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Nosso Amor Manchado por Sangue

Capítulo 4

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🟡 Em breve

– Henry, por que está aí sozinho ? – Adelea o questiona ao se aproximar. Henry apenas sorri e bebe mais um gole do seu café.

– Nada, só estava descansando.

– Sei que pode ser chato ficar aqui para jovens como você. Se quiser algo para se distrair, posso te arrumar alguns livros com braile.

– Agradeço sua boa vontade, mas eu não sei ler. – ele responde envergonhado. Por ser cego, seu acesso ao estudo e alfabetização foram extremamente limitados.

– O quê ? Vamos dar um jeito nisso! – Adelea o segura pelo braço, o forçando a se levantar e o guia em direção a biblioteca.

– Sr. Solaram! – ela o chama ao entrar.

– Nós temos um problema!

– E qual o problema desta vez ? – Octavian suspira e fecha seu livro.

– O Henry não sabe ler, preciso ensiná-lo!

– Adelea, por favor, você não precisa fazer isso. Estou velho demais para aprender qualquer coisa! – Henry murmura envergonhado e recua. Não queria deixar Octavian ainda mais irritado.

– Pelo contrário, Henry. Nunca é tarde demais para aprender!

– Está certíssimo, senhor!

– Adelea, eu vou ensiná-lo. Por favor, se ocupe dos seus afazeres.

– Tem certeza, senhor ?

– Claro, não é nada de mais. – ele concorda com a cabeça e lhe mostra um sorrisinho gentil.

– O Sr. Solaram é um homem tão gentil. Não acha, Henry ?

– Claro… – Henry murmura.

_______________

– Vamos começar devagar, vou mostrar cada uma das letras e logo depois vamos aprender os sons. Entendeu ?

– Sim, senhor.

– Ótimo, então me dê sua mão. – Octavian posiciona o livro em frente a Henry e segura sua mão com delicadeza, guiando seus dedos sobre os relevos no papel.

– Ugh… – Henry murmura e acaba recuando sua mão sem querer.

– Seu dedo ainda dói ? – Octavian pergunta inocente, preocupado com Henry.

– Como sabe que…?

– Ah! Acho que um dos funcionários deve ter comentado algo. Não me lembro bem… – ele limpa a garganta e finge estar calmo.

– Podemos continuar ?

– Claro! – Henry concorda, mas acha aquilo estranho. Não havia comentado com ninguém que tinha se machucado.

Após aproximadamente uma hora, Octavian mostrou o básico das letras e sons, o suficiente para que ele comece a estudar.

– Vamos parar por aqui. Vou te dar uma tarefa para que me traga amanhã. Pode fazer isso ?

– Sim, me certificarei de fazer antes de dormir!

– É bom ver que está animado em aprender. Continue assim! – Octavian o elogia e sua mão direita se move sozinha, acariciando sua cabeça. Henry fica surpreso e seu rosto ganha um leve tom avermelhado, ainda não havia se acostumado com seus carinhos casuais.

– O-obrigado, senhor! – ele agradece um pouco nervoso. Ao ver sua reação, Octavian também acaba ficando envergonhado e aquela estranha sensação percorre o seu corpo novamente, o deixando nervoso.

– Espere um pouco, vou preparar sua tarefa. – ele encerra o assunto rapidamente e se levanta. Se ficasse perto de Henry por mais alguns segundos, faria algo idiota.

_______________

Algumas semanas depois.

– Henry, fique aqui. Vou pegar um guarda-chuva! – o jardineiro fala enquanto observa a chuva. De repente havia começado uma forte ventania acompanhada da forte chuva.

– Não, tudo bem. Eu posso ir sozinho, a casa principal não fica tão longe! – Henry sorri e estende sua mão, tentando sentir os pingos da chuva.

– Tem certeza ? Então vamos juntos. – o jardineiro segura sua mão esquerda e a põe sobre seu antebraço, para que Henry o acompanhe.

– Sim!

Eles caminham apressados pela trilha que leva até os fundos da casa principal, mas apesar disso, ainda acabam encharcados e com frio.

– Minha nossa, que chuva! – Richard resmunga ao enxugar seu rosto com o antebraço.

– Sim, estou encharcado… – Henry suspira e torce sua camisa. Se entrasse todo molhado, Adelea o mataria.

– Henry! Richard! – Adelea os chama de repente e os entrega uma toalha para que se enxuguem.

– Olha só para vocês, estão empapados!

– Fomos pegos de surpresa! – Richard sorri um pouco sem graça.

– Desculpe por molhar o chão… – Henry murmura.

– Tudo bem, não molhou muito, querido. – ela suspira e segura sua mão.

– Richard, vou levar o Henry para que possa se trocar. Também se certifique de trocar de roupa, não quero que todos fiquem doentes novamente!

– Certo, vou ficar bem. – Richard acena com a cabeça e sorri.

_______________

– A-Adelea… – Henry murmura com a voz trêmula. Estava com muito frio.

– Você está tão gelado, parece até um deles! – ela fala preocupada ao tocar seu rosto. Dava para sentir seu corpo tremendo.

– Vem, vou te deixar em frente a lareira enquanto preparo um banho quente. Tudo bem ?

– S-sim! – ele rapidamente concorda, só queria se esquentar logo.

Adelea o leva até a lareira de uma das salas da mansão e o põe sentado próximo a ela.

– Eu volto logo, okay ?

– Sim, tudo bem! – ele sorri e concorda com a cabeça. Ao ficar sozinho, Henry põe a toalha sobre seus ombros e estende suas mãos, tentando se esquentar.

Depois de alguns minutos esperando, ele ouve o som de passos e ergue a cabeça.

– Adelea, já terminou ?

– Achei que me reconheceria só em ouvir meus passos. – Octavian fala ao se aproximar.

– Pensei que pudesse ser o senhor, mas não tinha certeza…

– Tudo bem, estava apenas brincando. Mas, por que está sentado aí ?

– Acabei ficando encharcado por causa da chuva! – ele sorri, pensando na última vez em que tomou um banho de chuva daquela forma.

– Vim para me esquentar. Prometo que não deixarei nada sujo.

– Henry… – Octavian murmura e sem se dar conta, ele se agacha em frente a Henry e acaricia seu rosto com o dorso dos dedos. Apesar de estar em frente a lareira, seus lábios ainda estavam levemente roxos e seu rosto gelado.

– Ainda está frio… – ele murmura novamente e desliza seu polegar sobre os seus lábios.

– Senhor…? – Henry sussurra e segura sua mão. Octavian contrai sua mandíbula e o pega em seu colo de repente. Ele segue em silêncio em direção a porta, e por estar envergonhado, Henry também não diz nada.

– Ah! Senhor, por que…? – Adelea o questiona ao dar de cara com Octavian e Henry.

– Ele está molhado, vou levá-lo para trocar de roupa e se esquentar.

– Mas e-eu…

– Não se preocupe. – Octavian a interrompe.

– Eu cuido dele. Pode ir descansar. – ele a observa com um olhar sério, mas ao mesmo tempo feroz. Como se estivesse mandando a moça se manter longe.

– S-sim, senhor! – ela acha sua atitude estranha, mas acaba apenas concordando.

_______________

– Tire essa roupa molhada e tome um banho. Irei esperar no lado de fora. – Octavian o instrui enquanto abre a torneira, para encher a banheira com água quente. Henry apenas concorda com a cabeça e espera até que ele saia para poder se despir.

– Por que ele…? – Henry sussurra para si mesmo, envergonhado com a situação. Sua atitude era muito estranha.

Depois de um pequeno surto e questionamentos, ele finalmente entra na banheira. Henry deixa um longo suspiro sair e se recosta, relaxando seu corpo.

– Estou cansado… – ele sussurra novamente e de repente seus olhos começam a ficar pesados. Estava realmente cansado depois de trabalhar duro.

_______________

– Henry ? – Octavian o chama ao bater à porta. Ele já estava lá dentro a tempo demais.

– Eu vou entrar. – ele avisa um pouco alto, para ter certeza de que Henry possa ouvi-lo e entra.

Ao entrar no cômodo, Octavian se depara com Henry adormecido na banheira e se aproxima, com a intenção de tirá-lo de lá e evitar que acabe se afogando, mas ao chegar perto o suficiente, não pode evitar de reparar em cada detalhe do seu corpo.

Henry tem um corpo pequeno e magro, uma pele pálida, como se nunca tivesse visto a luz do sol, e traços delicados que o fazem parecer ainda mais inocente. Em contrapartida, os pelos curtos e negros da sua virilha, que sobem em direção ao seu umbigo, são um dos únicos traços de masculinidade e maior idade em seu corpo.

Octavian se sente tentado a tocá-lo, mas logo volta a si e afasta aqueles pensamentos imorais.

– No que diabos está pensando, idiota…? – ele se repreende e contrai sua mandíbula. Não queria ter esse tipo de pensamento.

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Nosso Amor Manchado por Sangue

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Octavian, um vampiro centenário e de uma das famílias mais influentes no meio político da sociedade vampírica, se recusa a beber sangue humano após um incidente...

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