Epílogo
5 anos depois.
– Sr. Solaram, aqui está o seu chá. – Adelea fala ao se aproximar e deixa a xícara sobre a mesinha de canto. Octavian, que estava sentado ao lado da janela enquanto lia um livro, gira o rosto em sua direção e a cumprimenta com um sorriso tímido.
– Obrigado. – ele fecha o livro e pega a xícara, bebendo um pouco do líquido quente.
– Krodo está bem ? Não vi ele hoje. – o vampiro questiona e olha rapidamente para a aliança de cor dourada em seu dedo anelar.
– Ah! Ele disse que ficaria ocupado hoje. – ela responde, apesar de estar surpresa com sua pergunta repentina. Sinal de que Octavian estava de bom humor.
– Depois que lhe dei um cargo, Krodo tem trabalhado bastante. Espero não ter atrapalhado a vida de recém-casados. – ele fala em um tom despreocupado e põe a xícara de volta na mesinha de canto.
– O quê ?! Não, não… – Adelea nega envergonhada, enquanto gesticula com as mãos. Octavian tinha um dom natural para deixar os outros desconcertados.
– Ele só não quer decepcioná-lo, senhor. – ela murmura, com o rosto corado.
– Krodo é um bom amigo. – Octavian fala com um sorrisinho e desvia seu olhar para a janela, pensando que Henry ficaria feliz em saber que eles finalmente se casaram e estão bem.
– Sr. Solaram, eu posso dizer uma coisa…? – Adelea murmura hesitante, segurando o tecido da sua saia. Não queria ser invasiva e acabar fazendo com que ele se isolasse novamente.
– Pode. – ele responde sem rodeios e volta sua atenção para ela novamente.
– Henry ficaria feliz em ver o homem que se tornou. Ele torcia muito por você. – ela desabafa com a voz trêmula. Falar sobre ele ainda era difícil.
– Obrigado por me dizer, Adelea. – o vampiro lhe mostra um sorrisinho e acena com a cabeça.
– Por nada, senhor. Com licença. – ela também acena com a cabeça e sai.
Ao ouvir seus passos sumirem no corredor, Octavian gira o rosto em direção a janela e observa o jardim com uma expressão triste.
– Sinto sua falta, Henry… – ele murmura e tira um pequeno envelope de dentro do bolso interno do seu colete. O vampiro cheira o papel, que ainda guarda um rastro sutil do aroma de Henry, e logo depois retira a carta de dentro dele com cuidado.
Octavian desliza a ponta dos seus dedos pelo pontilhado e sorri. Sempre que lia aquela carta, podia ouvir a voz de Henry sussurrando em seu ouvido.
– Que ratinho astu… – Octavian para de repente ao ouvir o som de algo se chocando contra a janela. Ele gira o rosto e vê uma borboleta azul batendo insistente contra o vidro, o vampiro encara o animal um pouco surpreendido e também confuso. Não era comum ver animais naquele local.
– Ei, não faça isso. Vai se machucar. – ele se levanta e abre a janela. No mesmo instante, a borboleta entra apressada no quarto e voa ao redor dele. O vampiro a acompanha com os olhos, observando seu voo maravilhado.
– Henry ? – Octavian fala hesitante e ergue seu braço. A borboleta se aproxima devagar e pousa sobre o dorso da sua mão.
– Oi, Henry…
Comentários no capítulo "Epílogo"
COMENTÁRIOS
Epílogo
Fonts
Text size
Background
Nosso Amor Manchado por Sangue
Octavian, um vampiro centenário e de uma das famílias mais influentes no meio político da sociedade vampírica, se recusa a beber sangue humano após um incidente...