Capítulo 91
PRIMEIRO ARCO: HOTEL BELMOPAN
[PART II]
O sorriso tem um quê de arrependimento sobre a resolução dada por sua boca, mas é verdade, não faria nada, só queria mesmo sua companhia.
Para gravar ainda mais, quando for sair daqui.
“Talvez não aguente ficar afastado por muito tempo.”
Já planejando ficar o máximo possível juntos.
E, antes de voltar para Dubai, pretende falar toda a verdade sobre o que é, e montar um plano que a mantenha segura e estabilizada financeiramente, deixando um dos seus cachorros para vigiá-la.
Tudo foi arquitetado, portanto, comunicou a Park Hyung sobre um contrato que passasse algumas propriedades para seu nome, recebendo assim o lucro desses.
Também contaria sobre o transplante da glândula, que guardou para ela, e estava armando um plano evitando a exposição da identidade.
Minimizando o impacto na vida pessoal, e aproveitar esse ‘anonimato’ até chegar o futuro, e finalmente casarem.
Quando for colocado em prática, esse material correrá grande risco por poderosos que cobiçam, e faria qualquer coisa para tentar matar o Dr. Aubinet, não obtendo o sucesso planejado.
E, se for preciso, não pensará duas vezes em trazê-la para a Suíça para concluir o procedimento e devolver à sua pátria.
“Devolver? Aos poucos, sinto que esse vocabulário não existe quando se trata dela.”
Entretanto, de acordo com o programado até os pormenores, se for necessário, mudará uma coisa aqui e ali, todavia, por enquanto, essa estratégia será adotada.
“A balança não está funcionando.”
“Está tudo bem, pode sentar e comer.”
Contendo o riso, no fim conseguiu convencê-la e acompanhou-a até uma mesa confortável para duas pessoas.
Antes de colocar a primeira colherada, viu que olhava diferente, como se fizesse um ato muito fofo.
“O que foi?”
“É realmente uma formiga.”
“Doce é vida. E amo muito açaí.”
“Estou vendo que teremos uma vida bem açucarada daqui para frente.”
“Sim.”
E uma colherada cheia, põe na boca de uma única vez.
Diferente de onde compra, esse tipo é cremoso e derretia igual a sorvete, mas não é um, e sim o legítimo adotado pelo paladar mal-acostumado.
E amou sentir essa sensação, que há muito tempo não sabia como era.
“Hum! Muito bom, é igual ao que comprava na faculdade.”
“Gostou?”
“Sim. A calda de uva é igual à da lanchonete onde moro, muito bom! Vou querer comer só isso daqui pra frente.”
“Que bom, vamos vir com mais frequência então.”
“Que felicidade.”
Novamente, para tê-la, não precisava gastar rios de dinheiro, o que seu lado mesquinho ‘agradece’.
Entretanto, não era o intuito, portanto, fez um pedido exorbitante utilizando as preciosidades acumuladas naquele cofre para a formação de belas peças, como uma imperatriz deve ser adornada.
“Por favor, deixe ficar nesse jardim.”
Talvez, o significado de dar ‘pérolas aos porcos’ seja real.
Bruna, que cedeu pela burrice a sua herança sentimental com quem amava lavagem, agora oferecia igual a esse cara que pacientemente esperava suas pérolas.
Engolindo todo tipo de destroços para ser digno de ganhar seu coração.
Bruna não é chegada a essas coisas e preza pelo conforto, se sentindo bem consigo mesma.
Sendo vaidosa para si e para quem realmente ama, como na despedida da mãe.
E, devido a esses detalhes, não é presenciado atualmente.
Em que o ser humano tem que preservar a sua imagem e demonstrar riqueza constantemente, ganhando ainda mais seu apreço.
Pois sabe que será alvo do seu amor e que ficará bonita e vaidosa só para ele e ninguém mais.
Esse tipo de pensamento não é pela insegurança, mas pela exclusividade, o único alvo dos seus caprichos.
“Que horas são?”
Mohammad olhou no relógio e, apesar do tempo curto, são 11h20.
E precisava levar para casa.
“Tão rápido, nem percebi que tinha passado tanto tempo assim.”
“Também não, já quer ir?”
“Quero, assim começo as coisas cedo.”
“Ok. Coma e vou te levar para casa.”
“Tá bom.”
A chuva diminuiu, mas a sensação térmica não passava dos 18 °C, e mais pessoas entravam de casaco, mesmo que depois tenham que retirar pelo calor interno.
A loja, assim como as outras, fecha às 20h20.
Os funcionários saem mais tarde, pois precisam deixar o setor em ordem e limpo para funcionar no dia seguinte.
O estabelecimento não abre aos domingos, desse modo, tem o dia de descanso, para retornar à rotina durante os seis dias trabalhados.
Uma escala massante, que impede de respirar o descanso.
Quando devorou a última colherada satisfeita, jogou o copo vazio no lixo e os dois saíram.
A sensação quente foi recebida pelo vento gelado do lado de fora, e a chuva fina caía sem parar, prometendo o que foi estipulado nesta manhã.
Mesmo pedindo para colocar o casaco, recusou e pediu para abrir as janelas do carro para sentir esse vento, como sempre.
Ao sentar, pegou o celular carregado e viu uma mensagem no WhatsApp enviada às 8h.
Como estava usando o wi-fi daqui, foi vista imediatamente.
Desbloqueando, notou que foi seu irmão.
Já faz muito tempo que não se falam, na verdade, desde novembro, quando parabenizou pelo aniversário de 37 anos.
Depois desse dia, tudo aconteceu e ninguém se comunicou mais.
E ver deixou-a intrigada e curiosa para o tipo de bomba que enfrentaria.
Mohammad percebeu o jeito calado, como se estivesse querendo fazer algo, e manobrou para sair do estacionamento.
E quando flagrou, o que foi acalmado com a ajuda dele desmoronou.
É a foto do Jô, com aparência atual, relatando sobre seu desaparecimento e possível fuga.
O cartaz o tratava como foragido da justiça, alertando quem pudesse ver, denunciar como possível criminoso.
Não tem como fugir, é realmente seu ex-namorado e de fato os mortos no incêndio são sua família.
E seu irmão relatou em tom preocupado para não sair de casa sem avisar e nem abrir a porta para desconhecidos.
Assim, o medo, aliviado, tomou forma e estava afetando pior que antes.
“O que foi?”
Não tirando os olhos da estrada, queria entender o motivo desse nervosismo.
“Meu irmão enviou uma mensagem com o cartaz de foragido do meu ex-namorado.”
“Está com medo?”
“Sim, talvez precise ir pegar uma cartela de clonazepam só por precaução.”
“É para ansiedade?”
“É, o clonazepam é um pouco mais fraco que a prometazina, e não fico sonolenta depois de acalmar a crise… que saco.”
“Não se preocupe, não vai acontecer nada. Confie em mim.”
A mão quente envolveu a pequena, que estava um tanto gelada pela notícia atual, concluindo a teoria.
Mas, não entende, não é esse tipo de pessoa, não quando conheceu e ficou ao seu lado por quase dois anos, na verdade, era bem frouxo e dramático, e não aguentava uma única zoação.
Chegava a ser estressante o quão dramático e chorão era.
Apesar dessas características irritantes, nunca se mostrou agressivo ou violento, na realidade, era o oposto, sempre foi pacífico.
E, por causa disso, não acreditou que possa ser o culpado pela morte dos seus familiares.
Acreditando que seja algum tipo de encomenda de sangue ou até uma intriga daquela redondeza, e que ainda não tenha resolvido, sendo os verdadeiros culpados desse crime bárbaro.
Cogitando que foi até morto, mas foi desovado ou até queimado para incriminá-lo como verdadeiro criminoso por tal ação.
Essa era a sua fé, até o momento atual.
A mão dele gerava um conforto, transmitindo uma sensação de paz para que não desencadeasse uma crise de ansiedade.
Todavia, mesmo que passe, e até um cuidado e preocupação, não estava arrependido do que fez, na verdade, foi até necessário e faria de novo se surgisse outro com o mesmo perfil e passado.
“Não ligo, se for necessário, farei pior do que fiz com esse cara.”
Pedras são só removidas quando explodidas, nunca devem rolar para outra parte, porque lá na frente podem se tornar um novo empecilho e ficar ainda maior e pior de se resolver.
E, por causa dessa analogia de destruir tudo em seu caminho, achou necessário eliminar esse homem da existência da Bruna, pois poderia ser uma dor de cabeça maior.
Principalmente com todo conteúdo comprometedor que a jovem enviou no passado pela confiança do compromisso.
Falando em obstáculo, queria fazer uma pergunta que vem navegando e que causa uma certa irritação, inclusive depois da declaração sobre esse assunto.
“Posso fazer uma pergunta um tanto delicada?”
“Ahn.. Claro.”
Para ela, o passado não a aflige mais — não tanto quanto antigamente — mesmo sentindo o ardor, porque ensina, entretanto, lateja.
Não se incomodará e responderá com clareza a verdade a esse cara.
“Como conheceu o seu primeiro namorado?”
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Capítulo 91
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