Capítulo 25
Essas gostavam que seus membros rodassem em seus próprios umbigos, batendo palmas para as atitudes infantis e falhadas.
Formando um regime totalitário, em que ninguém poderia ter uma opinião contrária, principalmente apontando certos erros cometidos por elas.
Não querendo membros e sim escravos, alienados ao seu poder.
Apesar de criticar certas atitudes dos gostos de uma parcela, de forma implícita, apoiava o que criticava por tamanha ignorância, sendo assim, hipócritas.
Pelos seus egos inflados, e por serem mulheres adultas e até com filhos, usavam das redes sociais e o status de ‘alto poder’ para diminuir e oprimir aqueles que, às vezes, não concordavam com algo, pois de fato é errado.
Muitos que estão, pisam em ovos e têm o cuidado de expressar certas coisas em algumas postagens feitas pela administração que mostram seus defeitos, para não sair desse conforto.
Tudo pela falsa sensação de ‘acolhimento’ onde ali ‘pode expressar abertamente’ o variado gosto do gênero BL.
E se saísse, não faria parte desse ‘pertencimento’ no qual ficará navegando sozinho sem de fato ter alguém ou um grupo para expressar, se divertindo no que gosta.
O desespero faz chupar de bom grado as ‘bolas’ lisas de seus opressores, para não perder as migalhas oferecidas.
“Desnecessário.”
No fim, agradeceu esse presente, sinceramente foi um grande livramento.
Portanto, mesmo não pedido, sendo que o interesse era outro, de alguma forma misteriosa, vários assuntos e outros grupos de diversas opiniões aparecem no feed.
Enquanto rola para baixo, vez ou outra, algo chocante e inacreditável demais, implanta sua opinião, das vezes sempre vem alguém com muita raiva por se ofender com a verdade.
Notando que a verdade é dolorosa demais para quem vive num universo de mentiras. E, por ver aquilo, dentro de si, saber que é, tenta de todos os modos atacar o argumentador para não tirar deles esse mundo que inventou.
E é dali e dessas atitudes que se vê a maldade humana.
Quantas vezes ‘cristãos’, que seguem um deus amoroso e misericordioso, apoiam um genocídio em massa praticado pela igreja católica durante os 2000 anos?
Quantos já discutiram, que não possuíam argumento plausível e usavam a ofensa, pois a ignorância é demasiado para defender o que apoiam?
Sim, muitos.
Constantemente, não são todos, acredita que está certa no momento errado e também está errada. Logo, apenas ignora certas postagens porque não é o momento propício para um debate, e muito menos discussão.
Belinha pedia colo e, como estava sentada e de frente para a janela, rapidamente se transformou em uma espécie de gato e foi diretamente para seu ombro, para admirar a paisagem do belo dia.
Enquanto escuta sobre a mudança do clima, onde cairão pancadas de chuvas pelo estado, efetivando-se serem isoladas, supõe que não será aqui.
Às 11h30, o momento ideal para começar os afazeres, só fará o arroz e o vinagrete, devido ao pai levar marmita no dia seguinte.
É o único a trabalhar, porque seu cunhado retornaria das férias nesta semana. Não fazendo abundantemente, porque o casal não estará aqui para almoçar, então se preocuparia com o pai.
Ao colocá-la no chão, pegou o fone — o último dos cinco comprados no mês de novembro — para escutar música, enquanto fazia as coisas.
Isso é um método de adaptação e sobrevivência, principalmente nos momentos difíceis, quando tentava fugir de si mesma.
E o que ajuda contra sua fobia social.
Baixadas ilegalmente no aplicativo MP3, ajudaram a enfrentar tais vozes de conseguirem o que queriam, e por causa disso acabou se tornando um hábito e um vício constante, mesmo que nesse instante não exista mais.
Quando precisa sair, não podem faltar os fones e o celular carregado para, sim, permanecer em lugares desconhecidos.
Não havia tanta louça, apenas alguns pratos usados na ceia passada. Desse modo, como no Natal, a amiga de sua irmã veio celebrar essa data que é seu aniversário também.
A primeira coisa é separar todas as louças, iniciando por ordem, mesmo que no final a arrumação fique desajeitada e desorganizada.
Os itens limpos do escorredor são guardados, e toda panela ou plástico é separado, formando no final um grupo de cinco amontoados organizados.
Facilitando na hora da arrumação, e é algo que faz desde que foi ensinada.
Apoiado o celular em um copo vazio na pia, inicia-se o processo.
E quando a mesma música repetiu pela quarta vez, concluiu o serviço, deixando tudo limpo para ser usado.
Na região abdominal, ficou um rastro dos respingos de água caindo em sua direção na hora da lavagem, deixando a camisa ensopada.
Iniciando o próximo passo.
No escorredor, colocou dois copos de 200 ml de arroz branco para serem lavados.
Antigamente, na doença, não fazia o processo de lavagem, pois não importava com quase nada, só queria terminar rápido para voltar para seu casulo escuro.
Ocupada, a porta do seu antigo quarto, que dividia com os irmãos, foi aberta. Dentro, uma criatura com rosto amassado de uma longa noite bem dormida e o cabelo bagunçado, sem uma touca de cetim, foi para fora.
Essa usava roupas largas, e seus fartos seios não estavam sob dominância de um sutiã, deixando-os à mercê da gravidade.
Seus olhos arredondados estão estreitos, iguais a uma criatura noturna ao entrar em contato com a luz forte.
A cachorra reconhece sua dona e vai em sua direção para cumprimentar e lhe pedir carinho. Diferente do animal agitado e animado, parecia inconformada que as festas de final de ano finalmente tivessem um fim.
Desajeitadamente, entra no banheiro ao lado.
O animal queria entrar, porém, é impedido, mantendo-se do lado de fora. A porta sanfonada, que estava aberta, continuou mostrando o ato primitivo matinal desse humano.
Beatriz, irmã caçula de Bruna, é apenas cinco anos mais nova. Filha legítima de seu pai, puxou a maior parte das características físicas dele, desde seu tom de pele até seus belos pés, os quais faz questão de odiar.
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Capítulo 25
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Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...