Capítulo 160
Uma nova regra foi imposta e o secretário foi o privilegiado.
A senhorita, mudou a rotina para dar todo conforto entre o período em que exerce suas funções.
Em que proibiu o curto descanso, dando prioridade às interjonadas.
Entende que não é regido, sendo um estrangeiro que sofre sob um sistema capitalista cru que suga toda a vitalidade, para receber uma boa quantia no final.
Porém, com a presença dela, mudaram várias nuances.
O principal é ter as horas de sono merecidas de, pelo menos, oito horas, impedindo de estender até a madrugada e também, nas refeições, como o café da manhã e o almoço.
Dando espaço para o organismo dar uma pausa, onde a rotina é frenética e mal sente o poder do descanso ou o gosto do que come.
Com isso, sentou e devagar apreciou o que a equipe preparou.
A sensação de cada ingrediente é fabulosa, muito melhor que o passado em que passava direto.
E, para tornar tudo burocrático, pediu ao Park Hyung para fazer um contrato especificando as exigências, interrompendo o empregador de exigir ou adulterar quando não estiver em sua presença.
“Terá também direito a férias, a cada 11 meses, usufruirá um período de 30 dias.”
Ao ouvir isso no dia do churrasco, causou um travamento ao escutar sua mulher exigir o correto para ter o mínimo de dignidade, mas assinou especificando os direitos de quem nunca teve nada.
Ao assinar também, se acostuma que aos poucos está transitando de bicho para ser humano.
O gosto do café forte é tão doce quanto suas palavras e o tempo é tão favorável, dando um ar diferenciado, mas agradável.
Fazendo as notificações que seriam atendidas assim que abrisse os olhos, para depois.
***
Faltam só mais quinze minutos, a esteira que está na velocidade padrão deixava ofegante, bem mais que o sexo.
Faz tempo que não usa esse artefato, sendo tão tecnológico quanto nas últimas academias frequentadas. Mohammad incentiva a permanecer, fazendo leve corrida numa velocidade normal, mas que, para a outra, é rápido demais.
Vestindo-se apropriadamente, o casal de pesos diferentes faz o possível para tornar isso o futuro.
O trauma, ao visualizar o exame, sonda em sua mente, causando desespero em perdê-la a qualquer instante.
“Só mais um pouco, mais tarde podemos comer açaí.”
A promessa de comer algo refrescante e delicioso deu gás às curtas pernas roliças a persistir, implorando para terminar.
“Cadê a boa sensação quando se faz isso? Não estou sentindo nada!”
Ao recordar do primeiro amor, xingou, implorando algo que fez parte do passado.
O aparelho, por ser avançado, se adapta ao corredor, mudando a frequência sem precisar tocar, então tinha momentos que saía do 5.5 para 6.0, transitando entre os dois.
Causando um gasto calórico alto e não deixando que se acostume a algo fixo.
“Eu quero morrerrr!!”
Não quer ouvir isso nem de brincadeira, dói bastante a ponto de optar por uma cirurgia longa sem anestesia.
“Tá tudo bem, meu amor. Não precisa dizer isso.”
“É…haaa… Uma ironia… Nã… Eu não quero morrer.”
Estava chegando ao ápice, impedindo de formar uma frase inteira, focando em expelir o máximo de carbono e engolir o dobro de oxigênio.
Ficar com um padrão tem suas desvantagens, e uma é a parte que toca seu sedentarismo.
Tão complicado quanto andar pela primeira vez.
Contudo, Mohammad é afetuoso, dando energia em palavras doces, no qual efetuou o percurso de quinze minutos.
E ao diminuir a velocidade gradualmente, seu organismo estabiliza em agradecimento por algo súbito.
“Obrigada!”
Exaltou o destino, agora, é repetir até se acostumar.
“Bebe um pouco d’água.”
Ofereceu uma garrafa fechada e gelada. Desconhece a marca, porém, não negou e colocou na boca, saboreando o líquido precioso. Em segundos, metade já se foi, agradecendo outra vez.
“É uma reação normal depois de tanto tempo sem fazer exercício.”
“Odeio essa etapa, quero chegar quando estiver acostumado.”
Sorrindo, nunca fez nada disso, quando praticava esse dever era só ele e seu personal e também não pronunciava nada além do indicado. Tornando tudo tão impessoal e frio.
Nesse instante, anseia compartilhar essa parte com ela. Idêntico a um único ser, como companheiros de verdade.
“Vamos comer um pouco de açaí, vai recuperar a energia.”
“Falou minha língua.”
O ânimo, que sumiu antes, retornou ao soletrar as palavras certas.
Antes, onde consumia com baixa proteína, mas diet, esse vem carregado com essa propriedade para fornecer saciedade e alimentar a musculatura travada.
E, como uma amiga bêbada, Bruna se apoia nele para ser suas pernas.
A quantidade de suor expelido é diversa, enquanto a pura camisa branca denotava uma quantidade boa, a da jovem é bem mais.
Como se, em vez da gordura sair pela respiração, foi só o suor.
Uma equipe limpava a residência, então os funcionários de uma terceirizada organizaram o vasto espaço e, pela fobia do dono, devem seguir os procedimentos padrão.
Enquanto Mohammad mal olha e não cumprimenta ninguém, ela fala com todos que aparecem.
Denotando o norte e o sul.
Que, por incrível que pareça, não estavam tão distantes assim.
O período em que estão juntos corre tão rápido, como se opusesse à sua união, queimando igual a fósforo.
Forte, intenso e rápido.
Depois do banho relaxante, a sensação sufocante do exercício escapuliu, originando um outro melhor.
Um casal no início tem muita madeira a queimar, tanto que para extinguir precisa de dias, meses e até anos para consumir esse fogo, antes de cair na monotonia.
Mas para esse, é o inverso, sentindo que a idade chegou e agora se comportam como idosos.
Bruna relaxa em seu peito, enquanto a enorme TV mostra as partes favoritas de Miguel e Luciana.
Christian fez o favor de filtrar as partes que ama para ser visto quantas vezes quiser, aproveitando esse momento com dose calma, de algo precioso.
Sem o planejamento de fazerem sexo, ele, que nunca fez tal coisa, agora gosta mais disso do que de seus corpos entrelaçados.
Se questionasse, haveria gargalhada irônica pela visão que não combina em nada, só que agora, está amando. A luz apagada, o ar-condicionado dava a sensação gelada a ponto de usar um edredom quente.
A declaração de Miguel é arrebatadora, uma coisa que toca o coração e fez suspirar sobre um possível amor dessa forma.
Luciana, que perdeu o brilho com o movimento de seu corpo, encontrou outro método para ser realmente alegre.
E a valorização como mulher e guerreira.
Onde, na tragédia, encontrou a si própria e o amor.
Bruna sente o mesmo, a depressão tirou muita coisa e hoje, tem que recuperar certas nuances, mas nada é igual, acreditando que nunca voltará.
Sendo novo, e com alguém que a ama ao seu lado.
Logo, será que para degustar a plena felicidade, é preciso saborear o fundo do poço?
Uma questão a se pensar, nada envolvendo o universo ‘coach’, mas a pura realidade, algumas situações nos lapidam para ser melhores — ou piores — do que éramos.
Sofrer nos fortalece e até nos faz humildes.
“Isso é tão bom.. Será que teremos mais disso?”
Aos poucos, a velha Bruna saiu e, idêntica à metamorfose, se transformou na mulher de hoje.
“Está tudo bem?”
Sentiu que estava distante, querendo saber o que tem em seu coração.
“Quanto tempo vai ficar em abril?”
“Não sei, depende de você.”
“Hum… Que tal dez dias?”
“Tudo bem.”
Curto, mas valioso.
Terão dez dias para aplacar toda a saudade juntada durante a longa espera. Como é acostumado a lidar por home office, não terá problema.
“Traz bolo e docinhos.”
A comemoração de casamento deixou um amargo em sua boca, similar a degustar dipirona líquida.
“Tudo bem, mas não tem problema que não seja fresco?”
“Mohammad, não sabe que bolo e rabanada são mais gostosos no dia seguinte?”
“Não sei, é algo novo, mas se quiser, qual sabor vai querer?”
“Dois amores. E faça olho de sogra.”
Um docinho da era jurássica é apresentado para esse bom senhor que desconhece a iguaria, portanto, explicou. E, por ser citado, entende que deva ser o favorito.
“Leva ameixa seca sem caroço, é branquinha e envolve açúcar cristal. Amo isso.”
“Farei, tá?”
“Sim!”
Quando terminam, voltam a ver o que é apresentado.
***
Takano sai da cozinha com um pote de salada de frutas feito por ela.
Dmitri come um pedaço de bolo de fubá, aqui, possuem a liberdade para comer o que quiserem e não ficar um longo tempo sem colocar nada.
Desse modo, durante o descanso dos patrões, algumas coisas são feitas para deglutirem. Portanto, não há preocupação de invadir um espaço feito para os donos da casa.
O ensinamento que ambas as filhas ganharam da mãe é mostrado constantemente, em que detesta ver alguém com a barriga roncando.
No qual, sempre faz ou deixa abastecido.
“Essa salada de fruta é deliciosa.”
“…”
Acostumado a não receber resposta, apenas dialoga como se comunicasse com a parede. O ingrediente é semelhante ao feito no antigo trabalho, dando suculência a cada mordida.
“Ei! Ainda sobrou salada de fruta?”
Questionou Dominique, que também gostou da sobremesa.
“Tem pouco, Sam e Charlie devoraram a maioria.”
“Que saco, vou pegar a raspinha antes que não tenha nada.”
Aproveitando, queria tomar um pouco de café e bolo. Esse clima ameno, onde o trabalho não parece maçante, é graças a ela, e sente que a falta disso doerá, anseia para intervir prolongando esse mar tranquilo.
Igual ao que fez com o secretário.
Observando toda a extensão, é um bom pedaço de terra para cobrir, mas não chega aos pés da nova propriedade.
E pior, sem a manutenção dele e de Oliver, Pumpkin é similar a bicho solto caçando alguém da nova equipe de segurança para deflorar.
“Ei, líder. Parece que Damian encontrou uma nova presa, é o chefe da segurança.”
Comunicou Christian.
“Droga… essa praga não possui o botão de ‘pare’?”
“Hahaha.. É que, enquanto não há uma fiscalização, é um tanto complicado controlá-lo.”
“Já sabe o que fazer.”
“Sim, o Doutor tá na cola dele, assim não tem como fazer alguma coisa.”
Só que não é de valia, Jason é outro que se amarra em ser rebelde e não será surpresa que se unirão para abocanhar a presa juntos.
Meu caralho, quero minhas férias o mais rápido possível.
Rogou para abril chegar igual a um jato ultrassônico.
Do outro lado, Dominique sai com sua sobremesa e um rosto sorridente, algo difícil de acontecer.
Está aqui, é uma montanha-russa, ao mesmo tempo que experimentam boas sensações, são, em mesmo grau, as tragédias.
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Capítulo 160
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As Mil e uma noites Dela com um espírito Obsessor
Dizem que o amor é a chave para o sucesso, capaz de unir mãos e garantir um felizes para sempre.
No entanto, Bruna, prestes a completar 32 anos, já não sente mais essa faísca e deseja...