Capítulo 134
O turno está sob responsabilidade de Oliver, enquanto Takano ficava no RJ.
Cinco homens e um único destino: protegê-los, principalmente a senhorita.
O espaço disponibilizava vários eventos, por ser enorme, existe a versatilidade, em que alguns pontos têm shows ao vivo, e a área kids, com um minibloco para pais e crianças curtirem.
Assim, existe uma condução para transportar para os pontos que deseja.
Sem ver o secretário o dia todo, ficou surpresa ao encontrá-lo do lado de fora. Diferente do casal, o homem resolveu não ir a caráter, trajando uma roupa informal, o que é um choque, pois só é visto de terno.
E, vendo assim, não impediu os olhos de brilharem porque era o que lhe agradava.
“Cê tá tão bonito, hein!”
Somente os três, o clima amistoso esfriou.
O tipo usado ocultava as marcas horríveis das torturas e, diferente do que imaginava, a musculatura é seca, quase igual à de Pumpkin, um ectomorfo ‘bombado’.
E só por isso, deixou Mohammad queimando de ciúme.
“Obrigado, senhorita.”
De um jeito fofo, o coração dela quase foi laçado, não no sentido amoroso, mas igual a ver um astro pop favorito.
E essa admiração não maldosa para seu companheiro não importa, outro não deveria receber elogios e muito menos ter quaisquer reações da fêmea.
Que, na sua visão, se tornou caótico e, por decifrar todos os estados de humor, virou rapidamente o rosto e ficou tão ereto quanto um graveto frágil.
“Vou ter que ir na frente, se não, essas férias se tornarão em meu velório.”
“Senhorita, irei na frente, nos encontramos lá.”
“Ué, não vai pegar a condução?”
“Melhor ir a pé, essa natureza inebria e prefiro ir caminhando.”
“Tudo bem, nos encontramos.”
Assim que ia se afastando, o olhar assassino de seu carrasco não aliviou, e teve que ser dispensado por sua companheira. Segurando-o pela mão, o guiou, planejando uma noite maravilhosa.
Esse é o intuito.
“Líder.”
“Sim, Charlie.”
“É uma ilusão, ou o secretário também vai à mesma boate?”
“Sim, está liberado de seu serviço, por isso, pode curtir.”
“É estranho, nunca imaginei que fosse musculoso. É quase igual, Pumpkin.”
“…”
Não surpreso, já o viu uma vez sem terno, e não sabe como, quando está em batalha, essa musculatura fica proeminente, inchando mais, tornando-o tão aterrador quanto Damian.
Nesse dia, achou que morreria.
Assim que avistou o casal, acompanharam e entraram na locomoção, a maioria estava a caráter, muito colorido e brilho para todo lado. Havia mulheres lindas, homens maravilhosos de todos os gostos para curtir sem problema.
Mesmo não sendo a ‘terra’ do carnaval, o brasileiro consegue transformar tudo numa festa, então, o barulho é bem alto, já antecipando para a noite vasta.
Mohammad tentava apenas focar nela, pois todo o resto já irritava.
Nunca foi de ficar entre a massa, quando ia a casas noturnas sempre se instalava em áreas VIP, longe o suficiente. E de lá, degustava suas bebidas e, se tivesse algo a mais, um delicioso sexo oral.
Com isso, quando viu lotado e uma fila grande, arrepiou, porém, como estava agarrada ao seu braço, esse temor foi saindo.
“Gosta disso?”
“Que?”
O som é tão alto, forçando a gritar entre si.
“Disse se está gostando.”
Acentuou um pouco a voz.
“Claro! Tô amando! Quero beber muito!”
Eufórica, igual ao preso que foi solto recentemente, não devendo perder de vista, mirou o Oliver, que entendeu a mensagem e fez a formação para se aproximar o máximo deles.
Não tinha paredes, sendo coberto com uma enorme tenda semelhante à de circo. Caso algo grave acontecesse, haveria espaço suficiente para o pessoal se dispensar tranquilamente.
As luzes psicodélicas piscavam sem parar, dando um ar de rave, e a cada metro quadrado havia playboy aos montes.
Caso chacoalhasse, cairiam uns dez de uma vez.
E, por ser um terreno estranho, com música popular, a atmosfera é um tanto diferenciada.
Portanto, queria beber algo para afastar essa estranhice.
“Vamos pegar uma bebida!”
“Ok.”
Por ser início, ninguém estava bêbado, logo as mãos bobas ou os puxões irritantes não aconteciam, deixando o grupo feminino se divertir.
O bar enorme, na verdade, gigante, está lotado dos que brigavam para ter a possibilidade de escolher suas bebidas. E só de início, já surgiu um problema.
Um que possivelmente perseguiria a noite toda.
Nem a companhia de Mohammad tirou do foco, é tanto que chegava a ser um incômodo.
Pronto, acabou se tornando presa de outro predador.
“O que vai querer?”
“Caipirinha, bem gelada, não muito forte.”
O corpo dele grudou nela ao notar o outro semelhante e, como tal, não tirou os olhos, explicitando que essa carne o pertencia.
O mundo é uma enorme selva, para quem não sabe, mesmo numa selva de pedra, ainda é perigosa.
E nele, se espreitam inúmeros predadores. Existem quem caça apenas uma única espécie, ou quem é multifacetado e os carniceiros.
Os carniceiros, ou simplesmente ‘talaricos’, são predadores que sempre vão preferir a presa de outro animal, nem que tenham a sua, a do outro sempre será melhor.
Um exímio caçador, que sente prazer em roubar as presas de outros.
Mohammad era um carniceiro e sempre se divertia em pegar coisas que não eram suas. Contudo, depois de degustar a carne roubada, deixava de lado e partia para outra.
Claro, o praticante não se limita ao sexo, gênero ou sexualidade e também não se contenta com o resto, é audacioso e exigente.
E esse estilo de vida iniciou quando, depois de se instalar em Londres, logo no começo da graduação, ia a certas festas, em que reunia outros predadores e presas, cada um procurava o máximo encher de álcool e prazer.
Era o ápice da energia jovial, transbordando por todos os poros.
E foi ali que iniciou o estilo e foi maturando durante os oito anos.
Havia uma estudante de 19 anos bem cobiçada, que não fazia parte da universidade de economia, e sim de outra graduação na área médica.
No entanto, sempre fazia parte de várias festas, pois seu namorado era bem integrado com muitos grupos.
Loira, alta, de pele branca, possuindo um rosado igual a pêssego. Seu biótipo era ideal, contudo, virgem.
O tempo de namoro não foi o suficiente para arrancar o hímen, e sempre que tentavam, a jovem desvinculada disso, os três meses já eram sufocantes, pois queria navegar nesse corpo nu.
Bem, infelizmente o final da história não foi agradável para o time perdedor.
Devido a isso, dois anos mais velha que Mohammad, atraiu sua atenção, e com o desejo à flor da pele, tendo a beleza e dinheiro, não foi difícil seduzir.
“Viram a Kimberly?”
Perguntou o namorado pelo sumiço de sua dama.
“Cara, ela estava bebendo com aquelas meninas e depois… Sei lá. Desculpa aí, tô bebaço.”
“Porra…”
Deixando de lado, foi no meio do grupo de mulheres que estavam conversando e rindo muito alto.
“Ei, viram a Kimberly?”
Todas ali conheciam o casal, portanto, foi um tanto complicado disfarçar o constrangimento.
Estavam reunidas, principalmente a mulher, só que chegou outro que recentemente é o mais desejável.
Elas tiveram a oportunidade de ir para a cama desse homem e maldosamente influenciaram a menina a aceitar ‘conversar’ com tal.
“Olha, acho que bebeu um pouco e foi pro segundo andar, deve estar em um desses quartos de visita.”
“Sim, coitadinha, achava que estava acostumada a beber, mas…”
“Tá, obrigado.”
Vendo sumindo, um sorriso de satisfação surgiu em suas bocas, não a forçaram, apenas incentivaram algo bem nítido.
Ela queria ficar com Mohammad, mas o compromisso e a fidelidade gritavam mais alto, e nada que um ‘empurrãozinho’ diante do precipício não funcionasse.
E subindo as escadas, esbarrou nas pessoas que petrificaram no caminho por estar preocupado com a mulher. Caso passasse mal, tinha como acompanhar até seu prédio.
Só que, ao abrir a primeira porta, vazia, e outra o mesmo, e foi assim até a quinta e última. Todos os quartos eram equipados com antirruído, então ninguém sabia o que acontecia ali dentro.
Claro, quem visse o casal entrar ali, já tinha noção de que boa coisa não era.
Assim, desesperado, a porta que deveria estar trancada não estava, e o ruído impedido foi liberto.
O ranger da cama feito de madeira era alto, simbolizando que o movimento era frenético, fora os arfas de besta saindo pela intensidade dos exercícios.
E, para complementar, gemidos altos e doces dela, que perdeu sua inocência.
“Uhhh…ugh… Mohammad… vou gozar… ahhh…”
Se tornou tão lento quanto a ampola, quanto mais aberto, mais a atmosfera pegajosa e sexual transbordava, assim todos que estavam do outro lado podiam ouvir, presenciando um homem se tornar corno.
Enquanto o corpo nu de Kimberly era mostrado numa bela cama e lençóis brancos, outro que não era seu namorado a penetrava sem fim.
Intermitentemente, era tão veloz e tão viril que o cara, que lutou por três meses, murchou ao ver que outro conseguiu o prêmio em segundos.
Quando sentiu que havia uma plateia, o carniceiro apenas mirou em sua direção e sorriu em satisfação.
“Espere um pouco, quando terminar, te devolverei.”
Como um sádico, não ligando para nada, virou o corpo da parceira que chegava ao ápice para penetrar por trás. E foi dessa forma que Mohammad acabou se tornando um Don Juan e carniceiro número 1.
Desse modo, quando viu esse fitando a Bruna, descobriu ser seu igual. E, como já estava na estrada há muitos anos, sabia como agir.
“Vou matá-lo.”
Essa é sua única vontade.
Comentários no capítulo "Capítulo 134"
COMENTÁRIOS
Capítulo 134
Fonts
Text size
Background
As Mil e uma noites Dela com um espírito Obsessor
Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...