Capítulo 09
Latifah dormia porque foi para a cama bem tarde, só se veriam quando for sair de casa para embarcar para o outro país.
Após o processo de escovação, pega o celular em cima do balcão de madeira.
Olhando algumas notificações relacionadas ao trabalho.
Apesar de ser feriado nacional, nunca para, tornando-se um workaholic desde que tomou posse há quase 10 anos.
E, trabalha constantemente, quase todos os dias, até sábado e feriados relevantes.
Isso faz com que seu secretário fique sempre ocupado resolvendo outras tarefas para facilitar o trabalho do dono.
Apesar de ser o dono, é quem mais se dedica a manter controle sobre seus empreendimentos e ações.
Diariamente, exceto aos domingos, possui horário determinado para iniciar e terminar, obedecendo às horas de descanso, que totalizam cerca de 420 minutos diários.
Há casos raros em que dorme um pouco menos do que o habitual, mas isso é uma exceção e não foge muito da curva.
Ao seguir direto para o escritório, não gostava de um ambiente assim.
O motivo pelo qual usa é que vem com a arquitetura do duplex e foi insistência dela ter um local próprio para trabalhar.
Já na nova residência, será em sua suíte com a vista da propriedade, perto da natureza e da praia.
Será algo informal, para sentir-se mais à vontade, pois produz melhor assim do que num cômodo fechado.
Ao entrar, as luzes acendem, ao contrário do restante, onde tem uma tonalidade casual, no escritório é morno, dando um âmbito monótono, uma tentativa falha de imitar a luz solar, mas é frio e sintético.
Ele vai para a mesa feita de titânio, possuindo o MacBook e um iPad, materiais indispensáveis de uso contínuo.
Sua agenda já está detalhada desde a semana passada, quando o último processo foi encerrado no último sábado do ano.
Assim que se senta na enorme poltrona feita de couro, produzida por um designer britânico, abre o notebook e liga o iPad.
Um suave barulho característico das máquinas, e o ar central se espalha, trazendo uma sensação fresca.
Rapidamente, a tela inicial e nela só tem o logotipo da empresa. Havia diversas pastas separadas com documentos importantes.
Era minucioso ao organizar, no qual cada uma estava protegida por um sistema de criptografia desenvolvido também por sua empresa.
Ao clicar na primeira pasta para concluir hoje, seu celular toca.
Um toque genérico e suave de uma ópera russa muito famosa.
[Bom dia, presidente. O arquivo, que contém a cópia do contrato matrimonial feito com o Sr. Khalid foi enviado para seu advogado, também foi informado sobre o encerramento e a não renovação do trato.]
“Já sabe o que fazer, envie todo o protocolo para a equipe jurídica, eles vão resolver todas as dúvidas do Sr. Khalid.”
[Sim, senhor. Tem uma hora para enviar a proposta para a instituição de valores do Banco Central. Também, haverá uma reunião de apenas 30 minutos com o presidente da JK Entertainment, para enviar o relatório da nova seleção de trainees para a formação do futuro grupo feminino Skyler.]
“Beom-shin está pedindo um valor alto dessa vez, quais são as estatísticas de aceitação do pré-debut?”
[Bem, a expectativa aumentou em 25,7%, com margem de lucro ultrapassando os 2,5 milhões de dólares no debut. As trainees estão mostrando um bom desempenho, e a equipe…]
“É abaixo do esperado.”
[Sim, adiarei a reunião com o Sr. Beom-shin. E realocarei entre os horários das 18h45, quando estiver na aeronave.]
“Dez minutos, somente isso.”
[Sim, presidente]
O secretário sabia que Mohammad não investiria nesse novo projeto por causa da baixa expectativa de retorno de lucro, pois está pedindo demais para uma probabilidade baixa.
Mas não é o foco, e sim o ato de desvio de verba que o presidente da JK faz.
Não é o único investidor, só que é considerado a galinha dos ovos de ouro, ao patrocinar um dos maiores grupos de k-pop da terceira geração, sendo o ‘!Fly Blue’.
O grupo estava com chances mínimas de alcançar um bom debut, a Seul Corporation, que na época se chamava The Big Entertainment.
Precisavam de um patrocinador de peso para alavancar o sucesso da boy band, foi aí que surgiu o império Haroon.
Na época, o herdeiro era presidente adjunto pelo afastamento do pai, que estava hospitalizado.
Com os contatos certos e o dinheiro injetado, !Fly Blue se tornou uma lenda, tornando o k-pop em potência mundial, fazendo a corporação respirar e ganhar muita grana.
Contudo, diferente da Seul Corporation, que tinha um trunfo na mão, a JK fez o oposto para atrair o máximo de investidores, com o intuito de mascarar algo inferior de preço exorbitante, garantindo um fracasso imediato.
Além disso, não é a primeira vez que a empresa está envolvida em escândalos.
O primeiro foi no verão de 2018, com o suposto ‘suicídio’ do integrante vocalista do grupo FIVEE, que foi encontrado em um hotel em Seul com suspeita de overdose por heroína.
Entretanto, o caso foi dado como ‘suposto’, pois a dose encontrada era extremamente baixa para uma overdose.
O médico legista da época constatou outra substância misteriosa que se desintegrou após uma análise minuciosa.
E a perícia alegou que a substância foi colocada propositalmente na droga da vítima, que consumia em poucas quantidades.
E não aparentava um quadro de dependência grave, indicando que ele era um usuário iniciante.
Entretanto, não é o fim, a razão da empresa JK estar envolvida na morte do vocalista era porque o grupo pertencia à empresa, debutou no ano anterior e teve uma alta expectativa com a música ‘Seduction Bomb’ atingindo os PAKs.
O centro da suspeita era porque o vocalista, Kang Min-seok, conhecido como ‘Game-L’, descobriu que a alta cúpula da administração da JK estava roubando a maior parte da renda destinada aos membros.
Praticamente, recebiam abaixo do que foi proposto legalmente.
Fora os contratos superfaturados dos shows.
Danificando os contratantes, que pagavam pelos serviços da banda FIVEE e outras situações envolvendo fraude contra os investidores, situações precárias e insalubres pelas quais o grupo passava.
Por causa disso, Kang Min-seok enfrentou Beom-shin e ameaçou denunciar a todas as mídias as falcatruas que a empresa estava cometendo contra eles e também outros.
Por causa dessa ameaça, uma semana depois, o corpo de Min-seok foi encontrado sem vida.
O fato de a empresa ter se livrado da acusação de assassinato foi pelos contatos de Beom-shin que conseguiram encerrar como suicídio.
Porém, Mohammad sabia de tudo, sendo o próprio a encomendar a morte do integrante.
A razão de Beom-shin tentar fazer negócios com o império Haroon é por dever 50 bilhões de dólares.
Que nada mais é dele, já que foi ele que conseguiu livrar a culpa do assassino e forneceu tanto a droga quanto a substância para matar o integrante.
Ama dar falsas esperanças a um moribundo, antes de encerrar sua vida.
Após o pronunciamento, ao não investir no novo projeto, fará Beom-shin vender a empresa e suas ações a preço de banana, no intuito de tentar liquidar as dívidas.
Depois fragmentará os negócios e os venderá a preços absurdos.
Para, no final, enviar todas as provas de assassinato às mãos das autoridades, encerrando sua trajetória.
O que resta é… E quanto às propriedades de Beom-shin?
Não pertencerão, pois forçará a assinar um contrato de perdão de dívidas e entregará o restante que possui, isso significa todas as suas propriedades espalhadas na Coreia do Sul e em Taiwan.
Detentor do resort de fontes termais muito famoso, que vale muito, devido às suas propriedades revitalizadoras.
Quer esse item, por estar localizado em um ponto estratégico e costuma atrair vários turistas.
Entregando praticamente de graça, por fim, o empreendimento fará parte das ramificações do seu império.
Kang Min-seok só foi um pedaço de carne contaminada para esse velho lobo faminto devorar.
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Capítulo 09
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