Capítulo 154
Igual a um computador antigo, com alta demanda de serviço, desliga automaticamente para processar o que foi enviado para, assim, despertar com o novo modelo adquirido.
Assim foi o caso dela, que desmaiou por alguns minutos e logo despertou, filtrando o prazer massivo recebido recentemente.
Não dando tempo de seu parceiro limpar completamente.
“Está tudo bem?”
Nua em seu colo, nenhum dos dois programou em vestir suas roupas, em que a mulher ativou seu outro lado, perdendo toda a vergonha sobre a aparência, mostrando à luz artificial tudo que tentou ocultar.
E até para ele.
Bebendo uma garrafa gelada de água, entendeu o porquê das obras japonesas mostrarem esse lado, onde o sexo consome muita energia, a ponto de instalar um deserto em seu interior.
Precisando abastecer o que foi jogado pra fora, Bruna gozou intensamente, perdeu líquido tão precioso pra si.
Negando a bebida alcoólica, porque Mohammad não quer categorizá-la como tantas de seu passado conturbado.
Dando-lhe o essencial, e vendo em sua totalidade com algumas marcas de chupões espalhadas, não impediu de beijar certas áreas enquanto se hidratava.
“Hum-rum.”
“… Sinceramente, é tão linda que chega a faltar o ar.”
Seu interior habitava o creme grosso de seu gozo, que escorria lentamente de sua entrada, pingando levemente na pele branca.
A primeira serviu para notar que são perfeitos um para o outro.
Ao terminar de se abastecer, perguntou sobre seu passado.
“O que costumava fazer depois do sexo?”
Mohammad admirou, enquanto beijava suavemente, recordando o gosto do cigarro e seu uísque favorito.
Itens indispensáveis para abastecer as energias.
“Fumava e bebia uísque ou conhaque.”
“Lobo mau, saiu mesmo de uma história BL coreana, ou estou delirando?”
“Sou real, não precisa se preocupar em alucinar.”
“Não vou lhe oferecer cigarro, mas posso dar um pouco de álcool.”
“Sim, tem no frigobar.”
Foi até o mini refrigerador, contendo mais coisas benéficas que maléficas, no intuito de oferecer o que deseja.
Entretanto, o conhaque que tanto adora está ali e é pego por mãos pequenas, nas quais não fez o procedimento padrão.
Dando o copo que não é adequado à quantidade estipulada, fazendo seu coração queimar mais ainda. Semelhante a um marido, servido carinhosamente por sua esposa.
Deixando no chão, voltando a envolver a sua quentura, apoiando a cabeça em seu ombro, agradecendo silenciosamente por dar algo mais que valioso.
“Tudo bem, garanto que não será uma única vez.”
“Tá bom.”
Mesmo não vendo seus olhos, sentia a gratidão tremenda a ponto de rodear sua aura tão pura.
Bebendo, o gosto é totalmente diferente do que outrora, onde queimava e depois trazia um sentimento vazio, porém, pronto para outra rodada.
Agora, não causou o que um dia acostumou, sendo preenchido a ponto de estourar. Encontrou seu caminho e o calor dela se transformou em sua primavera.
No qual, depois de um tempo, mora nesse jardim de delícias.
E, com um braço, envolveu, tendo o pertencimento que sempre quis.
Bruna sente igual, longe da sensação incomodante de uma vagina lubrificada e gozo. A noite se revelou melhor do que todas as tentativas falhadas em procurar o que tem.
Não fingiu, tão verdadeiro quanto o diagnóstico que a persegue.
“Quer comer alguma coisa, cordeirinho?”
“Sim, quero pizza.”
“Qual sabor?”
“Margarita e quatro queijos.”
Concordando, deixou o copo quase vazio no móvel próximo e, grudado em si, pegou o celular, acionando uns de seus cachorros sobre o pedido urgente.
Oliver, que escutou, viu que todo embate teve um fim, onde o presidente conseguiu consumar antes do casamento, mostrando que recuperou a antiga identidade, só que fiel a uma única mulher.
Durou o tempo suficiente, para uma primeira vez, 1h50 pode parecer longo, mas, entende que assim que encherem seus corpos, vão rolar novamente até que transbordem acima da capacidade.
“Caramba, a senhorita se mostrou bem resistente à energia violenta do presidente.”
Comentou Alex, que está atento a tudo que ocorre atrás do belo portão de entrada.
Assim que chegaram, viram alguns repórteres aguardando na entrada, esperando o carro negro que continha o valor enorme e a imagem preciosa.
Desse modo, por tudo que ainda é fresco, precisam fazer a guarda por não confiar plenamente na segurança do condomínio.
“É um bom recorde, mas é apenas o início, a besta saiu, e está se habituando ao território, assim, a insaciabilidade do passado voltará.”
“Haha.. É um jogo duro, porém acredito que dará conta dessa fera insaciável.”
“Verdade.”
Impedido de sair, para manter o controle, somente Smith fez o serviço.
“Cordeirinho, quer tomar banho ou…?”
Não mudaram de posição, onde o membro inchou novamente, clamando para entrar nessa gruta magnífica.
“Não… quero comer e fazer mais sexo.”
“Tudo bem.”
Atendendo aos seus caprichos, amou seu jeito doce e mimado de não querer descansar, procurando obter o máximo antes de dar a pausa obrigatória, lembrando que não verá em março, somente em abril, quando o Ramadã terminar.
“Vai mesmo comemorar seu casamento?”
“Temos que seguir o protocolo, não é algo que queira, pois o que temos é um negócio, contudo, preciso lhe proteger, e seguir essa onda é essencial para distraí-los, deixando segura.”
“Será uma festa de arromba.”
“Com certeza, como se trata do fim do jejum, é aguardado e propício para um evento desse.”
“Vai ter bolo?”
“Sim, e tudo que imagina numa festa de rico.”
“Não quero, não.”
Imaginando o gosto, se a decoração do prato é um tanto ‘elegante’, o sabor não será igual ao de várias festas brasileiras.
Ao desbloquear o aparelho, a imagem deles num passeio histórico que serviu como divisor de águas, é eternizada nesse aparelho.
Revelando que sua esposa está aqui, e como um funcionário que trabalha em outro lugar, anseia chegar em seu lar, onde receberá todo carinho juntado na saudade infinita.
“O cheiro, o gosto e o carinho serão os principais que farão voltar pra cá. Não sei se suportarei todo esse fingimento.”
Relembrando que um dia foi mentiroso, amando enganar, fazendo pintar o quadro de uma vida que não existe, mas encontrou sua verdade, assim como ‘O mentiroso’ não tem capacidade de vestir a mesma vestimenta.
Em que a mentira se tornou incômoda para o maior enganador.
Abraçando mais forte, e por tudo que é, reza que abril seja logo ali, pegando o primeiro voo para ser verdadeiro com seu amor.
“[…]Eu estou procurando maneiras de expressar o que sinto, Eu simplesmente não posso dizer que não te amo, Porque eu te amo, sim, É difícil para mim comunicar o que eu penso[…]”
‘Die for you’, de The Weeknd, deu estrutura aos sentimentos guardados, paralelamente ordenados sem ficarem soltos numa falta de conexão. Portanto, a mesma dúvida questionada antes surgiu em sua mente.
“Será que a conheço há pouco tempo mesmo, ou simplesmente já era antigo e ocultado?”
Por mais que busque, não há respostas necessárias, apenas sentindo a boa sensação desse corpo que agora é só seu.
***
Na manhã seguinte, sente-se bem revigorado e leve, como se as cenas passadas de uma intensa atividade que perdurou até as três da manhã não fossem o suficiente para derrubá-lo.
Recuperando a energia compartilhada numa deliciosa noite de sexo.
Diferente de outras, Bruna não foi expulsa ou muito menos teve os saudosos cinco minutos, e agora, na primeira cozinha, faz o café para recepcionar os que trocarão de turno.
Mohammad ajudou removendo o tabuleiro grande de bolo de milho, que está dourado e saboroso.
O café, feito no coador e não na belíssima máquina de café, circula inebriando quem está habituado ao café expresso.
A ideia foi dela, então apenas acatou, auxiliando para receber um batalhão que beira a fome e a inanição.
“Três garrafas são o bastante?”
Colocando sob a mesa de mármore, o último item conclui o longo trabalho cedo.
“É o bastante, agora vem aqui.”
Viciados, o interior ascendeu e o seu despertou, como adolescentes lidando com a nova página de algo magnífico.
Queria fazer mais, e não desgrudar idênticos aos siameses, no entanto, enquanto se entregavam ao carinho, os empregados que necessitavam de suprimentos não recusaram a gentileza, observando o casal sendo amoroso.
Se perguntando se o compromisso é tão bom quanto mostram.
“Cariño…”
Exclamou Smith, doido para entrar no lençol de seu amor e dormir sentindo o seu calor.
“Peraí! Oi, meninos, sentem-se, fiquem à vontade.”
Desvinculando-se dos tentáculos, recepcionou os que nunca sofreram pela bondade e, como ordenado, o mesmo cumprimento que dão para o presidente é feito para a imperatriz.
“Tá tudo bem, sente-se. Comam enquanto está fresco.”
Sentindo a estranheza em compartilhar a mesma mesa, os que deveriam comer separados sentam-se com o casal, que corta o saboroso bolo, aguando as bocas famintas.
Servidos, gerou receio, pois a feição do presidente não é nada boa, procurando quem mira os seus seios, que não são segurados por nada, deixando-os livres na camisa enorme dele.
“Senta aqui, Bruna.”
Em seu lugar de direito, a cadeira, proibida à Sra. Latifah é ocupada por essa pintora de rodapé, formando o que é, finalmente, num casamento falso, o presidente encontrou sua esposa perdida.
Com toda delicadeza, sem sair da etiqueta, cada um saboreia o que lhe agrada, contudo, o bolo sumiu por bocas nervosas, rolando o embate entre Alex e Joe, que amaram essa maravilha.
O barulho de uma classe que detesta, fez experimentar uma república, onde os universitários, com a dona, supria suas necessidades, antes de descansarem.
Fazendo-a gargalhar, planejando que climas assim se repitam mais vezes.
“Fique comigo.”
Ouvindo em meio ao barulho, apenas filtrou as palavras dele, pedindo o que foi saciado ontem à noite, sem ao menos resistir.
O pedido de namoro foi aceito quando beijou seu rosto, afirmando que está pronta para algo que fugiu.
“Tudo bem.”
Não existe horário para isso, entendendo que esse status só é aparente porque o verdadeiro é um casamento sem o ritual conhecido.
São velhos, no ápice da vida adulta, não têm como agir como adolescentes ou jovens na faixa dos vinte e tantos anos, a responsabilidade e o amor são totalmente opostos do que anos atrás.
Formalizando, um casal que mora em casas separadas, mas que deseja ficar junto e aprender o que é desconhecido.
Cruzando as mãos, sem a vergonha de bloquear esse novo capítulo.
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Capítulo 154
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As Mil e uma noites Dela com um espírito Obsessor
Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...