Capítulo 126
Antes de colocar na boca, analisou todo o procedimento dos pratos que possuem uma linda decoração.
Enquanto devorava os únicos baozi e amava a sensação na boca, a massa do macarrão é maravilhosa, em que o molho tem o toque agridoce, azedinho e apimentado na medida certa.
“Muito bom, amei!”
A expressão de felicidade é nítida quando provava algo de que gostava muito.
“Mesmo?”
“Sim, quero mais, em porção maior. Pode ser?”
“Ok.”
Confirmou o funcionário, agradecendo por seu comentário positivo e superimportante.
“Isso aí é bom? Tá seguro comer?”
Em contragosto, e quando Mohammad terminou de avaliar, colocou outro, percebendo estar seguro e fresco.
Portanto, lhe ofereceu para experimentar também, que com certo receio colocou na boca, e, caramba, muito diferente, chegando a derreter, e o arroz é totalmente diferente dos outros estabelecimentos e até o feito em casa.
O shoyu é o mesmo, não mudava em nada. E o tarê é saboroso, a ponto de mergulhar mais nesse do que no outro.
O que não agradou foi o tartar, deixando a delícia para ele.
Com confiança, selecionou alguns pratos.
Enquanto conversavam, uma mulher em fúria assistia ao casal em um lugar propício para a camada dos novos-ricos.
Desde a fotografia, roeu de raiva pelo ato desse ser tão gentil com uma baranga, e não acreditava que um cara tão bonito aceitasse essa como acompanhante.
Só de fixar, viu que estava longe da amizade, sendo mais profundo e sexual.
Sendo estranho que a beije ou sequer transe, além de baixa, é gorda, o rosto arredondado igual à bolacha não disfarça seu corpo oculto na roupa larga.
Fora ser relaxada consigo mesma, não faz uma skin care decente, não usa maquiagem e o cabelo…
Pior ainda.
Dando espaço para ser rebaixada, nem rodando bolsinha de graça alguém ia querer.
A raiva, atrelada à inveja, forma um subproduto que distorce imagens, fazendo seu usuário ser consumido por algo que não existe, em que, para se sentir bem, coloca defeitos onde não tem.
Para, no final, se engrandecer e diminuir o que de fato está em seu interior.
Teclando sem parar, existe um grupo privado, reunindo os famosinhos das plataformas de sucesso, onde mistura sexo, gênero, cor e sexualidade.
E todos tinham o mesmo objetivo: zoar e humilhar a imagem da ‘adversária’.
Embora alguns pedissem para tomar cuidado, devido ao seu trabalho e à imagem que possuem.
A maioria tem a mesma convicção, se vingar dele atingindo sua companheira.
E, pela pauta contra a violência à mulher que está em alta, não moverá um dedo.
O que rolaria é a outra revidar, ocasionando uma briga ou discussão que beneficie a influenciadora, e nem os três poderes que englobam a vítima a salvarão da rebeldia em defender um agressor.
Que, no final, será vitoriosa.
A maioria é tão influente quanto ela, que expressa a ‘luta’ pela minoria contra o sistema racista e a ascensão do povo negro numa sociedade elitista, patriarcal e preconceituosa.
Entretanto, a mesma mão que luta é a que não poupava em esfaquear, pela clara situação.
O triste dessa represália é oriundo de negros.
[A macaca, cansada de tanto socar banana, agora quer pau kkkkkkkk]
Expressou um áudio, enquanto outros insinuavam a prostituição para colher benefícios.
Mal esqueceram que caminharam dessa forma para ter esse ‘pódio’.
Usando métodos controversos para desfrutar dos bens que possui.
Acontecimentos assim são bem comuns, visto que conseguem usar máscaras para se modificar a mudanças bruscas do universo cibernético.
Idênticos ao camaleão, trocam a coloração para se adaptar ao meio em que vivem, assim, são esses que possuem o status de ‘influenciadores’.
Nunca saberemos qual é a cor verdadeira desse animal, todavia não são os que representam o pacifismo.
Na realidade, a camada principal é a carne corroída por um ácido fabricado por eles mesmos, sendo tão ruins para os outros quanto para si.
Causas sociais e defesa para as minorias são apenas números de views e o motivo para garantir sobrevivência nesse reino de mentiras, desse modo, certas pautas são prejudicadas e manchadas pelas atitudes desse porte.
Em que a maioria está querendo ganhar em cima da dor alheia e sofrimento, ao dar monetização, gerando lucro.
Esquecendo que pessoas morrem diariamente por defender ou estar sob esse encalço.
Portanto, torna-se normal que alguns ‘famosinhos’ que lutam pela pauta só estejam pensando no cashback recebido no final daquela insinuação.
Tudo é um palco, faça seu show e seja aplaudido, gerando adoração e ‘amor’.
Uma enorme bola de neve, onde, no final, esse palhaço acredita que essa é a realidade.
Se escondendo sob as cortinas, enquanto sacrifica o outro a fazer aquilo que está em seus corações.
Pois, dessa forma, não arriscarão a destruir seus castelos.
Desse modo, devemos tomar que a canção ‘Money Can’t Buy It’ de Annie Lennox seja uma meta inalcançada na escala do caráter humano?
O pior é saber que o racismo ganha quando os seus se voltam para si em nome de migalhas dadas pelos seus opressores.
Esses se propõem a se transformar em Stephen, para ter o gosto de balançar o chicote e deliciar-se sob o sangue daqueles que deveriam ser seus irmãos.
A relação entre poder é uma merda.
Talvez alguns filmes que tratam sobre essa pauta ou a escravidão sejam pornôs para os brancos se masturbarem.
Só que todo show é marcado pelo começo, meio e fim e ninguém está preparado para o fim dessa apresentação, pois lá, não existe nada e ninguém para lhe aplaudir e comentar positivamente seu desempenho.
E é isso que aconteceria, a influenciadora, fraca para bebida e com comportamentos impulsivos quando ingere uma quantidade expressiva, não imaginou que a atitude — que um dia foi problema no social — cometeria o pior erro da vida, claro, sobre a motivação das outras marionetes.
Com a pequena garrafa de saquê quase cheia, desfilou usando um lindo traje de banho de mais de quinze mil reais, que acentuava as curvas.
Ocultando o verdadeiro espetáculo, para não atiçar o restante.
Arrogantemente, faria pagar pela humilhação, só por não estar à ‘altura’ desse senhor.
“Eu sou Chloe, e ninguém faz isso comigo. Seu filho da puta.”
E o casal, que desfrutava da boa comida e companhia, não percebeu o espírito vingativo se aproximando.
E quando aconteceu, o saquê foi lançado na cabeça de Bruna, que sentiu o gelado e o cheiro alcoólico pelo corpo.
Que, por sua vez, atraiu a atenção, fazendo entender que rolava algum tipo de traição e justiça.
“Sua negrinha, deve ser gostoso vender essa buceta por comida. Por que não volta para a maldita senzala e age como a fudida que é, hein? Aqui não é África, sua vagabunda.”
“…”
“Hahahaha, olha, gente, esse povinho vive mendigando por recurso do governo, pra ficar luxando.”
“…”
“O que foi, mulamba? Já que nos roubam, por que não trata esse cabelo pixaim? Hey, fracassada! Estou falando com você! Além de favelada, é burra? Esperar o que de uma pessoa que só consegue as coisas através de cotas?”
“…”
“Hey! Ganhar na bolsa família não é o suficiente para alimentar a penca de negrinhos que pariu? E pior, serão esses que descem de lá pra nos matar!”
“Meu Deus…”
“Seria ótimo fazer uma esterilização, assim impede de mais como você existir.”
Esbravejando com toda a força, se transformando em injustiçada, jogava ofensas, o público presente erguia os celulares para gravar o barraco.
Os sem noção, onde habita a maldade, colocaram para fora suas verdadeiras faces, se juntando a outra.
Expondo todo elitismo, racismo contra alguém que não pediu por isso, e sendo exposto na internet ao vivo, acendeu a fagulha e agora queimava uma floresta inteira.
Vendo a ação, a vítima pegou o primeiro prato para ocultar sua face, seu corpo tremia e o nervosismo com a ansiedade subia à estratosfera, enquanto a outra armava o barraco, transparecendo a inocência.
Não aguentando o silêncio, pegou o tufo de cabelo para expor em rede nacional.
O puxão foi tão forte que derrubou o prato de porcelana, que espatifou no chão, machucando os pés da acusada, que sangrava, potencializando ainda mais a dor e vergonha.
No entanto, aqueles que não apoiavam o comportamento dela não saíram da cadeira, deixando de defender a vítima.
Até que finalmente, uma mão pesada atingiu perfeitamente o maxilar e a bochecha da agressora. Que, desnorteada, caiu imediatamente no chão.
Tocando a área afetada, percebeu um corte interior e o sabor do sangue. A dor latejava, mas sentia que não estava encaixado bem.
“Aiii…..minha…boca….minha boca está sangrando….ai….”
Os que ovacionavam rapidamente murcharam, o tapa foi o suficiente para os que estavam mais afastados ouvirem.
“Ahhh!”
Gritou outra cliente, que não soltava o celular, espantada pela violência explícita. Alguns foram preenchidos pela raiva, e outros agradeciam a penalização dada à racista.
Os olhos de Mohammad brilhavam de ódio, é nítida a ira embutida.
E, do mesmo jeito como fez com sua companheira, pegou um tufo de cabelo descolorido e iniciou a sessão de brutalidade.
Erguendo-se e esbofeteado sem parar, a ponto de sangrar, à medida que implorava por socorro.
A maioria apenas ‘disciplinava’ para não repetir e controlava ao máximo a força, em razão de não haver necessidade.
Contudo, não estava ‘corrigindo’, e sim desferindo nessa que fez algo imperdoável com alguém que ama.
Cada golpe tinha 30% de força, para não desmaiar e sofrer com cada investida até concluir que sentia dentro de si, principalmente ao vislumbrar fios negros na mão dela.
O pessoal não aguentava a cena cruel, à medida que mal conseguia falar pelo quão inchado e dolorido estava, assim berravam para impedir o ato.
“Acham que ficarão impunes? Gravei cada rosto presente, e todos que foram a favor dessa vadia e se divertiram ao desferir palavras deploráveis para minha mulher, não se preocupe, terão um destino tão igual a esse inseto.”
As bocas foram momentaneamente costuradas, pelo tom carregado de fúria, não é brincadeira, por isso, um a um foram fugindo, impedindo-se de serem os próximos desse, que nem poupa as mulheres.
Os de estômagos fortes presenciaram até o fim, durante o qual a vítima se entrega à morte pelas mãos desse ser que deslocou a mandíbula.
Os funcionários e o gerente paralisaram, é como ver uma criatura aterradora de seus pesadelos, enquanto suga brutalmente a vida de outro à luz do dia.
“Chega… me tira daqui, por favor.”
A sonoridade baixa, implorando para fugir dali, interrompeu a ação e, como tal, jogou o corpo quase sem vida no chão igual ao saco de lixo, dando atenção para a única que é a vítima e sofreu por algo que não tem nada a ver.
“Vamos sair daqui, consegue andar?”
“Não sei, meus pés estão doloridos e ardendo.”
“Tudo bem.”
Sem pensar, pegou no colo e, sem reclamar, aceitou e, com a mão, protegeu sua identidade.
Despedindo-se desse circo de horror.
Enquanto a outra?
Foi acudida, acionando a ambulância e também a polícia para punir o agressor, o qual é um visitante extremamente valioso.
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Capítulo 126
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No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...