Capítulo 149
Beatriz, recentemente, está colhendo os frutos dos mimos pelo pedido de desculpa que seu cunhado tem.
Após saírem naquele dia, rapidamente muitas coisas chegaram, roupas, perfumes, joias, faziam dessa dama, a própria da música “Diamonds are a Girl’s Best Friend”.
O perfume dos sonhos, a aliança de casamento, diamantes, sim, mesmo que seja uma falsa culpa, está lhe rendendo uma vida interessante.
Todos têm ambição, e como tudo, existe a saudável e a maléfica.
A da jovem de quase 27 anos é ser tratada como toda mulher ama. Agora, só resta a casa.
De estômago cheio, bem empanzinado, pois o olho foi maior que a barriga, sofre de refluxo, no qual seu parceiro teve que comprar um antiácido para amenizar essa sensação agoniante.
Não queria dar o veredito, todavia, é merecedor de seu paladar exigente.
À medida que o seu tempero relembra algo maternal, o dele é semelhante ao de chef de sete estrelas com todas as gratificações Michelin.
Não tem como negar, os formatos e temperos são norte e sul, duas extremidades que não andam, igual ao rio Negro e Solimões, porém, necessitam existir para haver equilíbrio.
Por isso, entende que o tipo gastronômico de seu ‘casinho’ tem que ser apreciado em datas específicas.
Já o de Bruna, todos os dias.
“Não quero comer mais nada.”
“Falei para não repetir, seu estômago é pequeno, diferente de seu corpo.”
“Hummmm…”
Enquanto engolia o antiácido, lembrou-se da vez em que ficou doente, a última em que a mãe cuidou. A gastroenterite é um caso que não ama lembrar, seja pelo desconforto da doença ou pela memória que ainda queima em seu peito.
Febre alta, vômitos, e sua mãe chorando, implorando para ficar melhor.
Tudo isso forma um combo que liquida a sua extensa barra de vida. Em que a saudade e a tristeza dão-lhe um fatality em melhor estilo.
E sentir o gosto desse efervescente que tomou diversas vezes antes de saber o que era de fato a crucificou, nem que, o seu estômago tenha encontrado a paz.
“Ufa… que alívio, agora quero fazer o número dois.”
Sem modos, cita a função limpante para um que tem fobia extrema, a sorte é que estão perto do local que deseja mostrar.
A confiança e o convívio precoce fazem desse casal ser tão íntimos quanto um que completa 20 anos juntos.
E, pela metformina, o som dos gases sem cheiros insiste em afirmar a sua presença nos momentos menos indevidos.
Takano, que conduzia o veículo ao lado de Dmitri, já está se acostumando a todos os ‘defeitos’ apresentados pela senhorita, o jeito bruto de comer, leves arrotos, peidos… tudo que era inaceitável para o presidente hoje é hábito.
Portanto, desistiram de comparar passado e presente, pois nada do que cite será necessário agora, o presidente encontrou o amor, o seu oxigênio e sua vida.
É claro que o passado e tudo que aconteceu não servem de valia.
Ainda é tarde, quase se despedindo antes de pintar o seu tom verdadeiro, a escuridão.
Uma SUV entra no condomínio recém-inaugurado, onde fica o empreendimento bilionário para outros morarem, tendo a tecnologia atual a seu favor.
A Haroon pegou pesado, deixando seus adversários a passos de distância.
E logo no coração do Rio, em que é visto como férias e não residência fixa.
O que gerou controvérsia.
Se SP é o lugar para se trabalhar, um centro urbano populoso, RJ é visto como uma casa para passar tempo, onde a maioria trabalha para a minoria repousar.
E os verdadeiros moradores, são impedidos de curtir o estado em que nasceram.
Desse modo, quando foi visto, a segurança contratada para proteger esse forte tremeu na base, é o dono, no qual tomou a propriedade de seu cliente, para curtir com sua amante quando vem de mês em mês para ser seu esposo.
Bruna ficou maravilhada com o tamanho e a arquitetura de cada parte, tinha até uma casa feita inteiramente de vidro igual ao filme Crepúsculo, claro, tem a função de mostrar e não revelar nada.
Que poderia rolar qualquer coisa, mas ninguém do outro lado saberia o que tem ali.
Como programado, a mansão selecionada para ser seu ninho temporário é a Pitaya, uma das maiores e imponentes.
E por quê?
Simples, a sua estrutura não é como as outras, tem bronze, platina e principalmente ouro. Feito com mármore puro italiano, ornamentando o que um bilionário deseja.
E agora, pertence a ela.
Não é delírio, esse monumento que custa quase 50 milhões é todo de seu caso extraconjugal. Se fosse o antigo Mohammad, seria capaz de rolar um embate mortal com o atual que está cego de amor.
O muquirana, o avarento, a mão de pedra, hoje cede mais que seu coração.
E tudo isso, em nome de algo que todos cobiçam, mas poucos têm.
Se fosse interesseira, seria honrada por muitos que possuem essa profissão, pois chegou ao ápice, o nirvana de qualquer golpista.
“Que casa foda…”
Elogiou, um sorriso singelo pelo que produz só deixa mais apaixonado.
A garagem é extensa, cabendo seis veículos grandes, todos equipados para recarregar carros elétricos.
A propriedade foi pensada para economizar, mas sem perder a elegância.
Onde a maioria das funções é otimizada, criada na geração de energia ou simplesmente na renovável.
Não foi fácil, mas conseguiu montar um sistema avançado que utiliza a luz solar, mesmo em dias nublados, abastecendo toda a propriedade.
Fazendo o custo, que é alto, cair pela metade.
O que todo economista e vegano ama.
“Que bom, vamos ver um pouco melhor, tem um aquário que amaria conhecer.”
“Que legal.”
Rapidamente, o instinto da inveja foi acionado, fazendo desejar o que não encantaria tanto.
Mesmo sendo um duplex, cada andar é gigante, havendo divisões ornamentadas oferecendo a opção para aqueles que amam mudar, mas também para os que almejam a rotina.
Assim que pôs os pés, a escuridão deu lugar à luz natural, fazendo-o ter a dimensão sem assustar, tornando a temperatura interna agradável, afastando o calor e, caso for necessário, para climas congelantes desse tropicalismo.
Com o mesmo calçado, não brigou para colocar um diferente e impedir sujidade, deixou navegar e se encantar com cada pedaço, e espera que acostume, porque será aqui que passarão os dias quando vierem ao RJ.
Para isso, tocará no assunto da glândula e o resto que incomode.
“Presidente, Sr. Park e a Srta. Momobani, estão a caminho.”
“Aquele inútil gosta de atiçar o lado chato sobre atrasos.”
“Perdão, presidente.”
“Mohammad! Tem cinema aqui!”
O seu sensor encontra onde estiver, desde que a perdeu por vários minutos naquele pesadelo, ficou criterioso e soube sem nunca pisar aqui.
O cinema dito por ela fica no exterior, que é equipado para ser assistido antes da população ter a chance, até uma aventura sexual.
As onze poltronas confortáveis executam massagens enquanto o espectador aprecia o que a enorme tela apresenta.
Não tem como colocar defeito, cada canto, decoração e sustentabilidade é de tirar o ar, por isso o nome, Pitaya ou a fruta do dragão, porque, de exterior belo, mas interior agradável, que se mistura facilmente com vários sabores, sem alterar a estrutura do segundo agente.
“Que tal vermos os casais que ama?”
“É maravilhoso…”
Sua feição é semelhante à de uma criança com a visita do Papai Noel, carregando o seu grande sonho numa caixa enfeitada.
“Sabe, seria interessante fazer o Natal aqui.”
Longe de tudo, mas não distante dela, mostra a visão do futuro, em que curtirão sem fim essa mansão, habitando uma bela árvore de Natal que só é vista na internet.
Ao vislumbrar a cena, Mohammad imagina toda a magia e confusão ao passarem pela data juntos e, no ano novo, o dia mais difícil pra ela, pedir em casamento.
“Eu te amo. Só isso importa.”
Nada faz sentido e somente isso importa.
“Vamos fazer a maior festa de Natal da sua vida.”
“Muita comida, amigo oculto e música.”
“Sem tristeza ou dor, só felicidade.”
Carregando em seus braços, o peso diminui cada vez que levanta, não alterando a balança. É desse modo que vê, suas existências são tão leves quanto as penas de anjos.
E será assim por um longo, longo período.
Comentários no capítulo "Capítulo 149"
COMENTÁRIOS
Capítulo 149
Fonts
Text size
Background
As Mil e uma noites Dela com um espírito Obsessor
Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...