Capítulo 105
Suíça, Genebra.
Uma cidade ao sul do país, cercada pelas montanhas dos Alpes e do Jura, com um belo e vasto lago do Léman, do mesmo nome da cidade.
Também fornece o centro diplomático e financeiro global, tendo como sede as Nações Unidas e a Cruz Vermelha da Europa.
E essa pequena parte tem influência francesa, desde o idioma até a culinária.
Desse modo, era comum encontrar o cidadão falando francês, não sendo a única, pois além desse, existem mais três, como o alemão, italiano e romanche, e todas podem ser usadas em cada parte do território.
Contudo, Takano não veio por diversão ou para aproveitar um passeio intercambista, e sim, a trabalho, puramente a serviço que devia ser feito em até 72h.
A regra é básica e curta: quando pisar em solo suíço, o cronômetro rodará, cada minuto é importante e não poderá ser desperdiçado com horas de descanso, precisando utilizar todos os dons adquiridos na antiga organização.
E por ter tal disciplina, faria tudo para cumprir com horários, que devem ser usados nesse exato instante.
É uma missão urgente, precisando pegar um voo internacional direto, e para não levantar suspeita, foi de comitiva e não no jato particular do presidente.
O voo de quase 14h deixaria qualquer um exausto, mas não um soldado como esse.
Durante isso, foi armando planos e dialogando com outros membros selecionados, os três farão toda a diferença.
Damian, é designado para obter informações cruciais dos três pesquisadores sobre o verdadeiro mandante de todo esquema armado contra a instituição Health.
Já o Christian, é um ligeiro hacker experiente, consegue invadir qualquer meio tecnológico e satélites, fora a habilidade em criar, montar e desmontar sistema de segurança como brinquedo.
Sendo o responsável por criar e gerenciar todo o sistema que vigia e protege a corporação Haroon.
E precisava para quebrar a Gênesis Life, localizando o verdadeiro mandante do roubo.
Jason, ou simplesmente Doctor, é um veterano que serviu na guerra contra os terroristas.
Um exímio paramédico durante o conflito no Afeganistão, combatendo, salvando vidas e também, no procedimento de tortura.
Assim como doce e salgado, tanto Pumpkin quanto Doctor andam lado a lado, pois um precisava do outro, sendo que trabalham em equipe.
Enquanto um tortura, o outro cura as feridas para aguentar mais rodadas até finalmente abrir o bico.
E também, plantar chip de rastreio no Santana.
Esse procedimento vai além do físico, pelo torturado em certo momento sofrer certos picos de ‘mortalidade’, oriundos das horas durante todo o processo, criando resistência, tornando a missão complicada.
Já estavam presentes e hospedados em um hotel simples.
Como é inverno e a nevasca cobriu toda a área, todas as casas e estabelecimentos mantiveram seus interiores aquecidos e, quando Takano entrou no carro alugado antecipadamente, foi em direção ao destino.
Pumpkin organizava seus materiais de trabalho na enorme bolsa preta, Christian teclava no notebook procurando informações e entrando no coração da Gênesis.
Vestindo seus ternos negros, os membros da guarda de elite são belos, com corpos esculturais e bem proeminentes; não havia defeitos para esses que trabalham para esse sádico.
“Hey! Pumpkin, quais os métodos que vai usar hoje?”
Perguntou Christian, sem tirar os olhos da tela, mexendo seus dedos sem parar, como se estivesse tocando um magnífico piano.
“No sé, no sé. O clima pede algo mais romântico, entende? Só que o tempo fala para não demorar muito….”
“Hahaha. Isso faz lembrar daquele senador que torturou usando cócegas. Nesse dia, o Doctor ficou puto, não pôde participar e ficou só olhando.”
Quase mijou de rir, vendo o pobre ser castigado com um dos piores castigos da Terra, e não sabia que esse usaria um método que de certa forma foi cômico.
“Na realidade, o presidente deu um tempo legal e falou para ser inovador, querendo rir um pouco. Então pensei, por que não fazer as pessoas rirem vendo um adulto partindo dessa vida com algo divertido? Ah.. Os gritos…”
Ao viajar pela nostalgia, as batidas na porta fizeram reconhecer o indivíduo a entrar nessa roda de amigos, conversando do passado divertido e agonizante das vítimas que passaram pela mão desse cara.
Pumpkin saudou o novo visitante para o ninho de cobras, vendo-o com a feição séria.
“E aí, líder?”
Mal aguentando a felicidade por saber que iniciariam o plano.
Takano vestia apenas um sobretudo negro, cumprimentando a todos.
Christian, que saboreava um pirulito de morango, começou a passar as informações do paradeiro dos quatro envolvidos.
O mercenário tentou escapar, mas o viciado em Fortnite barreirou, impedindo a fuga.
Como estava aqui, o líder iniciou as explicações, deixando o trabalho um tanto chato para o viciado em tecnologia concluir.
“Christian, não esqueça que tem o serviço além desse, ok?”
“Sim, já preparei minha arma, não se preocupe, farei direitinho.”
“Ok, é o seguinte…”
Todos que estavam confortáveis e quentes, prestando toda atenção, não queriam causar ainda mais fúria no presidente, e como bons cachorros, suas olheiras estavam levantadas a cada detalhe, não deixando nada passar.
De trajes tradicionais, tiveram a oportunidade de ir na mesma van.
Na realidade, o pobre do Christian ficou sozinho, para servir como guia.
A música ‘La Llorona’ por Carmen Goett reverberava naquele espaço, enquanto seguiam para pegar os culpados.
É a favorita de Pumpkin, como um bom mexicano criado uma boa parte nos EUA, ao fazer esse tipo de coisa, punha em homenagem aos dias dos mortos, na cidade natal.
Enquanto cantava, tocava em seu item de coleção, uma bela faca de combate muito utilizada a curta distância.
Seu cabo, feito em madeira nobre, dava uma pegada anatômica que facilitava seu usuário não ter problema na hora de usá-la.
É um artefato muito bem desenhado e uma das prediletas.
Durante o percurso, fraco para uma boa fofoca, comentou as novidades feitas no RJ.
“Fiquei sabendo que se divertiram muito, líder.”
Mira sua querida esposa, que corta até o osso mais duro.
“Foi aquele filhote, né?”
“Sabe como é, nunca consegue guardar a língua na boca.”
“Hum, não é de se esperar, visto do ponto de alguém mais fofoqueiro que uma velha de esquina.”
“Hahaha. Sim, sim. Mas o filhote informou que, além disso, Joe foi o que recebeu o maior prêmio.”
“Nem fale, esse moleque não queria largar desse velho e quase rolou um desentendimento entre Oliver, porque não queria pegar desacordado.”
O travesseiro lançado pelo mandante apartou a pequena rixa sob a disputa do corpo mole da fêmea.
“Poxa, o segundo líder é chato para essas coisas, pra mim, se não tiver morto, estou colocando, ainda mais dado de presente. Fiquei triste, queria participar. Decepcionante.”
Em um tom melancólico, por quase não ser chamado para tais pedidos.
“Porra, o motivo é seu romantismo, o trabalho pede praticidade e não esse lenga-lenga todo.”
“Que isso…”
“A última vez levou esporro, porque resolveu inventar em fazer preliminar, caralho, é a porra de um serviço, se o presidente quisesse isso, não seria categorizado como estupro.”
Jason explana o erro central de nunca ser chamado.
Diferente dos outros, que seguem a ordem quando é mandado, esse tem um sério problema em fazer tudo de modo ‘artístico’, como quaisquer artistas tratando a musa.
Devido a esse comportamento, mesmo sendo preciso causar um choque de vários sentimentos horríveis e até transformar num poço de traumas, no final, mesmo traumatizado, acaba tendo orgasmos nas mãos desse artista que ama enfeitar uma cena caótica com belas flores fúnebres.
“Da última vez, a sua orelha foi puxada a ponto de causar um hematoma feio de tão inchada que ficou, pelo simples fato de a vítima estar gemendo, esse mau hábito o matará com certeza.”
“Eu amo a arte, principalmente daqueles que me agradam. Como esse aqui, olha, não é fofo? Se me permitir, líder, posso ter, pelo menos, uns trinta minutos de divertimento?”
Pumpkin revela a foto do cientista que é o cabeça, um senhor de quase 69 anos.
Que, em sua visão, é seu tipo favorito: branco, cabelos grisalhos na medida certa e um corpo delgado e magro.
Tudo que agradava foi por causa dessa preferência que Mohammad puxou sua orelha quando foi mandado a fazer o serviço.
“Pumpkin…”
“Líder, por favor? Isso conta como método de tortura, pelo docinho ser hetero, além disso, um baita de um misândrico. Quer mais benefícios? Por favor? O segundo líder é mais condescendente.”
“Porque Oliver faz as vontades de vocês!”
“É verdade, líder, isso deve funcionar. As filmagens coletadas deram para perceber o ódio pela comunidade masculina, chegou a agredir um colega de trabalho por terem se esbarrado.”
Damian exibia um brilho diferente, idêntico a um cão implorando para lhe dar o osso, além do que, não é só esse pervertido a cobiçar.
Por isso, refletiu essa loucura, podendo não ser prejudicial, provavelmente a informação virá mais fácil caso ambos façam, então, pelo lado estratégico, acabou cedendo.
“Ok, 30 minutos, se não gozar no prazo, arrancarei seu pau dali.”
“Não se preocupe, sou um homem de palavra. E já trouxe até o pacote da minha camisinha favorita.”
Revelando o pacote com três unidades ultrafinas e sensíveis, muito utilizado nos dois âmbitos da vida.
Doctor expressou uma risada, igual a ouvir o resultado de uma piada, sendo interessante vê-lo se divertindo com um misândrico e se juntando nesse carrossel de delícias.
“Falando em diversão, Sam enviou vários vídeos curtos do presidente se divertindo também. É verdade que aquele cara era o ex-namorado da senhorita?”
“É, foi memorável, ver agindo é uma das coisas prediletas, nem se iguala aos seus métodos, Pumpkin, conseguiu manter vivo, mesmo tirando tudo, foi incrível.”
Elogiou o trabalho fenomenal de quem teve a chance de ter algo íntimo com a segunda esposa.
“Sério, líder? Foi melhor que o seu? Pumpkin envia os vídeos.”
“Está no grupo, sinceramente sua alergia à tecnologia é uma droga, um feito histórico e raro, não passaria em vão e deve ser guardado na memória.”
“Enviarei.”
“Obrigado líder.”
Apesar do frio externo, os três estavam alegres e tendo uma conversa calorosa dos velhos tempos e até comparando o feito em Takano e nesse pobre coitado.
Apesar de ser vil e degradante, Pumpkin costuma falar: ‘Viver só de bebida e sexo não alimenta o espírito da essência masculina, às vezes, a maldade pode ser um delicioso prato para se consumir pelo menos uma vez por mês’.
Faltava pouco, mas estavam chegando lá, e quando pegarem, só ficarão tranquilos quando obtiverem a verdadeira face da Gênesis Life, e a morte desses.
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Capítulo 105
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