Capítulo 38

Geiranger, Noruega, 16:20 horas da tarde.

– Está cansado ? – Leonid acaricia seu rosto.

– Um pouco, mas estou bem.

– Tome um banho enquanto eu desfaço as malas. – ele beija sua testa e vai em direção ao quarto, carregando as malas.

– Não quer ir comigo ? – Liam vai logo atrás, se perguntando o porquê dessa atitude.

– Eu adoraria, mas você sabe o que acontece, e eu gostaria de ir ao centro antes que fique tarde. Então se apresse! – Leonid dá um tapinha em sua bunda e sorri.

– Tudo bem, vou ser rápido! – ele força um sorriso e vai para o banheiro. Liam começa a tirar sua roupa, mas antes que pudesse entrar no box, ouve Leonid bater à porta.

– Algo errado ? – ele o questiona um pouco envergonhado. Leonid o encara da cabeça aos pés e o agarra pela cintura, o empurra para dentro e entra junto com ele.

– Eu retiro o que disse! – Leonid o beija e suas mãos avançam em direção a sua bunda.

– Idiota! – Liam dá risada e o beija novamente, era o mesmo de sempre.

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– Por que queria vir ao centro ?

– Quero comprar comida. – Leonid empurra a porta de vidro de um pequeno supermercado, em seguida pega uma cestinha e vai em direção a um dos corredores.

– Mas já tem comida lá. – Liam o encara confuso.

– Prefiro ingredientes frescos quando cozinho, além disso não tem tudo o que preciso… – Leonid pega um pacote de farinha de trigo e o encara rapidamente antes de jogar na cestinha.

– Pode ir no açougue e comprar um pouco de carne ?

– Claro! – Liam dá de ombros, surpreso com esse lado que ele nunca havia visto. Leonid diz qual comprar e ele sai do mercado, indo em direção ao outro lado da rua.

Ao chegar, ele é atendido por um homem que aparenta estar em seus trinta anos, além de simpático, ele o ajuda com a compra.

– Obrigado! – Liam ergue a sacola e sorri, em seguida volta para o mercado, mas antes que pudesse abrir a porta, ele vê Leonid conversando com a atendente.

Seu corpo fica paralisado e ele não consegue parar de olhar. A forma como eles sorriem um para o outro ou a forma como parecem tão à vontade enquanto conversam, tudo isso deixa Liam irritado. Um nó se forma em sua garganta e seu peito dói, então ele finalmente se dá conta do quão ciumento é.

– Porra! – ele murmura para si mesmo e sai, não queria ver nada daquilo.

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Ainda dentro do mercado, Leonid olha para o outro lado da rua preocupado com sua demora, mas não consegue vê-lo.

– Obrigada e tenha uma boa noite. Espero que eu tenha sido útil de alguma forma! – a moça sorri de forma gentil.

– Eu que agradeço! – Leonid também sorri e pega as compras, sai do mercado e vai em busca de Liam.

– Liam ? – ele o chama e logo o vê com suas costas apoiadas no muro e uma péssima expressão em seu rosto.

– Por que está aqui ? Se sente mal ?

– Estou bem. Vamos para casa! – Liam o responde com indiferença e caminha em direção ao carro. Leonid o observa e suspira, seu leãozinho estava emburrado mais uma vez.

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Enquanto Leonid abre a massa para o macarrão, Liam está sentado no sofá do outro lado do cômodo, o encarando com um olhar furioso.

– Está com fome ? Estou quase terminando.

– Não, tudo bem… – ele bebe o último gole de vinho e deixa a taça sobre a mesa de centro. Leonid o encara com uma de suas sobrancelhas erguidas, mas permanece em silêncio.

Alguns minutos depois o jantar está finalmente pronto, Leonid põe a mesa e serve um pouco de vinho para ambos.

– Venha comer. – ele o chama e se senta. Liam se levanta ao ouvi-lo e caminha em sua direção, encara o prato e mesmo estando irritado sabe que não pode negar sua comida. Ela era deliciosa.

Liam puxa a cadeira, se senta e então prova um pouco. Seu rosto se ilumina e em sua boca há uma sensação incrível.

– Está gostoso ? – Leonid sorri e bebe um pouco de vinho.

– Sim…! – ele murmura, ainda com a boca um pouco cheia e logo volta a comer.

– Fico feliz em ouvir isso. – ele sorri novamente e o observa por alguns instantes antes de começar a comer. Liam continua em silêncio e emburrado, como uma criança que não ganhou o que pediu de natal.

– Após o jantar sinta-se livre para me contar o porquê está agindo como uma criança. Ficarei feliz em ouvir! – Leonid lhe dá um sorriso presunçoso.

– Já disse que não é nada! – ele esbraveja e se encolhe na cadeira ao se dar conta de que havia explodido.

– Certo… – Leonid usa o guardanapo para limpar os cantos de sua boca e o joga sobre a mesa, se levanta e vai até Liam, em seguida puxa a cadeira em sua direção, o que acaba o assustando.

– O que porra está fazendo ?

– Se não quer me dizer a verdade, eu vou tortura-lo até arranca-la de você! – Leonid lhe dá um sorriso sádico e luxurioso, fazendo a virilha de Liam formigar.

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Com suas pernas abertas sobre os braços da cadeira, amarradas junto às suas mãos, Liam está desnudo e exposto. A presa perfeita para um lobo faminto.

– Eu nem te toquei e já está duro, talvez você tenha um fetiche por exibicionismo. Eu deveria convidar alguém para se juntar a nós ? – Leonid sorri e acaricia suas coxas, beijando a parte interna de uma delas.

– Você não faria isso mesmo que eu pedisse. Odeia a ideia de que mais alguém me veja. Não banque o babaca agora!

– Isso é verdade, sou um homem ciumento… – ele mordisca uma de suas coxas, o que faz Liam se assustar e ficar ainda mais excitado. Em seguida, Leonid tira uma fita do bolso de trás de sua calça e a usa para vendar seus olhos.

– Lembre-se de que é livre para me dizer! – Leonid o lembra. Liam aperta os lábios e fica levemente corado, odiaria admitir a verdade.

Leonid suspira ao vê-lo tão relutante e se levanta, caminha em direção ao quarto e mexe em sua mala, à procura de seus brinquedos. Ao encontrar o que precisava, ele retorna para a sala de jantar e se ajoelha diante de Liam, toca sua pele com cuidado e derrama um pouco de lubrificante sobre sua virilha.

– Gelado! – seu corpo se encolhe e se arrepia devido ao líquido frio.

– Shh… quieto! – Leonid o repreende e agarra seu pau, introduzindo com cuidado o plug de uretra.

– O que está fazendo ? Ah! – ele inclina sua cabeça para trás e seus dedos dos pés e das mãos se contraem. A estranha sensação percorre seu corpo e Liam se sente ansioso.

– É um plug para uretra. Vai te impedir de ejacular. – Leonid segura em seu queixo e o beija.

– Acha que pode aguentar isso ? – ele sorri e espera uma resposta atrevida de sua linda boca, mas Liam fica em silêncio.

Leonid derrama um pouco de lubrificante em seus dedos e o penetra, tentando deixá-lo relaxado. Liam geme e está mais sensível que o normal, não ver seus movimentos e ser privado de ejacular o deixam atordoado, mas também excitado.

– Está tão suave… com certeza o seu rabo tomou minha forma! – ele sorri e retira seus dedos, em seguida pega o vibrador e põe dentro dele. Liam se assusta, mas logo o seu corpo se acostuma.

– Vou estar esperando, Liam. – Leonid liga o aparelho, puxa uma das cadeiras e se senta de frente para ele. Enquanto Liam geme e choraminga, as vibrações ficam ainda mais intensas e o levam ao limite rapidamente.

– Leo… por favor! – as lágrimas molham a fita, mas ele não parece nada triste com a situação. Pelo contrário, Liam deseja ser tocado ainda mais.

– Se quer parar, só precisa me dizer… – Leonid acende um cigarro e não consegue tirar seus olhos dele. Liam rouba toda a atenção para si.

– Porra! Eu falo! – ele grita frustrado.

– Estou ouvindo… – Leonid apaga seu cigarro, se levanta e caminha em sua direção. Ele desliga o vibrador e o retira de dentro de Liam, em seguida retira a fita que cobre seus olhos.

– E-eu te vi conversando com a atendente… i-isso me deixou irritado! – ele evita olhar em seus olhos e está corado até as orelhas. Admitir em voz alta que sentia ciúmes era extremamente vergonhoso.

– Então você só estava com ciúmes ? – Leonid sussurra com seu rosto próximo ao de Liam e agarra seus cabelos, o beija e começa a retirar o plug com cuidado.

– Sim, estava! – ele afirma, ainda envergonhado. Leonid arregala seus olhos e fica levemente corado. Liam era de fato adorável.

– Porra! – ele resmunga e abre sua calça, põe seu pau para fora e se acomoda entre suas pernas, o penetrando sem cerimônia.

– Devagar! – Liam implora, mas Leonid não o ouve. Seu quadril se move com agilidade e sua mente pensa apenas em fode-lo até deixar o seu rabo cheio com sua porra.

– É sua culpa por ser tão sexy! – ele sorri e estoca com força, atingindo sua próstata e o fazendo gozar. O corpo de Liam treme e se arrepia, era isso o que queria desde o começo.

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Dentro da banheira com uma deliciosa água quentinha, Leonid o ajuda a lavar suas costas. Seu toque delicado e sua atenção o fazem parecer alguém completamente diferente do homem que Liam conhecia, mas para ele é ótimo ser mimado.

– Sente dor ? Seus pulsos estão um pouco vermelhos… – ele segura seu pulso esquerdo e o observa preocupado.

– Estou bem! – Liam se recosta sobre ele e dá um longo suspiro, se sentindo feliz e aliviado. Aquele momento o fazia lembrar de cinco anos atrás, o deixava nostálgico.

– Eu estive pensando em uma coisa ultimamente… – Leonid beija seu pescoço e o abraça.

– O que ?

– Quero que se case comigo! – ele o responde com uma voz suave, mas ainda o deixa surpreso. Liam se afasta e encara seu rosto incrédulo com o que havia acabado de ouvir.

– Mas que merda… você tá falando sério ? – Liam questiona confuso, ainda tentando entender a situação. Leonid sorri e acena com a cabeça, em seguida estica sua mão em direção a pilha de toalhas que está sobre a pia e de dentro delas tira um anel de cor dourada com uma pequena pedra branca.

– Era da minha mãe, mas mandei ajustar para caber em seu dedo. Então, o que acha ? – ele mostra o anel e apesar de parecer tranquilo, por dentro a ansiedade percorre seu corpo, corroendo seus ossos. Aquele com certeza seria um passo ousado e se Liam dizer “não” tudo iria desmoronar.

– Eu quero! – ele o abraça e o beija, emocionado com seu pedido.

– Eu quis isso durante cinco anos!

– Me desculpe por demorar tanto! – Leonid põe o anel em seu dedo e beija a palma de sua mão. Os olhos de Liam se enchem de lágrimas e seu rosto está corado.

– Eu te amo, Leonid Petrov! – ele lhe mostra um lindo sorriso, com uma expressão gentil e amorosa em seu rosto.

– Eu também te amo, Liam Berwald!