Capítulo 18 – O nome da espada é Bambu Dobrável
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Quando estava prestes a ir embora, Lin Shu hesitou por três segundos no mesmo lugar antes de se aproximar novamente.
Ele ainda queria ver aquela espada.
Todo o salão de tesouros era de um dourado brilhante e resplandecente. O armário de Huang Huali estava repleto de todo tipo de elixires, runas, bestas espirituais e ervas espirituais. Em sua vida anterior, Lin Shu viveu em um mundo que nunca havia treinado, cultivado ou se sacrificado pela imortalidade, por isso jamais vira tais coisas antes. No máximo, lera sobre elas em registros antigos, e tudo lhe era muito pouco familiar. Ao entrar naquele salão de ouro e esplendor, ele chegou até a se sentir um pouco perdido.
Mas havia uma coisa que não lhe era estranha.
Espadas.
Em sua curta vida, era o que ele conhecia melhor.
Seu mestre dizia que, para aqueles que empunham a espada, sua vida seria apenas aquela espada. A lâmina em sua mão é a única coisa que não vai te enganar, não vai te envergonhar e não vai te abandonar. Para alguém que usa a espada, é preciso acreditar que nasceu para ela e acreditar que morrerá por ela. Caso contrário, sua arte da espada jamais será grandiosa.
Por isso, ele também precisava ter uma espada — assim como um homem lascivo busca uma companheira, e uma pessoa apaixonada procura fazer amigos.
Entre as milhares de espadas de todos os tipos, ele lançou um olhar e viu apenas aquela.
A espada de três pés de comprimento tinha um corpo mais estreito que o de uma lâmina comum. A lâmina era fina, esguia e afiada, e todo o corpo parecia ser feito de cristal de gelo puro, como se emitisse leves ondas de energia fria.
Sob a espada havia uma placa de jade gravada com o nome e o material.
Aquela espada se chamava Bambu Dobrável. Fora forjada no extremo norte, no ponto mais profundo da Piscina do Inverno de Mil Anos.
Embora não pudesse segurá-la em suas mãos, ele ainda sentia que era uma espada muito boa.
Enquanto observava, seus pensamentos foram interrompidos por alguém.
— As pessoas nesta escola parecem ser bastante entusiasmadas.
— Shidi, você gosta dessa espada? — o homem era alto e magro, com traços bem-feitos, vestindo uma túnica azul exatamente no estilo da “Seita da Espada do Sul” que Yue Ruohe havia mencionado certa vez.
Lin Shu assentiu.
— Shidi tem bons olhos! — disse o homem. — Mas essa espada não pode ser desejada, é melhor que shidi vá olhar outras.
Não pode ser desejada?
O coração de Lin Shu gelou um pouco, e ele perguntou:
— Por quê?
— Shidi não sabe a origem dessa espada?
— Não sei.
— Essa espada foi avaliada em trezentas mil almas de jade.
Trezentas mil.
Dez mil já era uma quantia astronômica para Lin Shu, e trezentas mil eram simplesmente inimagináveis.
Mesmo que passasse dez anos tirando primeira classe em vinte cursos por ano, ele só conseguiria duzentas mil almas de jade.
— O material dessa espada é raro no mundo, e a técnica de forja é ainda mais requintada. Mas, mesmo assim, já seria suficiente marcá-la por cem mil almas de jade, o que já é um preço alto entre as espadas.
Lin Shu apenas o escutava em silêncio.
Só então viu um brilho de admiração surgir no rosto do homem:
— Ela é duzentas mil almas de jade mais cara porque foi a espada que o Imperador Ye usou em sua juventude, há mais de mil anos.
Lin Shu piscou.
Quem é o Imperador Ye?
Pelo tom daquela pessoa, ele devia ser alguém extremamente poderoso. A ponto de permitir que a academia inflacionasse o preço e elevasse o valor da espada de cem mil para trezentas mil.
— Naturalmente, muitos querem possuí-la. Ao longo dos anos, o Bambu Dobrável já foi roubado diversas vezes, mas, sem exceção, sempre foi devolvido — suspirou o homem. — O preço foi baixando e baixando, até que agora é possível consegui-la por apenas dez mil almas de jade.
Aquele homem falava sem objetividade, demorando uma eternidade até explicar por que Lin Shu não podia desejar aquela espada e por que ela sempre era devolvida.
— É porque essa espada é fria demais. Pessoas comuns não conseguem controlá-la. Se for usada de forma descuidada, o coração do Dao será afetado. Você será dominado pela espada, podendo até ser amaldiçoado a seguir direto para a perdição — disse ele. — Por isso, sempre que vemos algum shidi ou shimei recém-chegado pensando em escolher essa espada, devemos impedi-lo imediatamente. Se você a pegar e depois descobrir que não é adequada e devolvê-la, receberá de volta apenas metade das almas de jade, e ainda terá perdido bastante.
— Obrigado, Shixiong — disse Lin Shu.
O outro mal tinha terminado de falar, mas ainda parecia inquieto.
— Shidi, não deve jamais pensar nessa espada.
Lin Shu respondeu vagamente:
— En.
Sob o olhar paternal de Shixiong, só pôde fingir que ia olhar outras espadas, antes de sair discretamente.
Ele ainda meio que a queria.
Mesmo que só pudesse vê-la e não tocá-la, ainda sentia que aquela espada devia se adequar muito ao seu estilo de esgrima.
De qualquer forma, precisava juntar dez mil antes de pensar no assunto.
A partir de hoje, indo para a biblioteca e para o Jardim de Ervas Espirituais, se ganhasse oito almas de jade por dia, conseguiria cerca de três mil por ano.
Essas três mil seriam usadas para comprar Cinábrio de Controle do Vazio e Elixir dos Céus Essenciais que Geram Veias. O primeiro custava cem por pílula, e o segundo duzentas por frasco.
Então, no máximo, ele poderia comprar… dez conjuntos de cada?
Lin Shu: “…”
Você sempre será mais pobre do que imagina.
Dessa forma, ele teria que prestar atenção para ver se, no primeiro andar, havia alguma comissão que não fosse muito demorada e que pudesse fazer sozinho.
Comissões como as da biblioteca e do Jardim de Ervas Espirituais já não poderiam mais ser aceitas. Ele ainda precisava dedicar tempo aos estudos, obtendo primeira classe em dez dos vinte cursos, para poder trocar pela espada Bambu Dobrável.
E, para falar a verdade, conseguir primeira classe era muito difícil. Supondo que uma disciplina tivesse quarenta alunos, apenas quatro ou cinco receberiam primeira classe.
A vista de Lin Shu escureceu, e ele apressou-se a voltar para sua pequena casa de bambu, pegando o amuleto de jade e planejando procurar o Sr. Meng para escolher suas disciplinas.
O método de seleção de cursos da academia parecia muito moderno. Lin Shu pensou que, se até uma sociedade antiga conseguia inventar algo assim, o Alto Oficial da academia podia ser considerado um especialista em educação.
Instituto Confucionista, Instituto Taoísta Imortal, Academia Shu, e até mesmo a encosta dos fundos onde ficavam os que não passaram no exame de seleção de Shangling — havia muitos templos budistas oferecendo diferentes cursos de meditação. Os discípulos podiam escolher livremente suas disciplinas, sem restrições.
Embora fosse estipulado que era obrigatório cursar vinte matérias, a nota final delas não tinha relação direta com a permanência do discípulo na academia.
Era totalmente da competência do Sr. Meng decidir se o aluno estava qualificado para continuar seus estudos.
O Sr. Meng avaliava os discípulos todo mês de junho, julgando se haviam progredido de acordo com o talento, caráter e habilidades marciais de cada um.
Se fosse considerado não qualificado por dois anos consecutivos, o aluno seria expulso da academia.
No exame de Shangling, ele usou uma espada — ou seja, depois de um ano, sua esgrima teria que estar um nível acima do que estava agora para passar na avaliação do Sr. Meng.
— Como praticar?
O coração de Lin Shu ficou um pouco agitado. Depois de algum tempo de inquietude, não encontrou solução e só lhe restou entrar no mundo onírico.
O Sr. Meng estava andando pelo pequeno pavilhão no topo da montanha.
— Companheiro cultivador, chegou. Veio escolher suas disciplinas?
Lin Shu assentiu.
— Sim.
O Sr. Meng sentou-se no banco de pedra do pavilhão:
— Companheiro cultivador, por favor, sente-se.
Lin Shu sentou-se em silêncio e percebeu que, de repente, havia aparecido sobre a mesa um livro de capa azul, chamado Lista de Mestres Imortais de Shangling.
Ao folhear, viu que ali estavam listados todos os nomes dos mestres espirituais e professores da academia. Depois de cada nome, constava a disciplina que o Mestre Imortal ensinava.
Coisas como “Técnica da Espada Flor Voadora” ou “Passos Minúsculos sobre Ondas Trêmulas” e outros métodos marciais que exigiam o uso de energia vital verdadeira e força espiritual, bem como “Cem Dias para Construir a Fundação” e “Mil Métodos de Alquimia” para guiar a quebra de níveis — ele não podia frequentar nenhum desses.
Mesmo que, em sua vida passada, tivesse alcançado o Mahayana sem dificuldades e já fosse familiarizado com todos os estilos de esgrima, e que seu leve jogo de pés não fosse ruim, ainda assim não poderia ir, porque agora seu corpo estava pior do que antes. Em um ano, não, nem mesmo dez anos seriam suficientes para cultivar um único traço de poder espiritual.
Lin Shu achava aterrorizante a possibilidade de que só pudesse fazer cursos teóricos.
Como “Daoístas Enevoados Explicam os Clássicos do Sul da China” ou “Sr. Xiuzhao Elabora a História de Nanxia” e semelhantes.
Outros exemplos seriam, do Instituto Shu: “Introdução às Técnicas de Dan”, “Introdução às Técnicas Corporais”, “Numerosas Artes da Mirra Crepe”, “Iniciação em Formações” e afins.
Havia também “Identificação de Elixires” e “Introdução à Medicina”, do Mestre Verdadeiro Du Ruo, assim como “Identificação de Bestas Espirituais” e “Como Criar uma Besta Espiritual”, de Bi Lin.
Pensando no seu cilindro de material desconhecido, decidiu escolher também um curso chamado “Apreciação de Pedras Misteriosas”.
Lin Shu já conseguia vislumbrar seu futuro.
Para conseguir primeira classe, passaria dias e noites memorizando remédios caseiros, decorando clássicos confucionistas e livros de história, desenhando matrizes e até aprendendo a ler a sorte.
Ele selecionou disciplinas que lhe pareciam viáveis.
O Sr. Meng observou-o escolher vinte cursos antes de recolher o livro, rindo:
— Companheiro cultivador, por que não escolhe a aula do Mestre Kunshan ou do Mestre Fengling?
As aulas do Mestre Kunshan e do Mestre Fengling eram sobre cultivo da espada.
Lin Shu não ousava falar sobre suas limitações físicas, temendo ser expulso imediatamente da academia.
Só pôde dizer:
— Meu mestre não permite.
Muito obrigado ao discurso interminável de Yue Ruohe naquele dia. Primeiro, segundo e terceiro, por me deixar saber que até entre imortais existem preconceitos, e que algumas escolas proíbem seus discípulos de aprender certas artes marciais.
O Sr. Meng assentiu:
— Parece que seu mestre tem diretrizes muito rigorosas. Companheiro cultivador tem um bom coração, respeita seu mestre e segue as regras.
Lin Shu ouviu isso e pensou que seu mestre provavelmente choraria amargamente até por ele ir à escola. Na verdade, como precisou ceder às regras da sociedade moderna e enviar Lin Shu para estudar — sob pena de perder a guarda — seu mestre escreveu um poema longo, depressivo e incompreensível. Com um coração do tamanho da ponta de uma agulha, se houvesse outras escolas em sua vida passada, ele certamente proibiria Lin Shu de aprender suas artes marciais. Vendo por esse lado, ele não estava mentindo para o Sr. Meng.
O ponto principal é que o Sr. Meng era tão gentil e caloroso, e mesmo assim ele, sem nenhuma qualidade redentora, ainda conseguia inventar uma história cheia de virtude para enganar o Sr. Meng… Isso realmente o fazia se sentir um pouco envergonhado.
Mas, por já ter demonstrado suas habilidades com a espada no exame de admissão de Shangling e agora se recusar a contar a verdade, ele temia desmontar do tigre naquele momento.[1]
[1] Basicamente, Lin Shu cavou a própria cova e agora estava tentando sair dela.
Ele só pôde perguntar:
— Sr. Meng, é inconveniente para mim praticar na vida real. Posso treinar minhas habilidades com a espada no mundo dos sonhos?
— Claro que pode. — O Sr. Meng abriu um largo sorriso. — Aquele sujeito azedo em Shangling, criando montanhas e bosques de bambu só para posar de amante das artes… Já disse antes que isso impede seus discípulos de praticar artes marciais, mas ele se recusa a ouvir. Agora, é constrangedor para você perceber que o qi da espada pode ferir o bosque de bambu, mas nenhum dos seus dez discípulos virá me procurar por causa desse problema. Companheiro cultivador, você realmente tem um bom coração, mil vezes melhor que aquele odioso pequeno fênix que destruiu vários acres do bosque de bambu.
Os olhos de Lin Shu ficaram vazios, e ele fingiu que tudo o que o Sr. Meng dissera estava absolutamente certo.
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O autor tem algo a dizer: Dobrando Bambu (risos)
A Vida Diária de Lin Shu e Sr. Meng:
Sr. Meng: elogio
Lin Shu: Não fui eu.
Sr. Meng: elogio
Lin Shu: Eu não fiz isso.
Sr. Meng: elogio
Lin Shu: Tudo o que você diz está certo.
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