Arco 1 –  Oriente sem DESTINATÁRIO

Missão Ágape

Capítulo 3

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Aquela multidão encheu toda a área dos jardins, todos em frente a um carro branco com detalhes dourados, ofuscando o outro luxuoso de Hughes que estava bem ao lado.

E para aumentar a curiosidade de todos, dois rapazes saíram de dentro carregando sob um de seus braços um rolo grosso, que logo teve seu significado quando ambos estenderam sobre o chão e empurraram com os pés, fazendo aquele tecido correr até cobrir todo o piso de concreto e transformá-lo num piso de vermelho e veludo.

“Seja quem for, parece ser mais exibido que Hughes.” Pensou James, bebericando sua taça de champanhe, enquanto comemorava com grande alegria interna aquela interrupção.

Afinal… quanto mais tempo ganhasse de seu futuro infortúnio, melhor.

E no meio de tantos olhares curiosos e muito interessados para saber quem seria aquele que estava chamando a atenção de todos, saiu de dentro da carroça como se fosse uma celebridade um homem alto, cabelos dourados, com um sorriso enigmático de canto enquanto mantinha um olhar caçador, como se estivesse procurando por algo a todo tempo.

E quando achou, abriu mais seu sorriso.

James se engasgou com o champanhe quando percebeu aquele homem lhe dar uma pequena piscadela nada discreta. Sorte que ninguém percebeu que tinha sido para ele, já que todos estavam distraídos demais com a entrada e beleza do tal homem, que vestia um terno vinho, cabelos penteados pro lado, mas dava para ver que eram cacheados por conta das pontas enroladas.

Extremamente elegante. Lindo era uma palavra supérflua para defini-lo.

— Me desculpem pelo atraso, tinha muitos negócios a tratar. Mas não parem de festejar por minha causa. Vamos continuar! — disse o tal, abrindo os braços como se quisesse abraçar a todos.

A mulheres mais a frente, principalmente as mais novas, ficaram todas se abanando com seus leques, perguntando umas pra outras quem era aquele homem tão atrativo que estava agora cumprimentando todo mundo como se conhecesse todos.

— Hughes! A quanto tempo! — disse o homem indo até o dono do museu.

— Eu realmente não sabia que viria, Kýrios. Pensei que ainda estivesse na Grécia como havia escrito na carta que me enviou hoje.

— Ah, quis fazer uma surpresa. Avisar seria sem graça. Oi Elise! Como você cresceu!

A moça cruzou os braços emburrada como uma criança prestes a fazer birra.

— Sim, cresci. E estou prestes a noivar bem agora.

— Noivar? Essa não é uma festa de aniversário?

— Olá, sou Patrick Payne. — disse o pai de James, interrompendo, chegando ali perto de Hughes, estava um pouco aborrecido pela interrupção da festa, mas também muito curioso para saber quem era aquele homem.

— Ah! Muito prazer Sr. Payne. Ouvi muito falar do senhor. Só bem, claro.

— Patrick, este é Kýrios Galanis, ele também é um restaurador. Assim como você. Mas ele trabalha na Grécia para mim a mais de cinco anos.

— Prazer em conhecê-lo, Sr. Galanis. E seja bem-vindo a esta festa. — disse, erguendo sua mão para cumprimentar o homem, que aceitou.

Mas para o susto do restaurador, o Sr. Galanis a ergueu para perto de seu rosto, analisando sua mão.

— Sr. Galanis?? — lhe chamou o Sr. Payne, olhando para seu amigo em busca de ajuda com aquela atitude estranha e repentina do homem.

— Hm, uma joia muito bonita. Uma aliança de vinte e quatro quilates de ouro e brilhantes bem discretos. O senhor deve ser bem romântico quando a sós com seu amor. É um pouco durão, mas que sofre por dentro tentando manter tal postura, sua esposa tem muita sorte de lhe ter conhecido. Deve fazê-la muito feliz, se é que me entende. — disse, exibindo um semblante e olhar malicioso nada discreto na direção de Imogen, que ficou corada, muito envergonhada enquanto olhava para seu marido.

O Sr. Payne puxou sua mão de volta, ficando muito sem graça. E pigarreando, disse:

— Muito… obrigado pelo elogio… — disse, olhando rápido para Hughes pedindo por uma explicação para tais informalidades daquele estranho, mas seu amigo somente riu breve e balançou a cabeça em negativa.

— Esse Kýrios… Patrick, não fique assustado, esse meu amigo é um pouco louco, mas é do bem. Só é um apaixonado pelo seu trabalho.

— Ah, entendo. Bom, mais uma vez, seja bem-vindo Sr. Galanis. — Sr. Payne deu um aceno de cabeça, e depois se virou para todos — Agora que está tudo resolvido, que tal voltarmos todos lá para dentro?

— É uma ótima ideia, a festa não pode parar. Venha Kýrios, já deu seu show de exibicionismo. Agora é hora de comemorações! — Hughes levantou sua taça, e pegou uma outra de um garçom que estava ali perto, e a ofereceu ao loiro, que aceitou sem perguntar.

E assim todos entraram para o salão da casa novamente. Os músicos recomeçaram a tocar, e tudo foi voltando ao normal.

James estava tão esperançoso que algo mais acontecesse, mas somente havia ganhado alguns minutos antes de seu eterno sofrimento.

E depois de mais algumas rodadas de bebidas e petiscos que foram servidos aos convidados, seu pai chamou a atenção de todos para continuar o que havia sido interrompido antes.

— Acho que todos já sabem o real significado desta comemoração. Então, para não me alongar mais, quero agora chamar meu filho para poder fazer o seu tão sonhado pedido.

“Sonhado? Está mais para pesadelo isso tudo. Se fosse um sonho, eu já estaria tão bêbado que em algum momento metade dessa casa já estaria em chamas por algum descuido alcoólico meu enquanto eu corresse pelado tentando apagar o fogo com meu vinho.” Pensou James, segurando ainda sua terceira taça de champanhe, ao qual deixou de lado numa mesa, e depois se encaminhou de novo para o meio daquelas pessoas, e já tirando de seu bolso uma caixinha azul aveludada.

Elise, que estava ao lado de seu pai, sorria largamente ao ter o rapaz se aproximando com o presente.

— Elise, aceita se minha noiva? — perguntou James, tentando soar o mais “emocionado” possível, mas na verdade, queria mesmo era jogar pra bem longe aquela caixinha e pegar a primeira garrafa de bebida e sair cantando aos quatro ventos que era livre.

— Sim! Aceito! — disse a moça toda animada, e logo uma salva de palmas bastante alegre aconteceu, todos brindando e tilintando suas taças em comemoração a aquela futura união do jovem casal.

E com o pedido aceito, não lhe restou ter que colocar aquele colar na moça, que ficou toda radiante com o presente.

— Isso é… lindo! — admirou Elise.

— É. Também acho.

James na verdade não achava mais belo tanto quanto achava quando estava guardado no escritório do seu pai… A joia poderia ser linda mesmo que remendada agora com uma correntinha finíssima de metal barato, um improviso de sua mãe que lhe ajudou naquela hora em que tinha quebrado e se machucado, mas agora a joia parecia sem graça e sem brilho.

— Viva aos noivos! — gritou um da multidão, e logo todo mundo o acompanhou em seu “Viva”.

— Acho que agora somos oficialmente noivos. — disse Elise, envolvendo as mãos do rapaz nas suas.

— É, somos.

— Sei que está assustado com tudo isso, eu também estou, mas saiba que nós dois compartilhamos uma coisa.

— E o que seria?

— Medo. Mas também esperança.

Medo? Sim. James tinha muitos medos. Esperança? Também. Mas essa esperança desaparecia cada segundo que se passava sendo agora noivo.

— É, acho que temos algo em comum.

— E isso é um sinal de que tudo isso vai dar certo. Já vi que é um bom rapaz. Então… sei que de alguma forma, me fará feliz.

— Espero que sim. — disse, sem ânimo algum.

— O que faremos agora?

— Bom, somos noivos agora. Mas creio que se esperarmos algo mais acontecer, temos que esperar essa festa acabar.

Elise sorriu e arqueou uma sobrancelha.

— Hmm… direto e sincero. Estou começando a gostar de você mais ainda.

— Mesmo?

— Sim. — disse, pegando uma outra taça, dessa vez de vinho — Vou cumprimentar minhas amigas, elas estão loucas para falar comigo. Nos vemos depois da festa?

— Nos vemos depois. — Sorriu.

James estava começando a achar algo interessante naquela moça. Não a conhecia direito, e pensava ter estragado tudo quando havia conversado com ela sem saber que estava desabafando com sua própria futura noiva que era a mesma das reuniões esporádicas e anuais da empresa, e ter aquela reação dela depois de tudo que ele disse, estava fazendo seu peito ficar ansioso para descobrir em que mais ela poderia lhe surpreender.

Assim que a moça se afastou, alguém com um perfume muito bom lembrava que lembrava a sândalo se aproximou.

— Meus parabéns, James Payne.

Era aquele homem.

— Ah, obrigado! — disse, erguendo a mão para cumprimentá-lo.

E quando James tocou na mão do outro, logo retirou de volta ao sentir um pequeno choque.

O homem sorriu minimamente, e bebeu um gole generoso de seu vinho.

— Me desculpe por essa grosseria, Sr. Galanis. — disse, tocando em sua própria mão, a que ele tinha machucado. E se xingava mentalmente pela má sorte de ter de novo sua palma doendo.

— É uma bela mulher ela, não acha? — perguntou o homem, mirando seu olhar na moça.

— Hm… Sim. É bela. — respondeu, sem jeito.

O homem se aproximou mais, e sem entender o porquê, James deu um passo para trás, um pouco irritado.

— Gostaria de conversar com você. A sós.

— A sós?

— Sim. Há coisas que você tem e que me interessam.

— Coisas? Que coisas? — perguntou James, achando muito estranho aquele diálogo repentino e suspeito.

— Machucou sua palma. Um corte. Hm… interessante. Muito interessante. — Observou a mão do rapaz, em seguida deu mais um gole de seu vinho — Te espero no escritório de seu pai.

— O quê?

— No fim da festa, James Payne.

E assim como havia se aproximado, saiu.

James ficou sem entender o que foi aquilo. Foi tão rápido…. Ficou intrigado quando percebeu que segurava a respiração, sentindo-se muito nervoso. Mas também havia um certo conforto, era uma sensação estranha. Era como se cada letra que aquele homem pronunciava instigava a querer responder, como um ímã sendo puxado por outro.

— Preciso beber. — disse para si mesmo, saindo dali e subindo às escadas. Se sentia um pouco sem ar, e levemente suas pernas bambeavam, presumiu que fosse toda a emoção do momento, já que não era fácil fazer aquilo totalmente contrariado e ainda por cima, fingir felicidade na frente de uma multidão.

•

A festa havia durado até de madrugada, todos saíram felizes, alcoolizados e com suas barrigas cheias. Tudo o que James queria, mas não foi possível graças aos “fiscais” que seu pai pôs em seu encalço para que ele se mantivesse todo o tempo sóbrio e com postura séria de um homem de negócios honrado que tinha que ser.

E no fim, quando pensou em se encontrar com a sua noiva, o seu futuro sogro foi embora levando a moça, parecia que algo havia acontecido e o tão simpático Hughes, saiu da festa como se tivesse que salvar alguém da forca, e claro, Elise foi junto muito preocupada, mal se despedindo dele.

— Esse foi o pior aniversário do mundo. — disse James se jogando na cama, bufando muito cansado.

Havia acabado de tomar seu banho, seu corpo todo estava relaxado, mas sua mente não.

O tempo todo pensava em como seria agora dali pra frente, tendo que se portar como se fosse outra pessoa.

E por falar em outra pessoa…

— Oh, certo. Dei um bolo naquele cara. — disse, enquanto olhava para o teto — Ah, que se dane. Já estou fodido mesmo. — Respirou fundo, fechando os olhos para poder ir ao mundo dos sonhos, onde pelo menos ele poderia se lembrar dos bons dias e vislumbrar como seria se seu futuro pudesse estar à sua escolha.

— Sabia que é falta de educação deixar pessoas esperando?

— Mas que porra!!! — esbravejou assustado, pulando da cama e caindo no chão ao ouvir uma voz grave e sedutora bem perto de seu ouvido.

E quando se levantou aos tropeços, viu que havia um homem ali sentado na beira de sua cama.

— James Payne.

— Que merda o senhor está fazendo aqui no meu quarto?! Eu vou chamar os seguranças! — disse, tropeçando novamente, e ao se levantar quase caiu para frente, mas de novo conseguindo se colocar de pé direito e correr pra porta, mas para seu desespero, a mesma estava trancada.

Seu olhar logo foi para seu criado mudo onde ele guardava a chave, mas sua esperança de logo sair dali e chamar ajuda fracassou.

Pois a chave estava na mão daquele homem.

— E-eu sei lutar! Então se não quiser virar um saco de ossos quebrados saia agora de meu quarto! Se fizer alguma coisa comigo, você irá sofrer as consequências!

— Sério? Me mostre então. Quero ver o que sabe fazer. — O tal Kýrios Galanis desafiou.

James olhou para todos os lados em busca de algo que não fosse letal, mas que pudesse machucar bastante. E no fim de sua urgente busca ocular acabou achando somente o jarro de flores que sua mãe lhe deu para enfeitar e dar mais vida ao seu quarto.

— Então… vai me atingir com um jarro?

— Eu não sou um assassino! Mas juro que farei um grande estrago com isso!

O loiro riu breve, balançando a cabeça em negativa, e se levantou ficando de frente para o rapaz.

— Vamos, pensa um pouco. Se eu quisesse fazer alguma coisa com você já teria feito quando você ainda estava se lavando.

James sentiu seu sangue congelar ao ouvir aquilo.

— O que você quer?! — perguntou muito assustado, e erguendo o jarro quando o outro deu um passo na sua direção.

— Quero ajuda. Você é a pessoa das Pistas de Parca. E também, por causa disso. — disse o homem, mostrando o pingente de flecha.

James não entendeu nada. Ficou curioso para perguntar o que ele tinha haver com o negócio de mitologias de Parcas e como que aquele pingente que ele tinha dado à noiva agora estava na mão daquele cara, mas o senso de sobrevivência era maior, então continuou segurando o jarro em sua mão, pronto para arremessá-lo na cabeça daquele homem louco em qualquer movimento brusco que fizesse contra sua integridade física.

Vendo que o rapaz não iria arredar o pé de onde estava ou que iria fazer algum contato mais pacífico, o homem tomou a iniciativa de iniciar a conversa novamente.

— Veja, isso aqui é uma flecha de amor, e você se cortou com isso inesperadamente, é um sinal de sua identidade! Ou seja, é a pessoa das pistas. Aqui, leia isso. — disse o homem, tirando do bolso uma folha de papel e a deixando em cima da mesa.

Como um animal muito arisco, James pegou o papel e começou a ler:

“A terra consumiu até a última gota de seu passado/

Tudo está acabado, perdido, mas ainda assim, possível reverter o estrago. /

As estrelas lhe dirão qual direção/

A sua flecha de luxuria alimentada com sangue será seu guia,/

ouça seu coração. /

E sabendo ver este amor que está cego, /

encontrará a razão de seus dias com o mútuo afeto.”

James realmente não era muito bom de interpretação de texto, bom, quer dizer, ele tinha deixado de ser por questões muito importantes…, mas ao ler aqueles versos, sentiu que havia uma familiaridade neles.

— O que isso tem a ver comigo? Não se aproxime! — disse, vendo o homem dar mais um passo para perto.

— James, se eu quisesse te ferir… — o homem passou uma mão no rosto, demonstrando impaciência.

E por isso, respirando fundo em desistência, tomou uma atitude drástica.

Andando a passos calculados, pegou o jarro da mão do rapaz, jogou o objeto em cima da cama, pegou os dois pulsos do moreno e o prensou na parede. Tudo isso em menos de cinco segundos.

James ficou petrificado com tamanha rapidez e agilidade.

— Me solte! SOCORRO! SOCORRO!! — disse em alto e bom tom para atrair a atenção de todos naquela casa, já que era madrugada, então qualquer sinal de barulho com certeza acordariam ou algum segurança viria em seu auxílio.

Mas no fim, misteriosamente, ninguém veio.

E James, ficou congelado pela desventura.

— Sim, ninguém virá lhe ajudar. — disse o loiro, como se lesse os pensamentos do rapaz. — E agradeça a mim.

— Agradecer?!

— Sim, porque estou aqui também para te salvar dessa coisa toda em que está metido. Sabe, odeio romances assim.

As mãos nos pulsos do rapaz se mantinham imóveis mesmo que o moreno se debatesse para se soltar.

Pensou em dar uma cabeçada, ou um chute no meio das pernas daquele homem, mas no momento em que disse aquela sentença de ajuda, uma fagulha de esperança misturada ao medo apareceu dentro de si.

— Está me dizendo que quer me ajudar a fugir?

— Finalmente um começo de entendimento…

— Então… se eu lhe ajudar com essa coisa de parcas, você me ajuda a fugir?

— Sim.

— Fugir, tipo, com malas, condução e tudo mais?

— Sim.

— Liberdade garantida?

— Sim.

— E também…

— Sim, sim e sim. Agora podemos ir logo resolve meu assunto? — disse, muito ansioso para sair dali.

— Hm… não. — respondeu James.

— Quê?

— Como eu posso ter garantias de que eu não vou virar um mendigo? Ou que você não é um daqueles malucos que sequestram pessoas para tirar seus órgãos ou prostituí-las?

Kýrios Galanis lhe mirou risonho.

— Não tenho como lhe garantir nada sobre esses últimos termos. Mas quanto aos primeiros… tenho fundos para sustentar mil fugitivos por mil anos, ou talvez mais.

James ficou pensativo, analisando aquele homem.

Suas feições eram bastante viris, mas também havia uma certa delicadeza em alguns traços, como os olhos, que pareciam doces e sempre com um brilho apaixonado, lhe dando a impressão de que estivesse sempre no mundo da lua pensando em sua amada.

E também havia seus lábios. Rosados, grossos, bastante convidativos.

E por um segundo, James ficou com seus olhos fixos naquela parte do rosto do outro, e quando se deu conta de que estava perdido ali, fechou os olhos se perguntando em sua mente:

“Que merda foi essa que acabei de fazer?”

— E então? Aceita minha proposta de fuga?

— Aceito sob algumas condições.

— Diga.

— Um, não quero passar fome. Dois, não quero ficar maltrapilho. Três, que eu seja livre para fazer o que bem entender.

— Está querendo me fazer de seu babá?

— É o mínimo. Afinal, não conheço você. E na primeira sensação de que as coisas estão ficando estranhas sobre aquelas coisas que falei antes, acaba nosso acordo. E te denuncio pra polícia.

— Não é muito inteligente ameaçar alguém que está em mais vantagens que você.

— Errado. Você precisa de minha ajuda. Então sou eu que está em vantagem aqui.

O loiro arqueou uma sobrancelha e sorriu enigmático.

— Verdade. Bom argumento. Muito inteligente. — Se aproximou, ficando a um palmo do rosto do outro, que tentou se encolher, mas já estava mais que grudado na parede — Você tem olhos bonitos. Parece os de alguém que eu conheço…

— Isso é uma cantada?! Está dando em cima de mim?!

— E se eu estiver?

James ficou mais uma vez em choque.

— E-eu não sou um afeminado!

Kýrios riu, e largou os pulsos do rapaz, que logo pegou nos mesmos por sentir um pouco doloridos por ter se debatido com muita força para se soltar antes.

— Não se preocupe, não tenho desejo por você. Eu já tenho alguém que é dona de meu ser. — disse Kýrios, pondo uma mão em seu próprio peito do lado onde ficava o coração.

James se sentiu muito aliviado ao ouvir aquilo, mas, porque um sentimento do tamanho de um grão de areia estava lhe fazendo ter um sentimento incomodo sobre aquilo?

— Quando fugimos?

— Agora.

— Agora?! Mas, há tanta coisa para ser arrumada na mala!

— Já se esqueceu que eu posso comprar tudo que precisar?

— Há coisas que não tem dinheiro que compre! — disse, já se encaminhando para seu baú, abrindo o mesmo e já tirando algumas coisas que lhe eram importantes.

O loiro se aproximou curioso, mas James fechou o baú assim que sentiu o homem se aproximar.

— Não é porque vou te ajudar que você precisa ser um bisbilhoteiro e saber de tudo que tenho.

— Tudo bem, tudo bem… Só queria ajudar para tudo ser mais rápido. Então vou ficar esperando aqui. Assim que você terminar, me avise. — disse o homem, tirando o jarro de cima da cama e colocando-o no chão, deitando-se logo em seguida na cama do rapaz.

“Folgado!!”. Xingou James em pensamento enquanto ia tirando apressadamente as coisas que lhe eram muito importantes.

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Capítulo 3
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Missão Ágape

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O Olimpo está em crise, e tudo porque de repente uma profecia disse que um deus iria dizimar o seu sistema e tudo que eles lutaram para conquistar e poderem estar no poder até hoje.

E é...

Chapters

  • Capítulo 47 Proemial
  • Capítulo 46 Alto Mar
  • Capítulo 45 Anelos
  • Capítulo 44 Verdades da Alma
  • Capítulo 43 Premências Difíceis
  • Capítulo 42 Enraizados
  • Capítulo 41 Chaves Sinceras
  • Capítulo 40 Presença
  • Capítulo 39 Luz Misteriosa
  • Capítulo 38 Possibilidades
  • Capítulo 37 Espólios
  • Capítulo 36 Fogo
  • Capítulo 35 Visitas Indesejadas
  • Capítulo 34 Penalidades
  • Capítulo 33 Mais, ou Menos
  • Capítulo 32 Temerário
  • Capítulo 31 Serviços Extras
  • Capítulo 30 Zelus
  • Capítulo 29 Magnetismo
  • Capítulo 28 Despertando
  • Capítulo 27 Sem Céu para Inocentes
  • Capítulo 26 Entre Mortais
  • Capítulo 25 Nuances
  • Capítulo 24 Céu de Luzes
  • Capítulo 23 Sobreposição (parte 2)
  • Capítulo 22 Sobreposição (parte 1)
  • Capítulo 21 Café Quente
  • Capítulo 20 Conselhos
  • Capítulo 19 Muros em Chamas (parte 3)
  • Capítulo 18 Muros em Chamas (parte 2)
  • Capítulo 17 Muros em Chamas (parte 1)
  • Capítulo 16 Cem Olhos
  • Capítulo 15 Nobre Amizade
  • Capítulo 14 Impulsos
  • Capítulo 13 Abaixo da Superfície
  • Capítulo 12 Fim de Festa
  • Capítulo 11 Fagulhas
  • Capítulo 10 Noite de Cores
  • Capítulo 9 Sopa de Ossos
  • Capítulo 8 Saindo do Ninho
  • Capítulo 7 Dádivas
  • Capítulo 6 Reunião Cancelada
  • Capítulo 5 Sonhos?
  • Capítulo 4 Empecilhos
  • Capítulo 3 Efúgio
  • Capítulo 2 Bençãos á Vista
  • Capítulo 1 Sem Opção
  • Capítulo 0 Prólogo dos Contratempos do Amor

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