Capítulo 137
Na infância, Mohammad era abençoado por ser cercado de inúmeras riquezas, quando proferido era realizado, nisso, tornou-se entediante ter tudo.
E, para se distrair, começou a se dedicar a uma área um tanto peculiar.
“Amostra nº 20 foi um sucesso, tendo morte por sufocamento em 20 minutos.”
O filhote de seis meses, dado por seu pai, foi morto em mais uma experiência para a nova fabricação de veneno. Ahmad, sendo seu auxiliar, presenciava o animal agonizar enquanto sufocava no seco.
Doloroso, mas com o tempo, o sentimento de pena e indignação foi arrancado.
“Descarte e depois limpe o laboratório.”
“Sim, jovem mestre.”
Retirando o jaleco, para ser higienizado como tantas vezes.
É desse modo, fabricando e cortando, que se especializou em desmembrar partes do corpo humano.
O hotel oferece tudo que um hóspede almeja: uma boa comida, localização perfeita, lazeres incríveis, contato com a natureza e uma banheira.
Sim, um item de luxo para a categoria pobre é bem útil para realizar inúmeros prazeres e trabalhos macabros.
Agora, é tão essencial para o serviço atual.
Com luvas de couro, nada passava por ela, então, o sangue jorrando da perna sendo amputada batia na bacia da bela banheira branca.
“Sabe, garoto, quando criança minha vida era bem entediante. Ser rico às vezes é tão desmotivador, que acabamos cobiçando a felicidade e a ignorância das cadeias inferiores.”
“…..”
Com a boca bloqueada com a fita crepe, seus gemidos de dor são impedidos, vendo seu membro sair enquanto expele sangue.
Se perguntando como ainda não morreu.
Enquanto seu torturador contava certas reflexões de vida, igual a um ‘pobre menino rico’. Seu semblante é tranquilo, idêntico a fazer uma receita caseira, e seu corpo é a carne para ser cozida.
“Sabe a mulher que tentou pôr as mãos? Hein?”
“…”
“Ah… esqueci, então só confirme com a cabeça sobre minha pergunta, ok?”
Tremendo, pois além da dor, estava muito frio, o ar congelante do aparelho artificial adentrava no cômodo, deixando tudo tão macabro, semelhante a estar numa gaveta no necrotério.
“Novamente. Conhece a mulher que tentou pôr as mãos?”
Sem alternativa, balançou a cabeça devagar, por estar tão rígido que mal conseguia mover nada.
“É… sei que sabe, ficou mirando o tempo todo, desde a cachoeira.”
Imediatamente, o choque invadiu, não é uma inverdade, a primeira vez foi quando o casal aproveitou juntos na enorme cachoeira no final da trilha.
Quando pôs os olhos, viu ser uma chance em um milhão.
Nem que fosse para degustar, porém, o parceiro era o problema.
Enorme, forte e intimidador.
Portanto, precisava da chance para separar e pegar essa presa desse terrível predador. Todavia, após a tentativa falha, vislumbra seu fim, onde sua outra perna está sendo arrancada.
“Igual a você, também sou… quero dizer, era, estou em relacionamento sério…”
“…”
“Me divertia muito quando roubava as presas de outros. É viciante, entendo, depois da primeira não quer parar, mas deveria escolher melhor quem rouba, né?”
“…”
Como, como preveria que o parceiro daquele ser frágil e tão fraco é um psicopata maluco?
Não existe manual quando é para se ferrar, a vida é uma grande filha da puta maluca, uma hora te beneficia e outra te empurra para o caixão.
“Nunca imaginei amar alguém, até surgir em minha frente e pronto… Tudo entrou nos eixos, e o sol surgiu em meio à escuridão, aquecendo por completo.”
“Eu não quero morrer!”
“E, prometi proteger de tudo e todos, até de mim mesmo. Faço de tudo para vê-la feliz, e quando a vi daquela forma….”
Medo, seminua e com a bochecha marcada claramente por um tapa forte, fazendo seu sangue ferver.
“Já sabe o que aconteceu.”
É minucioso e rápido, o corpo humano é um tanto difícil, não é igual a um animal, mas com prática tornou-se rápido, e pronto, a outra perna foi tirada.
“Você fez chorar!”
“Uhhhhhhhhh!”
A faca afiada, que deveria apenas desmembrar, foi enfiada com força no cotoco da coxa esquerda, que urrou, mas com a boca tampada, se tornou baixo.
“Por que está gritando? Pelo que sei, é de linhagem militar, e seu avô foi conhecido como o destemido ‘Cão de ferro’. A tortura deveria estar em seu DNA, assim como todas as dores sentidas para se tornar mestre nessa arte.”
“..ugh..”
“Tsk. Por isso que ‘tempos difíceis formam pessoas fortes, pessoas fortes formam tempos agradáveis e tempos agradáveis formam pessoas fracas’.”
“Unnn…”
“Você, Sr. D’Nobrega, é um fraco! Vive da glória falida de seu avô, mas não honra em nada. Com isso, morrerá dignamente, como seu antepassado faria.”
Mesmo embebido em ódio, teve ciência em não acertar a artéria femoral, pois queria terminar de cortar ambos os braços.
“Ah… foi mal, acabei de lembrar algo desagradável. Vamos continuar?”
Como amigos íntimos, enquanto partia para outra parte, conversou sobre assuntos de um passado tenebroso.
Até porque, mortos não falam.
***
Os homens que curtiam a folga vendo TV ou se preparando para descansar foram chamados em peso em frente à porta do indivíduo que tentou estuprar a senhorita.
A cara de Smith está amassada, ao costumar dormir cedo.
Oliver apenas esperava o sinal para recolher o corpo e sumir de vista.
“Cara, falaram que o tempo ia mudar, vai esfriar e chover o dia todo.”
“Sim… Porra, tu tá horrível, nem passar uma água no rosto teve capacidade.”
Zombou Alex, que também estava em seu quarto, só que vendo algo qualquer na TV.
“Gosto de dormir cedo, quando tenho oportunidade aproveito, por isso… Uah…”
A boca abriu, se espreguiçando, doido para voltar para debaixo da coberta.
Desses costumes, Smith se comportava como um velho aposentado, ama comida caseira, gosta de ficar em casa e ter uma vida saborosa de casado.
Desde que pôs o anel, deixou de lado a rebeldia e virou um marido exemplar que ama seu lar e sua esposa.
Assim, mesmo que o turno seja oficialmente à noite, quando é liberado, aproveita para ficar em casa, enquanto Park Hyung faz a comida de sua terra natal.
E falando no diabo, chegará numa segunda-feira à noite.
Quando Oliver recebeu a notificação para entrar, com todo cuidado, todos os curiosos foram ver o belo trabalho de seu chefe. O chão não está puro e sim coberto de plástico, o ar gelado faz seus ossos tremerem.
Precisavam ser rápidos, a noite tem um prazo limite e devem respeitar para sumirem com o cadáver.
Com isso, no banheiro, viram a estrutura do culpado desmantelada. Sem as duas pernas, braços e alguns órgãos. Incandesce o coração dos viventes.
À medida que o próprio lavava as mãos nuas na pia, sem se importar em deixar um único DNA.
“Oliver.”
“Sim presidente.”
O tom é de puro pavor, porque vacilou, deixando-se levar e sofrer todo aquele mal.
“Qual era seu trabalho?”
“Impedir que a senhorita fique em perigo.”
“Isso já diz por si só. A mão.”
Ao fazer o pedido, sabe da punição.
Por anos nessa profissão, foi um tolo no momento inoportuno. Deveria impedir, nem que isso custasse a vida, não poderia permitir que fosse capturada de modo tão idiota.
Logo, sendo desbancado por um riquinho que não tem o mínimo de treinamento.
Se não fosse o secretário… nessa hora, estaria morta e estariam procurando seu corpo.
“Sim presidente.”
Oferecendo a palma da sua mão, esperava que o dedo arrancado não fosse o que desfavorecesse. Precisava continuar lutando e treinar para não errar outra vez.
Outra faca, ideal para cortar pequenos objetos, foi usada para arrancar o dedo mindinho dele, que não expressou nada. O sangue, pela falta do membro, pingava sem parar, mas tudo bem, antes um membro cortado que a vida.
A sorte é que não usava para atirar, então tudo bem.
“Dmitri, Charlie, Joe e Nathaniel.”
“Sim presidente.”
Em guarda, esperavam suas punições que seriam brandas.
Certeiro, todos os quatro receberam esbofeteados em ambas as faces.
Fazia anos, mas infelizmente, igual ao segundo líder, foi necessário.
“Prestem atenção, se permitirem que a Bruna corra perigo ou sofra algum arranhão, os dedos de cada um serão arrancados. Espero que tenham aprendido a lição, se não, terão o mesmo destino que esse inseto.”
“Sim senhor.”
“Venda os órgãos e queime o resto, não esqueça a cabeça. O pai vai amar ver o quão porco é seu filho.”
“Sim senhor.”
***
Cansada de esperar, a fome bateu no momento menos improvável. Não sabia se tinha comida pelo fato de ser bem tarde, na verdade, 4h30 da manhã.
O assunto ‘rápido’, tomou duas horas de espera, e queria muito comer qualquer coisa. A bebida tem efeitos adversos para cada criatura, e nela, veio a fome.
“Poxa, tá demorando, tô com fome!”
Como não é igual ao Belmopan, onde havia serviço de quarto ou um minibar para disfarçar com alguma bebida doce, o estômago roncava ferozmente.
“E, para piorar, nem o telefone levou.”
O celular dele está disponível, carregando silenciosamente até sair de sua folga e ser usado freneticamente.
Vendo que deixou um dos guardas, tentaria perguntar o paradeiro do outro ou se podia levar algo para matar essa fome.
Todo brilho no rosto foi embora após o banho, restando a realidade e um cabelo bagunçado. Vestindo a camisa dele, sem nada, foi até a porta para dialogar com a criatura e trazer qualquer coisa.
Dominique, que não deveria trabalhar, agora faz a guarda frente ao quarto do casal, sua face é o puro tédio, por isso, se permitiu plugar um fone, se distraindo com sua playlist.
Quando ouviu o barulho da maçaneta, toda a atenção foi tirada para saber o que desejava.
Não viu quando foi salva, desconhecendo sua expressão de medo, estando acostumado com essa aparência branda. Se não soubesse a idade, cogitaria ter no máximo 24 anos.
A prova do fogo é que ninguém entende o dialeto, fazendo a comunicação ser um tanto limitada.
“Hum… oi?”
“Isso é o quê? Um cumprimento?”
“Oi, deseja algo, senhorita?”
Falando em inglês, pode entender quase nada e, não sendo coerente, expressou o que deseja de forma que possam interligar e existir uma linha reta entre locutor e dentinário.
“Onde, seu chefe está?”
Uma frase, num inglês limitado, fez entender que deseja o paradeiro do presidente, e pela questão, o telefone não estava com ele.
“Só um segundo.”
Rapidamente, a música é trocada para ligar para o único que poderá atender e dar a resposta concisa.
[Sim, Dominique.]
“Pre..presidente?”
Esse telefone é do Oliver, para usar, algo deve ter acontecido.
[É sobre a Bruna?]
“Perdão, sim, presidente, ela quer saber onde está.”
[Passe pra ela.]
“Sim, senhor.”
Entregando com certo temor, a mulher, com todo jeito, colocou no ouvido para saber o motivo de tanta demora.
“Mohammad, que palhaçada é essa? Já faz mais de duas horas e tu não volta! Tô com fome!”
O tom é de preocupação, mas habitual como sempre e momentaneamente aliviou um pouco, realmente prometeu ser rápido, só esqueceu que está cheia de energético e não dormiria com facilidade.
E agora, quase amanhecendo, a fome atingiu.
[Desculpa, cordeirinho. Não se preocupe, voltarei com algo para comer.]
“Já é tarde, só devem oferecer o café às 7h, então peça algo por aplicativo, quero hambúrguer de cheddar, batata frita e suco de uva.”
Ouvir essa ordem é melodia, parece que todo terror foi embora e só restou esse jeito alegre, porém, ficará de olho, ao acreditar que ainda não teve tempo para processar o trauma e, quando chegar, precisa estar perto quando desmoronar.
[Tudo bem, só espere, pedirei por aplicativo e comeremos juntos.]
“Ok.”
[Agora passe para o guarda.]
“Toma, quer falar com você.”
“Sim senhorita.”
A porta foi fechada, e a atmosfera tomou forma novamente, e a frase foi clara.
[Protege-a ou morra, essa é sua escolha.]
Nisso, o que nunca sentiu depois de tantos anos, voltou, achando que o erro do segundo líder resultou em sua morte, só que foi rapidamente explicado que apenas perdeu o dedo mindinho.
“Sim presidente.”
A profissão que decidiu seguir, impedia de falhar, tem que ser perfeito ou morrerá. E escolheu não morrer, não depois de tudo que passou.
Jumpol Phunsawat escolheu viver quando tudo indicava para morrer.
“O que deseja?”
Perguntou o diabo.
“Por favor, me permita viver.”
“Oh…”
O jovem que perdeu a família, devido ao seu dom e um erro estúpido, agora implorava para o único ser a lhe conceder uma nova vida.
“Pela utilidade, vale a pena ficar, contudo, não será um empregado assim como secretário, será meu novo escravo.”
E foi dessa forma, em Bangkok, que o jovem de 19 anos se juntou à guarda de elite.
Quanto ao nome dessa entidade que vendeu a alma? Chamava-se Mohammad bin Ali Al Haroon.
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As Mil e uma noites Dela com um espírito Obsessor
Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...