Capítulo 14: Haw Haw
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Sob o brilho prateado do luar, o jardim de ervas do Pico Qiongming transformava-se em um santuário de outro mundo, um cenário onírico para qualquer um com sorte de vislumbrá-lo. Entre a flora verdejante, uma flor de quatro pétalas brilhava suavemente, seu fulgor lembrando vaga-lumes dançando na noite. Era a Erva da Sorte, famosa por sua capacidade de aprimorar a visão. Perto dali, flores delicadas parecidas com flocos de neve permaneciam envoltas em um véu de gelo, suas pétalas geladas emanando um frio que parecia cristalizar o próprio ar ao redor. Colher uma delas exigia mais que coragem — demandava fogo para derreter sua armadura congelada.
Num pequeno declive próximo à piscina fria, Bai Lian agachava-se baixa, sua silhueta mesclada às sombras. Sua respiração desacelerava até quase um sussurro enquanto ela cobria a cabeça com várias folhas de lótus. Aos poucos, o brilho em seus olhos esmaecia, como o brilho de uma tela reduzido ao mínimo. Seus movimentos eram calculados, seu foco inabalável. Camuflada pelo luar e pela sombra, ela avançava com cautela em direção ao som peculiar que despertara sua curiosidade.
E então ela viu.
Sob uma planta parecida com pimenta, estava uma pequena figura redonda — um coelho branco, alheio ao mundo, saboreando com alegria descontrolada. Seu pelo aveludado grudava no corpo, brilhando como uma camada de seda branca sob a luz pálida. Seu rabo curto tremulava como uma pequena chama, vibrando a cada mordida.
Por um momento, os pensamentos de Bai Lian divagaram.
Por que o pelo dele parece uma meia-calça apertada?
Ela se sacudiu com uma beliscada forte na bochecha.
—Foco!
O coelho, completamente inconsciente de seu destino iminente, continuava a roer um broto de arroz centenário, os sons da mastigação abafando o leve farfalhar dos passos furtivos de Bai Lian.
Quemosh—
Num instante, Bai Lian avançou, mãos estendidas. O coelho congelou, suas grandes orelhas azul e branca tremendo alarmadas. Mas antes que pudesse reagir, os dedos dela fecharam-se em volta delas, levantando-o do chão.
Vitória!
—Haw, haw, haw! — o coelho se debatia e rosnava, sua vozinha cheia de indignação.
Bai Lian riu, seu triunfo doce como um banho quente numa noite de inverno. Levou quatro tentativas fracassadas para pegar esse pequeno ladrão — quatro vezes demais. Mas agora, finalmente, ela tinha-o.
—O que fazer com você agora, hein? — refletiu em voz alta, sua mente divagando para possibilidades culinárias.
Coelho no fogo… coelho frito… cabeça de coelho ensopada… coelho picado apimentado…
O coelho congelou no meio da luta. Seus grandes olhos azuis se arregalaram, e o rosnado cessou.
Bai Lian gargalhou, a voz cheia de deboche.
—Ah, agora você entende a gravidade da sua situação, né?
O coelho, numa tentativa desesperada de liberdade, abriu a boca minúscula e mordeu o dedo dela. Assustada, ela afrouxou o aperto o suficiente para que as orelhas do coelho encolhessem até parecerem palitos de dente. Com uma agilidade inacreditável, ele escapou e disparou para longe.
—O QUÊ?! — a mente de Bai Lian ficou atônita enquanto assistia o peludo fugitivo correr ao longe.
Não disposta a deixá-lo escapar tão facilmente, ela saiu em perseguição.
—Como você ousa! — gritou, suas Botas Nuvem impulsionando-a com velocidade cega. Em poucos segundos, ela ultrapassou o coelho, deslizando graciosamente para bloquear seu caminho.
O coelho derrapou e parou, os olhos olhando ao redor procurando outra rota de fuga. Percebendo que estava encurralado, baixou a cabeça e avançou contra Bai Lian como um pequeno aríete.
Ding!
A colisão soou como metal contra metal. O coelho recuou, quicando no chão, agora com um galo visível na cabeça.
—Haw haw! — gritou, pulando em círculos, entre dor e frustração.
Bai Lian sorriu, com uma expressão ameaçadora. Avançou lentamente, cada passo exalando a autoridade de um Rei Demônio.
—Ingênuo — murmurou.
Suas Habilidades Rígidas haviam sido aprimoradas ao máximo nos últimos dias. Com nível 131, seu corpo era tão resistente quanto ferro forjado — um fato que o coelho subestimara dolorosamente.
Desta vez, ela agarrou suas orelhas e rabo simultaneamente, sem dar chance de fuga.
—Dança do Dragão d’Água! — declarou.
Um fluxo cristalino de água jorrou de seus dedos, formando uma corrente cintilante que prendeu o coelho. As gotas brilhavam como diamantes líquidos sob o luar, prendendo seu capturado com firmeza.
—Ainda vai tentar fugir? — perguntou Bai Lian, com voz cheia de satisfação arrogante. — Você tem entrado no jardim de ervas às escondidas, roubando plantas como um ladrão descarado. Mas desta vez, eu te peguei!
O coelho olhou para ela, os olhos azuis cheios de lágrimas. Tremia, como se plenamente consciente das graves consequências que enfrentava agora.
Mas sua demonstração de pena não comoveria Bai Lian. Ela ponderava suas opções. Talvez um soco firme na cabecinha o tornasse mais obediente.
Nesse instante, uma série de opções de missão apareceu diante de seus olhos.
[Tarefa 1: Acerte o coelho na cabeça com o Punho de Ferro da Justiça. (Recompensa: Ferramenta Mágica de Topo – Selo do Imperador de Jade)]
[Tarefa 2: “Você pode usar seu corpo para pagar todas as suas dívidas!” (Recompensa: Pílula Tai Xuan Zhen Yuan)]
[Tarefa 3: Libere o coelho como se nada tivesse acontecido. (Recompensa: Círculo Mágico Taoista +3)]
—Ah? — Bai Lian franziu o cenho. — Que tipo de coelho é esse, exatamente?
Seu olhar oscilava entre as tarefas. O coelho era claramente mais do que parecia. Seria algum tipo de demônio bestial?
Apontando para a criatura amarrada, exigiu:
—Transforme-se em humano! Agora!
—Haw — respondeu ele inocentemente.
Sua frustração aumentou.
—Eu disse: transforme-se!
—Haw?
O impasse se prolongou. Bai Lian suspirou, voltando sua atenção para as opções de missão. A Tarefa 1 prometia uma ferramenta mágica, mas a Pílula da Tarefa 2 poderia ajudá-la a alcançar o avanço no Núcleo Dourado. A Tarefa 3, no entanto, parecia decepcionante. Deixar o coelho ir embora sem consequências? Inimaginável.
Enquanto ponderava, o coelho começou a se debater de novo, mais violentamente desta vez.
—Pare! — Bai Lian estalou. — Se continuar assim, eu realmente vou te comer!
Mas sua ameaça só pareceu irritar ainda mais a criatura. Antes que pudesse repreendê-la outra vez, seus olhos captaram um movimento no morro distante.
O coelho dobrou as orelhas na forma de um par de [7], apontando-as para a perturbação.
—Você está tentando me dizer que tem algo ali? — perguntou Bai Lian.
O coelho assentiu vigorosamente.
Seus instintos se aguçaram. Sacando sua Espada Sem Terra, ela deu um passo cauteloso à frente, a lâmina emitindo um leve brilho sob as estrelas.
Então ela os viu — duas cabeças carecas surgindo por cima do morro, suas silhuetas inconfundíveis.
Demônios tigres.
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Capítulo 14: Haw Haw
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The Eldest Martial Sister Gave Up Treatment
Bai Lian, a irmã sênior do Pico Qiongming da Seita Duxian, é pura como o jade e incomparável em beleza. Conhecida como uma Santa Natural, é admirada e...