Capítulo 117
Removendo a camisa social, o adulto na faixa dos trinta e poucos anos já conquistou muitas coisas, ainda assim, sente que perdeu tudo.
Um fracassado.
Ela já não estava aqui e o que resta era um casco vazio e…
“Que machucado é esse?”
Uma mulher aleatória passou pela marca de maior orgulho, e o que mantém ela consigo.
“Minha maior herança.”
Participou da primeira guerra, ganhou um físico cobiçado e adorado pela liga europeia, e mesmo passando pelo final de uma segunda guerra, concluiu que seus negócios estão a salvo.
“Uma mordida é o seu tesouro?”
Essa senhorita é de um prostíbulo luxuoso que tem esse árabe como maior e melhor cliente.
“Nunca entenderá, e não é paga para fazer perguntas.”
Pulsando, a marca deixada pelo seu grande amor antes de fechar os olhos o faz remoer num inferno em que o sexo e a bebida são seu maior consolo.
Falta quanto tempo pra te encontrar, minha vida?
***
Oliver continua no comando enquanto Takano não retorna.
Obtendo as informações cruciais após um longo serviço dos meninos, para reunir o verdadeiro nome por trás dessa organização.
Tanto Christian quanto Nathaniel ficaram a madrugada de sábado e domingo para abrir o pequeno cofre.
No entanto, no anoitecer, conseguiram as informações no sarcófago que consistiam em um pendrive e uma folha com código para acessar as informações no dispositivo.
Graças à mente genial desse nerd — um expert em códigos —, liberou em menos de meia hora, descobrindo assim o verdadeiro mandante.
Ou o que aponta ser.
E nesse instante, passaria para o presidente, que expediu uma ordem imediata, desrespeitando o protocolo de privacidade.
Mesmo Joe avisando sobre o acontecido, e com tudo que houve antes, ordem é ordem.
A única proibição era entrar na suíte onde o casal repousa.
Sam, no meio do choque e ressaca de ontem com os colegas, acompanhava o segundo líder para manter a guarda e impedir intrusos.
E o secretário também estaria presente, escutando tudo que sair da boca deles, concluindo o plano.
Porém, o aviso não saiu de sua mente.
“O presidente e a senhorita estão diferentes. Principalmente o presidente, se fosse vocês, tomariam cuidado antes de fazer qualquer coisa.”
Apesar disso, havia algo importante a ser feito, caso contrário, com certeza, seriam penalizados da pior maneira.
No elevador, Sam não esqueceu nada, o semblante do senhor era urgente quando entregou os itens e mesmo a maresia do sono não ocultou o que de fato a mulher cometeu.
Quando escutou o aviso, percebeu que o buraco era mais embaixo.
“Soube do aviso de Joe?”
Sem rodeios, as pessoas presentes não sabiam falar em árabe, estando tranquilas.
“Sim… caramba, que sono…”
“Fique de olho em tudo, caso note algo, esteja preparado e notifique para sair desse lugar.”
“Sim, líder.”
No destino, é tarde, devia entregar mais cedo, mas o imprevisto só surgiu agora depois da notificação do stalking.
De imediato, já viram o secretário, os hematomas eram suaves, havendo um leve relevo do inchaço, mas nada que fosse perturbador, e a coloração é do tom de sua pele, fazendo valer a ordem da mulher.
Usando os óculos habituais, não esperou muito e abriu, dando acesso ao quarto do presidente.
No aposento desta fera, estava como antes, limpo e organizado.
O cheiro usual e nada gritava seus alarmes, foi o que pensaram.
Até que…
“Ahhh…! Uhh…nnnn…”
Um gemido.
Um gemido feminino.
Diferente da mansão, onde as portas usavam a tecnologia antirruído, aqui é o oposto.
O som veio de lá, da receptora do prazer.
Todos, menos o secretário, têm a vida sexual bem ativa. Sam mesmo, recentemente, saiu de um bordel, reconhecendo a sonoridade.
Mesmo assim, os dois contratados depois da libertinagem do presidente nunca presenciaram a ação, como estão ouvindo nesse instante.
O secretário é subalterno mais velho, sabe bem como era, portanto isso até que era comum.
Contudo, esse distingue. O que fez seu coração tremer.
“Ahh…… não chupe tã… uhh.. droga… vou gozar rápido…..”
Mesmo não entendendo o dialeto, compreende a sonoridade de uma não penetração.
O filhote muito mais, colorindo-se de vermelho por participar de algo íntimo entre o casal.
Entretanto, para o secretário, nada se encaixava, uma verdadeira incógnita.
Desde que iniciou a vida sexual aos 17 anos, durante os oito anos de intenso exercício, nunca em sua vida presenciou fazer sexo oral em outra mulher.
Era normal fazerem nele, mesmo assim, Mohammad sempre usou camisinha pelo cuidado extremo com sua saúde.
E mesmo a parceira com o produto rejeitava e usava suas próprias camisinhas, pela tamanha desconfiança sobre qualquer uma com quem se relacionava.
Fora que sempre explicitou que isso era íntimo demais, e como não queria envolvimento romântico e nem uma IST, nunca praticou.
Mas, naquele dia, em que fez algo considerado punível severamente, estava lá, deliciando-se com os pequenos pés dela após gozar por inteiro nele.
E agora, presencia outro ato.
Não cogitaram mover um único músculo ou atrapalhar o momento deles.
Todavia, o que estava bom ficou mais revelador.
“Disse para não chupar tão rápido… não escutou o que disse no início? Falei para ir devagar, não quero gozar agora. Por que é tão afobado?”
Tranquila, repreendia seriamente o parceiro que lhe servia com a boca, sem ser infantil, mas grave como uma adulta.
Revelando o tom dominador, como se quisesse corrigir um cachorro para fazer o trabalho certo.
“Desculpa, exagerei um pouco e acabei esquecendo. Tentarei controlar o meu desejo. Então, abra novamente, por favor.”
“Ok, mas se fizer, voltarei para casa e só nos encontraremos na quinta.”
“Tá bom.”
Quando a repreensão acabou, os gemidos retornaram a ecoar, os três têm o privilégio de psicografar, mirando um para o outro sem entender nada.
“Desde quando o presidente tem esse tom submisso?”
É gentil como sempre, só que tudo é tão confuso e distópico.
Beirando o estranho.
Os dois, ficaram em choque, era natural esperar isso devido àquele dia especial, onde entregou toda sua lealdade a essa com quem lhe dá prazer.
Falando nessa palavra, sente que essa parte sofreu um raio e se partiu e, gradualmente, esses fragmentos estão sendo coletados por outra pessoa, só que gentilmente.
Por isso, é notável sua presença dominadora, na realidade, uma lei absoluta entranhada em seu código genético.
Toda fala e ordem expulsa vinha com uma carga pesada que tornava a submissão obrigatória, idêntico ao chumbo.
E ver implorando para não sair foi espantador.
Quase arrebatador.
É confuso esse novo rumo.
Oliver se questionou sobre o efeito causador para subjugar dessa forma, assim mirou em Sam, que estava tão confuso quanto, e abriu uma nova questão na caixa de pergunta infinita.
“O que Joe falou depois do relato?”
“Nada, só que estavam estranhos. Não teve mais nada depois disso.”
“Isso é mais complicado do que imaginei.”
“Não é melhor sairmos daqui? Caso o presidente perceba, vai nos esfolar.”
Desde a contratação e a nomeação como segundo líder, entende o péssimo temperamento.
Mas, a ordem sobre a quebra do protocolo foi explícita, e em nenhum momento enviou uma nova alteração, e, para não acontecer o mesmo que o primeiro líder, ficou, mesmo colhendo uma punição leve.
“Antes isso, que um membro amputado.”
E ficará plantado até tudo se concluir.
Consequentemente, os três continuaram apreciando o belo show protagonizado pelos dois amantes.
No miolo do epicentro, estava tão quente quanto o clima ensolarado do lado de fora, o ar-condicionado não apaziguava o fogo produzido.
Igual ao casal de omegaverse, a fragrância se misturava nesse pequeno espaço, tão sufocante para sobreviver.
Ainda que sejam opostos, alimentavam o desejo que afundava nesse oceano.
Em meio às pernas dela, a saga desse game favorito continuava e precisava exterminar o tesão que aumentava.
Logo na primeira vez, foi abençoado por essa habilidade.
O trauma em não permitir tocar nessa parte era explorado por essa língua grossa e gostosa.
Não era fingimento, é real, vindo dela em resposta à boa sensação.
Depois do aviso, não estava tão apressado e o movimento e a sucção são suaves para desfrutar lentamente até chegar ao ápice.
Pelo esclarecimento sobre a falta de experiência na área, entendeu quando um cara realmente era bom no que faz.
E isso não difere de Mohammad, que fazia esplendidamente desde que se propôs para tal.
“Ahh… até que não é um falador….”
A sensação, inibida desde os 18 anos, vinha em alta carga, trazendo confusão sobre o quanto se conhece.
Jogando para trás, havia uma fileira de três travesseiros macios apoiados e amplamente abertos em cima dos ombros fortes dele.
A mão, audaciosa, tenta subir por dentro e tocar em seus seios, sendo bloqueada para impedir o contato e degustar novamente o sentimento de dominância.
“Para de ser abusado, mantenha as suas garras onde devem estar.”
“Só um pouco, como antes.”
“Não.”
“E depois?”
Olhava em sua direção, mendigando como um pedinte profissional.
“A galinha pôs.”
Gargalhou, logo seguida por gemido, não poupou em lamber suas orelhas, uma zona erógena poderosa.
Quando fez, o grito é semelhante ao chupar seu clitóris.
E, pelo momento de fraqueza, suas mãos desceram para apalpar novamente esses melões maleáveis.
“Ah… Já disse não.”
“Tá.”
Cínicamente, percebeu que, com ele, verdadeiramente tem que ficar com um olho no peixe e outro no gato.
Ao retornar aos estímulos, sua mente nebulou.
“Ahhhh… Tão bom… Assim…”
Durante, imaginou o quanto perdeu sem saber o que era isso, e até cogitou em se auto-repreender pelo fato de ser apressada em perder a virgindade.
Se estivesse esperando por mais dez anos, poderia ter toda essa maravilha.
Não ligava pelo que rodeia, igual a quando descobriu o fato e, com ou sem plateia, o que estão fazendo aqui é mais valioso que toda vergonha adquirida depois.
Sua mão, que acariciava a cabeleira escura e lisa, levemente passou pelo pescoço, imaginando uma coleira feita de couro.
Em sua mente, Mohammad não se enquadra como cachorro, isso é nítido desde que o viu pela primeira vez.
O comportamento gentil não oculta sua verdadeira natureza selvagem, como um lobo negro na natureza.
Líder de um bando, todos respeitam suas ordens e nada está acima de sua lei, sendo ovacionado como tal.
Por isso, a experiência em lidar com cachorros deixou-a confusa ao receber isso.
Lentamente, doutrina essa fera que espalha terror e medo.
Com todo cuidado, removeu sua atenção para lhe dizer um desejo antigo que nunca se concretizaria.
“Ficaria bonito com uma coleira.”
A frase, expelida nesses lábios pintados, falava docemente e um tanto amorosa, atiçando mais o interior submisso.
Estava em estágio de aprendizagem, entretanto, seu coração foi laçado e o puro amor se espalhou por todo o organismo treinado, fazendo além do permitido.
Seus lábios não tiveram medo de entrar em contato e enfiar sua língua para dentro e se enroscar com a dela.
“Nós já pertencemos um ao outro. E sinto que é mais antigo, não sei, parece que a coleira foi posta antes mesmo de amá-la. Por quê?”
Os flashbacks de algo queimando e o cheiro forte de plástico sambaram em seu olfato, causando dor em seu peito, e todo o resto derreteu com o prazer gerado de um ato simples.
E o barulho de duas bocas se enroscando num beijo francês causaria uma bela premiação na categoria do Oscar.
O que não explicava, se conecta com a teoria da gravidade, é doce e prazeroso a ponto de explodir todas as áreas que estavam tampadas.
Foi um verdadeiro show e algo surpreendente, a prisão foi aberta e a sede e complexidade que os envolvem são resolvidas aqui, na cama.
Desse modo, proibido de usar o pau, foram os dedos para auxiliar nessa fase.
Quando escorregou pela passagem besuntada, tomou um susto pela ocasião inesperada, fazendo desgrudar dessa ligação.
“Calma, farei devagar, só relaxe, caso não se sinta bem, voltamos como estávamos.”
Baqueada, imaginou que o diabo é astuto.
Resolveu tentar, mesmo acreditando que dentro dessa toca os sensores praticamente estão inativos.
Retornando ao beijo, enquanto seus dedos faziam o movimento característico de um pênis.
Sem previsão, a cavidade, sem contato com nada por três anos, começou a trabalhar a todo vapor.
O regozijo ali difere da estimulação oral, uma intensidade maior do que a antecessora.
À medida que sofria várias penetrações, notou que não queria outra coisa a não ser isso.
A mesma que causou trauma, é triplicada para sua alegria.
Os gemidos sufocados pelos beijos intensificam, confirmando o conselho antigo de sua mãe.
“O que começa aqui, esquenta aqui.”
O som da voz dela soou dentro de sua mente embaralhada, estava certa, beijar causa um calor maior durante a penetração.
E, ao paralisar, começou a espalhar esse fogo para outras áreas, retornando para a origem.
O batom saiu, manchando os lábios dele, deixando o rastro visível de sua ação.
Não tinha unhas para marcar, mas uma mania sádica guiou-a a perfurar o ombro de mármore em que ligações de dopamina passaram, acrescentando camadas infinitas nesse masoquista.
Deixando tão vermelho quanto as unhas pintadas.
“Ahh.. Cordeirinho…”
Primeiros jatos de sêmen esguicharam na cueca.
Um hormônio novo sem nomenclatura, anestesia, como se ela fosse um alfa marcando seu ômega.
A forma tímida, agora são rápidas e ritmadas, agradecendo por não ser virgem.
São apertados, devido à atrofiação pelo tempo sem relação, mesmo acostumado a não causar o sufocamento, sua vagina continuava a contrair seus dois dedos, tornando-se tão estreita quanto o ânus.
Caso estivesse com o pênis dentro, com certeza chegaria ao ápice muito rápido.
Principalmente mordendo desse jeito.
Gostaria de saber como aprendeu pompoarismo, pela contração no períneo. Só teve o prazer duas vezes, com uma prostituta tailandesa e com a Annie.
Tornou-se um tanto viciado, sem ter a oportunidade de provar novamente.
Até o momento em que Bruna fazia igual.
Mesmo não sendo uma penetração tradicional, e os dedos estejam fazendo todo o serviço, não desqualifica caso estivesse usando o membro.
Na verdade, pela primeira vez está gostando de não usá-lo.
Queimava por todos os lados, sem camisa e o quarto gelado, sentia que gozaria novamente. Só mais um pouco, chegaria lá.
Todavia, algo perturba: o barulho audível da porta externa foi escutado.
A mulher não percebeu, mas pela sensibilidade de Mohammad, notou que havia intrusos.
Sam foi responsável pelo ato perigoso, mirando aterradoramente.
Todos estavam calados para não causar perturbação.
O motivo dessa ação era impedir que alguém do andar escute o que rola aqui.
Caso um desavisado fosse outro privilegiado, daria ruim, incluindo o inocente.
A expressão do segundo líder e do secretário já mostrava o erro grotesco feito por esse imbecil.
“O que aconteceu?”
A voz dela estava um tanto confusa pelo súbito interrompimento, fez os três sentirem um ligeiro calafrio na espinha dorsal, e sabia que o fim estava logo ali quando esse ser saísse por aquela porta.
“Espera aqui, esqueci que tenho que resolver um assunto.”
“Agora? Tá de tiração?”
“Desculpe, voltarei rápido, só preciso despachá-los.”
“Tá.”
Saindo do jeito que está, abriu a porta, deixando-a encostada, pois retornará para concluir o serviço.
Os empregados experimentaram por 40 minutos um tipo de erotização alienígena.
E rogaram por suas almas uma punição mais leve de quem estava em contato com a sua esposa.
“Por favor, que seja um tapa.”
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Capítulo 117
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Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
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