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The #1 Pretty Boy of the Immortal Path

Capítulo 1 – Memória de uma Tribulação Fracassada

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Uma massa densa de nuvens negras se acumulava sobre a cidade como o centro sombrio de um redemoinho. Um relâmpago rasgou o céu com um clarão, seguido por um estrondo de trovão que reverberou ao longe.

Naquele momento, alguns jovens estavam reunidos, conversando bobagens a torto e a direito.

— Falando daquele meu colega de quarto… Aquele chamado Lin Shu. — Um dos rapazes estalou a língua. — Parece doente. Nunca vi ele abrir a boca pra falar uma frase sequer.

A pessoa ao lado puxou a lingueta de uma lata de cerveja e concordou:

— Dizer que ele é mudo seria elogio. Ele não tem nenhuma expressão. Vai logo procurar outro lugar pra morar. Eu realmente não quero ver esse cara, porra.

Um estrondo alto e ecoante de trovão ensurdeceu o ambiente. No meio do barulho ensurdecedor, a chuva despencou em torrentes.

Todos se viraram ao mesmo tempo, como se estivessem em sincronia, e olharam pela janela.

— Que merda de barulho alto do caralho.

O jovem que estava reclamando ergueu as pálpebras e olhou para o céu. Ficou subitamente sem palavras e arregalou os olhos.

— Isso… — hesitou, espantado, e disse: — Lao San, não é aquele maluco ali em cima do arranha-céu?

Lao San apertou os olhos muito míopes:

— É, é ele mesmo. Tá chovendo desse jeito e o cara tá lá em cima… Ele é doido?

— Se não for depressão, deve ser autismo. De qualquer forma, normal ele não é. — O jovem riu, saboreando a desgraça alheia. — Ei, Lao San, olha só! Por que você acha que ele tá segurando alguma coisa nos braços?

— Gente doida é mais feliz, né… — disse Lao San. — Parece uma espada*.

* É significativo que o tipo de espada que ele está segurando seja uma espada de dois gumes chamada “jian” (劍 – jiàn), pois existem certos estereótipos associados a usuários de espadas de dois gumes (jian) e espadas de um gume (dao – 刀 – dāo).

Mas antes que pudessem ver com clareza, algo completamente fora de sua compreensão aconteceu.

Um enorme raio roxo serpenteou pelo céu negro em linhas radiais inimagináveis, cortando diretamente em direção à figura sobre o prédio distante. A luz, naquele instante, foi tão ofuscante que ninguém conseguiu enxergar claramente o que havia acontecido.

Na rua aos pés do edifício, muitas pessoas estavam em plena chuva, animadas, tirando fotos. Legenda: “A tempestade na Cidade X parece mesmo o fim do mundo. Qual cultivador está passando pela tribulação aqui?”

— Aquela foi a última vez que viram Lin Shu.

Quando Lin Shu acordou, tomou consciência de que estava deitado. Com grande esforço, moveu os olhos, tentando — em vão — abri-los.

— O idiota acordou! — exclamou uma voz com forte sotaque, soando em seus ouvidos.

Seu corpo congelou imediatamente. As pálpebras estavam tão pesadas quanto o Monte Tai, suas articulações estavam enferrujadas e ele mal conseguia respirar.

Sou alérgico a gente, de verdade.

Respirou fundo algumas vezes. O ar estava úmido e com um fedor insuportável, cheirando a mofo e podridão.

Ele tentou, mas não conseguiu fazer o qi circular — sua base de cultivo simplesmente não existia.

— Por que você ainda não se levantou? — aquela voz alta e clara continuou a soar. Pertencia a uma mulher de meia-idade*. Ela parecia estender a mão em sua direção.

*Essa mulher é chamada no texto de dàniáng (大娘), um termo respeitoso para uma senhora mais velha (tia, madame) ou, coloquialmente, para a esposa do irmão mais velho do pai. Pode interpretar como preferir. Ficaria estranho chamá-la só de “tia” o tempo todo, então traduzi como “mulher” ou “senhora” conforme achei melhor.

Sentindo o calor corporal que se aproximava, os sentidos de Lin Shu dispararam e, de repente, ele abriu os olhos.

A mulher pulou assustada quando ele abriu os olhos:

— Maldição!

Lin Shu estava rígido por todo o corpo e deu alguns suspiros ofegantes. Tonto, finalmente conseguiu enxergar ao seu redor.

A mulher mais velha à frente da cama tinha um ar severo. Vestia um aoqun de cânhamo e o cabelo estava preso* com um finíssimo pedaço de madeira. O estilo da roupa não era moderno.

*Pesquisei o nome desse penteado em chinês, mas parece que não é um estilo específico. O cabelo simplesmente é preso de qualquer jeito. O fato do cabelo estar preso indica que a mulher não é mais uma donzela, é uma mulher casada.

Lin Shu: “……”

A tragédia do mundo humano.

Ele só queria passar por uma tribulação celestial — depois dela, a ascensão não estaria longe. Infelizmente, tinha aulas à noite e não pôde sair da cidade para procurar uma cadeia de montanhas no campo e fazer sua tribulação. Teve que escolher o prédio mais alto da área para não alarmar os civis.

Seu erro, na verdade, foi escolher aquele arranha-céu. Descobriu que o telhado tinha um enorme para-raios instalado. O raio celestial não atingiu seu corpo, mas foi completamente atraído por aquele para-raios. Se o coração do cultivador não fosse sincero, ou sua vontade fraca, ou ele tentasse se esconder da tribulação celestial com apoio externo, seria sem exceção punido pela ira do céu. Se a punição fosse severa, ele desapareceria completamente, sem deixar vestígios*. Se fosse leve, seria enviado de volta para começar de novo, como está acontecendo agora.

*Literalmente, “cinzas dispersas e fumaça esvoaçante” (灰飛煙滅).

Sinceramente, ele nunca pensou que o para-raios iria atrair a eletricidade da tribulação.

Física moderna, você me mata.

Lin Shu respirou fundo algumas vezes* e avaliou seu corpo.

*Ele usou algum método de respiração para substituir o qi em seu corpo. Quando procurei, encontrei muitas imagens de pessoas meditando. Parece que essa técnica ainda é usada na Medicina Tradicional Chinesa. O glossário do Monte Imortal diz: “Respiração Tu Na. Uma forma especial de respirar que expulsa o Qi turvo dentro do corpo e absorve o Qi do mundo natural. Parte essencial do cultivo.”

Seus meridianos estavam extremamente obstruídos e suas raízes espirituais eram estranhas e horríveis. Dizer que sua aptidão era mediana era simplesmente fechar os olhos e se vangloriar. Para ele, tentar cultivar para se tornar imortal era como um sapo querendo comer carne de cisne.

Ele parecia um aluno punido por ter colado — não só teria que começar tudo do zero, como seu livro didático também fora rasgado.

A mulher viu aquele olhar vazio em seu rosto e sua raiva se dissipou. Ela suspirou e disse:

— Já foi idiota por quase dez anos, isso também não é bom — saindo por cantos isolados o dia inteiro. Desta vez, você quase se afogou. Tem que tentar se lembrar de mais coisas.

De longe veio o grito de um homem. A mulher soltou um “Ai!” e, rapidamente ajeitando o cobertor, virou-se e saiu.

Sua mão quase tocou o pescoço de Lin Shu, causando arrepios pelo corpo todo. Ele teve dificuldade para respirar e demorou um bom tempo para se recuperar.

Era um gesto muito normal e bem-intencionado da mulher, mas Lin Shu não conseguia aceitar contato corporal com ninguém. O cobertor estava estranhamente úmido e gelado como ferro. Ser coberto por ele era ainda mais desconfortável do que ficar descoberto. Realmente impossível de aproveitar.

Esperou até que a velha estivesse bem longe para se levantar da cama. Empurrou a porta de madeira pegajosa e olhou para fora. Seus olhos alcançaram as casas igualmente degradadas, agrupadas em dois ou três e espalhadas como uma vila. O pátio onde ele estava ficava na periferia da vila. Ao redor dela havia campos abandonados. Mais longe, tudo era cinza e encoberto pela névoa. Nada mais podia ser visto.

O céu era estranho e tão escuro que parecia o início da madrugada, mas havia pessoas andando por ali e fumaça subia das chaminés das cozinhas. Também era improvável que fosse o entardecer. O céu estava cinza-escuro, sem estrelas ou lua, e não havia qualquer resquício do brilho do pôr do sol. Sombras fantasmagóricas tremulavam e dançavam, muito sinistras. Por um instante, ele ficou sem pensar em nada. Queria observar melhor a cena quando viu um morador se aproximando. Recolheu a perna que já estava para fora da porta e virou-se, voltando para o quarto.

O quarto certamente não era nada de especial. Estava velho e bagunçado. Como móveis, havia apenas aquela cama única e uma mesa à sua frente. Não tinha espelho, então ele não podia ver sua aparência. Pensou nas palavras daquela mulher: “idiota” e “cachorro louco”. Concluiu que esse corpo, infelizmente, era mesmo o de um querido irmão mentalmente limitado*. Também não sabia que tipo de aparência distinta tinha.

*Aqui o autor usou as palavras 仁兄 (rén xiōng), que é um tratamento formal usado em cartas, algo como “meu caro amigo”. Soaria estranho se eu traduzisse literalmente, então optei por substituir por outro termo. Embora tenha traduzido como “querido irmãozinho”, gostaria de destacar que o chinês original usa a palavra para irmão mais velho. Usei “irmãozinho” para dar uma sensação mais de “pobre coitado” do que o sentido literal de irmão mais novo.

Lin Shu esfregou seu cabelo bagunçado, parecido com mato, sentindo-se um pouco sufocado.

Nesse momento, a porta do pátio foi aberta com um rangido. De trás dele vieram passos. Ele virou a cabeça e viu que era a mesma mulher de antes.

A mulher carregava uma tigela branca. Ela atravessou o umbral da porta* e, como quem chama um cachorro, gritou:

— Idiotinho, hora de comer!

*Não é algo super importante, mas antigamente, os umbrais das portas na China eram muito altos, e era preciso levantar bastante a perna para atravessá-los. Dizem que o motivo era impedir que zumbis chineses — aqueles que pulam — conseguissem entrar nas casas à noite.

Depois do seu grito, o idiotinho virou a cabeça e olhou diretamente para ela. Como sempre, sua expressão não parecia a de uma pessoa normal, mas era de algum modo bem diferente do que antes.

A velha franziu o cenho.

— Você caiu na água uma vez, como é que ficou ainda mais burro?

Dizendo isso, ela colocou a tigela sobre a mesa, virou-se e saiu.

Neste mundo, poucas pessoas eram silenciosas. O idiota era uma delas, pois ninguém vinha conversar com um bobo. Era isso que Lin Shu procurava (e não conseguia encontrar), mas daquele jeito não dava. Ele precisava se comunicar com alguém, ou então teria que passar a vida toda fazendo papel de idiota. Embora gostasse do silêncio, não queria ser idiota — especialmente esse tipo de idiota que vivia num quarto mofado, coberto por um cobertor mofado.

Por isso, quando a mulher já quase havia saído, ouviu uma voz trêmula atrás dela dizendo:

— …Muito obrigado.

Velha:

— Ai!

Ela se virou de repente.

— Você não é mais idiota!

Lin Shu balançou a cabeça rigidamente.

A velha quase dançava e gesticulava de alegria. Virou-se e gritou em voz alta:

— O idiotinho não é mais idiota!

Um barulho de passos soou. Em instantes, um grupo grande de moradores doentes e desnutridos se juntou na entrada, todos esticando o pescoço excitados, olhando para dentro do quarto.

— O idiotinho não é mais idiota?

— Aquele simples de antes não é mais idiota mesmo?

— Com certeza, o idiotinho não é mais burro!

Lin Shu:

— ……

Será que um bobo que de repente fica inteligente merece todo esse alvoroço?

A velha largou a tigela e avançou tremendo em direção a ele. Agarrou sua mão:

— Você… Não consegue se lembrar de nada?

Lin Shu:

— !!!

Ao ser agarrado pela mulher, seus pelos se arrepiaram pelo corpo todo. Os olhos escureceram. Ele recuou alguns passos como se tivesse levado um choque elétrico. Sua alma quase voou para fora do corpo naquele instante.

Surpreendentemente, a mulher se ajoelhou imediatamente.

— Você tem que nos salvar!

Vendo a mulher ajoelhada, os moradores imitaram, batendo a cabeça no chão lá fora.

— Você tem que nos salvar!

Lin Shu mexeu a boca. Com dificuldade, tentou organizar o que queria dizer, querendo perguntar por que aquelas pessoas estavam se ajoelhando para ele.

Porém, depois de tanto tempo sem falar, não conseguiu juntar as palavras.

Abriu a boca com esforço:

— O que vocês querem que eu faça?

Várias pessoas começaram a falar ao mesmo tempo, principalmente a voz mais alta da velha. Felizmente, embora Lin Shu mal conseguisse falar, ainda podia ouvir, então tentou ao máximo entender o que diziam.

Dez anos atrás, eles foram assombrados por um demônio ou fantasma desconhecido — no fim, isso virou um grande desastre, e toda a vila ficou em perigo iminente. Mas então, um imortal taoista passou por ali. Usando magia, protegeria a vila por dez anos, com a condição de deixar aos moradores um simples tonto que disse ser seu discípulo.

Os moradores perguntaram: a magia protegeria por dez anos, mas o que fariam depois desse tempo?

O imortal taoista respondeu com várias sutilezas budistas vagas, porém impressionantes*. Falou em “esperar a chegada do destino” e um monte de outras bobagens típicas de charlatão, e então desapareceu flutuando.

*Pelo que entendi, o taoista disse um monte de coisas daoístas/budistas que soavam impressionantes, mas na verdade não significavam nada. Como os moradores não tinham estudo sobre isso, não perceberam que estavam sendo enganados.

Agora, quando os dez anos estavam quase acabando e a barreira mágica estava prestes a ruir, o tonto não era mais tonto. Estava claro que o destino havia chegado. Os moradores naturalmente ficaram eufóricos com a notícia inesperada, esperando que o repentino esclarecimento desse a esse idiotinho um método para enfrentar a situação.

Lin Shu olhou para fora.

Era a mesma cena — vapores demoníacos e névoa fantasmagórica preenchiam o ar em todas as direções. Diziam que as forças da vida eram extintas na névoa, tornando as pessoas em cadáveres vivos e fantasmas. A vila inteira podia ser comparada a uma ilha solitária no mar. Dez anos já haviam passado sem nenhuma notícia do mundo exterior. Mesmo que os moradores tivessem usado toda sua cabeça, não encontraram uma saída. E se ele também não conseguisse bolar uma solução, tudo continuaria como antes, e eles ficariam presos naquele lugar.

Ele havia trilhado o caminho da imortalidade desde a infância, e sua fundação espiritual era excepcional. Praticara durante dez anos e havia alcançado o Mahayana* sem esforço, flutuando com o vento e a corrente. Agora, fora banido para este lugar de acordo com as leis celestiais. Não apenas estava preso, como ainda precisava falar com pessoas. Era, de fato, um desafio sem precedentes para ele.

*Se alguém souber mais sobre Budismo, por favor, me avise. Pelo que pude entender, trata-se de uma vertente baseada nos sutras Mahayana. Tradicionalmente, parece ser uma seita mais ascética, que dá grande importância à prática espiritual altruísta, como representado no ideal do bodisatva — alguém que é capaz de alcançar o nirvana, mas adia esse feito por compaixão, a fim de salvar os seres que sofrem. Essa tradição encoraja os seguidores a imitarem tais ações abnegadas.

Lin Shu ficou parado ali. Respirou fundo várias vezes, organizou os pensamentos e finalmente conseguiu construir uma frase completa. Perguntou:

— Há uma espada?

Todos os moradores olharam para ele. De forma inesperada, os joelhos fraquejaram e quase se ajoelharam novamente para fazer reverência com a cabeça.

Quem diria que, uma vez iluminado, o idiotinho se mostraria tão impassível e centrado, mantendo-se calmo e sereno. Com certeza, tinha a postura de alguém muito capaz — o imortal realmente não nos enganou!

O autor tem algo a dizer:

Este mundo e cenário são em grande parte criações minhas, e não segui exatamente os rankings de cultivo já estabelecidos.

Ao retornar a um mundo xianxia, desejo a todos uma jornada agradável =w=

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Capítulo 1 – Memória de uma Tribulação Fracassada
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Pertenço a uma boa seita que nunca me virou as costas por causa do meu baixo potencial, nunca me obrigou a treinar artes marciais e...

Chapters

  • Capítulo 20 - Não dá para reagir
  • Capítulo 19 – Opiniões sobre Almas de Jade
  • Capítulo 18 – O nome da espada é Bambu Dobrável
  • Capítulo 17 – O Salão do Tesouro
  • Capítulo 16 – Uma Esposa Rica
  • Capítulo 15 - Uma beleza ajustando a luz
  • Capítulo 14 – Um Peixe Salgado
  • Capítulo 13 – Um Baiacu
  • Capítulo 12 – Se Odeiam
  • Capítulo 11 – Santuário do Caminho Imortal
  • Capítulo 10 – Mar de Jade Fluente
  • Capítulo 9 – O Coração de um Cavalheiro é Como o Ferro
  • Capítulo 8 – Você já deixou para lá?
  • Capítulo 7 – O Mundo Onírico de Shangling
  • Capítulo 6 – Eu Quero Ir para a Escola
  • Capítulo 5 – E Agora, Nos Despedimos
  • Capítulo 4 – Donzela, Por Favor, Aceite Este Destino
  • Capítulo 3 – A Beleza da Noite com um Sabre
  • Capítulo 2 – Nossa Jovem Senhorita
  • Capítulo 1 – Memória de uma Tribulação Fracassada
  • Capítulo 0 - Lista de Personagens de N1PB e Explicações dos Nomes

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