Capítulo 161
É possível morrer de prazer?
Alguns dizem que sim, e relatam que quem experimentou acredita ser o melhor tipo de morte, e outros não têm a resposta e nem querem conhecer esse lado.
Bruna, que há pouco tempo soube disso, não mediu as consequências de ter um parceiro insaciável.
Achou que estava no mesmo patamar, mas quanta ingenuidade, não é bem assim. Ainda tem muito a aprender com esse mestre.
E, como relatou, não ficou com oito mulheres em oito anos, mas sim milhares.
“Pai… Tá tão seco…”
Exclamou, por expelir o último líquido de si, o prazer foi mais intenso que outrora tanto, que teve o tão famigerado ‘orgasmo feminino’.
Em que muitas que passaram por sua mão sentiram e entenderam que, ao mesmo tempo, é maravilhoso e exaustivo.
Enquanto ele?
Está tratando de limpar seu mel precioso com a língua.
Clama por água, mas está sem forças até para pronunciar alguma coisa. Só tem esse final de semana, após isso, uma longa pausa.
Logo, resolveu caprichar para marcar bem esse terreno.
Vendo a imagem melosa e um tanto pegajosa, não condizia com a realidade, se colocasse em preto e branco, cujo fundo musical fosse um suspense onde foca na besta-fera lambendo o líquido que esvaiu da mulher.
Encheria os espectadores de medo, e não de prazer.
Mohammad ama cada pedaço, tudo é tão doce, similar a chantili com calda de morango silvestre. Já sofrendo por antecipação, não queria ir embora, a despedida doía a ponto de querer partir ao meio.
É devido a isso que exagerou.
“Está tudo bem?”
A pergunta veio com a ameaça clara em forma de bitocas pela estrutura, reagindo sem ter nada para esvaziar, enquanto pulsa para outra rodada.
A usuária estava em um caos e queria apenas tomar banho e descansar.
“Não…”
Essa resposta teve dois redirecionamentos, o que é para interromper essa tentativa e mandar o seu sistema parar os sinais claros.
“Tem certeza?”
Seu dedo, que é mais safado que o dono, desceu e enfiou na toca escorregadia, dando um leve prazer, fazendo soltar gemidos que eram para ser contidos.
“Estou vendo que não.”
“Tá que pariu, não quero ser a porra de um uke! Eu não pedi por um seme, minha vida não é um omegaverse!”
Mesmo gritando em protesto claro, faz o oposto, produzindo uma nova remessa do que achou ter terminado.
Foi então que sim, tem como morrer de prazer e depois ressuscitar igual a Lázaro.
“Ahhh….nn….”
À noite, ops… O dia é uma criança levada que cansa constantemente os pais.
***
Todos podiam ver que a alma dela estava fora de seu corpo, tão pálida e sem energia, enquanto o presidente radiante chegava a cegar de tão brilhante. Percebe-se que o longo tempo foi dedicado ao pecado da gula e luxúria.
Existe um mandamento que não se pode comer além do permitido, isso vale para todos os cantos da vida, sexo demasiado causa exaustão.
Em que os usuários podem experimentar uma onda elevada de relaxamento, a ponto de não ter forças no resto dos membros.
Impossibilitando até de se alimentar, mas como esse efeito foi diretamente para ela, contudo, seu opositor aparentava estar com full energia?
Bem, o motivo é desconhecido, como seu passado bem movimentado, o cavaleiro não permite que Bruna faça quase nada, ajudando em tudo, deixando-a livre de qualquer atividade.
“Então é assim que deixava as mulheres?”
Um sorriso brincalhão e uma face cansada, dava vontade de beijar, doía demais, não queria partir e deixar nessa terra.
“Vamos dizer que pior.”
“Ah… Esqueci que tu era um grande fdp muquirana.”
“Que bom, assim toda a minha generosidade e amor vão para você.”
“Hum…”
“Socorro!”
Mohammad a pegou, que apoiou sua cabeça no ombro.
Estava tão cansada que necessitava de um descanso, portanto, não perdeu tempo e levou para o conforto para queimar essa saudade, dormindo juntos.
***
O gosto amargo após uma longa soneca fez despertar do paraíso do sono e encarar a realidade, ainda bem que Mohammad não é uma loucura criada por sua mente doida.
É real, tão quanto sua presença.
Não entende, mas o modo desprotegido desse predador é tão belo que a tenta a beijar toda a face, e, não controlando, faz como deseja.
Faz pelo fato de que falta pouco tempo, a permanência dele, apesar de longa, foi pequena para tudo que fizeram.
Lembra que sua irmã contava do passado sobre o relacionamento com seu atual marido. Foi um inferno, não puderam ser namorados e as crises externas e internas sobrecarregaram a ponto de desvincular.
Entretanto, durou pouco, e quando reataram o nó, não soltaram ou arrebentou.
Diferente, Bruna enfrenta o seu inferno particular, que ao ver alheio não seria uma cruz tão pesada. Mas, como dizem, o que carregamos, nenhum outro poderá sustentar e vice-versa.
O peso desse relacionamento, que inicia e permanece no erro, é doce demais para largar, e todo pesadelo desde que ficou, ninguém aguentaria.
Entretanto, a pressão que está sobre eles é essencial para mantê-los juntos e não separados. E supôs, caso desvinculasse, quando estiver longe.
Será que a distância é uma amiga ou inimiga?
“Cordeirinho….. Vestido de noiva….”
O balbuciar entre o sonho fez rir, não acredita que esteja sonhando com o seu possível casamento.
“Ei, lobo mau, tá na hora de acordar…”
Bem diante do ouvido, as palavras soaram suaves e não brutas, convidando a desligar do paraíso e ficar aqui com ela.
“Hum….”
Devagar, se despede do imaginário e vislumbra o carnal, e por incrível que pareça, não é frio ou amargo.
O selinho foi a cereja para degustar dessas férias longas.
“Nunca imaginei que apagaria desse jeito.”
Falou meio grogue.
“Acho que sou seu rivotril favorito.”
“Yeah… sua buceta é uma cartela inteira de rivotril.”
O riso sem vergonha desenhou-se, sendo o favorito.
O que tanto desprezou se tornou a melhor coisa de seus dias. O que seria, caso fosse contra? Quanto perderia? Não a grana e o conforto, mas cada pedaço desse tempo colado.
“Uma vez, quando era convertida, o pastor falou sobre o pecado da fornicação. E explicou que o sexo não sagrado unia as almas, em que, quando se separa, o pedaço de um e outro fica para todo sempre. Tornando um casamento espiritual.”
Ao ouvir isso, Mohammad recordou de outra era quando enfiava seu pênis em várias, mesmo com camisinha, ainda é considerado uma união. Sem querer, o seu pedaço foi espalhado para muitas outras.
E hoje, o único que sobrou está com ela.
Todavia, esse pequeno retalho é o suficiente para banir o resto nas outras viventes e permanecer somente com ela. Bruna não citou para constranger, mas por pura curiosidade e pela conexão que têm.
E talvez, dando pistas de que seu sonho possa virar realidade.
“Querendo ou não, já somos casados, o seu pedaço está em mim e eu com você.”
O beijo foi só o selamento para concluir a resolução.
“Mohammad, Hana será um grande problema.”
A frase soltada foi algo sem querer, não entende por citar essa víbora, contudo, aquele sonho estranho com cobras e olhos assustadores ainda assombra a ponto de falar que desconhece.
“Não se preocupe, não fará nada contra você. Te protegerei, ok?”
O tom apaziguador deixou mais aflita e resistente a ideia que a criatura fará.
“Não sei, o sonho… diz o contrário. Não sei por que… meu peito fica aflito quando vem ela.”
Sim, a cautela é sensível, a ponto de localizar perigos antes mesmo de acontecer e entende que essa piranha vai ser o maior infortúnio. O amaldiçoando por ter sexo, caso evitasse, a dor de cabeça seria menor.
“Está tudo bem, cordeirinho, lembre, destruo qualquer coisa no nosso caminho.”
Assim como fez com dois homens que ousaram atravessar a estrada e contaminar seu amor, fará com Hana. Um único movimento não remediará sua alma.
E, para o bem deles, a paz deve ser presente.
Por bem ou por mal.
***
“Nada mais rápido, lobo mau… hahaha…”
O barulho alto de água respingando é o retrato ideal de um casal que recorre ao frescor num calor infernal. Na piscina, Bruna está apoiada em suas costas, enquanto o motor desse barco dava diversão.
Dessa vez, a jovem não está sem a parte de cima, e sim, com o kit completo.
“Tudo bem.”
Com mais força, a velocidade é acentuada na extensão cercada por milhões de litros, deixando tudo mais divertido e confortável.
Queria ir à praia, curtir num lugar que emana relaxamento cercado de tanta burrice só para ter o prazer de ver sorrindo novamente.
Porém, Bruna negou a proposta pelo fato de alguns veículos de informação estarem do lado de fora do condomínio.
Parece que encontraram novas informações que deixaram tão ávidos quanto a agressão a Chloe Beker, sendo um possível caso amoroso do sheik Haroon com uma estrangeira misteriosa.
Que está fervendo nos Emirados, logo, qualquer um quer palinha nesse enorme agulheiro, sendo o essencial para entupir suas barrigas curiosas.
“Vi no Face e no YouTube, sobre o ‘suposto’ caso comigo.”
“Sim, minha equipe notificou, mas todos estão trabalhando para desmentir a ideia.”
“Por favor, não faça cara de bunda. Vão para o trabalho juntos, leve flores e seja bonzinho nos eventos, tá?”
“Tá, tá…”
A ideia deixou-o irritado.
Antigamente, quando recorriam a isso, era incomodador, mas suave para suportar.
Pois não existia Bruna nesse bolo todo.
A sensação de ser um bom marido o deixou enjoado a ponto de regurgitar durante dias.
“É sério, faça isso por nós dois, acredito que Latifah vá fazer sua parte, mas tu tem que cooperar.”
“Eu sei, cordeirinho, farei como prometido.”
Olhando essa má vontade, percebe-se a fidelidade pulsante.
Bruna fica chateada que, domingo, um dia apático e comum, foi descartada a ideia de saírem para comer algo diferente, mantendo-se presa nesse domínio.
Como Nazaré diz, ‘queria ver gente e bater perna’, por enquanto, terá que seguir à risca e fazer a noite japonesa na mansão.
Takano, que recebeu uma notícia importante do secretário, está indo em direção à piscina.
Mohammad viu seu empregado vindo, e como estava de costas, não degustou o sabor do vinagre. Bruna também notou a presença dele e achou estranho a posição ao andar, e como conseguia tal feito sem tropeçar em nada.
“Presidente e senhorita.”
“Olá.”
“Fale.”
Ambos os cumprimentos ultrapassam dois continentes.
“O secretário enviou uma informação importante.”
Sem falar na língua materna dela e muito menos em inglês, o árabe perfeito fez ver que algo bem chato deve ter acontecido aos seus empreendimentos.
E, pelo fato de não mexer no aparelho, não sabe o que está acontecendo.
“Hum.”
“Bem, parece que o grupo Gyo-shin está danificando uma das boates e pegando as meninas sem pagar.”
“O que o gerente informou?”
Japão, terra tecnológica onde o sol é nascente, não é à toa que o símbolo da bandeira é a metáfora. Mas, por ter isso, não diminui a podridão escondida na escuridão ou… a luz do dia mesmo.
Mohammad possui alguns empreendimentos, que funcionam na lavagem de dinheiro e na comercialização de armas e drogas.
Claro, com uma boa dose de prostituição.
O grupo Gyo-shin, ou ‘Dragão do Sol’, é comandado pela família Sato, sendo a principal raiz do bōryokudan.
Por ser estrangeiro e ter muito poder nessa área, ainda é complicado assimilar que Mohammad seja tão imponente.
E, por rebeldia e preconceito, não concorda que lidera ¼ da economia do leste asiático.
“Hum.. O filho mais velho dá tanta dor de cabeça, se fosse igual ao pai, abaixaria a cabeça e ficaria contente com a porcentagem que recebe.”
“Infelizmente, os empreendimentos tiveram uma queda de 5% e alguns negócios foram denunciados para as autoridades.”
“Que tédio. Ahh… logo quando estou tão feliz…”
O calor dela é a razão de não expulsar seu lado perverso e manter a serenidade. Aqui é tão azul e tranquilo que até uma notícia dessa não afeta profundamente.
“Não queria guerra, mas terei que lembrar o motivo da família Sato respeitar um Haroon.”
Isso é um aviso para fazer uma reunião com os principais membros da cúpula criminosa e resolver pacificamente antes de escorrer sangue.
“Tá tudo bem?”
“Sim, cordeirinho, são só meus empreendimentos sendo lesados.”
“Perdeu muito?”
“Um pouco, uns 5% no máximo.”
Bruna não compreende, para ela, é um valor baixo, mas para quem lida com grana, é gritante.
“O secretário programou sua viagem assim que inaugurarem o shopping na Coreia.”
“Sei.”
Takano entendeu e se despediu deles em inglês, retornando à velha atmosfera feliz em que Mohammad voltou a curtir antes de uma possível matança.
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