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Fragmentos de Nós

Capítulo 11

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Os corredores da escola estavam estranhamente silenciosos quando Cas e Ellin se esgueiraram pelas sombras, com seus ternos de baile de formatura farfalhando suavemente contra o ar frio da noite.

O eco fraco da música do ginásio chegou até eles, mas parecia uma lembrança distante agora. A mão de Ellin estava quente na de Cas, seu aperto firme e reconfortante enquanto ele o conduzia em direção à biblioteca. Eles haviam concordado – nenhum deles queria mais ficar no meio do barulho e das multidões. Eles queriam ficar sozinhos.

As portas da biblioteca estavam ligeiramente entreabertas quando chegaram, e Ellin as abriu com um rangido suave.

A sala estava pouco iluminada, com o luar passando pelas janelas altas e lançando um brilho prateado sobre as fileiras de livros e as mesas de estudo silenciosas. Ellin não hesitou, puxando Cas mais para dentro e trancou as portas.

Eles chegaram a um canto isolado, escondido atrás de uma estante imponente. Ali, no chão, havia um cobertor macio bem estendido, cercado por almofadas e travesseiros. Parecia um pequeno refúgio, um mundo particular só para os dois.

Cas levantou uma sobrancelha, olhando para Ellin, que de repente parecia tímida, com os dedos entrelaçados nervosamente.

— Você… preparou isso? — Cas perguntou, com um sorriso gentil puxando seus lábios.

Ellin se virou para Cas, com um sorriso tímido nos lábios.

— Achei que seria melhor do que o baile de formatura — disse ele, com em voz baixa, mas firme —, sem barulho, sem pessoas. Só… nós.

Os olhos de Cas se suavizaram quando ele olhou para Ellin, seu coração se encheu de afeto.

— É perfeito — ele murmurou, sua voz baixa e calorosa —, eu não gostaria de estar em nenhum outro lugar.

Eles se sentaram no cobertor, o silêncio da biblioteca os envolveu como um abraço reconfortante. Por um tempo, eles simplesmente ficaram sentados ali, encostados um no outro, com as mãos entrelaçadas.

O polegar de Ellin traçou círculos pequenos e suaves sobre os nós dos dedos de Cas, sua respiração calma e uniforme. A tensão da noite parecia ter se dissipado, deixando apenas a intimidade tranquila entre eles.

Depois de um tempo, Ellin se mexeu, com as bochechas tingidas de um leve rubor. Ele se virou lentamente, seus olhos encontrando os de Cas com uma intensidade silenciosa, como se estivesse ponderando o peso de cada palavra.

As palavras, no entanto, pareciam desnecessárias naquele momento. A respiração de Cas estava suave, e o silêncio entre eles parecia mais denso e cheio de significado do que qualquer conversa apressada poderia oferecer.

Com uma leve hesitação, Ellin tirou o celular do bolso, os dedos delicados tocando a tela com uma familiaridade que, ao longo do tempo, se tornara mais natural. Ele deslizou pelas fotos que tinham tirado mais cedo, imagens capturadas no baile de formatura, antes de se afastarem para aquele momento privado, longe do tumulto.

Cada foto era uma memória congelada no tempo: o sorriso genuíno de Cas, o jeito descontraído de Ellin, as sombras suaves que se projetavam sob as luzes do salão. Mas, à medida que as imagens iam passando, Ellin foi chegando à última, uma foto que ele não tinha mostrado a Cas ainda.

Ele se deteve na imagem e sorriu, um sorriso pequeno e discreto, mas repleto de afeto. Era uma foto deles dois, mas capturada de um ângulo em que Ellin estava de costas, olhando para Cas. O olhar dele estava fixo no rosto do outro, como se estivesse completamente absorvido por ele, como se o resto do mundo tivesse deixado de existir.

— Essa é a minha favorita. — A voz de Ellin foi suave, mas havia uma certeza tranquila nas palavras.

Cas olhou para a foto, o canto dos lábios se curvando com um sorriso, embora seu olhar fosse um tanto pensativo. Ele segurou a mão de Ellin com mais força, como se quisesse garantir que aquilo não fosse apenas um momento passageiro, mas algo que poderia ser lembrado por mais tempo.

— Eu pareço… um pouco distante, não? Como se não estivesse ali. — Disse Cas, a leve ironia na voz, mas com um brilho afetuoso nos olhos, ciente de que Ellin o conhecia o suficiente para perceber os pequenos detalhes que ele mesmo via em si.

Ellin balançou a cabeça, o cabelo caindo suavemente sobre os ombros.

— Não, você não parece distante. É como se você estivesse ali de verdade, comigo, mesmo quando o mundo à nossa volta não parecia fazer sentido. Essa é a razão pela qual eu amo essa foto. Porque é a mais… verdadeira.

Cas sentiu um calor no peito, algo que não podia ser facilmente traduzido em palavras. Ele não sabia se poderia retribuir aquilo de forma justa, se poderia expressar da mesma maneira a intensidade com que aquilo o tocava, mas, ao olhar para Ellin, com aquela sinceridade bruta nos olhos, ele sentiu que talvez não precisasse. Às vezes, o simples ato de estar ali, em silêncio, era mais do que suficiente para mostrar o quanto o outro significava.

— Eu… nunca pensei que precisaria de algo assim, mas agora que tenho, não quero deixar ir. — Disse Cas, sua voz carregada de admiração contida

Ellin olhou para ele com uma expressão que misturava surpresa e carinho. Ele não estava acostumado a ser o centro de tantas palavras gentis e carinhosas. Ele tinha passado tanto tempo em silêncio, tanto tempo se reprimindo, que até mesmo esses pequenos gestos de afeto agora pareciam tão vastos quanto o próprio universo.

— Eu só queria… que fosse só nós, por um momento. — Ellin disse, a voz se suavizando ainda mais. — Só nós, sem ninguém mais… nada mais.

Cas sorriu, inclinando-se levemente, e tocou a testa de Ellin com a sua, em um gesto quase imperceptível, mas profundamente íntimo. Era uma forma silenciosa de dizer que, naquele momento, não havia mais ninguém. Eles estavam ali, no centro do mundo um do outro, e nada mais importava.

— Eu sei — A voz de Cas era quase um sussurro —, eu também.

Ellin relaxou, fechando os olhos por um instante, sentindo a conexão entre eles se aprofundar, um laço invisível que os unia de uma forma que ele nunca soubera que poderia existir. Eles compartilharam o momento, as fotos, e o silêncio que os envolvia. Nada precisava ser dito. Eles se entendiam, mais do que nunca.

O único som era o suspiro suave de Ellin, seu corpo relaxando junto ao de Cas, e o leve movimento de suas mãos, tocando-se, marcando aquele momento como único, como uma memória que ficaria para sempre entre eles.

— Cas — Sua voz tremeu levemente.

— Hmm?

— Você pode… fechar os olhos por um segundo?

— Por quê? — Cas ergueu uma sobrancelha. O rubor de Ellin se aprofundou, mas ele não recuou.

— Apenas… confie em mim. Por favor.

Cas riu, um som abafado e rouco escapando de sua garganta, mas concordou, fechando os olhos. Por um momento, não havia nada além do som de suas respirações e o sussurro do tecido contra a pele. Então, ele sentiu o calor da mão de Ellin sair da sua, seguido pela sutil mudança de movimento ao seu lado. O som de botões sendo desabotoados, tecido deslizando contra a pele, sapatos sendo colocados de lado – tudo isso pintou um quadro na mente de Cas, embora ele não pudesse vê-lo.

Quando o farfalhar finalmente parou, a voz de Ellin quebrou o silêncio, suave e hesitante.

— Ok. Você pode abri-los agora.

Os olhos de Cas se abriram e sua respiração ficou presa na garganta.

Ellin estava sentado ali, com seu terno de baile descartado em uma pilha organizada ao lado dele, mas não foi isso que fez o coração de Cas disparar. Por baixo, Ellin estava usando lingerie.

A renda preta se agarrava ao seu corpo com uma elegância que tirava o fôlego de Cas – um sutiã delicado que emoldurava seu peitoral, uma roupa intima provocante que abraçava seus quadris e um cinto fino que se conectava às meias de renda que subiam por suas coxas.

A luz da lua brilhava contra o tecido, destacando cada curva, cada detalhe. Ele estava deslumbrante.

Cas engoliu com força, sua voz saiu áspera e rouca.

— Você… você planejou isso.

Ellin mordeu o lábio, suas bochechas coraram, mas seu olhar nunca se desviou.

— Planejei — Ele admitiu —, eu queria que esta noite fosse especial. E… e eu queria que fosse com você.

O peito de Cas se apertou, uma onda de emoção o invadiu. Ele estendeu a mão, seus dedos roçando a bochecha de Ellin, seu toque gentil, mas reverente.

— Você é lindo — ele respirou, sua voz carregada de admiração e desejo —, eu não tenho palavras, Ellin. Você sempre foi lindo para mim, mas isso… isso é de tirar o fôlego.

Os olhos de Ellin brilharam, seus lábios se curvaram em um sorriso pequeno e hesitante.

— Eu amo você, Cas — ele murmurou, sua voz tremendo de sinceridade — E… ouvi dizer que o baile de formatura é a oportunidade perfeita para perder a virgindade, eu quero fazer isso com você hoje.

Cas se inclinou para um beijo suave, seus lábios pressionando os de Ellin com uma ternura que dizia muito.

— Eu também amo você, Ellin. Você tem certeza que quer isso? Digo… aqui não é o melhor lugar.

— Eu nunca tive tanta certeza. Aqui é o lugar perfeito, foi aqui que nos beijamos pela primeira vez e onde nos apaixonamos. Era aqui ou na roda-gigante, mas lá seria mais difícil.

Cas se deixou rir.

— Mas… se você não quiser, se preferir ir para outro lugar, nós podemos ir.

— Não, se quer tanto que seja aqui, então será aqui. — Ele disse calmamente.

A respiração de Ellin ficou presa e suas mãos tremeram ligeiramente quando ele estendeu a mão para cobrir o rosto de Cas.

Cas sorriu, seu polegar passando sobre o lábio inferior de Ellin.

Por um momento, eles simplesmente ficaram sentados ali, com as testas pressionadas, suas respirações se misturando. Cas piscou, como se tentasse gravar cada linha daquele corpo tão cuidadosamente revelado, seu olhar se desviou para baixo, traçando a delicada renda que adornava o corpo de Ellin.

— Você usou isso a noite toda? — Perguntou ele, com a voz carregada de descrença e admiração.

Ellin assentiu, com as bochechas coradas novamente.

— Eu queria estar pronto… no segundo em que tirasse a roupa.

Cas riu, seus dedos percorrendo o cinto de renda ao redor da cintura de Ellin.

— Acho que talvez eu tenha um novo apreço por lingerie. — Ele provocou, com a voz baixa e quente.

Ellin riu, com um som leve e despreocupado.

— Então você gostou?

— Eu adorei — respondeu Cas, seus olhos encontrando os de Ellin —, você fez isso para mim, isso é muito sexy.

Cas se inclinou novamente e seus lábios se encontraram em um beijo lento e profundo, repleto de todo o amor e desejo que tinham um pelo outro. As mãos de Cas percorreram o corpo de Ellin, traçando as curvas de suas costas e cintura, e a protuberância de seu peitoral. A renda era macia e delicada sob seu toque, mas não era nada comparada ao calor da pele de Ellin.

Quando finalmente se separaram, Cas deitou Ellin gentilmente sobre o cobertor, suas mãos quentes e firmes contra o corpo trêmulo dele. O tecido macio sob seus corpos estava frio, um contraste com o calor que se acumulava entre eles.

Ellin prendeu a respiração ao levar a mão de Cas até o peito, pressionando-a contra a protuberância de seus seios.

— Aqui — sussurrou Ellin, sua voz quase inaudível.

O toque de Cas era suave, seus dedos pressionaram a carne sensível com um cuidado que fez os olhos de Ellin se fecharem. Ele podia sentir a pressão diminuindo, o alívio quase imediato à medida que os dedos de Cas o tocavam. Um gemido suave escapou dos lábios de Ellin quando ele sentiu a primeira gota de leite sair, molhando sua pele e as mãos ávidas do alfa.

Cas não hesitou. Ele se inclinou para baixo e seus lábios capturaram um dos mamilos inchados de Ellin, sua língua girando em torno dele antes de começar a sugar. As costas de Ellin se arquearam para fora do cobertor, um suspiro saiu de sua garganta quando a sensação o atravessou.

— Cas… — ele respirou, suas mãos se enroscando no cabelo de Cas —, é tão bom.

Cas cantarolou contra a pele de Ellin, suas mãos ainda massageando o outro seio enquanto continuava a extrair o leite do corpo de Ellin. O ritmo era constante, a sucção era suave, mas firme, e Ellin podia sentir a tensão se dissipando.

As mãos de Cas percorreram a barriga de Ellin, descendo cada vez mais… até que seus dedos roçaram a pele sensível de sua entrada. Seu corpo se arqueou instintivamente contra o toque de Cas.

— Está tudo bem? — Cas murmurou, seus lábios ainda pressionados contra o peito de Ellin.

— Sim — Ellin ofegou, sua voz tremendo de necessidade.

Os dedos de Cas deslizaram para dentro, lentamente, com cuidado, enquanto ele continuava a dar prazer aos seios de Ellin. O corpo dele já estava tão sensível, tão ansioso, e logo os dedos de Cas estavam cobertos pela lubrificação que escorreu de sua bunda.

Os gemidos abafados de Ellin se perderam entre as prateleiras, como sussurros escondidos pelo silêncio da biblioteca, seus quadris empurrando para trás contra o toque de Cas enquanto ele se contorcia sob ele.

Quando Cas sentiu que Ellin estava pronto, ele pegou as bombas de leite na mochila, logo ao lado deles. Mas antes que ele pudesse colocá-las, a mão de Ellin segurou seu pulso, impedindo-o.

— Espere… — pediu Ellin, com as bochechas coradas, mas com os olhos firmes. O alfa assentiu, deixando os dispositivos de lado, por ora. — Eu quero… quero fazer uma coisa antes.

Cas levantou uma sobrancelha, com um sorriso provocador nos lábios.

— Ah? E o que você quer fazer?

Ellin não respondeu com palavras. Em vez disso, ele se levantou, suas mãos tremiam quando ele começou a desabotoar as calças de Cas. A respiração dele ficou presa quando os dedos de Ellin desceram, revelando o pênis duro.

Os olhos de Ellin se arregalaram para encontrar os de Cas e, por um momento, houve um lampejo de incerteza neles. Mas então, como que encorajado pelo calor no olhar de Cas, ele se inclinou para frente, pressionando os seios contra a ereção de Cas.

O gemido de Cas foi baixo, quando pele macia de Ellin o envolveu. As mãos de Ellin se moveram, apertando-os ao redor do pênis de Cas, e a fricção provocou ondas de prazer em ambos.

— Está tudo bem? — Ellin perguntou, sua voz um pouco insegura, mas seus olhos brilhavam com uma mistura de determinação e desejo.

Cas assentiu com a cabeça, sua voz áspera de necessidade.

— Mais do que bem.

Encorajado, Ellin se inclinou para baixo, sua língua provocando a ponta do pênis de Cas antes de levá-lo à boca.

sensação dos lábios e da língua de Ellin… combinada com a pressão suave de seus seios ao redor dele… foi quase demais. Os quadris de Cas balançaram involuntariamente, com um gemido saindo de sua garganta.

— Porra. — Respirou Cas, com as mãos enroscadas no cabelo de Ellin. — Isso é bom.

Ellin não parou, sua boca tocando Cas com uma determinação que fez a visão de Cas ficar embaçada. Os sons da sucção de Ellin, a sensação de seus seios pressionados contra ele, a forma como a língua dele acariciava a base sensível de seu pênis — era tudo demais, rápido demais.

— Ellin, espere — Cas ofegou, com as mãos apertando os cabelos de Ellin —, eu vou gozar se você continuar fazendo isso.

Ellin recuou, com os lábios inchados e úmidos, os escurecidos pelo desejo.

— Mas eu quero isso, quero fazer você se sentir bem.

O coração de Cas doeu com a vulnerabilidade na voz de Ellin. Ele se inclinou para baixo, capturando os lábios de Ellin em um beijo ardente, com as mãos segurando o rosto de Ellin.

— Você faz — murmurou Cas contra seus lábios —, você me faz sentir tão bem, Ellin. Mas ainda não quero gozar. — Cas encostou os lábios na orelha de Ellin, sua respiração quente e provocante. — Eu quero que isso dure o máximo possível. — As bochechas de Ellin coraram quando ele assentiu, com o lábio inferior preso entre os dentes.

Cas ajeitou o cobertor, mexendo nos travesseiros até ficar satisfeito com a disposição deles. Ele ajudou Ellin a se recostar, com as mãos demoradas na estrutura esbelta do ômega.

— Confortável? — Ele perguntou, com a voz baixa e carinhosa. Ellin assentiu com a cabeça, embora seus olhos revelassem um pouco de nervosismo.

Antes de mais nada, Cas pegou as bombas de leite da mochila de Ellin. Com cuidado, ele tirou o delicado sutiã de renda, seus dedos roçando na pele sensível de Ellin. Ele estremeceu, um suspiro suave escapou de seus lábios.

— Desculpe — Cas murmurou, embora a forma como os mamilos de Ellin endureceram sob o seu toque lhe dissesse que o ômega não estava reclamando.

Cas colocou as bombas nos seios de Ellin, ajustando-as cuidadosamente.

O zumbido suave dos dispositivos ecoando ao redor, misturando-se aos gemidos silenciosos de Ellin. Cas não pôde deixar de admirar a visão – Ellin, tão vulnerável e ao mesmo tempo tão confiante, deitado ali com o corpo totalmente à mostra.

— Você é lindo. — Murmurou Cas, sua voz áspera de desejo.

As bochechas de Ellin ficaram ainda mais vermelhas e ele desviou o olhar timidamente.

Cas riu baixinho e seus dedos foram até a mochila de Ellin. Ele retirou um preservativo e o ergueu, levantando uma sobrancelha.

— Você realmente pensou em tudo. — disse ele, com um tom brincalhão. O sorriso de Ellin se alargou e ele assentiu.

— Mais do que você imagina. — Respondeu ele, com a voz pouco acima de um sussurro.

A curiosidade de Cas foi aguçada.

— O que isso significa? — Perguntou ele, inclinando-se para mais perto de Ellin, com os olhos examinando o rosto dele. Ellin hesitou por um momento antes de falar.

— É o meu dia seguro — admitiu ele, com a voz um pouco trêmula —, então… se quiséssemos, não precisaríamos usar camisinha.

Cas piscou os olhos, surpreso com a admissão de Ellin. Ele soltou uma risada suave, balançando a cabeça em descrença.

— Você é cheio de surpresas, não é? — disse ele, com a voz quente de afeto. — Por mais que eu queira abraçar o estereótipo de engravidar você na primeira, não quero ser irresponsável. Segurança em primeiro lugar, certo?

Ellin riu e assentiu com a cabeça, embora houvesse uma ponta de decepção em seus olhos. Cas percebeu e se inclinou para beijar gentilmente seus lábios.

— Haverá muitas outras vezes — prometeu, com a voz baixa e tranquilizadora —, por enquanto, vamos nos concentrar apenas em tornar isso especial para você.

Cas colocou o preservativo com lentidão deliberada. Queria ter certeza de que Ellin se sentia confortável, que sabia que ele não estava com pressa. Quando terminou, ele retirou delicadamente a calcinha de renda de Ellin, suas mãos tremendo levemente enquanto ele expunha Ellin completamente.

— Pronto? — Cas perguntou, sua voz cheia de preocupação. Ellin assentiu, sentindo o coração disparar.

Cas se posicionou com cuidado sobre Ellin, ajustando os joelhos sobre o cobertor estreito, pressionando a ponta de seu pênis contra a entrada do ômega. Ele fez uma pausa, observando atentamente o rosto dele.

Cas começou a empurrar para dentro, se movendo lentamente, seus movimentos eram suaves e controlados. Ele observava atentamente as reações de Ellin, pronto para parar ao primeiro sinal de desconforto.

— Está doendo? — Perguntou, com a voz carregada de preocupação.

Ellin balançou a cabeça, com os olhos arregalados de admiração.

— Não… é… é melhor do que um vibrador. — Cas soltou uma risada suave, com o alívio inundando seu peito.

— Claro que é, seu bobo. — Disse ele, sua voz provocante, mas afetuosa.

Cas se inclinou para capturar os lábios de Ellin em um beijo carinhoso, e seus movimentos se tornaram mais confiantes quando ele começou a empurrar. O corpo de Ellin era quente e acolhedor, seu interior era macio e úmido.

Cas não conseguia acreditar em como aquilo era bom – estar com Ellin, fazendo amor com ele, era melhor do que qualquer coisa que ele poderia ter imaginado.

O beijo se aprofundou, suas línguas se misturando enquanto as investidas de Cas se tornavam mais constantes. Ele podia sentir o calor crescendo em seu peito, seu corpo tremendo com a necessidade de gozar. Mas ele se conteve, determinado a fazer isso durar.

— Isso é muito bom. — Murmurou contra os lábios de Ellin, sua voz áspera de desejo.

Ellin gemeu baixinho, com as mãos agarradas às costas de Cas.

— Cas — ele murmurou, sua voz tremendo de necessidade —, por favor… não pare.

O coração de Cas disparou ao ouvir seu nome nos lábios de Ellin. Ele o beijou novamente, seus movimentos se tornaram mais irregulares à medida que ele se sentia chegando ao limite.

— Estou perto. — Ofegou, com a voz embargada.

Ellin assentiu com a cabeça, os olhos escuros de desejo.

— Eu também…

Cas empurrou uma vez, duas vezes mais, e então gozou, sua liberação contida pelo preservativo. Ellin gritou, seu corpo estremecendo enquanto ele também gozava. Cas caiu em cima dele, com o peito arfando enquanto lutava para recuperar o fôlego.

Eles ficaram deitados por um momento, com os corpos entrelaçados, os corações batendo em uníssono. Então Cas se afastou um pouco, tirando uma mecha de cabelo do rosto de Ellin.

— Você foi incrível. — Disse ele, em tom brando e cheio de admiração.

Ellin sorriu timidamente, com as bochechas ainda coradas.

— Nunca mais vou usar brinquedos. — Admitiu, com a voz trêmula de emoção.

Cas riu baixinho, dando um beijo na testa de Ellin.

— Eu não vou deixar — brincou ele, com a voz quente de afeto —, não quando pudermos fazer sexo.

O coração de Ellin se encheu com as palavras de Cas, e ele se inclinou para capturar os lábios de Cas em um beijo.

—–

O canto escondido da biblioteca estava desarrumado, o ar denso, saturado pelo cheiro íntimo de suor e desejo — uma energia bruta e persistente que permanecia mesmo após o fim. Cas e Ellin estavam entrelaçados sobre o cobertor grosso e as almofadas. Seus corpos brilhavam sob a penumbra suave, respirações irregulares ecoando baixas, abafadas pelo carpete e pelas paredes silenciosas de livros.

Ellin estava montado sobre Cas, as mãos cravadas em seus ombros para se equilibrar enquanto ele se movia num ritmo calmo, quase meditativo. As mãos de Cas deslizavam pelo corpo dele, explorando cada linha com familiaridade provocante.

Seus dedos roçaram os mamilos já sensíveis, marcados por mordidas passadas — mesmo que o leite não fluísse mais, Cas não resistia a provocar. Ellin soltou um gemido abafado, os quadris hesitaram por um instante antes de encontrar seu ritmo novamente.

Cas encostou os lábios no pescoço de Ellin, beijando e mordiscando a pele. Ellin prendeu a respiração e se inclinou para o toque, seus movimentos se tornando mais irregulares.

— Cas…

— Hmm?

— Eu preciso… quero sua marca.

Cas parou por um momento, com as mãos apertando os quadris de Ellin. Ele se afastou para olhar para ele, examinando o rosto de Ellin.

— Quando eu fizer isso, não haverá mais volta. Você será meu em todos os sentidos — perguntou, com a voz suave, mas séria. — Você e eu nunca seremos os mesmos depois disso. Tem certeza de que é isso que quer?

Ellin assentiu com a cabeça, decidido.

— Tenho certeza — disse ele, com a voz firme, apesar de seu coração estar acelerado —, mas e você?

— Eu quero, claro que eu quero.

Ele se mexeu, tirando Ellin do colo e colocando-o sobre o cobertor grosso. Ellin se deitou de bruços, seu corpo tremendo de ansiedade enquanto Cas se posicionava sobre ele. Cas se inclinou para baixo e seus lábios roçaram a orelha de Ellin.

— Relaxe, levante um pouco o quadril.

Ellin exalou trêmulo, com as mãos agarrando o cobertor sob ele enquanto arqueava o quadril —, você confia em mim?

— Eu confio em você. — Ele sussurrou de volta.

Cas beijou a nuca de Ellin, suas mãos alisando as costas dele enquanto ele se posicionava. Suas mãos agarraram os quadris dele enquanto se empurrava lentamente para dentro de Ellin.

Ellin soltou um gemido suave, seu corpo se arqueando ao toque de Cas. Quando estava completamente sentado, Cas fez uma pausa, deixando Ellin recuperar o fôlego.

— Pronto?

— Sim. — Ellin ofegou, sua voz mal passando de um sussurro.

Cas começou a se mover, seus movimentos lentos e deliberados no início, cada uma deles provocando um leve suspiro de Ellin; então Cas se moveu, seus lábios roçando a nuca de Ellin.

Os gemidos de Ellin ficaram mais altos, seu corpo tremia de prazer à medida que o ritmo de Cas aumentava. Os lábios dele encontraram o local onde ficaria sua marca e ele fez uma pausa por um momento, seu hálito quente contra a pele do ômega. Seus quadris se moveram com mais urgência, mais profundamente, dentro de Ellin.

— Eu amo você. — Disse Cas, com a voz carregada de emoção. Então, sem aviso, ele mordeu, seus dentes afundando na carne macia do pescoço de Ellin.

Ellin gritou, seu corpo se arqueou para fora do cobertor enquanto o prazer o percorria. Cas o segurou, deixando-o o mais imóvel possível, com suas estocadas implacáveis e os dentes ainda enterrados no pescoço de Ellin.

O orgasmo o atingiu com força, seu corpo tremendo violentamente enquanto ele gozava, sua visão se apagando por um momento enquanto o prazer o consumia. Cas o seguiu logo em seguida, sua própria liberação estremecendo através dele enquanto marcava Ellin como seu.

Quando terminou, Cas caiu sobre o corpo de Ellin, seus corpos se entrelaçaram. Cas o puxou para perto de si, com os braços envolvendo-o e beijando suavemente a marca recente em seu pescoço.

— Você é meu ômega agora, para sempre.

Ellin sorriu fracamente, seu corpo ainda tremia enquanto ele assentia.

— Seu… sempre.

Eles ficaram assim por um tempo, com os corpos pressionados um contra o outro enquanto recuperavam o fôlego. Aos poucos, a tensão começou a se dissipar, substituída por uma sensação de calma e satisfação. A mão de Cas se moveu para se entrelaçar aos dedos de Ellin, seu toque era suave e reconfortante.

Ellin fechou os olhos, um suspiro suave escapou de seus lábios enquanto ele relaxava no abraço de Cas.

— Como você se sente? — Cas perguntou depois de um tempo, sua voz calma.

Ellin abriu os olhos, virando ligeiramente a cabeça para olhar para Cas.

— Feliz — disse ele, sua voz suave, mas cheia de emoção —, muito, muito feliz.

Cas sorriu, com seus olhos quentes e escuros, enquanto se inclinava para beijar Ellin gentilmente.

— Bom — ele murmurou contra os lábios de Ellin —, você merece ser feliz.

Ellin sorriu de volta, seu coração se encheu de calor enquanto ele se aconchegava no peito de Cas.

— Eu amo você.

Os braços de Cas o envolveram com força, mas com delicadeza.

— Eu também amo você — ele murmurou de volta, sua voz áspera de emoção —, muito.

Eles adormeceram assim, seus corpos entrelaçados, seus corações cheios.

—–

A luz tímida do amanhecer começava a penetrar pelas janelas altas da ala leste, onde dificilmente alguém passava antes do meio-dia, filtrando-se em feixes dourados que dançavam preguiçosamente entre as estantes repletas de livros antigos. O ambiente, que à noite parecera um refúgio secreto e intocado, retomava a aura silenciosa e reverente que costuma ter durante o dia. No chão de madeira polida, um cobertor improvisado e algumas almofadas estavam espalhados em desalinho, marcando o local onde haviam se enroscado durante a noite.

Cas foi o primeiro a despertar. Seus olhos se abriram lentamente, piscando contra a luz morna do amanhecer. Por alguns instantes, ficou imóvel, permitindo que a mente emergisse, aos poucos, do torpor do sono. A primeira coisa que percebeu foi o calor confortável do corpo de Ellin aninhado contra o seu. O braço dele repousava sobre a cintura de Ellin, num gesto protetor e quase inconsciente.

Cas inclinou levemente a cabeça para olhar o rosto adormecido de Ellin. Havia algo hipnotizante na serenidade que tomava conta dele enquanto dormia — as feições delicadas relaxadas, os cílios escuros lançando sombras sutis sobre as bochechas coradas. A franja desarrumada caía em desalinho sobre a testa, e Cas sentiu um impulso quase instintivo de afastá-la com a ponta dos dedos. Ainda assim, conteve-se. Não queria acordá-lo ainda. Queria prolongar aquele momento, gravar na memória cada detalhe da expressão de Ellin sob a claridade tênue da manhã.

Por mais que estivesse acostumado a manter uma fachada reservada e quase impenetrável, Cas não conseguia evitar o aperto suave que sentiu no peito ao observar Ellin. A lembrança da noite anterior ainda pairava no ar, tão vívida quanto o calor residual que permanecia em sua pele. A forma como Ellin havia se entregado a ele com uma confiança tão completa… Não havia pressa, não havia receios. Apenas toques cuidadosos e sussurros que ainda ecoavam na mente de Cas como uma melodia distante.

Ele desviou o olhar brevemente e notou o estado da biblioteca. As roupas estavam espalhadas pelo chão em uma bagunça desordenada, e vestígios da noite anterior — roupas em desalinho e sinais discretos de sua intimidade — denunciavam, sem sutileza, o que havia acontecido ali. Cas respirou fundo, passando uma mão pelos cabelos bagunçados e reprimindo um sorriso. Não havia arrependimento, nem desconforto — apenas um leve senso de urgência ao perceber que, cedo ou tarde, precisariam lidar com as consequências de passar a noite ali.

Ellin murmurou algo durante o sono e se moveu levemente, pressionando o rosto contra o peito de Cas em um gesto inconsciente que quase fez o coração dele acelerar novamente. Cas riu baixinho — um som rouco e suave que vibrou em seu peito, e afagou de leve o cabelo de Ellin, como se quisesse confortá-lo mesmo sem necessidade.

Depois de alguns minutos, Cas decidiu que seria melhor acordá-lo antes que alguém aparecesse e os encontrasse naquela situação. Cas afastou delicadamente uma mecha de cabelo da testa de Ellin e murmurou e murmurou, com a voz baixa e ainda rouca de sono:

— Ellin… acorda.

Ellin franziu o cenho, mas não abriu os olhos. Murmurou algo ininteligível e tentou enterrar ainda mais o rosto contra Cas, como se estivesse decidido a ignorar o chamado.

Cas reprimiu outra risada e tentou novamente, desta vez com um tom um pouco mais firme:

— Ei… já está amanhecendo. Precisamos levantar antes que alguém, por acaso, apareça por aqui. Nunca se sabe.

Dessa vez, Ellin abriu os olhos devagar, os olhos azuis se ajustando à luz crescente. Ele parecia desorientado por um instante, como se estivesse tentando entender onde estava e por que estava sendo acordado. Quando os ajustou à luz, seus olhos encontraram os de Cas, e uma expressão de reconhecimento, seguida por um leve rubor, tomou conta de seu rosto.

— Bom dia… — murmurou, um pouco sonolento.

Cas sorriu.

— Bom dia. Dormiu bem?

Ellin assentiu devagar, ainda parecendo um pouco perdido nos próprios pensamentos.

— Sim… muito bem. Melhor do que achei que dormiria.

Seu olhar percorreu o entorno, e seu rosto corou ainda mais ao perceber o estado em que a biblioteca estava. O cobertor amontoado, as roupas espalhadas, os vestígios da noite que haviam compartilhado… Tudo parecia muito mais explícito à luz do dia.

— Nossa… — murmurou, ajeitando rapidamente a franja que caía sobre seus olhos. — A gente… realmente fez uma bagunça.

Cas soltou um suspiro divertido e envolveu a cintura de Ellin com o braço, puxando-o de volta para perto antes que ele começasse a se preocupar demais.

— Foi uma noite incrível. — A voz de Cas estava cheia de sinceridade, e o olhar que ele lançou a Ellin era suave e reconfortante. — Valeu a pena.

Ellin mordeu o lábio inferior, um gesto tímido e quase encantador, e desviou o olhar, sorrindo de leve. Havia algo no jeito despreocupado e seguro de Cas que sempre fazia seu coração bater mais rápido.

Mas, por mais tentador que fosse permanecer ali, enroscados sob o cobertor, ambos sabiam que precisavam agir antes que fossem descobertos.

— Acho que deveríamos começar a arrumar isso… — sugeriu Cas, levantando-se devagar e estendendo a mão para Ellin. — Não quero que ninguém entre aqui e nos encontre assim.

Ellin riu baixinho e aceitou a mão estendida, permitindo que Cas o ajudasse a levantar. Ele puxou o cobertor para cobrir parte do corpo enquanto olhava ao redor, tentando decidir por onde começar.

— Concordo. E… seria bom manter isso entre a gente por enquanto, não acha?

Cas assentiu em silêncio, compreendendo perfeitamente. Aquela noite fora especial, algo que pertencia apenas a eles. Não havia necessidade de expor isso ao mundo antes de estarem prontos.

— Com certeza.

Fim da primeira temporada

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Capítulo 11
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Fragmentos de Nós

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Ellington sempre foi uma presença discreta nos corredores da escola - um ômega reservado, de fala suave e olhar sempre atento. Sua vida era marcada por silêncios: o...							

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  • Vol 1
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 11 O Capítulo Que Escrevemos Juntos
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 10 Fim de Ciclo, Começo de Nós
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 9 Ensaios de Coragem
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 8 Onde a Noite Não Termina
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 7 A Calma Que Ele Me Dá
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        Capítulo 6 Nos Dias em Que Só Restava Tentar
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 5 Tudo Que Cas Nunca Disse em Voz Alta
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 4 De novo... e De Novo
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 3 Talvez Isto Seja Amor
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 2 O Toque Que Não Me Assusta
      • Capa OR Edit [PTBR]
        Capítulo 1 Eu Não Sou o Mesmo Depois Dele

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