Capítulo 121
“Bom dia, Sra. Khalid.”
O mordomo do primeiro turno, o mesmo que noticiou aquele terrível fato do passado, cumprimentou-a como se fosse nada.
Aos poucos, a presença dessa entidade se faz corriqueira nesse mausoléu chamado de ‘propriedade luxuosa’.
“Minha irmã?”
“Se arrumando para ir trabalhar.”
“Ah.. Vai entender esse esforço, né? Se fosse eu, jamais veria mexendo meus braços.”
“A senhora já não faz nada com aquele tipo de casamento mesmo.”
O degrau ocupado pela Sra. Latifah era muitíssimo alta para essa coadjuvante, apesar de que sua soberba e orgulho a faziam agir por cima da carne seca.
O fato era pegar o elevador e ir diretamente ao quarto da mais velha, no entanto, resolveu zanzar pelo redor, avaliando cada pedaço como se fosse seu.
Era engraçado ficar em sua companhia quando exibia essa ação, igual a um cão em frente ao frango de padaria, só sentindo o cheiro, que a outra tem demasiadamente.
“Essa nova equipe não vem mostrando tanto empenho na limpeza.”
“…”
“Recordo-me de que o cunhado é um tanto criterioso e só bastou ficar algumas semanas fora, que tudo se torna uma zona.”
Automaticamente, o maior responsável pela camada bruta usou sua imaculada luva branca e passou no mesmo imóvel, e de lá, saiu tão pura quanto misturada pelas partículas do ar.
“Acredito que não seja a peça a origem de toda sujeira, senhora.”
Automaticamente, Hana enfureceu-se pela insinuação audaciosa sobre sua pessoa.
“Não fique exaltada. Porém, lamento lhe dizer que terá que lavar as mãos, pois o protocolo exige que nenhuma partícula de sujidade contamine a propriedade particular do presidente.”
Assim, por ser mulher, uma empregada surgiu para guiar ao próximo lavabo e concluir o método padrão exigido pelo dono do espaço.
Desse modo, seu celular recebe outra notificação do chefe da segurança, com outras entregas suspeitas.
[Sr. Petrov.]
“O Sr. Wei chegou.”
Na cabeça de Hana, ainda é uma suspeita, mas para o funcionário ficou claro que o presidente aos poucos estava introduzindo a passagem para uma nova mulher em sua vida.
Que será a verdadeira imperatriz desse terreno.
[Peça para o Sr. Jones e Flores acompanharem.]
“Sim, senhor.”
O ex-presidente da JYG veio num automóvel separado à medida que a entrega estava num pequeno caminhão, onde cada caixa de aço robusto e reforçado guardava algumas das obras-primas, confeccionadas ao longo de mais de 200 anos.
Entregando a presidência para o Grupo Haroon, permanece como designer-chefe, cuidando dos artesãos e trabalhadores com sede em Pequim, além das milhares de fábricas espalhadas.
Entretanto, a história da JYG inicia em 1820.
Originando-se como marca de bolsas de luxo na China, é reconhecida além do território nativo por sua combinação única de tradições e design contemporâneo.
A marca foi criada por Zhang Ming, um artesão apaixonado pelas técnicas tradicionais de confecção de bolsas, que inspirou com seu compromisso com a qualidade e a estética.
Ao longo disso, a JYG passou de geração a geração, cada sucessor carregando sua própria visão e inovação.
Em 1974, Xiao Ling, a mais nova da Zhang Li, modernizou a marca ao incorporar elementos do design ocidental, expandindo o alcance da JYG para o mercado internacional.
Sob sua liderança, a marca começou a ser reconhecida em desfiles de moda e eventos de prestígio.
Na liderança artística de Liang Wei, com um profundo respeito pela herança familiar e uma visão futurística, revitalizou a JYG, posicionando-a como uma referência como artigo de luxo e patrimônio nacional.
Atraindo a atenção de influentes da moda e celebridades.
Liang Wei não apenas manteve o legado da marca, mas também desafiou as convenções ao esclarecer os passos por trás das criações das peças.
O que inovou, provando a autenticidade e a originalidade no mundo da moda.
A sorte desse senhor era que não fazia o gosto de Damian, que olhou como qualquer carne ambulante.
“Sr. Wei, uma honra recebê-lo.”
“Sou grato pelo convite.”
“Sim, o presidente se desculpa por não estar presente, mas garantiu que seja recepcionado da melhor forma. Preparamos a infusão do seu chá favorito.”
“Obrigado.”
O mordomo, prontamente com um dos meninos, seguiu para fazer companhia a esse senhor valioso, que teve a capacidade de fazer história na vida da nova matriarca Haroon.
Enquanto as entregas eram fiscalizadas por Santana e a equipe responsável da residência.
***
“Não acredito que está aqui.”
Questionou ao seu amigo de benefícios, que desde que descobriu seu endereço surgiu de ‘surpresa’ em sua porta, logo após o pai sair para trabalhar.
“Trouxe o café, acredito que queira que entre, antes que esse beco fique um tanto movimentado.”
“Cala a boca.”
Quarta-feira, um típico dia comum para qualquer cidadão, esse dia, 31 de janeiro, é o ápice da despedida alegre e melancólica para os que vão enfrentar o algoz da melhor época do ano, e também quem aproveitará.
Nesse instante, a jovem enfrenta a invasão no privativo que fotografa com os olhos cada detalhe da sua humilde casa.
Não queria sua presença.
Na verdade, adoraria viver a ‘Me, myself and I’ de Beyoncé, mas sem o amargor da traição. Só que, é tarde, deixou entrar e fazer morada, agora, é suportar.
“Trouxe bastante, pelo fato de ser oposto das duas, sou um cara grande e preciso de muita sustância.”
“Hum.”
Vendo cada item posto na mesa, e pelo fato de estarem bem embalados e frescos, já diz o quanto madrugou para pegar tudo isso.
Belinha deixou o medo de lado e queria o que tinha ali. Precisavam ser rápidos, por ter a consulta na clínica.
E é claro que estará junto como um encosto que não vai embora.
“Escovou os dentes?”
“Claro.”
“E sua irmã?”
“Deve chegar logo da caminhada.”
“Tá, senta que vou lhe servir.”
“Obrigada.”
De frente para a enorme janela, a paisagem limpa e arbórea é sensacional e um casal improvável degusta um café maravilhoso.
Um casal…
Foi o que pensou agora, enquanto mastigava o pão francês quente com manteiga e um delicioso cappuccino cremoso de chocolate.
Nunca imaginou tomar café com outro cara, um estranho, e também não cogitava ter alguém para chupar sua buceta.
“Ahh….. Não… ah….”
“Vai ser rápido, vira na minha direção e coloca sua perna esquerda por cima do meu ombro. Não deixarei cair, tudo bem?”
“Vamos chegar tarde no restaurante….”
“Tá tudo bem, o bufê só termina às 17h. Então, faça o que estou pedindo, será tão bom quanto mais cedo.”
As cenas de ontem circulam pela cabeça, e queria muito se trancar no quarto para repetir.
Antigamente, nunca sentiu prazer, mas uma das coisas que amava era o sexo no chuveiro, a sensação da água fria batendo em si enquanto seu parceiro a beijava e metia por trás era algo inexplicável.
Ainda que o alimento seja bom, Mohammad queria saborear o líquido em meio às pernas dela.
Segunda e terça foram só o começo para o que surgirá daqui para frente.
Finalmente, tem um lar onde possa passar os dias que vier para o RJ.
Um novo conjunto luxuoso situado no Recreio.
Não foi difícil uma negociação de posse com o antigo proprietário, o lote é seu, feito pela sua construtora, por isso, uma boa grana de multa e um tantinho de suborno, pronto, apossou-se.
E, estava tranquilo sob suas visitas mensais, só que não disse, e provavelmente não ficará oculto por muito tempo.
“Está nervosa?”
“Um pouco.”
“Por minha causa?”
“Com certeza. A maioria é dessa redondeza, e não será difícil caso sua presença caia no colo de meu pai.”
Sua mão repousa na dela, tranquilizando-a, sua face pacifista acalma o coração aflito que sisma em gritar eternamente, queria poupar do sofrimento e deixar em segredo como planejou no início.
Mas, não adianta, já era.
Um típico desjejum brasileiro é a última coisa que cogitaria em experimentar: pão com manteiga, café preto, algumas frutas, nada disso o alimentaria de fato.
Todavia, seu estômago estava preenchido de borboletas, portanto, a fome que invade toda vez que acorda sumiu e se contentou em devorar apenas cinco pães e uma dose alta de café forte.
Assim, a porta de entrada deu sinais de que alguém estava lá e não precisava dizer quem era, pois a cachorra deu o alarme.
“Oi, Cookie, meu Cookiezinho.”
É a mais nova que chegou da caminhada, a primeira a cumprimentar é óbvio ser sua cachorra e logo, eles.
“Oi, cunhado.”
Seu corpo suado, cabelo preso e óculos, e roupa larga e a malha nova.
Ao contrário da mais velha, essa é mais sociável e, pelo que soube, igual à mãe. O que Bruna pegou na aparência, Beatriz pegou na personalidade.
Contudo, compartilham algo comum, a bondade.
E isso chega a ser um tanto irritante, pois qualquer um pode se aproveitar, principalmente no caso de seu amor, onde denota essa fraqueza exacerbadamente.
“Trouxe café?”
“Sim, sei que gosta de expresso e seu esposo, café com leite, né?”
“Sim, ohh! Trouxe muffin de blueberry? O meu favorito, obrigada, muito gentil.”
Gradualmente, Mohammad vai envolvendo outros integrantes na sua teia tendenciosa e, desse modo, o seu pássaro acaba permanecendo por perto até colocá-lo para todo sempre dentro dessa gaiola.
“Onde está o carro?”
“Alfredo Pujol.”
“Tudo isso?”
“Olha, se quer manter em segredo, não posso ser visto abertamente. Vou na frente e te espero, ok?”
“Tá.”
Beijando sutilmente, saiu e a porta fechou novamente.
“Não adianta, uma hora vão descobrir.”
Alertou à irmã sobre esse envolvimento, verdade, Mohammad é espalhafatoso demais para esconder, só que não pediu por isso.
E não entende o motivo de ser agora, logo quando não queria, o destino vem e lhe presenteia com o que há de melhor.
“Que tudo isso acabe, por favor.”
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Capítulo 121
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