Capítulo 64
Mohammad é um tipo que costuma ser verdadeiro quando se trata de seus interesses pessoais, a maioria das vezes sempre vestiu uma máscara falsa de bom cidadão, contudo, é pior que o próprio pai da mentira.
E quando se tratava de seus interesses sexuais ou, na verdade, amorosos, era bem direto e não costumava enrolar muito.
Logo, nunca sentiu culpa por quebrar os corações de milhares, porque em sua concepção sempre foi sincero em tudo.
Só sexo, sem embromação de ter encontro ou qualquer coisa que ficantes faziam.
Apesar de criar um certo interesse nada bondoso com a Srta. Sullivan, porque queria experimentar o sexo com uma cópia fiel da antiga diva hollywoodiana.
Quando cansou, a descartou explicitamente, fazendo propositalmente presenciar uma cena exótica, enquanto penetrava fortemente o cu de sua melhor amiga de tantos anos, Karen Campbell.
O mesmo pau que explorou seus três buracos e fez perder a virgindade de todos estava fazendo sua melhor amiga gemer de prazer enquanto se deliciava num maravilhoso sexo anal.
Fazendo com que a sósia encerrasse a vida ao seu lado, bem no automóvel que costumava levar algumas outras mulheres.
“[…]O que vai, vai, vai. Faz todo o caminho de volta. O que vai, vai, vai. Faz todo o caminho de volta[…]”
O refrão de ‘What Goes Around. Come Around’, do Justin Timberlake, rodava em sua mente como um aviso para as coisas trazidas para esse futuro.
O destino não esqueceu das palavras de Lauren em seu momento mais destrutivo.
Como um ótimo agiota, cobraria juros altíssimos.
E tudo será descontado nessa bela moça, de beleza simples, mas de coração puro e machucado.
Todo sofrimento que fez durante os oito anos em Londres chegará a cavalo.
Entretanto, mesmo com a explícita mensagem, esse não se arrepende de nada, e se pudesse, faria pior.
Lauren, estava ficando chata em misturar sentimento com algo puramente ligado à fantasia.
Para ele, todas essas que sofreram em sua mão deveriam continuar fazendo o papel de objeto, por serem apenas humanas.
Assim deve servir de step, para continuar conquistando seus objetivos.
“É Lauren… espero que goste dessa brincadeira, caso tente entrar no meu caminho novamente, creio que curtirá o inferno acompanhada.”
Todos queimando no mesmo local.
Essa mensagem para o espírito vingativo é só um lembrete: caso tente fazer algo contra Bruna, qualquer coisa, cada familiar descerá à cova onde estava enterrada neste exato momento.
E um suave sorriso é a prova de que faria tudo, caso essa vadia tente entrar no seu caminho.
“Será um jogo divertido, nunca lutei contra um espírito, mas ganharei. Assim como ganhei, quando enfiou a bala em sua cabeça.”
Os que acompanharam toda a atitude de mais de duas horas e meia viram que o bom humor durante a conversa foi embora, voltando a ser tirano como sempre.
E dessa vez, a missão especial foi para o coitado do Sam, que imaginava comprar aquela moto dos sonhos quando o pagamento caísse em sua conta.
Logo nas mãos de um nobre homem, que ainda é um filhote comparado aos cães veteranos.
Por serem um que sabem o idioma brasileiro — necessário agora e para outros trabalhos futuros —, precisava se comunicar e ser gentil ao atender todos os pedidos relacionados a ela.
Apesar da mortalidade, é igual ao golden retriever no campo social como Pumpkin.
“Tenho uma missão especial pra você, garoto.”
Completará 28 anos esse ano, sendo um adulto que faz sexo com frequência, ainda é considerado um menino perante o seu chefe, que só é oito anos mais velho.
No entanto, sem comparações, tal qual a distância na idade ser pouca.
Mohammad equipara-se a um velho e sábio general sanguinário, enquanto Sam é um oficial de segunda patente.
Esse soldado, de pelagem clara, tem a missão de auxiliar a matriarca, e isso já é mais que pesado, pois não é qualquer uma, e sim a própria Perséfone.
O grande e louco amor desse Hades.
“O secretário enviará a lista, que precisa ser levada para Bruna Vanessa, no horário marcado. Não se atrase, caso aconteça, sofrerá uma pequena penalização.”
“Sim presidente.”
“Ah! Logo ia esquecendo…”
“…”
“Não mencione seu nome, caso ouça sair pela boca dela, cortarei suas cordas vocais para ficar calado como deve ser. E não use o atual, a Mercedes mais simples, para fazer a entrega, e auxilie no que puder.”
“Sim presidente.”
“Vocês dois.”
Nathaniel e Joe abriram suas orelhas também.
“Grampeie a ONG onde faz a reunião das mulheres, quero saber o que acontece ali. Depois, de madrugada, fiscalizem a padaria.”
Mohammad, que não sacou seu cigarro durante a conversa, estava com ele na boca nesse exato momento, sendo aceso por um dos seus homens.
A chama na ponta queimava, consumindo, mas por algum motivo esse diabo não é afetado, sendo indestrutível.
Uma máquina perfeita.
Enquanto andava para entrar no seu veículo, cantava ‘Oh Happy Day’, uma canção evangélica que relata a felicidade do pecador, que foi lavado de seus pecados pelo Salvador.
Cantando o refrão que se repete o tempo todo, revelava uma melodia agradável e alegre, que levanta os mais oprimidos e alegra os de coração triste, essa besta canta como se encontrasse quem lavou sua alma negra.
Em um tom bonito — mas que beira ao bizarro — deformou a essência da letra.
“Que dia agradável, acho que os céus abriram as portas do paraíso. O jardim do Éden é a oitava maravilha do mundo.”
Os que voltaram, cantando a canção que não seja de sua religião, espontaneamente e divertida, alertavam.
Pois qualquer ameaça que possa tirar essa felicidade pode ocorrer uma chacina.
Esses, daqui para frente, terão um trabalho redobrado, inclusive o coitado do Sam, que foi amaldiçoado por falar a língua dos santos e ainda ser um ótimo motorista.
