Capítulo 11
1º andar: O intelectual puro e inocente Mo Yuxin foi exposto, enviando suprimentos para bebê na parte de baixo do prédio dos Ômegas. Abaixo estão as fotos como prova:
Foto 1: Mo Yuxin carregando duas sacolas e conversando com três pessoas do dormitório de Su Yubing.
Foto 2: Mo Yuxin usando o telefone da tia do dormitório para fazer uma ligação.
Foto 3: Yao Qian segurando leite em pó, enquanto Mo Yuxin e outras duas pessoas observam.
Foto 4: Yao Qian segurando fraldas, Mo Yuxin, Fu Zhitao e Zhang Xiaoqi assistindo.
2º andar: Ainda sou eu, o autor original do post. Todo mundo sabe que há uma criança no dormitório das Ômegas do 7º andar do departamento de Finanças, certo? A criança é da Su Yubing, da Turma 312 de Finanças. Cerca de meio ano atrás, quando Su Yubing estava grávida, já circulavam boatos de que a criança era da Mo Yuxin. Na época, Mo Yuxin negou com veemência. Além disso, muita gente dizia que a criança era fruto de alguma confusão que Su Yubing arranjou por aí. Agora a verdade veio à tona! Mo Yuxin entregou as coisas para a colega de quarto da Su Yubing. Está confirmado. Não acredito que vocês ainda continuem cegos!!!
3º andar: Pegando as pipocas.
4º andar: Acho que já tinha ouvido falar disso. Não esperava que a criança fosse mesmo da Mo Yuxin?
5º andar: Por que o autor do post original soa tão satisfeito? E além disso, só porque Mo Yuxin entregou as coisas para a colega de quarto da Su Yubing, quer dizer que a criança é dela? E se Yuxin só tiver um bom coração e comprou isso especialmente para a criança?
6º andar: Concordo com o de cima. Quem não conhece o caráter da Irmã Yuxin? Uma aluna exemplar e íntegra. Como a criança poderia ser dela? Você deve é estar com inveja da Irmã e quer prejudicá-la.
7º andar: Esses dois de cima só podem ser ômegas, né? Por favor, ela é só uma mulher canalha. Acordem logo. Não deixem seus valores serem guiados só pela aparência.
8º andar: Exatamente. Nós alfas é que enxergamos com clareza. Aliás, autor do post, você tem foto da Su Yubing?
9º andar: Tenho sim. Vou postar.
Na foto, Su Yubing está numa aula grande, com a cabeça baixa, escrevendo algo. Mas mesmo apenas pelo perfil, dava para ver que ela era uma ômega de aparência pura e inocente.
10º andar: Caramba, Su Yubing é realmente muito bonita. Não tinham dito que a criança era fruto de confusão? Por que ela não se confundiu comigo então? Qual o sentido de se envolver com alfas aleatórios por aí? Su Yubing, se você vir esse comentário, me chama. O próximo filho já tem destino.
11º andar: Pqp, esse comentário acima foi selvagem demais. Só posso dizer: me inclui aí. De qualquer forma, se é pra bagunçar, não me importo com mais alguns.
12º andar: Falando nisso, as colegas de quarto da Su Yubing também não são nada feias. Se elas resolverem bagunçar igual a Su Yubing, podem vir me procurar.
13º andar: Me dá uma.
14º andar: As fantasias de vocês aí de cima são nojentas. Tô passando mal.
15º andar: Esse aí de cima, para de fingir que é bom moço. Não acredito que você não ficou mexido. Vai bancar o santo pra quê?
Quando Jiang Qian e os outros viram esse post, já havia mais de duas mil respostas discutindo. Havia várias fantasias extremamente repulsivas sobre Su Yubing e suas colegas de quarto. Algumas palavras eram tão obscenas que nem dava para olhar — tão vis que mal se podia acreditar que o nível de maldade de estranhos pudesse ser tão grande.
Jiang Qian lançou um olhar para Mo Yuxin, que ainda estava sentada à escrivaninha mexendo no celular. Sua raiva foi instantaneamente incendiada. Caminhou rapidamente até o lado de Mo Yuxin e disse entre os dentes cerrados:
— Você é mesmo inacreditável. Está vendo como estão xingando a Su Yubing e as colegas de quarto dela no fórum? E ainda tem a cara de pau de ficar brincando com o celular aqui?
— Que fórum? — Mo Yuxin não estava nesse mundo há muito tempo. Além disso, em sua vida anterior, ela já tinha deixado o ambiente universitário fazia anos e há muito esquecera o que era um fórum.
Jiang Qian franziu a testa e empurrou o celular na direção dela, dizendo com raiva:
— Dá uma boa olhada você mesma. Veja o que você fez com elas!
Mo Yuxin pegou o celular e agradeceu antes de começar a ler a postagem no fórum. O post falava sobre ela e Su Yubing. Por algum motivo, Mo Yuxin teve a nítida sensação de que quem o havia publicado tinha más intenções — e até mesmo um certo prazer maldoso.
Ela rolava a postagem com o cenho franzido. Quanto mais descia, mais ofensivo se tornava o conteúdo. Como era um fórum anônimo, as pessoas não precisavam manter nenhum verniz de decência, e a malícia era amplificada várias vezes. Xingarem a antiga dona daquele corpo era uma coisa, mas à medida que lia, os comentários ofensivos contra a protagonista feminina e suas colegas de quarto eram bem mais numerosos do que os dirigidos à original. Mo Yuxin sabia que não podia deixar aquilo continuar se espalhando.
Ela quis usar um computador, mas descobriu que o da antiga dona tinha sido comprado por uma mulher rica e já fora devolvido. Mo Yuxin se levantou de repente e disse, aflita, para Jiang Qian:
— Jiang Qian, posso pegar emprestado seu notebook por um momento? Quero ver se consigo rastrear o IP de quem postou isso.
Jiang Qian, a princípio, não queria emprestar nada para Mo Yuxin. Tinha medo de que ela estragasse seus pertences. Mas parecia que aquilo também não era algo que Mo Yuxin desejava. Além disso, sentia-se bastante mal por Su Yubing e suas colegas. Após hesitar por um instante, ela ainda assim entregou o computador que estava em sua mesa para Mo Yuxin.
— Obrigada. — Depois de agradecê-la, Mo Yuxin imediatamente ligou o notebook e se registrou no fórum usando o número de celular da antiga dona. Ao mesmo tempo, sua outra mão já havia discado para a polícia.
— Alô, é da Delegacia de Segurança Pública da Cidade de Xining? Isso. Quero denunciar um crime. Alguém, em um fórum anônimo da nossa escola, fez uma postagem caluniosa contra mim e minha amiga, ferindo gravemente nosso direito à reputação e à imagem. Espero que a polícia registre o caso…
As três pessoas no dormitório não esperavam que Mo Yuxin fosse tão direta. Ela nem entrou em contato com a escola — ligou direto para a polícia.
Mo Yuxin fez isso com intenções bem particulares. O fórum pertencia à escola. Normalmente, o pessoal técnico responsável podia configurar o sistema para trocar o anonimato por identificação real. Então, não era difícil descobrir quem estava espalhando tanta merda. O problema vinha depois. A escola, em geral, apenas tomava medidas disciplinares leves, como advertências, para não escalar a situação e proteger a própria reputação. No fim, quem saía prejudicado era de fato prejudicado — mas os que espalhavam boatos saíam impunes.
Mo Yuxin não tinha a menor intenção de deixar isso acontecer. Se essas pessoas tinham a coragem de ter uma boca tão suja e não respeitavam ninguém, então eu precisava arrancar esses vermes que se escondem entre os outros e colocá-los sob o sol — para todos verem quem são os covardes que se escondem atrás do anonimato para destilar seus pensamentos podres.
Mo Yuxin mexeu no computador por um tempo, mas ainda não conseguiu descobrir quem tinha feito a postagem. Depositou suas esperanças na polícia. Ela acabara de registrar o boletim de ocorrência, e os técnicos da delegacia já haviam saído. Estimava-se que chegariam à escola em cerca de dez minutos.
Então, Mo Yuxin digitou uma mensagem no 2358º comentário do post:
— Sou Mo Yuxin. Quanto aos boatos e todas as calúnias contra os outros neste tópico, já denunciei à polícia. Em breve, pedirei a um advogado que processe quem espalha rumores, difama e usa linguagem abusiva. Por fim, a criança é, de fato, minha e da Su Yubing. A senhorita Su Yubing não é, de forma alguma, o tipo de pessoa descrito neste post. Para todos que a insultaram verbalmente, entrarei com um processo. Além disso, fóruns anônimos não são territórios fora da lei. Eles não são campos de batalha onde vocês podem difamar os outros impunemente.
Depois de digitar rapidamente aquele parágrafo, Mo Yuxin fechou o computador e o devolveu para Jiang Qian. Olhou para ela com sinceridade e disse:
— Obrigada, Jiang Qian. Se você não tivesse me avisado, as coisas poderiam ter piorado. Eu não me importo. Aquilo que sofri antes foi consequência dos meus próprios atos. Mas a Yubing e as três colegas de quarto dela são inocentes. Não posso deixar que falem delas assim sem motivo algum. Você sabe se tem algum bom escritório de advocacia por aqui?
Jiang Qian ficou atônita com aquelas palavras. Desde quando a Mo Yuxin começou a agir como uma pessoa decente?
Na verdade, a família de Jiang Qian era dona de um escritório de advocacia. Todos no dormitório sabiam disso. Mas, como a antiga dona do corpo de Mo Yuxin não tinha um bom relacionamento com as colegas, isso nunca havia sido mencionado na história. Mo Yuxin, naturalmente, não fazia ideia. E naquele momento, ela precisava de um advogado para ajudar a coletar provas e lidar com os trâmites junto à polícia.
Jiang Qian era uma pessoa de bom coração, apesar do exterior frio. Depois de pensar por um momento, respondeu:
— Minha família tem um escritório de advocacia. Você quer contratar um advogado?
Mo Yuxin assentiu.
— Então, será que você poderia me ajudar a encontrar um advogado que tenha experiência com esse tipo de caso? Não se preocupe. Eu ganhei algum dinheiro apostando em pedras antes. Com certeza posso pagar os honorários. A situação é urgente, mas se não for possível, tudo bem também. Você já me ajudou muito hoje. — Enquanto falava, Mo Yuxin mostrou a Jiang Qian o saldo de 130 mil yuans em seu celular.
Jiang Qian não queria se envolver demais com Mo Yuxin, mas tudo que ela dissera naquele dia foi sincero. Aquela também foi a primeira vez que Jiang Qian sentiu que Mo Yuxin estava mostrando quem realmente era, desde que sua verdadeira identidade foi exposta. Além disso, não seria de graça. Se o caso fosse vencido, o escritório da família de Jiang Qian também lucraria. Ela suspirou e decidiu ajudar no que pudesse.
— Tá bom, vou encontrar um advogado pra você. Mas não é por sua causa, entendeu? É porque acho que a Su Yubing e as colegas sofreram demais. Gente boa nunca tem recompensa à altura.
— Obrigada, Jiang Qian. — Mo Yuxin sorriu com sinceridade.
Isso fez Jiang Qian se sentir até um pouco desconfortável. Ela pegou o telefone e contou a situação para sua mãe. A mãe, por sua vez, enviou um advogado que estava sem casos no momento. Jiang Qian recebeu o contato dele e, ao tentar enviar para Mo Yuxin, lembrou-se de que havia a bloqueado e deletado há tempos. Com relutância, perguntou:
— Qual é o seu número? Vou te mandar o contato do advogado por mensagem.
Mo Yuxin sorriu. Sua colega de quarto era mesmo do tipo durona por fora e gentil por dentro.
— Meu número é 1990318xxxx. Obrigada mesmo, Jiang Qian. Quando tudo isso passar, eu vou pagar uma refeição para todo mundo.
Jiang Qian lançou um olhar irritado para ela e resmungou:
— Já disse que não estou fazendo isso por você. Não quero comer com você. Enfim, já te mandei o contato. Se vira aí, entra em contato com a advogada e espera a polícia coletar as provas.
— Tá certo. Vou descer agora. — Mo Yuxin não perdeu tempo. A expressão “engolir o prejuízo” simplesmente não existia em seu dicionário. Já que vieram bater na porta dela, não tinha a menor intenção de deixar esses encrenqueiros impunes.
Enquanto caminhava em direção à entrada principal da escola, ela entrou em contato com a advogada e explicou toda a situação. Em sua vida anterior, Mo Yuxin tinha passado por altos e baixos. Apostar em pedras — atividade de alto risco que envolvia lapidar rochas em busca de jade — não só exigia técnica, como também atraía a atenção de forças locais perigosas. Mo Yuxin confiava em suas boas habilidades e escapou da morte várias vezes. Depois, acabou mudando de área e passou a trabalhar com escultura em jade.
Ao explicar o caso à advogada, sua fala era clara, objetiva, e logo fez com que a profissional compreendesse todo o contexto da situação.
Como Mo Yuxin havia descrito o caso como algo bem sério na denúncia feita à polícia, chegando até a mencionar que os comentários no fórum lhe causaram pensamentos negativos, os policiais não ousaram negligenciar. A resposta foi muito mais rápida que o normal. Afinal, se algo acontecesse com uma estudante, isso poderia provocar comoção pública e impactar a escola em diversos níveis.
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Capítulo 11
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Transmigrated into the Scum Female Lead in a Campus Novel
Sinopse 1: Mo Yuxin transmigrou para a ex escória da protagonista feminina de um romance universitário.
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