está de partida
  • Capítulo 20 - Xiao Yuan Avança
  • Capítulo 19 - O frango foi comido
  • Capítulo 18 - Contrato com Xiaoyuan
  • Capítulo 17 - Experiência de Vida de Mu Feng
  • Capítulo 16 - Líquido de Limpeza
  • Capítulo 15 - Batendo na porta
  • Capítulo 14 - Expulsando à Força
  • Capítulo 13 - Promessa de Ajudar
  • Capítulo 12 - Conversando
  • Capítulo 11 - O Vilão Jiang Xu
  • Capítulo 10 [010] - Veio para tratar os feridos
  • Capítulo 9 [009] - Cinco Métodos
  • Capítulo 8 [008] - Reencontro
  • Capítulo 7 - Primeiro Encontro
  • Capítulo 6 [006] Gênio e Desperdício
  • Capítulo 5 [005] Reencontrando Zhang Cui
  • Capítulo 4 - Pronto para entrar na cidade
  • Capítulo 3 - O Vento de Outono
  • Capítulo 2. Gladíolo
  • Capítulo 1. Atravessando

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