Capítulo 66. Surto de Veneno
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Ir para o Continente Central (Zhongzhou), inesperadamente? Lin Yi ficou um tanto surpreso.
Agora, Le Changjia não parecia mais tão arrogante quanto antes, até parecia um pouco… melancólico.
— Então você sente falta do seu irmão mais velho e mantém essa espada mágica que ele te deu sempre com você?
— Hmm.
Parecia que a fraternidade entre os dois era real. A atitude de Lin Yi em relação a Le Changjia suavizou um pouco.
— Seu irmão está no Continente Central há muito tempo?
— Oito anos.
Lin Yi ficou ainda mais surpreso.
— Então… você tem dezoito anos?
— É. Ele foi para o Continente Central logo depois de refinar essa espada mágica para mim e nunca mais voltou. Minha mãe disse que a seita que ele entrou é muito rígida, e os discípulos não podem voltar pra casa sem permissão. Além disso, refinar armas mágicas é algo demorado, e só um período de cultivo em reclusão pode durar um ano ou mais. Então, oito anos podem ter sido só alguns retiros. Eu queria escrever uma carta para ele, mas minha mãe não deixou, com medo de atrapalhar o cultivo dele.
Talvez por sentir muita falta do irmão, Le Changjia acabou falando mais do que de costume.
— Mas há mestres de armas mágicas aqui no Reino Qinglong, não? Por que a família dele teve que mandá-lo para o Continente Central?
— É diferente. Não importa quão bons sejam os artesãos aqui, como poderiam se comparar aos do Continente Central?
Le Changjia olhou para Lin Yi com desprezo, como se achasse que ele era muito ingênuo.
— O território vasto e os recursos do Continente Central não têm comparação com os do Sul. O Reino Qinglong é poderoso no Continente Sul, mas no Central existem incontáveis seitas e talentos. Só falando de artesãos de armas mágicas, lá existe uma seita altamente respeitada: a Seita Bailian. Os grandes mestres de lá não são comparáveis a ninguém daqui. Meu irmão entrou como discípulo de um dos anciões da Seita Bailian.
Lin Yi ficou secretamente impressionado. Pelo que Le Changjia dizia, o Continente Central era realmente algo muito além. Se um dia tivesse a sorte de ir até lá… quem sabe?
— Se eu pudesse cultivar, com certeza teria ido também! — disse Le Changjia com pesar.
Ao ouvir isso, Lin Yi se concentrou novamente e o observou. Decidiu perguntar com cautela:
— Na verdade, já que sua constituição é fraca e seus meridianos são finos, você poderia tomar o Tufo da Medula Espiritual para fortalecer o corpo. Sua família tem condições de conseguir, não tem?
Ao ouvir isso, o rosto de Le Changjia mudou ligeiramente. Ele desviou o olhar, e respondeu:
— Claro que sim.
— Então por que… — Lin Yi prolongou a pergunta.
— Por que você pergunta tanto? Quando eu quiser, eu tomo — Le Changjia respondeu, um tanto impaciente. Mas logo pareceu perceber que suas palavras soaram contraditórias. Então fez uma cara feroz para Lin Yi e disse: — Enfim, isso não é da sua conta. Para que tanta curiosidade?
Lin Yi arqueou as sobrancelhas, mas pensou: Não é da minha conta agora… mas não venha me pedir ajuda depois!
Contudo… parecia que Le Changjia realmente sabia o que se passava em seu corpo. Só não sabia quem tinha sido cruel o suficiente para lançar um feitiço desses sobre ele.
…
O som da batalha ao longe foi gradualmente diminuindo. Lin Yi se levantou e estendeu a mão para Le Changjia:
— Levanta, acho que acabou. Vamos dar uma olhada.
Le Changjia não reagiu de imediato, mas ao perceber que Lin Yi estava pacientemente esperando por ele, colocou a mão na dele com relutância. Lin Yi o puxou para cima — e naquele momento, o **fedor** voltou a emanar do corpo de Le Changjia, fazendo Lin Yi quase perder a compostura.
— Mestre… esse cara fede muito… melhor não chegar tão perto — disse o Farmacopéia.
— Aguenta firme. Ele tem uma arma mágica com ele, então estamos seguros por enquanto.
O Farmacopéia se calou, ressentido.
Em seguida, os dois voltaram juntos. Lin Yi aproveitou para abrir o Farmacopéia em sua mente. Ao explorar o Mar Espiritual com sua consciência, viu que uma nova prescrição estava iluminada. Parecia fácil de extrair — e uma ideia surgiu. Fechou o Farmacopéia e planejou esperar uma oportunidade para tirar a receita que romperia o feitiço em Le Changjia.
— Agh! — Le Changjia de repente gemeu e se curvou.
— O que foi? — Lin Yi o segurou rapidamente.
— Câimbra na perna — respondeu ele.
Lin Yi o ajudou a sentar-se e pediu que esticasse a perna, começando a massageá-lo.
— Ai! Dói!
— Ah, qual é? Você não é homem? Não aguenta nem uma dorzinha?
— *Você* que não é homem! — Le Changjia rebateu, mas depois do comentário de Lin Yi, segurou a dor e ficou quieto.
Depois de um tempo, a câimbra passou. Quando Le Changjia tentou se levantar, cambaleou e acabou se apoiando no ombro de Lin Yi, colocando metade do peso do corpo nele.
— Ei! — Lin Yi franziu a testa, sentindo-se desconfortável. O toque estranho de Le Changjia o fazia arrepiar. Mesmo que já estivesse se acostumando com o próprio corpo e constituição especial, ainda não gostava de proximidade.
— Me deixa apoiar só um pouco, qual é? Vai dizer que você também se incomoda com isso? É homem ou não? — Le Changjia imediatamente rebateu, devolvendo as palavras de Lin Yi.
Lin Yi: “…”
Droga!
Le Changjia estava ficando bom em usar as palavras contra ele!
— Então cala a boca e anda logo!
— Acha que eu quero andar devagar? Não tá vendo que eu sou fraco? Não sabe que eu não posso cultivar?
Lin Yi quase riu de tanta raiva. *Esse cara usa o fato de ser fraco como desculpa pra tudo?*
…
Como tinham corrido bastante antes, o caminho de volta era longo. Mas Le Changjia andava devagar demais e ainda precisava de ajuda. Preocupado com o que poderia estar acontecendo com Pei Xuanqing, Lin Yi simplesmente se abaixou:
— Sobe nas minhas costas. Eu te levo.
— Eu? Um homem feito, ser carregado por você? Posso andar sozinho!
— Quem disse que você não é homem? Você não consegue andar rápido. Te carregar é só uma medida provisória. Tá pensando besteira demais. Tá agindo como uma moça. O quê? Você realmente…
Antes que terminasse, Le Changjia já estava subindo nas costas dele:
— Tô te permitindo me carregar agora. Então cala essa boca!
Lin Yi torceu o nariz. Como se eu quisesse!
Agora, podiam andar bem mais rápido. Lin Yi acelerou o passo, indo na direção de onde vieram.
Quando estavam quase chegando, Lin Yi levantou a cabeça para verificar o caminho, e ao olhar para frente, viu um ponto preto voando diretamente em sua direção — parecia um inseto alado. Antes que pudesse reagir, o bicho já estava quase atingindo seu olho. Ele congelou. Nesse instante, uma mão surgiu por trás e pegou o inseto com um estalo.
— Só um insetinho! — Le Changjia disse, se gabando. — Olha você! Isso é coisa de menina. Ei, você é uma garota disfarçada? Não me admira ser tão bonitinho!
A veia da testa de Lin Yi pulou:
— Se continuar falando merda, eu te largo aqui.
Le Changjia resmungou. Talvez por se sentir melhor depois da provocação, ficou quieto.
Lin Yi continuou andando com ele nas costas, mas não deu nem dez passos e de repente sentiu Le Changjia amolecer e escorregar por suas costas.
— Ei! — Lin Yi se alarmou, e não conseguiu segurá-lo com as mãos ocupadas. — Le Changjia, o que houve?!
— Aquele inseto era venenoso… — disse Le Changjia com fraqueza, enquanto escorregava.
Lin Yi se abaixou rapidamente e o deitou no chão. O rosto dele estava pálido, os lábios, arroxeados, e seu corpo tremia e esfriava. Na mão onde ele segurara o inseto, havia um ferimento, e a coloração arroxeada já se espalhava pelo braço até o ombro — avançando rápido.
Droga!
— Me ajuda… eu não quero morrer… — disse Le Changjia com dificuldade. Seus lábios escureciam, e o corpo tremia cada vez mais, até começar a convulsionar.
— Mestre, o equilíbrio interno dele foi rompido! O feitiço tomou vantagem. O veneno da Cobra de Coroa Negra está prestes a corroer completamente seus órgãos e meridianos! — o Farmacopéia avisou, em pânico.
Lin Yi não hesitou. Imediatamente puxou a prescrição que havia acabado de descobrir. Mas… olhando para ela, ficou de mãos atadas. Não tinha os ingredientes, nem um alquimista. Será que Le Changjia morreria ali mesmo?
De repente, se lembrou de algo. Pegou um tubo de bambu, abriu a tampa, e uma pílula azul voou, explodindo no ar em forma de uma espada longa.
Logo em seguida, sons vieram ao longe — provavelmente Pei Xuanqing e os outros notando o sinal de socorro.
— Yi! — Logo, a voz de Pei Xuanqing ecoou. Ele vinha com o Farmacêutico Fang, Pei Qi e o cultivador de meia-idade.
Ao vê-los, Lin Yi ficou aliviado.
— Rápido! O veneno do Le Changjia está fora de controle! Esta é a prescrição! Farmacêutico Fang, salve ele!
Instintivamente, entregou a prescrição ao farmacêutico.
Pei Xuanqing e os outros se aproximaram rapidamente e se espantaram com o estado de Le Changjia.
— Jovem mestre! — o cultivador de meia-idade engasgou.
— Foi um inseto venenoso que picou a palma da mão dele — explicou Lin Yi.
O homem viu o ferimento e ficou desesperado.
Com todos ali, Lin Yi respirou um pouco melhor. Voltou-se ao cultivador e perguntou:
— A Erva das Sete Junções de quarto nível está com você? Dê pra ele agora, talvez ganhemos tempo.
O homem a tirou da bolsa de armazenamento e fez Le Changjia engolir. Após isso, os espasmos diminuíram, mas ele continuava gelado e arroxeado.
Farmacêutico Fang pegou a prescrição de Lin Yi e analisou:
— Jovem mestre, tenho parte das ervas aqui comigo, mas outras precisaríamos procurar, ou não conseguirei preparar o remédio.
O cultivador de meia-idade os olhou:
— Que prescrição é essa?
— Claro que é a fórmula para remover o veneno e o feitiço nele! — Lin Yi respondeu.
Inicialmente, planejava usar a prescrição para negociar com a família Le, mas agora… Le Changjia o salvou ao interceptar o inseto. Ele o salvou. E agora, Lin Yi só queria salvá-lo.
Ao terminar de falar, Lin Yi olhou instintivamente para Pei Xuanqing. Embora ele ainda não entendesse tudo, confiava em Lin Yi. Apenas assentiu:
— Yi pode decidir.
O cultivador de meia-idade gritou:
— Como você sabe dessas coisas?!
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Capítulo 66. Surto de Veneno
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The Transmigrated Pharmacist’s Counterattack
Após Lin Yi provocar propositalmente uma explosão e perecer junto com aqueles que cobiçavam as propriedades da Família Lin, ele transmigrou para um mundo diferente onde, por...