Capítulo 56
“…!”
Bruna desperta de seu sonho louco, como se ficasse sem respirar, seu coração estava tão rápido que cogitou que sairia de sua boca.
Seus olhos marejados eram o acúmulo de águas salinas reproduzidas em momentos de agonia e profunda tristeza.
De alguma forma, queria chorar, muito mesmo.
Como na época em que a mãe faleceu.
Não entendia, o sonho que perdurou durante 9 h de descanso é confuso e difuso e só lembra de certo flashback nada a ver.
“Som de trovão… Chuva intensa… Preto e branco… Medo e….”
Todas as frases soltas são o que de fato recordava desse sonho realista e bizarro, nada que de fato deveria ser lembrado apareceu, sumindo igual à poeira levada pelo vento forte.
Pulando da cama de um jeito brusco, fez o encosto de madeira bater com força na parede branca, pintada recentemente.
***
O homem, que tomava uma xícara de café expresso, encerrava o desjejum.
Mais um dia na sua rotina, alterada para comportar o novo feitio doentio que aparece como ponto vermelho.
Apresentando um comportamento um tanto inusitado desde que começou a ser rastreado.
Depois da falta de atividade às 21h30, a mulher dormiu durante nove horas seguidas, acordou subitamente às 5h35, saiu do quarto onde descansava e passou pela copa, indo em direção ao único banheiro da casa.
O tempo foi mais longo que o normal.
Depois saiu e voltou para o quarto, logo em seguida, foi outra vez para o banheiro, permanecendo quase 20 minutos.
Enquanto Mohammad estava no carro, indo ao pacato bairro, cercado pela exuberante vegetação.
Encarando cada fração, que quebrou o cotidiano.
O período demorado no banheiro fez perceber que não só usou para fazer suas necessidades, algo ocorreu, sendo o motivo central.
E isso é o ‘Q’ da questão, o que de fato aconteceu para a dama tomar banho num horário nunca feito?
Os dedos batiam levemente no apoio confortável, os dois que acompanhavam até o subúrbio ficaram tensos.
Pois essa reação atípica indicava que algo não estava saindo como planejado e que havia alguma coisa na qual não podia ter controle.
E é assustador, pois nada escapa dele.
Se essa coisa — principalmente do seu interesse — não ficar diante dos seus olhos e suas mãos não puderem tocar, o inferno se instalará.
Mesmo que o ambiente seja calmo, onde reina a tranquilidade e a paz, o senhor que não puder ter controle de algo ocultado, a paz viraria uma guerra, e esses moradores se transformariam em ossos consumidos pelo fogo infernal.
Nem a virgem Maria impediria o caos instalado.
De modo que, os dois empregados esperavam que voltasse a ter o domínio, se não, todos que vieram a trabalho queimariam igualmente, como os cidadãos inocentes que não têm nada a ver com a situação.
A mão forte de Sam, segura firme para conter o nervosismo que ameaça tremer, e a música de um homem queimando no inferno enchem sua cabeça.
“Se passarem do tempo estipulado, vamos subir aquela favela e pegar o que é meu por direito.”
Quando a frase saiu, muito tranquila, somente concordaram e imploraram que essa mulher chegasse antes do prazo, se não, aquele lugar veria o próprio terror acontecer em muitos anos sem morte.
Então, Bruna, seja rápida, se não… nem cogite em pensar sobre os que ama, enquanto estiver na aeronave, levando para bem longe daqui.
E nunca mais retornar!
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Capítulo 56
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Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...